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Aula 10 dietas da moda

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DIETAS 
DA
MODA 
Unidade Curricular: Nutrição Estética
6o Semestre 
PESQUISAS APONTAM - BRASILEIROS
Deseja perder peso
Alega já ter prejudicado a saúde 
para emagrecer
Faz dieta constantemente por conta 
própria
Recorre a profissionais (nutricionista) 
para orientação sobre dieta 
49%
31%
30%
1%
CERCA DE 61-93% DOS INDIVÍDUOS RELATAM 
INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL
J O U R N A L O F C O N T E M P O R A R Y P S Y C H O T H E R A P Y ; D E C E M B E R 2 0 1 8 , V O L U M E 4 8 , I S S U E 4 , P P 1 8 9 – 2 0 4
Dietas 
cetogênicas
Dietas
Low carb
Jejum
Intermitente
Reeducação 
Alimentação
OBESIDADE
Classificada (OMS): 
Epidemia do século XXI
Alimentação possui um papel 
fundamental no tratamento
Surgem novas dietas para 
combater a 
obesidade/excesso de peso 
Aumento 
da 
Prevalência
DIETA DA LUA
DIETA DETOX
CARDÁPIO DETOX
DIETA BEVERLY HILLS
Surgiu 1972
 Fase 1: Indução
 Duração: 2 semanas 
 Consumo máximo de 20g de 
CHO. 
 Fase 2: Perda de peso 
continuada
 Duração: até atingir o peso 
desejado
 Consumo máximo de 40 – 60g de 
CHO
 Fase 3: Pré-Manutenção
 Duração: até descobrir a 
quantidade exata de CHO por dia 
p/ manter o peso
 Consumo: abaixo de 70g
 Fase 4: Manutenção
 Duração: pra sempre
DIETA DO DR. DUKAN
Surgiu tb
na 
década 
de 70
DIETA DO DR. DUKAN
PROTOCOLOFase 1: Ataque 
 Só alimentos ricos em PTN
 Proibido todos os carboidratos (frutas e legumes)
Fase 2: Cruzeiro
 Introdução de verduras e legumes
 Especifica os alimentos (intercalar dias com e sem)
Fase 3: Consolidação
 Introduzir até duas porções de frutas/dia
CHO duas vezes por semana ( < 40g)
Fase 4: Estabilização
 Fazer uma vez por semana a dieta da 1° fase
 3 colheres de aveia por dia
EXCESSO DE PESO NO MUNDO 
Por muitos anos 
Estudos de intervenção nutricional visando a perda de peso 
corporal focados em reduzir a gordura dietética
Poucos resultados positivos a longo prazo; sendo proposta na 
atualidade novas estratégias dietéticas
Dieta cetogênica - composta em grande parte por gorduras e 
importante restrição de carboidratos.
LOW-CARB X LOW-FAT
LOW-CARB: redução de alguns fatores de risco cardiometabólico:
• Redução de triacilgliceróis
• Aumento de colesterol HDL
• Maiores perdas de peso
• No estudo de Yanci et al.:
Grupo low-carb perdeu ~13% do peso após 6 meses de dieta ao passo que o 
grupo low-fat perdeu ~7% após o mesmo período.
Dietas low-carb parecem ter maior capacidade de induzir saciedade ( gorduras e 
proteínas). 
No entanto, as dificuldades em manter a aderência à dieta explicam sua baixa 
eficiência em longo prazo.
Observado em 12 primeiros meses
Em 24 meses NÃO
• Risco qualquer dieta restritiva em disparar comportamentos alimentares 
transtornados, obsessão, episódios de compulsão alimentar e transtornos 
alimentares
De acordo com a Associação Americana de Transtornos Alimentares: 
• 35% das pessoas que fazem dieta progridem para comportamento patológico 
• As pequenas vantagens na perda de peso, além de clinicamente pouco 
relevantes, tendem a desaparecer em longo prazo. 
• Dietas low-carb podem ser uma das opções de manejo da obesidade, o que 
não as qualifica como única, tampouco as melhores soluções.
• Low-carb insistem no erro histórico de procurar um único culpado por uma 
condição tão complexa como a obesidade.
Reduzir e moderar, alimentos e bebidas industrializados ricos em 
açúcares e carboidratos refinados seja melhor do que restringir 
radicalmente CHO. Em vez de low-carb, a less-carb, focada em uma 
escolha mais consciente da qualidade do carboidratos, parece-me 
muito mais sensata e razoável.
LOW-CARB X LOW-FAT
LC = redução 
de peso; TG; 
Aumento de 
HDL e LDL
Os níveis de colesterol total e 
LDL-colesterol foram menores 
após dietas com baixo teor de 
gordura em comparação com 
dietas com alto teor de gordura.
Por outro lado, nível mais alto de 
TG e menor nível de HDL-
colesterol foram encontrados 
após dietas com baixo teor de 
gordura em comparação com 
alto teor de gordura dietas.
Em conclusão, a manipulação da 
gordura na dieta influencia 
significativamente os níveis de 
lipídios no sangue em pessoas 
com sobrepeso ou obesidade.
• Comparada a dieta Low
Fat, a Low Carb teve > 
adesão e > perda de 
peso;
• Durante a perda de 
peso, os níveis séricos de 
triglicerídeos diminuíram 
mais e o nível de LDL-c 
aumentou mais com a 
dieta pobre em 
carboidratos do que 
com a dieta pobre em 
gordura.
DIETA ORIGINAL: 
90% - GORDURA 
10% - PROTEÍNA E 
CARBOIDRATO
Dieta composta de alto teor de 
gordura com níveis 
insuficientes de carboidratos 
para as necessidades 
metabólicas, forçando o 
corpo usar gordura como 
fonte de combustível.
*outras abordagens científicas 
com variações na oferta dos 
macronutrientes
DRI,2002
45 a 65% de CHO/ dia
Cetogênica
50g x 4 = 200Kcal
1 pão francês: 
~29g de CHO
• Os lipídios são metabolizados pelo fígado e 
sua oxidação gera os corpos cetônicos, que 
devido à falta de carboidratos são utilizados
pelo organismo como fonte de energia. 
• Como há excesso de lipídios, ocorre um 
aumento na produção dos corpos cetônicos
e, consequentemente, cetose.
FISIOLOGIA CETOSE
Após jejum prolongado ou dieta com um teor muito reduzido de HC 
Reservas de glicose insuficientes Fornecimento de glicose ao SNC
Produção de oxaloacetato para 
oxidação normal da gordura 
no ciclo de Krebs
Glicose forma-se a partir de duas fontes: 
• aminoácidos glicogénicos (glutamina e alanina) 
• glicerol libertados via quebra de triglicerídeos
Nos primeiros dias DC, a principal fonte de glicose é a gliconeogênese
A partir de aminoácidos (AA)
Depois de 30 dias, a contribuição de AA diminui enquanto aumenta a 
quantidade de glicose proveniente de glicerol.
O SNC não pode usar ácidos graxos como fonte de energia (não 
atravessam a barreira hematoencefálica), portanto, a glicose é normalmente 
o único combustível para o cérebro humano.
SNC precisa de uma fonte de energia alternativa. 
O corpo humano metaboliza os depósitos de gordura (lipólise) e os 
ácidos gordos livres - β-oxidação
Dando lugar aos corpos cetónicos: acetoacetato (AcAc), β-
hidroxibutirato (BHB) e acetona. 
FISIOLOGIA CETOSE
Cetogénese (matriz mitocondrial no fígado)
FORMAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
• Corpos cetônicos (cc) começam a ser utilizados como fonte de energia pelo 
SNC quando atingem uma concentração de cerca de 4 mmol / L.
• Os níveis sanguíneos cc em pessoas saudáveis não excedem 8 mmol /l, 
precisamente porque o SNC usa, com eficiência, essas moléculas como 
energia em vez de glicose.
Cetose fisiológica: 
cetonemia atinge níveis máximos de 7/8 mmol / L sem alteração no pH
Cetoacidose diabética descontrolada: 
cetonemia pode exceder 20 mmol / L com uma redução concomitante do pH 
do sangue
FISIOLOGIA CETOSE
CETOSE X CETOACIDOSE
A cetose nada mais é do que um estado normal do 
metabolismo, que ocorre na ausência de glicose. 
Cetoacidose condição decorrente do diabetes.
• hiperglicemia grave
• acidose metabólica 
• distúrbios hidroeletrolíticos 
DIETA CETOGÊNICA E EPILEPSIA
Nos anos 20 e 30, era utilizada como uma estratégia 
terapêutica para pacientes com epilepsia, doença 
caracterizada por desarranjo do sistema nervoso 
A oferta excessiva de gordura é capaz de manter o mecanismo 
metabólico de inanição, situação onde os lipídeos são usados 
como fonte energética, mantendo um estado de cetose.
A concentração dos corpos cetônicos no plasma, o grau de 
acidose, a desidratação parcial, mudanças na concentração 
lipídica e a adaptação metabólica do cérebro decorrentes da 
cetose seriam os principais fatores responsáveis pelo 
controle das crises.
REDUÇÃO
NO N° DE 
CRISES
Redução de ≥50% e ≥90% da frequência 
de crises no mês 3 e no mês 6.
DIETA CETOGÊNICA E EPILEPSIA
ESTUDOS CONTROVERSOS Revista A1
Revista A1Redução do peso corporal:
• Utilização das reservas de glicogênio muscular
• Para cada grama de carboidrato, existem três 
gramas de água em nosso organismo = perda de 
água
Atenção: A “desidratação” e seus efeitos deve ser 
controlada com a recomendação de ingestão de 
água em torno de 60 a 70ml/kg/dia.
ESTUDOS CONTROVERSOS
A DC pode ser útil como parte do tratamento de diabetes mellitus tipo 
2 e epilepsia (muito bem estabelecida).
Surgem também na literatura outras indicações clínicas como: para o 
acne, o cancro, o síndrome do ovário policístico (SOP), doenças 
neurológicas (Alzheimer, Parkinson, Autismo, Esclerose Múltipla), entre 
outras, para as quais as evidências neste momento são apenas 
emergentes.
Na perda de peso esta dieta mostrou ser eficaz, a curto e 
médio prazo; mas esta mesma dieta suscita preocupações 
entre os profissionais de saúde
ESTUDOS CONTROVERSOS
ESTUDOS CONTROVERSOS
O APETITE E A DC 
A "fome" é a principal causa de abandono das dietas com restrição 
energética.
Controle da fome: 2 hormônios Insulina
Leptina
Obesos - os níveis de insulina e leptina são mais elevados
Elevação constante levam a uma resistência
Perda parcial do sinal de saciedade ao cérebro. 
A DC demonstrou combater essa resistência metabólica, 
diminuindo os níveis séricos de leptina e insulina.
OS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES 
E A DIETA CETOGÉNICA
Uma preocupação comum : é que qualquer aumento na ingestão de 
gordura, aumentará o risco de doenças cardiovasculares. 
Vários estudos são utilizados para estabelecer diretrizes dietéticas 
Utilização de uma dieta com baixo teor de gordura
Prevenção da DCV
EFEITOS COLATERAIS DAS DC
Sintomas são especialmente predominante no período de 
adaptação à dieta, melhorando após 1 mês de dieta.
• Dor de cabeça
• Tontura
• Fadiga muscular
• Cólicas 
• Náuseas
• Constipação
• Insônia
• Na metanálise de todas as coortes (432 179 
participantes), tanto o baixo consumo de carboidratos 
(<40%) quanto o alto consumo de carboidratos (> 70%) 
conferiram maior risco de mortalidade do que a ingestão 
moderada.
• Os resultados variaram de acordo com a fonte de 
macronutrientes: a mortalidade aumentou quando os 
carboidratos foram trocados por gordura ou proteína 
derivada de animais.
DIABETES II
• Existe um interesse crescente na dieta 
cetogênica pelo controle do diabetes.
• A sensibilidade à insulina melhora, junto 
com o controle glicêmico .
• Melhorias na hemoglobina A 1c [HbA 1c ]
• Em um recente estudo randomizado de 8 
semanas, incluindo 34 homens e mulheres 
obesos de 60 a 75 anos de idade, aqueles 
que fizeram dieta cetogênica perderam 9,7% 
de sua gordura corporal, enquanto aqueles 
em dieta pobre em gordura perderam apenas 
2,1%.
• Os cetogênicos também perderam 3 vezes 
mais tecido adiposo visceral
• Hoje se sabe, porém, que os 
aminoácidos provindos das 
proteínas podem ser 
convertidos em glicose, 
levando o corpo para fora da 
condição de cetose. 
• Atualmente, uma dieta 
cetogênica bem formulada 
limita a proteína a quantidades 
adequadas para manter a 
massa corporal magra.
DIABETES II
JEJUM
INTERMITENTE
A presente meta-análise fornece evidências de que MSD melhora os 
resultados do controle glicêmico, peso corporal e fatores de risco 
cardiovascular em pacientes com DTM.
DIETA MEDITERRÂNEA
CONCLUSÃO
• Um programa de emagrecimento requer habilidade de manter as 
mudanças comportamentais da dieta e da atividade física. 
• O planejamento alimentar deve ser mais flexível, com o objetivo de 
reeducar e reavaliar os hábitos e comportamentos do indivíduo 
diante da comida, as preferências alimentares, o aspecto financeiro, o 
estilo de vida e a necessidade energética para a manutenção da saúde.
• As dietas balanceadas caracterizadas por serem compostas de 20% a 
30% de gorduras, 55% a 60% de carboidratos e 15% a 20% de 
proteínas visam a escolha de maior variedade de alimentos, adequação 
nutricional, maior aderência e resultam em perda de peso, muitas 
vezes, pequena, porém sustentadas

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