Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cisto Sinovial Tumor mais comum da mão (70%) - benigno A etiologia é incerta o Lesão degenerativa x traumática o Originam-se da sinovial das articulações, das bainhas tendinosas ou dos tensdões 2 mulheres: 1 homem 20-40 anos Origem mais frequente: o Dorsal: ligamento escafossemilunar (60%) o Volar e radial: ligamento escafotrpezoidal (20%) Arredondados, firmes, flutuantes, lisos e homogêneos Apresentam fluido gelatinoso e amarelado Local mais comum em tendão flexor é na metacarpofalangeana → simula dedo em gatilho Sintomas: o 38% aparência o 28% medo de malignidade o 26% dor (compressão da articulação) o 8% sensibilidade ou comprometimento da função Por artrose ou degeneração articular, existe um aumento da pressão na região pelo desgaste e existe uma fragilidade (ou para a região dorsal ou região volar) e se exterioriza o cisto. Quando o cisto se origina na base do 4º MCF sob o capitato e se exterioriza para a região volar, ele pode pegar o ramo profundo ulnar, que vai para a região ulnar causar atrofia na região tenar (na região da tabaqueira anatômica) Tratamento: o Conservador o Ruptura manual o Aspiração o Aspiração + infiltração de corticoide o Ressecção cirúrgica Aberta Artroscópica o Cistos na região volar e radial do punho não devem ser tratados por punção ou pressão externa. o Excisão cirúrgica deve incluir a remoção da margem capsular que circunda a base do cisto, sem o fechamento da cápsula restante. Pode ser feita uma cauterização, afim de reduzir as chances de recidiva do cisto. Nelson et al: 94% de cura quando ressecado sob anestesia geral ou bloqueio. 84% quando ressecado com anestesia local 65% quando submetido à ruptura por pressão ou aspiração/infiltração Tenossinovite Definição: A inflamação acomete a sinovial do tendão e a região peritendínea. Apresentam-se com processo inflamatório local devido a doenças auto-imunes, reumáticas, doenças de colágeno, infecciosas e traumáticas. Os tipos mais comuns são a tenossinovite estenosante e a proliferativa. Outros: por depósito de cristais de cálcio ou ácido úrico, amiloidose e infecciosa. Tenossinuvite estenosante: Passagem repetida do tendão por um canal apertado → inflamação Edema e nódulo fibrótico no tendão Dificuldade de excursão Metaplasia fibrótica no retináculo Ocorre em locais de mudança de direção do tendão De Quervain o Tenossinovite estenosante do abdutor longo e do extensor curto do polegar o 30 – 50 anos o 10 (6) mulheres : 1 homem o Causa: sobreuso ou artrite reumatoide o Septações do 1º compartimento, mais de um túnel para extensor curto do polegar 40% e mais de um tendão para o abdutor longo do polegar não é incomum. o Dor e hipersensibilidade na região do estiloide radial o Espessamento da bainha fibrosa pode ser palpado eventualmente o Teste de Finkelstein – não é patognomônico. Se piora com polegar em extensão indica septação para extensor curto do polegar. Flexão na região ulnar que potencializa dor na região o Ecografia não indica tratamento o Tratamento: Conservador: imobilização e infiltração de corticoide – mais útil nas primeiras 6 semanas do início dos sintomas Harvey et al: em pesquisa com 63 pacientes, 45 tiveram alívio total da dor com tratamento conservador, 7 necessitaram de 2ª aplicação e 11 formam submetidos ao tratamento cirúrgico Sintomas persistentes = cirurgia Incisão oblíqua na região do ligamento carpal dorsal chegando ao primeiro compartimento, lembrando que por anomalias anatômicas, pode-se ter mais que um compartimento. Dedo em gatilho: o Processo inflamatório da bainha dos tendões flexores dos dedos de caráter estenosante o Mais comum após os 45 anos o 6 mulheres : 1 homem o DM o O dedo mais afetado é o polegar, seguido do anular, indicador, médio e mínimo* Dedo em gatilho congênito: ocorre em crianças/RN. o Etiopatogenia: Tendinite: Processo inflamatório do tendão. É raro. Tenossinovite: Processo inflamatório da membrana que reveste o tendão. Discrepância entre a circunferência do tendão flexor e do sistema de polias na região metacarpofalangiana Conteúdo x continente Maioria das alterações ocorre na polia A1 (arciforme) – hipertrofia e Metaplasia fibrocartilaginosa. o Achados clínicos: Dor ou bloqueio Abaulamento na palma da mão: Área espessada na bainha flexora Nódulo ou edema fusiforme do tendão flexor O nódulo pode ser palpado e deve movimentar-se com o tendão. o Exames de imagem: RX: exclusão de deformidades ósseas e calcificações US: exame dinâmico – verifica o movimento alterado do tendão, com ou sem bloqueio, bem como microcalcificações no tendão e no líquido da bainha tendinosa. RNM: exame mais caro, porém não acrescenta informações em relação ao US. Melhor exame é o exame clínico o Tratamento conservador: Casos não complicados e com pouco tempo de evolução. Alongamento, tala noturna, gelo e calor Aplicação de corticoide – 60% de sucesso com uma injeção DM são refratários ao tratamento conservador o Tratamento cirúrgico: Liberação cirúrgica da polia A1 (cabeça dos metacarpos) e bainha flexora – 97% com resolução completa. Liberação percutânea – bons resultados 7 a 9% tem complicações: infecção, rigidez e lesão neurovascular Identificar feixes neurovasculares antes de cortar as polias Rizartrose Artrose entre o primeiro metacarpofalangeano e a região do trapezio Preensão digital: principal função da mão (função fina da mão) Oponência do polegar Musculatura tenar + articulação capometacarpais – trapeziometacapiana Anatomia o Trapeziometacarpiana 2 tipos de sup articular: uma e forma de dupla sela (movimento simples: flexo-extensão, adução- abdução); outra esferoidal (enartrose), movimentos complexos. Rizartrose: sobrecarga na articulação esfenoidal = reduzida área de contato nos movimentos de retroposição e oposição. Desgaste acelerado se associado com frouxidão ligamentar (primária ou secundária) Clínica: o Progressiva, sintomas típicos o Aumento de volume na base do polegar pela subluxação da articulação o Crepitação o Manobra de pistonagem exacerba a clínica o Radiologia não prediz sintomas (patologia avançada não tem sintomas...) Tratamento: o Depende do quadro clínico o Conservador: imobilização temporária em oponência por semanas ou órtese + AINEs + infiltração o Cirúrgico: grau III/IV, idade, atividade, grau de destruição da articulação e volume do trapézio Contratura de Dupuytren Fibroplastia proliferativa da fáscia palmar, que ocorre na forma de nódulos e cordões, e que pode resultar em contraturas secundárias e irreversíveis das articulações dos dedos. Atividade da lesão e grau da deformidade são variáveis: o Alguns progridem constantemente o Outros: exacerbação e remissão (regressão rara) Lesões associadas: o 5% tem Ledderhose (contratura da fascia plantar) o 3% Peyronie o Coxins dos “nós dos dedos” (dorso das interfalangeanas proximais) o Epilepsia o Trauma o Ocupacional o DM Perfil do paciente de risco: o 25% da população céltica acima de 60 anos o Homens são 10x mais comum, mas quando acontece em mulheres é mais agressivo o 50-70 anos (mais cedo em homens que mulheres) o Anular e mínimo são os mais acometidos o Frequentemente bilateral (45%) o Raramente simétrico o Alcoolismo é um fator de risco conflitante Causa da doença é desconhecida o Microtaumas de repetição (presença de hemossiderina) o Mão não dominante x dominante tem igual incidência o Hereditariedade o Insuficiência vascular/tabagismo: fatores causais Patogênese: o Lesão inicia prega palmar distal e progride até comprometer os dedos anular e mínimo, levando a contratura em flexãodas metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais conforme a gravidade da doença. o Nódulos e cordões: fibroplasia e hipertrofia de fibras existentes na fáscia palmar o Nódulos progridem em 3 fases (Luck): Anatomia fáscia palmar: o Não é uma fáscia, nem é só palmar o É um sistema tridimensional de estruturas ligamentares especializadas, com origem e inserção precisa, constituindo um tecido fibroso contínuo o Tem 3 lâminas: superficial, intermediária e profunda. Fatores de mau prognóstico: o Hereditariedade o Resultados piores a longo prazo em mulheres o Alcoolismo/epilepsia o Doença bilateral o Coxins nos nós dos dedos o Ledderhose o Lado ulnar da mão o Comportamento da doença no passado Classificação – graduação segundo Tubiana 1955, somando-se os déficits de extensão Tratamento o Conservador: injeção de corticoide na presença de nódulo doloroso o Cirúrgico: principalmente quando já há algum grau de perda de função e indícios de progressão da doença. Incisões na pele (fechamento complexo) Fáscia (fasciotomia x fasciectomia parcial ou total) Articulações (em especial interfalangenas proximais – grau de rigidez) Se retira a fibroplasia (abaixo da derme) Técnica de McCash – palma da mão aberta (não precisa fechar a mão) Proliferativa Involutiva (contração dos nódulos) Residual (cordões fibrosos acelulares) Estágio 0 Sem contratura Estágio 1 0 a 45º Estagio 2 45 a 90º Estagio 3 90º a 135º Estagio 4 >135º Progressão mais rápida da doença e maior índice de recidiva Síndrome do Túnel do Carpo Síndrome compressiva mais frequente em nervo periférico Canal do carpo: o Ligamento transverso do carpo (teto): banda fibrosa espessa, inelástica, que liga radialmente tuberosidade do escafoide e parte do trapézio ao pisiforme e hámulo do hamato o Assoalho: ossos do carpo + ligamentos volares e intercarpais o Conteúdo: nervo mediando + 9 flexores dos dedos Fisiopatologia: o Tendão dos flexores: envoltos por sinovial Inflamação do túnel inelástico = compressão (exemplo: artrite reumatóide) o Outras patologias associadas: DM Alterações hormonais (menopausa) Gota Amiloidose Doenças da tireoide (hipotireoidismo) Insuficiência renal Tumores Acromegalia Gestação Pós-traumatico (fratura de rádio distal) Epidemiologia: o Mais frequente em mulheres (quase 70%) o Mais comum 40-60 anos Diagnóstico: o Queixa mais frequente: parestesia o Dor noturna ou ao amanhecer inicialmente (geralmente, dormimos com o punho em flexão volar) o Melhora com massagear/agitar mão o Pode irradiar até o braço e região peitoral o Unilateral e mão dominante: mais frequente Exame físico: o Alterações sensitivas na área inervada pelo mediano – sensibilidade no triangulo palmar se origina um pouco antes do túnel - Na área do túnel, pode não ter dor o Fraqueza abdução do polegar o Hipotrofia abdutor curto do polegar (atrofia tenar) o Teste de Phalen o Teste de Phalen invertido o Teste de Phalen modificado o Sinal de Tinel (percussão do mediano) o Teste de Durkan: mais específico de todos o Weber-Moberg: discriminação entre 2 pontos Triângulo palmar o Área entre a região tenar e hipotênar na palma da mão o Inervação: ramo cutâneo palmar do nervo mediano o Se origina 6 cm proximal ao TC o Sensibilidade preservada na síndrome Exames complementares: o Ecografia: importante método por ser não invasivo (E: 94% e S: 89%) o Eletroneuromiografia: exame complementar padrão-ouro Latência motora distal > 4ms Latência sensitiva distal >3,4ms Velocidade de neurocondução sensorial entre punho e região palmar < 40ms o RX: túnel view o TC e RNM: raras o Exames laboratoriais se suspeita de doenças sistêmicas Diagnóstico: clínico! Tratamento: o Conservador: quadro clínico pouco exuberante, com ausência de paresia/atrofia muscular Gestantes: melhora com o fim da gestação (indica-se órtese e no máximo uma infiltração) Doenças sistêmicas: controlar doença AINE, tala noturna e infiltração o Cirúrgico: Ausência de resposta ao tratamento conservador Longa evolução, com sinais já avançados da doença Procedimento de abertura do ligamento transverso do carpo → mini open, acesso amplo, liberação artroscópica, liberação com uso de retinaculótomo. Complicações (2-15% dos pacientes): mais comum é alívio incompleto dos sintomas Interpretação Distância entre 2 pontos Normal < 6 mm Regular 6-10 mm Precário 11-15mm Confirma diagnóstico!
Compartilhar