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trabalho de causas extintivas de punibilidade

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Rafael Junger Lopes
 Matrícula: 218007164
 Professor Alfredo Dolcino Motta
 Causas Extintas de Punibilidade
SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO
2) OBJETIVO
3) RELEVÂNCIA DO TEMA
4) DESENVOLVIMENTO
4.1) Morte Do Agente (Art. 107, II do CP)
4.2) Anistia, Graça ou Indulto (art. 107, II, do CP)
4.3) Retroatividade da lei que deixa de considerar o fato delituoso (art. 107, III, do CP)
4.4) Prescrição (art.107, IV, do CP)
4.5) Decadência (art. 107 , IV, do CP) 
4.6) Perempção (art. 107, IV, do CP) 
4.7) Renúncia do direito de queixa nos crimes de ação privada (art. 107, V, do CP) 
4.8) Perdão aceito nos crimes punidos mediante a ação penal privada (art. 107, V, do CP) 
4.9) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite (art. 107, VI do CP) 
4.10) Perdão Judicial ( art. 107, IX, do CP)
 5) Conclusão
1) INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca definir de forma objetiva alguns conceitos sobre as causas extintas de punibilidade, seguindo o Doutrinador Daniel Raizman em sua obra Manual de Direito Penal. Depois de todos os conceitos aprendidos em aula, chegamos ao final da parte geral, “causas extintas de punibilidade” em que seu artigo 107 mostra claramente as causas que extinguem o direito de punir do Estado.
“Uma das principais consequências do delito é a possibilidade de impor uma pena. Por essa razão a doutrina considerava como uma categoria do delito a chamada punibilidade.” 
O Direito Penal detém a função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e nocivos à coletividade, colocando em risco valores fundamentais para a convivência social, assim descrevê-lo como infrações penais, levando-os, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras gerais necessárias à sua correta e justa aplicação. Diante de todo aparelhamento estatal, aplicando o Direito Penal no caso concreto, temos algumas causas em que o Estado perde o direito de punir. Essas causas estão mencionadas no art. 107, citando Raizman. “Essas causas extintivas podem consistir em causas pessoais que se apresentam posteriores à execução da infração. Não se confundem com as escusas absolutórias, pois estas são anteriores ou concomitantes à infração, e as condições pessoais que extinguem a punibilidade são posteriores à realização da infração. Encontram-se previstas de forma geral (art. 107 do CP), mas também de forma particular para determinados crimes.” Assim, iremos observar as causas extintivas da punibilidade previstar no art. 107, I a IX, do Código Penal.
2) OBJETIVO
O objetivo com esse trabalho é desenvolver os nuances das causas extintivas de punibilidade, abordando as diferentes interpretações existentes na sistemática do delito em relação a punibilidade. Também creio que escrever e desmistificar esse assunto será uma ótima forma de fortificar e manter o conteúdo ativo e em reflexão durante toda minha trajetória acadêmica e profissional. 
3) RELEVÂNCIA DO TEMA
Eu escolhi esse tema após escutar durante as aulas de Teoria do Direito Penal II sobre como as causas extintivas da punibilidade são institutos abordados pela lei que o introduziu no nosso ordenamento jurídico que geraram consequências pesadas para o mesmo.
4) DESENVOLVIMENTO
Durante o desenvolvimento, vou abordar as Causas Extintivas de Punibilidade em particular.
4.1) Morte Do Agente (Art. 107, II do CP)
A morte do agente funciona dentro do mors omnia solvit e do art. 5, XLV da Constituição Federal, que discorre sobre como nenhuma pena passará da pessoa do condenado, basicamente implicando com a ideia que a pena não passaria aos seus herdeiros(princípio da intranscendência da pena). Caso a morte ocorra antes da sentença transitar em julgado, se extingue a ação penal, caso aconteça depois se extingue a pena. Para que essa extinção ocorra, deverá ser juntada ao procedimento certidão de óbito, e depois realizada vista ao Ministério Público.
4.2) Anistia, Graça ou Indulto (art. 107, II, do CP)
Elas são manifestações de indulgência soberana que cancelam persecução penal ou o requerimento punitivo de uma condenação, a fim de assegurar equidade ou harmonia ou paz social, motivadas por causas políticas, econômicas ou sociais.
“A anistia é um ato político, de competência da União (art. 21, XVIII, da CF), devendo ser emitida pelo Congresso Nacional (art. 48, VIII, da CF) por meio de uma lei que, de forma temporária ou excepcional, esqueça ou desincrimine a infração penal.”
Pode ser aplicado em casos como crimes políticos ou até mesmo crimes mais comuns sendo que pode ser concedida em qualquer momento em relação a condenação. Caso alguém seja beneficiado com a anistia, essa pessoa readquire a condição de primário. 
Os limites da anistia de acordo com a Constituição Federal, impede a concessão desse instituto em casos de tortura, clássico ilícito de drogas , terrorismo e hediondos, de acordo com o art. 5º XLIII).
Já o indulto e a graça também são atos políticos, mas são emitidos pelo Presidente, com efeito de extinguir ou comutar a pena de crimes comuns, a fim de proporcionar condições para a integração social de forma harmônica. O indulto funciona de forma coletiva e a graça de forma individual. Ainda muito parecidos, só podem ser concedidos depois da condenação trânsito em julgado.
A Constituição Federal diz que a graça também só deve ser diretamente recusada em casos relacionados aos crimes de tortura, tráfico ilícito a essa de entorpecentes, terrorismo e hediondos. A lei estabelece que não é possível ceder indulto a essa classe de crimes. O indulto para esses crimes depende de vontade política que atualmente tende a evitar a concessão desses benefícios.
4.3) Retroatividade da lei que deixa de considerar o fato delituoso (art. 107, III, do CP)
 Esse instituto extingue a persecução penal ou o cumprimento da pena de fato que deixa de ser considerado crime. 
“Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).”
Conforme a súmula 611 do Supremo Tribunal Federal: “Transitada em julgada a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação da lei mais benigna”.
4.4) Prescrição (art.107, IV, do CP)
De acordo com Daniel Raizman a prescrição é “ a perda do poder, do dever ou, ainda, do direito de punir (jus puniendi) pela inércia do Estado, que não o exercitou dentro do lapso temporal previamente fixado.”
Dessa forma, podem existir duas formas de prescrição:
a) a prescrição da pretensão punitiva, ou da ação penal;
Esse tipo de prescrição se caracteriza pela ideia do Estado perder seu direito de punir por conta da inércia em decurso do tempo antes da condenação ter transitado em julgado, de forma que o processo é arquivado.
Considerando ainda esse tipo de prescrição, a vítima não tem como executar eventual decreto condenatório quando houver. Já o réu, mesmo que já tenha sido condenado antes de transitada em julgado, vai ser beneficiado como se nunca tivesse existido, mantendo o réu primário caso antes do processo fosse.
b) Prescrição da pretensão executória, ou da pena;
Esse tipo de prescrição consiste nas situações em que o Estado perde seu direito de punir após a condenação transitada em julgado devido a perder o prazo da execução penal.
Nesse caso, os outros efeitos da condenação se mantêm, apenas a pena que não se aplica.
A fundamentação da prescrição ,de acordo mais uma vez com o professor Daniel Raizman, se baseia na idéia de que o tempo apaga a lembrança ou impressão do delito na sociedade, de forma que o agente teria melhorado com o decurso do tempo.
Vale considerar ainda:o direito da defesa em relação a prescrição da pretensão punitiva, visando que de acordo com a Convenção Americana de Direitos Humanos, é direito de toda pessoa ser julgada em um prazo razoável (art. 7, 5) e, os Direitos Humanos perante as normas do direito internacional, que considera imprescritíveis os crimes de lesa-humanidade.
4.5) Decandência (art. 107 , IV, do CP)
Seria a perda do direito de promover a ação penal nos crimes de ação privada; ou de representação nos crimes de ação pública condicionado, também pelo decurso do tempo previsto.
Nesse caso, o ofendido perde a faculdade de prestar queixa ou representação, isso após o prazo de seis meses após o dia em que obteve o conhecimento do autor do crime, de acordo com o Art. 38 do CPP, ou no caso de ação penal privada subsidiária, do dia em que o prazo para denúncia chega ao fim, isso de acordo com o Art. 103 do CP.
É importante ressaltar que o prazo conta o dia do início e exclui o do final, sendo que o prazo decadencial é improrrogável, não possuindo qualquer possibilidade de suspensão por qualquer razão. Características essas definidas pelo Art. 10 do Código Penal.
Citando a Súmula 594: “Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal.” Essa súmula do STF esclarece a questão do prazo caso a vítima seja menor de 18 anos, nesse caso, existem dois prazos diferentes, um para a vítima e outro para seu representando legal. No caso do representante, se inicia a partir da ciência do autor do crime, já o prazo da vítima menor se inicia a partir do momento em que completa 18 anos. 
As exceções do prazo se encontram no crime de induzimento a erro essencial ou ocultação do impedimento para o casamento, previsto no Art. 236 do CP, sendo o início do prazo a data em que transitar em julgado decisão que anule o casamento. No caso de concurso de agentes, o prazo tem início a partir do conhecimento do primeiro autor.
4.6) Perempção (art. 107, IV, do CP) 
Se entende por perempção a interrupção do direito de prosseguir ação penal de iniciativa privada pela inércia do querelante, sendo dividido em 6 possibilidades.
a) Querelante que deixa de dar andamento ao processo durante 30 dias seguidos: A perempção só será válida se o querelante tiver sido previamente notificado para agir. Deve, assim, a paralisação do processo dar-se por sua causa. Se for atribuída ao querelado ou a funcionário, não há de se falar em perempção.
b) Querelante que deixa de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente: O querelante só está obrigado a comparecer aos atos em que sua presença seja absolutamente indispensável.
c) Querelante que deixa de formular pedido de condenação nas alegações finais: A não apresentação de razões finais equivale a não pedir a condenação. Também haverá perempção na hipótese em que o querelante deixar de pleitear nas alegações finais a condenação quanto a um dos delitos capitulados na inicial.
d) Morte ou incapacidade do querelante: Sem o comparecimento, no prazo de 60 dias, de seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, ou qualquer pessoa que deva fazê-lo.
e) Quando o querelante, sendo pessoa jurídica, extinguir-se sem deixar sucessor.
f) Às hipóteses de perempção deve ser acrescida a da morte do querelante no crime de ação penal privada personalíssima, em que só o ofendido pode propor a ação.
4.7) Renúncia do direito de queixa nos crimes de ação privada (art. 107, V, do CP)
Ocorre quando o ofendido, ou seu representante legal, renuncia o direito de promover a ação penal privado, previsto pelo Art. 104 do CP.
De acordo com o Art. 49 do CPP e com o princípio da indivisibilidade da pena, a renúncia do direito de queixa a um autor beneficia os outros autores. Caso existam mais de uma vítima, a renúncia de uma não impede que outra(s) ingresse com ação penal.
“Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
A renúncia acontece antes de iniciar a ação penal privada, ou seja, antes de oferecida a queixa-crime. A doutrina elenca duas formas: expressa ou tácita. A primeira é a declaração escrita assinada pelo ofendido ou por seu representante legal, a segunda é uma prática incompatível com a vontade de dar início à ação penal privada (p. ex: o ofendido vai jantar almoçar na casa do seu ofensor, após a ofensa). A legitimidade para oferecer a queixa e renunciar ao seu exercício é exclusiva do ofendido, sendo ele maior de 18 anos, uma vez que, sendo plenamente capaz (CC, art. 5º), não tem representante legal. Após a morte do ofendido, o direito de promover a queixa-crime passa a seu cônjuge, descendente, ascendente ou irmão.
4.8) Perdão aceito nos crimes punidos mediante a ação penal privada (art. 107, V, do CP)
É a desistência manifestada após o oferecimento da queixa-crime, no sentido de desistir da ação penal privada já iniciada. Como na renúncia, o perdão só é válido na ação penal exclusivamente privada.
De acordo com art. 106 do CP: Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O perdão de um dos querelados aproveita a todos e caso seja de apenas um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros.
4.9) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite (art. 107, VI do CP)
Nesse dispositivo, o agente reconhece o erro que cometeu e o denuncia à autoridade, retirando o que anteriormente havia dito, tendo por efeito a extinção de punibilidade em razão de ser uma reparação a lesão gerada ao bem. 
A lei permite em algumas hipóteses, a retratação é admitida nos crimes contra a honra, mas apenas nos casos de calúnia e difamação, sendo inadmissível na injúria (art. 143 do CP). Na hipótese de crime contra a honra, a retratação do agente só será possível até a sentença de primeiro grau do processo criminal instaurado em virtude da ofensa.
4.10) Perdão Judicial ( art. 107, IX, do CP)
De acordo com Daniel Raizman, “o perdão judicial é uma causa de extinção de punibilidade que opera nos casos em que a sanção penal se apresenta desnecessária”. Consiste em uma faculdade do juiz de, nos casos previstos em lei, deixar de aplicar a pena, em face de justificadas circunstâncias excepcionais, seguidas de condições objetivas e subjetivas para o cumprimento do perdão judicial.
A natureza do dispositivo dessa sentença é declaratória da extinção da punibilidade, não se mantendo nenhum efeito da condenação, isso de acordo com a Súmula 18 do STJ. 
De acordo ainda com o Art. 120 do CP, a sentença de perdão judicial não é considerada para os efeitos de reincidência.
O art. 107 do CP, que versa sobre as causas extintas de punibilidade, especifica que o instituto deve estar previsto por lei, apesar de existirem debates sobre a necessidade da previsão legal em certos casos como no homicídio culposo e lesão corporal previstos nos Art. 302 e 303 do CTB. Em um ponto de vista teleológico, é possível entender que o perdão judicial pode ser considerado para esses crimes, por outro lado o Código Penal disciplina o instituto de uma forma mais abrangentes.I. Art. 121, § 5º do CP: homicídio culposo em que as consequências da infração atinjam o agente de forma grave, tornando-se a sanção desnecessária;
II. Art. 129, § 8º do CP: lesão corporal culposa com as consequências mencionadas no art. 121, § 5º; 
III. Art. 140, § 1º, I e II, do CP: injúria, em que o ofendido de forma reprovável provocou diretamente a ofensa, ou no caso de retorsão imediata consistente em outra injúria. 
IV. Art. 176, parágrafo único, do CP: de acordo com as circunstâncias o juiz pode deixar de aplicar a pena a quem toma refeições ou se hospeda sem dispor de recursos para o pagamento; 
V. Art. 180, § 5º, do CP: na receptação culposa, se o criminoso for primário, o juiz pode deixar de aplicar a pena, levando em conta as circunstâncias; 
VI. Art. 240, § 4º, do CP: no adultério, o juiz podia deixar de aplicar a pena se houvesse cessado a vida em comum; entretanto, mencionado dispositivo legal encontra-se revogado; 
VII. Art. 249, § 2º, do CP: no crime de subtração de incapazes de quem tenha guarda, o juiz pode deixar de aplicar a pena se o menor ou interdito for restituído sem ter sofrido maus-tratos ou privações.
5) Conclusão
Por fim, chego ao fim desse trabalho, desenvolvi dentro dos limites do possível, tentando esclarecer e detalhar onde seria cabível e como acontecem as causas extintivas de punibilidade. 
Me baseei principalmente na doutrina do professor Daniel Raizman, doutrina essa muito utilizada durante o curso e das aulas de Teoria do Direito Penal 2. Particularmente creio que foi uma das melhores, senão a melhor, que poderia escolhido. Ela aborda com um caráter quase objetivo e abrange diversos pontos de vista sobre a punibilidade como categoria do delito.
Acredito que as causas extintivas de punibilidade em si já ocupam as posições que devem, e não imagino como poderiam aparecer em outras partes do Direito Penal brasileiro. Espero que tenha conseguido despertar a relevância do tema.

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