Nos crimes de calúnia e difamação a retratação do ofensor e o perdão do ofendido são causas extintivas da punibilidade?
Conforme art. 143, “o querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento da pena”. Considerada causa de extinção da punibilidade (art. 107, inciso VI), desdizer-se, declarar que errou, retirar o que se disse, apesar de não ser absoluto, é uma forma de o agente dar satisfação à vitima, tentado reparar o dano.
A retratação independe de formalidade essencial, podendo ser manifestada por meio de petição nos autos da ação penal, assinada pelo querelado(se não possuir o procurador poderes especiais). Terá que ser completa, irrestrita, incondicional e deve ser apresentada antes da sentença de primeira instancia, não valendo aquela praticada durante a fase de eventual recurso.
Na ação penal pública, em crime contra funcionário no exercício de suas funções, não caberá retração, uma vez que a lei se refere apenas ao querelado e o que está envolvido é o interesse do Estado, que aconselha a não admitir retração (RT 590/449).
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