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Ação ex delicto

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Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL – AÇÃO EX DELICTO 
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a 
execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu 
representante legal ou seus herdeiros. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução 
poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso iv do caput do art. 387 
deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente 
sofrido. 
*Eventual ação ou ressarcimento de um dano – na divisão de instâncias alguns fatos 
que são praticados podem abranger mais de uma dessas instâncias – assim como 
existe um ato ilícito que gera uma indenização – pode se ter nesse fato um ato ilícito 
+ crime – existem crimes que podem gerar repercussão na esfera civil. 
*Ação ex delicto – mesmo fato que gera repercussão na esfera criminal (porque é 
um tipo penal ou uma contravenção penal) e esse mesmo fato abrange a esfera civil 
de maneira que deve ocorrer a indenização da vítima do delito. 
Ex.: Subtração de objeto – furto art.155CP – horas depois da realização do ato a 
policia consegue prender em flagrante o sujeito subtrator – no momento da 
subtração o sujeito levou a bolsa toda da vítima – no momento que os policiais 
conseguiram prender o João – responsável pela pratica do furto – só conseguiram 
recuperar a bolsa e a carteira, não achando os demais objetos contidos dentro da 
bolsa – o fato praticado pelo João ele tem uma repercussão na esfera criminal – 
João vai responder pelo delito de furto e tem uma repercussão na esfera civil, visto a 
vítima ter sido prejudicada – dessa forma se o João tiver condições ele vai ter que 
indenizar a vítima. A vitima possui dois caminhos – aguardar a sentença do João na 
esfera criminal – tendo sido ele condenado pois existia a materialidade (existência 
do crime) existia indícios de que foi ele que cometeu o crime, não existia nenhuma 
excludente – nem de tipicidade, nem culpabilidade, nem de ilicitude ou punibilidade – 
foi lhe colocado uma pena – a vítima pode se utilizar da sentença penal quando 
transitada em julgado como um título executivo judicial. O outro caminho, é a vítima 
desde a pratica do ilícito que foi civil e criminal, mesmo que em curso o processo 
penal – a título de responsabilização criminal do João – se dirige a vara civil e 
ingressa com uma ação civil pleiteando o ressarcimento – ação ex delicto. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/Ret/RetDel3689-41.doc#art387iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/Ret/RetDel3689-41.doc#art387iv
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
 
*ato ilícito civil + ato ilícito penal 
*Será uma ação na esfera civil – execução da ação penal condenatória, seja uma 
ação de conhecimento na esfera civil. 
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do 
dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, 
contra o responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973) 
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o 
curso desta, até o julgamento definitivo daquela. 
 
*FATO que gerou um ilícito penal + um ilícito civil = condenações penais 
possuem diversos efeitos, um desses efeitos é a obrigação de indenizar danos 
causados pelo crime. 
*SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO = TITULO 
EXECUTIVO JUDICIAL. Se pega a sentença penal e executa diretamente como 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5970.htm
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
título executivo judicial. (Dar cumprimento a sentença penal condenatória) – o 
cumprimento não será na vara criminal e sim no juízo civil. 
 
*A partir de 2008 o juiz criminal na hora de proferir uma sentença penal condenatória 
– já no bojo dessa sentença penal condenatória fixar um valor a ser indenizado. 
*O que tiver sido imposto na sentença criminal – a vítima pega esse título executivo 
judicial que é a sentença condenatória e se dirige ao juízo civil exigindo o 
pagamento do débito determinado, de forma a dar cumprimento a essa obrigação 
constante no título executivo judicial (execução) – se a vítima desejar discutir outros 
valores que não se encontram claros ou não estão constantes na sentença criminal 
ai se faz necessário liquidar (conforme instituto posto no processo civil) – tanto a 
execução quanto a liquidação será feita no juízo civil. 
 
*QUEM DÁ A SENTENÇA É O JUIZ CRIMINAL ENTRETANTO QUE EXECUTA É O 
JUÍZO CIVIL, A FIM DE DAR CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. 
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
 
*De REGRA a vítima possui a legitimidade ativa para pegar o título executivo judicial 
e se dirigir ao juízo civil a fim de executar ou liquidar – mas pode ser que a vítima 
tenha se tornado incapaz – dessa forma a vítima terá um representante. Em caso de 
falecimento da vítima, os herdeiros (esse título é algo que é acrescentado no 
patrimônio da vítima) possuem legitimidade ativa para executar ou liquidar – pois 
isso será adicionado a herança. 
*Legitimidade passiva – contra quem ocorrerá a execução/liquidação – em REGRA a 
execução/liquidação será contra o autor do fato – mas se o autor tiver falecido os 
herdeiros responderão até o limite da herança do autor do fato. 
 
*Fixação de indenização mínima – é necessário existir um pedido expresso do órgão 
acusatório, precisa ter contraditório e ampla defesa ao longo da instrução é 
necessária ter uma mensuração do dano. 
*Órgão acusatório – Ação Penal Pública – MP ou Ação penal privada – ofendido ou 
seu representante legal – deverão na respectiva inicial acusatória, seja ela a 
denúncia ou a queixa-crime, deverão pedir que o autor do fato seja condenado a 
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
realizar o pagamento do valor de indenização – se não ocorrer pedido o juiz não 
pode fixar na sentença a indenização. 
 
 
*Norma não pode retroagir. 
*Art. 387 situação de prejuízo – situação pior ao réu 
*Fatos que foram aplicados a partir dessa alteração legal. 
* Danos = qualquer dano – danos materiais (danos emergentes + lucros cessantes) 
+ danos morais ou danos estéticos – desde que o juiz se sinta apto. 
 
*Ex.: João condenado a 02 anos de reclusão + pagamento de R$ 800,00 reais de 
indenização – pode o João não satisfeito impetrar um HC contra a fixação da 
indenização – não, a finalidade do HC é uma ação autônoma de impugnação, tendo 
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
como objetivo impugnar, insurgir ações que venham a ferir a liberdade de ir e vir. 
Indenização (esfera civil) – não existe prisão por inadimplemento. 
 
*Lei Maria da Penha – no caso de indenização moral não é necessário a realização 
de uma prova específica no momento da instrução processual. Não revitimizar. 
Ex.: João autor de delitos constantes de delitos da Lei Maria da Penha – João se 
dirigiu ao trabalho de Maria e na parte de fora do prédio começou a xingar, chamar 
por ela, ameaçar, entrou no prédio agrediu a Maria na frente de todo mundo, tendo 
sido preso – rolando contra ele um processo contra delitos de lesão corporal, 
ameaça praticados contra Maria com a aplicação direta da Lei Maria da Penha já 
que uma relação íntima de afeto entre companheiros – Na instrução processual não 
é preciso perguntar a Maria por que esta teria ficado humilhada pelo fato de João tê-
la agredido na frente de colegas de trabalho – a conduta por si só de João já gera 
um dano moral – haverá a verificação da existência de autoria e materialidade. 
 
*A vítima tema opção de aguardar a sentença penal condenatória, nessa sentença 
que seria o título executivo judicial – pode vir uma indenização fixada. Se a vítima 
não quiser aguardar, ela tem a opção de ajuizamento de uma ação de conhecimento 
direto no juízo civil adotando oentendimento do Art. 64 CPP. 
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do 
dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, 
contra o responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5970.htm
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o 
curso desta, até o julgamento definitivo daquela. 
Independentemente de ação penal, havendo dano civil, poderá o ofendido propor 
ação civil no juízo civil (processo de conhecimento). 
*No artigo 63 a ação somente poderá ser ajuizada contra o autor do crime ou no 
máximo contra seus herdeiros em caso de falecimento. 
*Funcionário de uma determinada empresa que dirige uma Van, embriagado, em 
alta velocidade e causo um determinado acidente, vindo a ter além dos danos aos 
demais veículos, as próprias vítimas tiveram várias lesões – existe um delito do CTB 
= ilícito civil que gerou danos a serem ressarcidos – entretanto o sujeito estava 
utilizando um veículo da empresa X – pode ocorrer o acionamento no polo passivo 
da ação tanto o funcionário quanto o responsável dele (Empresa X). 
Parágrafo Primeiro do Art. 64 = decisão facultativa 
 
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
 
Art. 64 CPP c/c Art.315 CC 
 
*Art. 64 = ação de conhecimento = prescrição 03 anos para ressarcimento 
*Art 200 CC = mesmo fato que está na vara civil e na vara criminal – prazo 
prescricional não correrá antes da respectiva sentença definitiva no juízo criminal. 
Ex.: Fato – Jan/2020 – ilícito civil + criminal – foi proposta a denúncia na vara 
criminal – processo esta tramitando – chegando em 2030 sem sentença definitiva, 
não ocorreu prescrição penal – optou-se por oferecer uma Ação de conhecimento 
com base no Art. 64 CPP com o intuito de garantir a indenização. 
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato 
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de 
dever legal ou no exercício regular de direito. (excludente de ilicitude – faz coisa 
julgada no civil – impede a proposição de ação ex delicto) (pode ocorrer ação 
ex delicto em caso de excludentes de ilicitude quando existirem terceiros 
prejudicados) 
Regra – João estava parado quando uma pessoa parte para cima dele, armada 
e João para se defender dá uma facada na perna da pessoa, ela cai e João 
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
consegue pedir ajuda para a polícia – João causou um dano ao agressor, mas 
em legítima defesa, para tanto não será obrigado a indenizar o sujeito, pois 
quem inicialmente gerou o fato foi o terceiro. 
*Exceção legítima defesa putativa ou erro de execução – o sujeito agiu em erro 
por achar que estava ocorrendo uma legítima defesa e na verdade não estava – 
ocorre indenização dos danos ou o erro atingiu uma terceira pessoa – Pedro 
veio para cima de João tentando atingi-lo com uma faca, João sacou a arma e 
atirou em Pedro, acertando sua perna, mas a bala ricocheteou e atingiu uma 
terceira pessoa – poderá ocorrer a indenização do terceiro prejudicado. 
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá 
ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência 
material do fato. (não poderá ter a ação ex delicto) 
*Art. 66 vinculado ao inciso III do Art. 67 – se existe o reconhecimento de que o 
fato não existiu = impede a ação civil ex delicto – se existe o reconhecimento 
de que o fato não é crime NÃO impede a ação civil ex delicto. Ex.: acidente de 
trânsito ocasionado em razão de uma embriaguez – fato que gerou um ilícito 
criminal + um ilícito civil – ao longo do processo se verificou que o motorista 
não estava embriagado – o motorista agiu de forma culposa – juiz conclui que 
não existe crime na ação, absolvendo o condutor pela atipicidade – entretanto, 
mesmo não tendo sendo reconhecido o crime a vítima sofreu dano (ilícito civil 
que cabe indenização). 
*João praticou um delito de trânsito contra Pedro – juiz absolveu João 
alegando erro de Pedro (imaginação da suposta vítima) – ausência de fato 
impede a condenação criminal e impede a condenação no juízo civil – 
impedindo uma indenização. 
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: 
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; 
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; 
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 
*Incisos I e II não analisaram sequer o mérito – fase pré-processual (morte como 
uma causa de extinção de punibilidade não impede a ação ex delicto) (em caso 
 
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski 
 
de prescrição criminal – não ocorre punição na esfera penal, mas pode ocorrer 
a indenização dos danos causados na esfera civil) 
*Decisões que foram proferidas pelo juízo criminal e que pode ou não interferir numa 
ação civil. 
 
Fato pode não ser crime, mas sim ato ilícito – pode ser ajuizada ação ex delicto. 
Fato crime 
 Ilícito civil 
*Se o fato não existiu. Não existe crime nem ilícito civil. Impede o ajuizamento de 
ação x delicto. 
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 
2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será 
promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público. 
*Em casos de hipossuficiência o STF em análise de constitucionalidade – por 
inconstitucionalidade progressiva entendeu – que nos Estados que já 
possuírem defensoria pública quem atuará em prol desse hipossuficiente será 
a Defensoria e não o MP, mas se o Estado não possuir uma defensoria 
instalada quem atuará em favor do hipossuficiente será o MP. 
*Decisões tomadas pelo juiz criminal que podem interferir no juízo civil. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art63
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art64

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