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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA-UFPB CENTRO DE TECNOLOGIA - CT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA- DEQ Disciplina: Metrologia Profa. Dr. Raul Rosenhaim Curso: Química Industrial Avaliação 2 Jénifer Laís Herculano da Silva – 2017012806 João Pessoa 2020 Sumário 1. Introdução ......................................................................................................................... 3 1.1 Incremento digital ............................................................................................................. 3 1.2 Resolução .......................................................................................................................... 3 1.3 Repetitividade ................................................................................................................... 3 1.4 Correção ............................................................................................................................ 3 1.5 Sensibilidade ..................................................................................................................... 3 1.6 Incerteza ............................................................................................................................ 3 1.7 Incerteza padrão ................................................................................................................ 3 2. Resolução .............................................................................................................................. 3 1. Introdução A incerteza do resultado de uma medição reflete a falta de conhecimento associado ao valor da grandeza a ser medida. O resultado de uma medição, mesmo após correção devido aos efeitos relativos a erros sistemáticos reconhecidos, é somente uma estimativa do valor da grandeza devido à incerteza proveniente dos efeitos dos erros aleatórios e da correção imperfeita do resultado para efeitos devido aos erros sistemáticos. 1.1 Incremento digital Nos instrumentos que possuem mostradores digitais, corresponde à menor variação da indicação direta possível de ser apresentada. Deve-se atentar o fato que nos mostradores digitais a variação do último digito não é sempre unitária. Com frequência a variação é de 5 em 5 unidades e algumas vezes de 2 em 2 unidades. 1.2 Resolução É a menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida. A avaliação da resolução é feita em função do tipo de instrumento. 1.3 Repetitividade Especifica a taxa de valores dentro da qual, com uma probabilidade estatística definida, se situará o valor do erro aleatório da indicação de um SM, para as condições em que a medição é efetuada. Normalmente especifica-se a Re com confiabilidade de 95%. 1.4 Correção A correção corresponde à tendência com sinal trocado. Este termo é às vezes empregado em substituição à Td quando é efetuada a sua compensação. Seu uso é predominante nos certificados de calibração em lugar da tendência. A correção deve ser somada ao valor das indicações para corrigir os erros sistemáticos. 1.5 Sensibilidade é o quociente entre a variação da resposta (sinal de saída ) do SM e a correspondente variação do estimulo (mensurando). Para sistemas lineares a sensibilidade é constante e para os não lineares é variável, dependendo do valor do estimulo e determinada pelo coeficiente angular da tangente à CRr. 1.6 Incerteza Dúvida acerca do resultado de uma medição, formalmente, define-se incerteza como um parâmetro, associado com o resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão de valores que podem razoavelmente ser atribuídos ao mensurando. 1.7 Incerteza padrão A incerteza padrão (u) de uma fonte de incertezas é definida como a faixa de dispersão em torno do valor central equivalente a um desvio padrão. Portanto, corresponde ao desvio padrão do erro aleatório associado à fonte de incertezas. 2. Resolução Considerações: Passo 01 - analise do processo de medição Trata-se de um mensurando invariável, medido repetidamente por 6 vezes. O certificado de calibração está disponível, onde constam estimativas para a correção e sua respectiva incerteza, sendo viável a correção dos respectivos efeitos sistemáticos. Devem ser considerados efeitos de temperatura do ambiente sobre o comportamento do condutivimetro e que suas características se degradam com o tempo. Passo 02 – identificação das fontes de incerteza Repetitividade da indicação (o fato de medições repetitivas não mostrarem sempre a mesma indicação) Erros detectados na calibração (a correção para cada ponto e sua respectiva incerteza) Resolução limitada do dispositivo mostrador digital Deriva temporal (degradação das características do condutivimetro com o tempo). Deriva térmica (influência da temperatura ambiente sobre o comportamento do condutivimetro. Passo 03 – estimativa dos efeitos sistemáticos e aleatório Repetitividade de indicações: avaliação por métodos estatísticos (tipo A): 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 198 + 207 + 185 + 212 + 196 + 181 6 = 196,5 µ𝑆/𝑚 𝑆 = ((198 − 196,5) + (207 − 196,5) + (185 − 196,5) + (212 − 196,5) + (196 − 196,5) + (181 − 196, ) ) 6 − 1 𝑠 = 12,05 µ𝑆 𝑚 Essa equação fornece o desvio padrão experimental, mas o desvio experimental da média das 6 medidas é ado por: 𝑠(𝑚é𝑑𝑖𝑜) = 12,05 µ𝑆 𝑚 √6 = 4.92 µ𝑆 𝑚 Assim o número de graus de liberdade é: 𝜐 = 6 − 1 = 5 Passo 04 – Erros detectados na calibração Erros detectados na calibração: avaliação com base em informações existentes a priori (tipo B) Os efeitos destas fontes de incertezas são estimulados tendo por base dados já existentes decorrentes de uma calibração previamente realizada e apresentados no respectivo certificado. Este certificado apresenta a respectiva correção para vários pontos da faixa de medição. O valor médio das indicações é 196,5 µS/m. como este valor está muito próximo de 200 µS/m, o valor de correção no certificado é de 0,0 µS/m. a respectiva incerteza associada a (K=2) é de ± 10 µS/m, o que leva a uma incerteza de ± 5µS/m. Passo 05 – Resolução Resolução: avaliação com base em características naturais (tipo B) A resolução do dispositivo mostrador digital do condutivimetro introduz uma componente adicional de erro devido ao truncamento numérico. Seu efeito é apenas de natureza aleatória de erro e pode ser quantificado através dos limites máximos possíveis. O máximo erro de truncamento corresponde à metade do valor da resolução. O mínimo a menos metade da resolução. Este erro poderia então ser modelado por meio de uma distribuição uniforme triangular, centrada no zero, e limites extremos dados por metade do valor de resolução: 𝐸𝑧 = ±3,93 µS m°C Para o limite superior de temperatura o certificado indica 30°C e o condutivimetro indica ± 0,0 µS/m. para 20°C indica ± 1,5µS/m a mais. Este efeito dá origem a parcela sistemática e outra aleatória. O valor médio é dado por: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = ± 1,5µS/m Logo a incerteza devido a resolução do condutivimetro é dada por: 𝑈𝑖 = 1,5 √3 = ±0,87 µ𝑆 𝑚 E a incerteza devido a resolução do termômetro: 𝑈𝑖 = 0,1 √3 = ±0,058 °𝐶 Incerteza de calibração do condutivimetro: avaliação com base em informações de certificado de calibração (tipo B) 𝑈𝑖 = 10 µ𝑆 𝑚 2,00 = 5 µ𝑆 𝑚 Incerteza de calibração do termômetro: avaliação com base em informações do certificado de calibração (tipo B) 𝑈𝑖 = 0,5°𝐶 2,00 = 0,25°𝐶 Incerteza do MRC é dada por: 𝑈𝑖 = 20°𝐶 2,05 = 9,76 µ𝑆 𝑚 Passo 06 - Incerteza padrão combinada e Incerteza padrão expandida Calculo da incerteza padrão combinada: 𝑈𝑐 = 4,92 + 5 + 9,76 + 0,25 + 0,87 + 0,058 𝑈𝑐 = 12,05 Calculo da incerteza padrão expandida: Considerando uma incerteza de 95% de confiança e K= 2,00 temos que: 𝑈𝑒𝑥𝑝 = 12,0 𝑥 2,00 = 24,1 Passo 07 - grausde liberdade efetiva 𝑉𝑒𝑓𝑓 = 12,05 4,92 5 + 5 ∞ + 9,76 50 + 0,25 ∞ + 0,87 ∞ + 0,058 ∞ = 7,1 Passo 08 - Valor mais provável Correção = erro de medida f(T) 𝑅𝑐 = 196,5 + 1,965 = 198,5 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑓(𝑇) = 196,5𝑥0,02𝑥(−0,5) = −1,965 Logo o resultado da medição é dado por: 196,5 ± 24,1 Tabela 01: Resolução Unidade µS/m valor Unidade Urep. repetitividade 12,05 µS/m normal 1 1 µS/m.°C 4,92 5 23,6 Uincert.cond. incerteza de calibração do condutivimetro 10 µS/m normal k 2 1 µS/m.°C 5 ∞ 24,0 UMRC Incerteza do MRC 20 µS/m normal k 2,05 1 µS/m.°C 9,76 50 46,8 UIncert.term. Incerteza e calibração do termômetro 0,5 °C normal k 2 1 µS/m.°C 0,25 ∞ 1,2 U.res.cond Incerteza devido à resolução do condutivimetro 1,5 µS/m retangular 1 µS/m.°C 0,87 ∞ 4,2 Ures.term Incerteza devido à resolução do termômetro 0,1 °C normal 1 µS/m.°C 0,058 ∞ 0,3 µS/m Ensaio Valor de Referência Condutividade Eletrolítoca a 25°C Média = 196,5 Simbolo Fontes de Incerteza Distribuição de probabilidade Divisor Coeficiente de sensibilidade (Ci) Incerteza Padrão ui [µS/m] Grus de Liberdade Porcentagem de contribuição Nome Valor (±) Unidade Unidade 12,05 normal 71 2,00 24,1 Incerteza Padrão Combinada (Uc) Distribuição de probabilidade Graus de Liberdade Efetivo Fator de Abrangência (k) Incerteza Expandida (U) (Probabilidade ≈ 95%) 3 3
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