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Caso Coca cola

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A coca cola teve sua criação em 1889 pelo farmacêutico John Pemberton, ele misturou xarope com água gaseificada e vendeu usando uma máquina de dispensadora em uma drogaria. Cinco anos depois ela foi vendida para Asa Candler que comercializou de forma agressiva a coca cola por todo o estado da Georgia em 1895, mantendo sua fórmula original e guardada em um cofre no banco. Convencido de que o futuro da coca estava em ser vendido através das máquinas dispensadoras de bebidas, Candler vendeu seu direito de engarrafamento para dois advogados de Chattanooga por US$1, em 1899. Em 1916, Clander vendeu a coca para um grupo de investidores, liderados por Ernest Woodruff. Seu filho Robert Woodruff de 33 anos tornou-se o presidente quatro anos depois e que durou mais de seis décadas, Woodruff era bastante criativo e trouxe inovações para colocar a coca cola mais próxima do desejo de consumo, tais como caixa de papelão com seis garrafas, as geladeiras vitrines e as máquinas dispensadoras. Coca então tornou se um sinônimo de publicidade. 
Woodruff recebeu créditos por ter colocado a coca cola como um fenômeno internacional durante a II Guerra Mundial, prometendo coca cola por 5 centavos para todo homem uniformizado onde quer que ele esteja. Coca cola foi isenta do racionamento do açúcar em tempo de guerra pelas bebidas que vendiam para os militares. Sessenta e quatro fábricas foram criadas na II Segunda Guerra mundial, por toda Europa e Ásia, não só para servir os soldados americanos, mas também para servir os habitantes locais. Em 1955 Woodruff se aposenta oficialmente, mas continuou servido até sua morte em 1985, ele influenciava importantes decisões e participava ativamente das escolhas e uma delas foi a escolha do CEO Roberto Goizueta.
Goizueta era cubano, formado em engenharia química e assumiu a gestão em meio a uma intensa guerra de colas; Pepsi entrava no mercado e começava a enfraquecer o mercado da coca cola.
A Coca Cola durante os anos 80 lançaram 11 novos produtos, seu maior sucesso foi a coca cola diet. No final de 83, havia se tornado o refrigerante diet mais vendido do mercado.
Esperançoso para criar mais um sucesso, Goizueta cria uma “Nova Coca Cola” que foi um fracasso. Admitindo o erro ele volta com a antiga fórmula e com o nome “Coca Cola Clássica” e obteve a maior altas das ações em 12 anos. 
Em 1997 conhecido como a década perdida, Goizueta teve um final inesperado falecendo por câncer de pulmão. Crises financeiras pelo mundo, o maior recall da sua história e três trocas de CEOs, até a chegada em 2008 do Muhtar Kent. Ele era conhecido como agradável, mas implacável e movido por uma genuína paixão pelos negócios.
As bebidas gaseificadas representavam nos EUA um mercado de varejo de US$ 74 bilhões, prosperado pela intensa batalha em entre Coca e Pepsi por mais de um século. Podemos dividir o modelo de negócio de refrigerante em quatro participantes básicos: Produtores de concentrados como a própria Coca, engarrafadores, varejistas e fornecedores.
Em 1985 Goizueta fez a aquisição mais significativa e aproveitou a oportunidade de comprar dois dos maiores engarrafadores da Coca por US$ 2,4 bilhões. Em 1986, Goizueta criou a CCE (Coca Cola Enterprises) e manteve um grande controle, mas não majoritário, de 49% sobre CCE e vendeu 51% ao público. CCE tornou se o primeiro engarrafador ancora e continuo comprando engarrafadores menores.
Nos anos 2000 tivemos uma mudança significativa no gosto dos consumidores, um estilo de vida mais saudável com bebidas em sem gás e com menos açúcar. Em 2005 houve o lançamento da Coca zero com sabor de Coca cola e com zero caloria, registrando cinco anos consecutivos de aumento de vendas e se tornando o refrigerante mais bem sucedido após o lançamento da Coca Diet. A Coca Cola não media esforços e continuava adquirindo novos produtos como bebidas esportivas, água saborizada, chás e cafés pronto para beber, energéticos e sucos e néctares de fruta.
Bebida sem gás gerava uma nova e excitante oportunidade de crescimento e para os próximos cinco anos superava os 5 % enquanto as bebidas gaseificadas reduziam. Porém, bebidas sem gás demandavam grandes mudanças na linha de produção e engarrafamento. Como a empresa não tinha o controle dos engarrafadores, muitos dos seus produtos não chegavam ao mercado na mesma velocidade dos concorrentes. Inicialmente Pepsi ingressou de formar rápida e agressiva no mercado de bebidas sem gás.
Em fevereiro de 2010, o CEO Kent anuncia a maior mudança em seu modelo de negócios desde 1986, ele anunciou a aquisição das operações inteiras da CCE nos Estados Unidos, fazendo com ele se igualasse ao então modo da Pepsi que era de melhorar a distribuição de seus produtos. A Empresa também apostou na expansão das bebidas não gaseificas e fez algumas parcerias uma delas com Suco Del Valle, gerando um crescimento de volume de 42% nos últimos dois anos e conquistou a liderança da região.
Todas as estratégias adotas por Kent mostravam que ele estava no caminho certo. Em 2010 e início de 2011 foram registrados três trimestres consecutivos de crescimento, pela primeira vez em anos. A Coca Diet conseguiu alcançar o lugar até então dominado por duas décadas da Pepsi.
A coca cola mostrou uma trajetória repleta de desafios e vimos alguns tropeços que teve que se reinventar. Durante a segunda guerra mundial conseguiu uma expansão extraordinária na Ásia e na Europa, decidiu manter em seu poder os engarrafadores na América, lançou refrigerante Diet, investiu em bebidas não gaseificadas e sem calorias como a Coca Zero. Com o planejamento certo, conseguiu se manter líder no mercado das bebidas e viu o seu objetivo das bebidas sem gás ficando cada vez mais próximo. Com o mercado cada vez mais criativo e com os clientes cada vez mais pensado na sustentabilidade a empresa coca cola conseguiu e vem conseguindo se reinventar, inovando e analisado proposta contínuas de melhores planos de negócios.

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