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LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
Samuel Sousa Cavalcante: RA 1871425 
 
 
 
 
 
 
A história do Acre: Formação, declínio, apogeu e contemporaneidade do 
Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anajás-PA 
2020 
Samuel Sousa Cavalcante: RA 1871425 
 
 
 
 
 
 
 
A história do Acre: Formação, declínio, apogeu e contemporaneidade do 
Estado. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito para aprovação 
no Curso de Licenciatura em História sob a 
orientação da profª Leila Dutra Rodrigues. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anajás-PA 
2020 
RESUMO 
 
O trabalho buscou compreender a formação histórica do Estado Acreano, o 
apogeu e o declínio da sua economia durante o ciclo da borracha abordando as 
circunstâncias desse processo. Além de apontar as condições em que o Acre se 
encontra atualmente, dando enfoque na política desenvolvida. Por fim, a pesquisa 
apresenta em um contexto amplo os principais eventos que culminaram para o 
processo histórico do Estado. 
Palavras Chaves: Formação; declínio e apogeu; contemporâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work seeks to understand the historical formation of the Acreano State, the 
apogee and the decline of its economy during the rubber cycle, addressing the 
circumstances of this process. In addition to pointing out the conditions in which Acre 
is, giving focus to the policy developed and the real problems of the population. Finally, 
the research presents in a broad context the main events that culminated in the 
historical process of the State. 
Keywords: Training; decline and apogee; contemporary. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução ....................................................................................................... 6 
1º Capítulo- ACRE: Formação histórica ......................................................... 7 
2º Capítulo- O apogeu e o declínio da região .................................................. 11 
3º Capítulo- As questões do Acre ....................................................................15 
Sequência Didática ......................................................................................... 18 
Considerações Finais ..................................................................................... 21 
Referências .................................................................................................... 23 
Anexos ........................................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresenta o contexto histórico do Acre 
desde a sua formação, o apogeu e o declínio do ciclo da borracha, e a sua atual 
conjectura do Estado. 
A abordagem do tema em questão se justifica pela importância em 
compreender/ conhecer o processo histórico acreano, conhecendo todas as suas 
nuances, inclusive o processo de ocupação das terras que hoje fazem parte da sua 
extensão territorial. 
A pesquisa pretende abordar os principais eventos que culminaram para a 
integração e elevação do Território Acreano a Estado Brasileiro. Verifica-se a 
presença de interesses de minorias que tinham como objetivo o lucro em cima do 
comércio da borracha. Diante disso muitas pessoas foram enganadas e iludidas 
perante as promessas de enriquecimento com a retirada do “ouro branco” das terras 
acreanas, muitos desses cidadãos tiveram suas vidas ceifadas, e outros ainda hoje 
não tem notícia de seus familiares que ficaram em seu Estado de origem. 
Por fim o projeto busca contribuir para a compreensão da história do Estado, e 
também para todo o movimento histórico que culminou para a sua incorporação a 
federação. A metodologia adotada consistiu em: pesquisa bibliográfica, já que adota 
como fonte de dados artigos e textos impressos ou digitais de outros autores que já 
se debruçaram sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
CAPÍTULO I – ACRE: formação histórica 
 
Inicialmente no século 20 a área que hoje é correspondente ao Estado do Acre 
pertencia a Bolívia. Porém desde o início a maior parte da população não aceitava ser 
pertencente ao referido país, devido a maioria das pessoas que residiam nessa área 
serem migrantes de Estados brasileiros, principalmente vindos do Nordeste devido à 
forte seca que assolava a região na época. 
Mas havia também a população nativa, tribos indígenas de várias etnias e que 
sofreram com a ocupação do território. Na época os seringueiros chegavam a reunir 
cerca de cinquentas homens para matar os índios e aprisionar as mulheres. 
É mister assinalar que este processo de ocupação das terras do Acre, com a 
formação dos seringais foi marcado pela violência em relação aos povos 
indígenas frente “as correrias” que se processaram e o consequente 
aprisionamento, desestruturação cultural e genocídio , emergindo destes 
contatos interétnicos o preconceito social em relação ao índio, o qual ainda é 
muito presente na região acreana, pois o nativo do acre, na sua grande 
maioria, sacraliza a ascendência nordestina ou árabe e “esconde” ou 
abomina a indígena. (BEZERRA, 2006, p.86-87) 
No entanto mesmo perante essa rejeição da população, a herança indígena na 
história acreana é forte, na culinária, na cultura e até mesmo no próprio nome do 
Estado. Além de ter sido os primeiros guias e operários do processo de extração da 
borracha. 
Apesar da mão-de-obra indígena ter sido pouca utilizada no extrativismo da 
borracha, o seu conhecimento a respeito das leis naturais da floresta amazônica, 
contribuiu de maneira decisiva para o empreendimento gutífero, pois foram as 
diversas etnias nativas acreanas que ensinaram as técnicas necessárias para o 
funcionamento da empresa seringalista. 
É tão forte a sua presença na história do Estado, que até o mesmo o seu nome 
é de origem indígena. 
O nome Acre surgiu de “Aquiri”, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa 
dos índios Apurinãs, os habitantes originais da região banhada pelo rio que 
empresta o nome ao estado. Os exploradores da região transcreveram o 
nome do dialeto indígena, dando origem ao nome Acre. Os primeiros 
habitantes da região eram os índios, até 1877, quando imigrantes nordestinos 
arregimentados por seringalistas para trabalhar na extração do látex, devido 
aos altos preços da borracha no mercado internacional, iniciaram a abertura 
8 
 
de seringais. Este território, antes pertencente à Bolívia e ao Peru, foi aos 
poucos sendo ocupado por brasileiros. Os imigrantes avançaram pelas vias 
hidrográficas do rio Acre, Alto-Purus e Alto-Juruá, o que aumentou a 
população de local de brancos em cerca de quatro vezes em um ano. 
(PORTAL DE INFORMAÇÕES DO ESTADO DO ACRE, 2020) 
A principal atividade econômica na época era a exploração de seringas para 
obtenção de borracha. Naquele momento os brasileiros não aceitavam a autoridade 
boliviana e pediam para serem incorporados ao Brasil. 
Em nível mundial o mundo vivenciava a fase imperialista do capitalismo, onde 
havia um grande consumo de produtos manufaturados e um colonialismo das regiões 
produtoras de matéria prima. Nesse momento implica dizer que a população indígena 
nativa, os seringueiros e seringalistas da região do “atual Acre” estavam à mercê da 
exploração imperialista. Considerando que havia muito mão de obra barata, matéria 
prima abundante e mercado consumidor de produtos industrializados. 
O Tratado de Ayacucho de 1867 delimitava a fronteira entre Brasil e Bolívia, 
mas especificamente ente a foz do rio Beni e Mamoré, até encontrar a nascente do 
rio Javari. Para Bezerra (2006, p. 20) a dança das linhas de limites entre Portugal e a 
Espanha conduziram ao Tratado de Ayacucho, através do qual,a Bolívia tornou-se 
proprietária formal das terras do atual Acre. 
Após alguns anos já em 1890, havia mais de trezentos seringais na região, 
ultrapassando as limitações do acordo firmado entre os dois países, assim o governo 
boliviano percebeu que precisava agir rapidamente para não perder parte de seu 
território. 
Mas mesmo com toda essa resistência, em 1899 é fundada a cidade de Puerto 
Alonso atual Porto Acre e começam a recolher impostos sobre as atividades 
extrativistas da população, além de taxas aduaneiras. 
Havia um intenso movimento de migrantes que se emaranhavam pelas matas 
em busca das seringueiras. Com isso surgiu também as casas aviadoras que 
forneciam alimentos, vestimentas, calçados, utensílios para a lida na extração do 
látex. 
Essas casas davam subsídio aos seringueiros, nome assim denominados 
aqueles que extraiam a borracha, porém esse suporte custava caro aos extrativistas, 
que em muitos casos ficavam anos trabalhando somente para pagar essas dívidas. 
9 
 
Em 1890 o Brasil reconheceu a soberania da Bolívia na região, esse apoio se 
deu em função do Acordo de Ayacucho. Mas os brasileiros extrativistas estavam por 
fora dessas informações e se revoltaram. 
No mesmo ano o advogado Jose Carvalho liderou uma batalha que resultou na 
expulsão dos bolivianos. A Bolívia então passou a negociar através do Bolivian 
Syndicante com o objetivo de o Estados Unidos fornecer armas para uma futura guerra 
contra o Brasil, enquanto a Bolívia concederia cinquenta por cento sobre os direitos 
de exportação da borracha destinado a qualquer porto da dita república por dez anos. 
O governador do Amazonas José Cardoso Ramalho Júnior enviou Luis Gálvez 
Rodriguez de Arias juntamente com quantidade de militares para ocupar Puerto 
Alonso. Na região Gálvez conquistou o apoio dos seringalistas e proclamou a 
República do Acre. 
Depois de oito meses, em 1900 o presidente Campos Sales extinguiu a recém 
criada república e os bolivianos retornaram a região. Mas o então governador Silvério 
Neri mandou outra expedição a região. 
Para Manaus era um prejuízo total perder a região para a Bolívia, considerando 
os vultuosos impostos oriundos das regiões. Essa remessa ficou conhecida como 
“Expedição dos Poetas, denominada assim porque era composta por intelectuais. 
Mas esse grupo foi logo derrotado e então surgiu a figura de José Plácido de 
Castro que com o apoio dos seringalistas e seringueiros conseguiu lograr êxito em 
todas as frentes de batalhas. 
Plácido era motivado pelo fato de discordar que o Acre fosse administrado 
pelos Estados Unidos através do Bolivian Syndicate, que tentaram ocupar o Acre, mas 
desistiram ao ver que os brasileiros já tinham dominado a maior parte do rio e das 
terras da região. 
A partir daí Plácido de Castro organizou o governo e passou a reivindicar que 
fosse reconhecido oficialmente a anexação do Acre ao Brasil. Então o recém 
empossado, Ministro Barão do Rio Branco, afastou o Bolivian Syndicate e propôs que 
em troca da desistência do Acre pagaria dez mil libras esterlinas. 
A intenção do Brasil naquele momento era manter sobre a sua dominação 
brasileiros mesmo estando em terras bolivianas. Em 17 de novembro de 1903 com a 
assinatura do Tratado de Petrópolis encerram vários conflitos. A intervenção do 
diplomata Barão do Rio Branco e do embaixador Assis Brasil, financiados pelos 
Estados Unidos e pelos barões de borracha foi decisiva para esse processo. 
10 
 
Finalmente, iniciaram-se as conversações, e depois de uma série de 
propostas e contra propostas, o Tratado de Petrópolis foi assinado, ficando 
acordado que mediante compensações territoriais em vários pontos da 
fronteira, a construção por parte do Brasil de uma estrada de ferro (a Madeira-
Mármore), a liberdade de trânsito pelo caminho de ferro e pelos fluviais até o 
Oceano Atlântico; e com mais uma indenização de dois milhões de libras 
esterlinas, a Bolívia cederia o Acre. Desta vez, segundo Rio Branco, estava 
acontecendo uma verdadeira expansão territorial, já que segundo ele os 
pleitos anteriores apenas haviam mantido o “patrimônio nacional. 
(MONTEIRO, 2008, p.69) 
A lei nº 1.181 de 25 de fevereiro de 1904 e o decreto 5.188 de 07 de abril do 
mesmo ano criou os três departamentos: Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruá. Mas em 
1912 o Alto Juruá foi desmembrado para formar o Alto Tarauacá. 
O Peru também reivindicava o Acre, porém não conseguiu estabelecer seu 
controle na região, sendo expulsos pela própria população e posteriormente em nova 
tentativa pelo exército brasileiro. Em 1909 o Barão do Rio Branco estabeleceu com 
governo do Peru um acordo acertando os limites entre os dois países. 
De 1904 a 1920 o Acre era coordenado pelo Governo Federal, os prefeitos 
nessa época eram escolhidos pela Federação. Em função do grande comércio em 
torno da extração da borracha o Acre teve a sua população aumentada em um curto 
espaço de tempo. 
Mas a população não estava contente com essa formação e reivindicava que o 
Território se tornasse Estado, então surgiu em 1910 a primeira revolta chamada 
“Revolta do Alto Juruá”, depois em 1913 novos conflitos, e por fim já em 1918 a 
“Revolta dos Autonomistas” em Sena Madureira, mas os revoltosos foram vencidos 
pelas forças federais. 
Em 1920 foi unificado as quatro prefeituras departamentais, e a população se 
sentiu beneficiada pela reforma, ficando Rio Branco como a capital do Território. No 
entanto vários movimentos ainda reivindicam a elevação, porém somente em 15 de 
junho de 1962 o Acre através da lei 4.070 de autoria do então deputado Guiomar 
Santos se tornou Estado da federação. 
Art. 1.º O Território à o Acre, com seus atuais limites é erigido em Estado do 
Acre. (LEI. 4.070 de 15 de junho de 1962) 
Naquele ano, o presidente João Goulart sancionou a devida lei que 
transformava o Território do Acre em Estado. Atualmente o Acre faz divisa com 
Amazonas, Rondônia, Bolívia e Peru. 
11 
 
O Estado está situado num planalto com altitude média de 200 m, localizado 
no sudoeste da Região Norte, entre as latitudes de -7°06´56 N e longitude - 
73º 48' 05"N, latitude de - 11º 08' 41"S e longitude - 68º 42' 59"S. Os limites 
do Estado são formados por fronteiras internacionais com Peru (O) e Bolívia 
(S) e por divisas estaduais com os estados do Amazonas (N) e Rondônia (L). 
As cidades mais populosas são: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá 
e Sena Madureira. (PORTAL DO ESTADO DO ACRE, 2020) 
Em relação as figuras conhecidas que contribuíram para a elevação do território 
a estado, foi dado as cidades do Acre seus nomes, entre elas está Rio Branco, Plácido 
de Castro e Assis Brasil, como sinal de reconhecimento e homenagem aos mesmos. 
 
 
CAPÍTULO 2 – O apogeu e o declínio do Estado Acreano: Ciclo da 
Borracha. 
 
Com a expansão da indústria automobilística, a demanda por matéria prima 
aumentou, principalmente no que se refere ao consumo de borracha para a confecção 
de pneus. 
Na época o principal mercado consumidor era os Estados Unidos, sendo que 
nessa época o Brasil se tornaria o maior produtor de borracha, devido as seringueiras 
serem árvores nativas em alguns estados como: Amazonas, Pará e Acre. O auge do 
ciclo da borracha oriunda das terras brasileiras ocorreu entre o ano 1878 a 1912. 
Em 1878 chegou ao Acre (ou melhor, na região que em 1903 se tornaria o 
Território Federal do Acre) o colonizador João Gabriel Carvalho e Mello, que 
se fixou nas terras já chamadas de Boca do Acre, onde passou a produzir 
borracha, acompanhado em seguida por outros seringalistas. (PONTES, 
2014, p. 01) 
A borracha era tão importante para a economia brasileira a ponto de despertar 
interesse do governo brasileiro para integrar o Acre ao território nacional. Naquele 
momento a mesma respondia por uma grande parte do Produto Interno Bruto, 
revelando uma importante fonte de riqueza para o país. 
[...]a primeira grande participação daborracha na história do Brasil aconteceu 
no final do século XIX e no início do século XX, na Amazônia, quando a 
exploração deste vegetal proporcionou a atração de estrangeiros em busca 
de riquezas e a expansão da colonização, transformando sociedades e 
culturas e impulsionando o crescimento de importantes cidades como 
12 
 
Manaus, Belém e Porto Velho, além da compra e depois criação do Estado 
do Acre. (BUENO, 2012, p.11) 
Tanto o Brasil quanto a Bolívia tinham amplo interesse em exportar borracha, 
considerando os altos lucros que ela proporcionava. Para se ter ideia a borracha era 
tão lucrativa que Manaus foi a segunda cidade brasileira a ter energia elétrica, depois 
do Rio de Janeiro. 
Na era da borracha Belém e Manaus gozavam de muito luxo e esbanjavam 
riquezas, considerando que a maioria dos seringalistas tinham residências nessas 
cidades. Nessa época foram construídos palacetes, teatros, mercados, ruas 
totalmente pavimentadas e iluminadas, dentre outras construções que duram até os 
dias de hoje. 
Nesse período os seringais estavam em pleno vapor, havia um intenso 
comércio de venda e compra de borracha. A borracha era trocada pelos seringueiros 
por produtos industrializados, vestimentas, calçados etc., com os seringalistas, e estes 
por sua vez revendiam o látex a vários países do mundo como os Estados Unidos e o 
Reino Unido, chegando inclusive a receber em libras esterlinas pela matéria prima. 
Os rios foram essenciais para esse processo, considerando que na época eram 
o único meio de escoar a produção acreana, inclusive a casas de aviação eram 
construídas a beira rio, o que facilitava o contato com quem vinha pelo rio e com quem 
estava nos seringais. 
Da seringa surgiu o seringal, espaço físico apropriado por um proprietário em 
condições de recrutar trabalhadores e de abrir e explorar as matas. Do 
seringal surgiu o seringueiro, que, a princípio, designava o extrator do látex e 
o proprietário das árvores. Só mais tarde é que houve a diferenciação entre 
os dois, surgindo o termo seringalista para o “dono das matas” de seringa. 
(MORAIS, 2016, p. 30) 
Os primeiros trabalhadores na extração da borracha foram os índios, que mais 
tarde foram sendo substituídos na grande maioria por nordestinos. De acordo com 
Conselho Indigenista Missionário (2012, p.08) a força de trabalho mobilizada pela 
empresa extrativista se compôs de migrantes do Nordeste e indígenas sobreviventes 
do genocídio praticado durante a conquista. 
Entre os principais motivos para a vinda dessas pessoas para o Acre se deve 
a seca que assolava o nordeste naquela época, o preconceito que eles sofriam por 
serem nordestinos, a propaganda que era feita em relação a Amazônia como terra do 
ouro branco. “Pontes (2014) demonstra que a importância da borracha para a 
13 
 
economia do Brasil foi expressiva, já que no final do século XIX a borracha era 
responsável por 25,7% dos valores das exportações brasileiras, ficando em segundo 
luar, sendo somente superada pelas exportações de café (52,7%).” 
Nessa época o fluxo econômico na região era tão grande que cidades 
brasileiras viveram um período de franca expansão, gozavam de serviços telefonia, 
avenidas e ruas asfaltadas, linhas de bondes, entre outras bem feitorias que somente 
os grandes centros possuíam. 
A riqueza promovida pela borracha permitiu que essas cidades participassem 
do espírito eufórico da Belle Époque. A Belle Époque (bela época) refere-se 
ao triunfo burguês no momento em que se notava grande desenvolvimento 
material e tecnológico. O comércio expandia-se pelo mundo e integrava-se 
com regiões de vários pontos do planeta. (PONTES, 2014, p.13) 
O declínio do ciclo da borracha iniciou após a entrada da Ásia na produção da 
matéria prima, que fizeram com que as exportações brasileiras despencassem, e 
minguasse a produção nacional. 
A década de 1910 foi marcada pela produção da borracha no Oriente, 
sobretudo, a borracha inglesa produzida na Malásia, onde timidamente 
produziu 3 toneladas em 1900, contra mais de 26 mil toneladas produzida na 
Amazônia brasileira, passou a produzir em 1913, 47 mil toneladas contra 38 
mil toneladas de borracha brasileira, sendo esse o ano que marca a quebra 
do monopólio brasileiro na exportação da borracha em detrimento da 
produção internacional. (PONTES,2014, p. 02) 
No continente asiático foram cultivadas as sementes contrabandeadas do 
território brasileiro, principalmente na Malásia. A principal causa do declínio da 
produção da borracha brasileira foram: o cultivo racional da borracha na Ásia, o que 
diminuía consideravelmente os custos produtivos. 
Em conjunto com o baixo custo da produção asiática estava a passividade e a 
falta de incentivo e iniciativa do governo brasileiro para o fortalecimento da cadeia 
produtiva do látex. “Pontes (2014) confirma que [...] a participação (ou a falta dela) dos 
governantes que não incentivaram a criação de projetos administrativos que visassem 
um desenvolvimento sustentado da atividade de extração do látex ou de qualquer 
outra atividade na região.” 
Em 1913 o Brasil não tinha mais como competir com o mercado asiático, 
mesmo abaixando o preço de seu produto não alcançaram êxito. Nesse momento 
muitos seringais foram abandonados e alguns seringueiros retornaram para seus 
estados de origem. Outros ficaram à mercê da própria sorte nas cidades acreanas. 
14 
 
Entre seringalistas, alguns se estabeleceram a partir de outas atividades, enquanto 
outros colocaram fim a própria vida. 
Em 1942 houve um pequeno apogeu novamente da produção da borracha. 
Com a Segunda Guerra Mundial as forças japonesas dominaram a Malásia diminuindo 
significativamente a produção do látex naquele país. Esse fato fez com que 
reascendesse no governo brasileiro o sonho de voltar a ter o monopólio do comércio 
da borracha. 
Com intuito de fornecer borracha para os EUA, e resolver o problema da seca 
que castigava o nordeste, o Governo brasileiro então convocou em forma de 
alistamento homens para reativarem os seringais a anos abandonados. 
O governo brasileiro, então, decidiu que a melhor forma de fornecer mão-de-
obra barata para os seringalistas poderem produzir mais borracha em menos 
tempo na região amazônica era direcionar para lá a migração de nordestinos 
– exatamente como havia ocorrido no final do século XIX. A seca de 1942, 
não tão intensa quanto à ocorrida entre 1897-99, em tese tornava a tarefa de 
convencimento menos árdua. (BUENO, 2012, p.100 a 101) 
No entanto chegando aos seringais, “os soldados da borracha” perceberam que 
a realidade era bem diferente do aquela divulgada pelo governo, ali encontraram 
doenças, animais selvagens e peçonhentos, dívidas infinitas, e decepção diante da 
imensidão verde. 
Com o final da Segunda Guerra Mundial ficou confirmado o fracasso do projeto 
que levou milhares de nordestinos (cerca de 50 mil) para Amazônia, especialmente o 
Acre. O Brasil perdera novamente a participação efetiva no comércio externo da 
borracha. 
Após o fim dos Acordos de Washington a produção dos seringais malasianos 
foi retomada. Como os EUA deixaram de comprar a produção de borracha do 
Brasil e o mercado interno só tinha condições de comprar 50% do total 
produzido, o bom gumífero entrou em um novo colapso, representando a 
crise do Segundo Ciclo da Borracha. (PONTES, 2015, p.11) 
Naquele momento os migrantes foram se estabelecendo (os que sobreviveram) 
de acordo com as condições existentes, sem apoio do Estado, ou quaisquer outras 
unidades de apoio que lhes pudessem asseguram algum direito ou assistência. 
A situação ficou difícil para os seringalistas e para os Soldados da Borracha. 
Os seringalistas mais uma vez diminuíram a produção até que não 
conseguiram mais pagar as dívidas e decretaram falência, chegando a 
vender seus seringais a preços bem abaixo do mercado para pecuaristas 
15 
 
vindos do sul na década de 1970.Situação trágicatambém foi para os 
“arigós”, que não conseguiram voltar para casa, sendo obrigados a ficarem 
nos seringais, que a cada ano diminuíam a produção, passaram a viver da 
agricultura, da coleta de produtos florestais e depois de expulsos dos antigos 
seringais a partir da década de 1970 foram mendigar nas cidades, realizando 
trabalhos domésticos e simples como vendedores ambulantes. (PONTES, 
2015, p.11) 
Somente em 1988 que “os soldados da borracha” assim denominados, 
conseguiram perante a justiça o direito a receberem dois salários-mínimos. Segundo 
“Bueno (2012) [...] a partir da Constituição de 1988 que os sobreviventes obtiveram o 
direito de receber o benefício de dois salários-mínimos mensais.” 
A ação imperialista do Estado Nacional, a ganância de autoridades, e o sonho 
de trabalhadores em fazer riqueza subsidiaram a chamada ida para o “Inferno Verde”, 
que resultou na riqueza de poucos e na morte ou enfermidade de muitos. Os que 
conseguiram escapar das doenças, dos animais selvagens, dos índios e de outros 
perigos ofertados pela região ficaram abandonados, sem qualquer notícia de seus 
entes familiares. 
Diante do exposto fica evidente que as pessoas que migraram para a Amazônia 
foram norteadas por interesses velados dos poderes dominantes, que se utilizaram 
das mazelas de algumas regiões, para atender seus objetivos econômicos. Esse 
plano engenhoso custou a vida de milhares de pessoas, além da perca da convivência 
familiar, da saúde e até mesmo da dignidade humana. 
 
 
CAPÍTULO 3 – As questões do Acre 
 
Após o apogeu e o declínio da borracha, o Acre caiu no esquecimento por parte 
do governo federal. Em 1970 o estado tinha a maioria da sua população concentrada 
na zona rural e uma minoria na zona urbana. A atividade principal da economia 
acreana era o comércio mercantilista, herança do ciclo da borracha. 
No entanto com a chegada da frente pecuarista o cenário mudou, os 
seringueiros e indígenas reagiram contra essa nova empreitada do governo federal, 
porém não conseguiram impedir que os migrantes sulistas adentrassem as terras 
acreanas. 
16 
 
A ditadura reagiu e respondeu com a criação dos projetos de colonização 
com duplo objetivo: amenizar as tensões políticas geradas pelos conflitos 
sociais em torno da disputa pela terra na região e, ao mesmo tempo, dar 
segmento a “modernização conservadora” em nível nacional, via migração 
dirigida de camponeses pobres do Sul e Sudeste para a Amazônia. Com essa 
medida, o espaço agrário acreano passou a se reconfigurar também entre o 
campesinato, com a chegada de trabalhadores oriundos de outras trajetórias 
socioculturais e políticas. (Conselho Indigenista Missionário, 2012, p.9) 
Em 1980, os seringueiros contrários a essas ações e já organizados em 
sindicatos rejeitavam a maioria das ações da República. Na época Chico Mendes era 
presidente de um desses sindicatos, o mesmo defendia a criação da Reforma Agrária 
dos Seringueiros. De acordo com Conselho Indigenista Missionário (2012, p.9) com 
as RESEX pretendia-se uma transformação estrutural na lógica do uso dos bens 
naturais e apropriação do produto do trabalho. 
A ideia das Reservas extrativistas surgiu em 1985 como parte do movimento 
de resistência dos seringueiros acreanos a expropriação da terra e ao 
processo de devastação da floresta, constituindo uma “novidade” por ser 
resultante direta da luta política dos seringueiros acreanos que, têm a 
experiência de por mais de um século viverem da exploração dos produtos 
da floresta causando pouco ou quase nenhum dano ao ecossistema florestal. 
(BEZERRA, 2006, p.284) 
Importante se levar em conta que o conceito das RESEX começou a receber 
mais atenção após a morte de líderes sindicais, principalmente no exterior. 
Considerando que a preservação da Amazônia provoca a atenção de potências 
mundiais, principalmente os Estados Unidos. 
[...] os conflitos pela posse de terra frente ao confronto entre os “paulistas” e 
os seringueiros posseiros, os quais culminaram em atos de violência os mais 
diversos, gerando, inclusive, assassinatos de lideranças de movimentos dos 
sindical rural, que se organizou no contexto desses conflitos. (OLIVEIRA, 
2016, p.252) 
Com o assassinato de Chico Mendes em 1988, a aproximação das ONGs 
nacionais e internacionais, a vinculação do sindicato dos seringueiros ao Partido dos 
Trabalhadores e a ascensão do Partido ao governo estadual estabeleceu no Acre o 
título de Estado Verde. 
Porém, sabese que o título ficou meramente teórico. Em poucos anos as áreas 
de terras particulares de grande extensão triplicaram, enquanto os pequenos sitiantes 
possuem cerca de 50 a 100 hectares. Segundo o dossiê do Conselho Indigenista 
17 
 
Missionário (2010, p.10) as duas atividades mais predatórias, pecuária extensiva de 
corte e exploração madeireira, triplicaram em apenas uma década. 
A implantação do “desenvolvimento sustentável” nestas terras 1) fez do 
estado uma espécie de semicolônia de grandes centros; 2) não freou a 
destruição ambiental; e 3) minou o domínio das populações locais sobre seus 
territórios, assegurando a exploração deste e de suas riquezas a 
empresários, sobretudo, às madeireiras vindas de fora. (CONSELHO 
INDIGENISTA MISSIONÁRIO, 2012, p.33) 
Com isso aumentou se a concentração de renda e o agravamento da pobreza, 
fatores estes que alavancam outros problemas sociais como o tráfico e uso de drogas, 
a violência, a prostituição, entre outros problemas graves que assolam o Estado, e o 
governo finge não existir. Além de reprimir fortemente qualquer movimento que vai 
contra seus interesses. 
A Economia Verde significa a penetração de praticamente todos os níveis das 
nossas vidas pelo paradigma de dominação apontado por Adorno e 
Horkheimer. Enquanto a coerção de regimes totalitários é aparente, as 
estratégias hegemônicas do Capitalismo Verde, na superfície, ainda se 
apresentam como benevolentes e racionais e se tornam mais difíceis de 
enxergar. Estas estratégias se baseiam em complexas construções 
simbólicas, funcionam através de manipulação, corrupção de relações de 
solidariedade entre comunidades, estabelecimento de relações de 
dependência econômica e manifestam sua violência em lugares dispersos, 
ofuscando assim sua causa comum. (CONSELHO INDIGENISTA 
MISSIONÁRIO, 2012, p.15) 
A economia do Estado atual está alicerçada no funcionalismo público e na 
pecuária extensiva, além de atividades do comércio. No Acre há poucas indústrias e 
a agricultura é basicamente de subsistência. 
É evidente que nesses vintes anos de hegemonia petista em comparação aos 
primórdios de sua formação, o Acre continua sob a dominação de grupos minoritários, 
que por traz de um discurso de amor ao Estado, de prosperidade, e de preservação 
de suas florestas, retiram seus recursos de forma legalizada com o objetivo de atender 
seus próprios interesses. Segundo “Bezerra (2006), atualmente as políticas do 
governo estadual se “movem” entre as teses neo-extrativismo e as dos economicistas, 
que gozam de maior aceitação e são conceituados por Elder Paula de “mercadores 
da natureza”. 
18 
 
Em 2018 com a perca da eleição estadual e federal os problemas se agravaram 
ainda mais, considerando que no processo de transição o atual governo tem como 
objetivo passar para o governador eleito com um déficit menor. No entanto sabe se 
que para isso, os cortes em cargos de confiança e contratos temporários estão sendo 
uma realidade. 
Depois de cento e dezesseis anos de sua incorporação ao território brasileiro e 
de cinquenta e seis anos de sua elevação a Estado, com uma população de 869.265 
habitantes de acordo com IBGE, o Acre apresenta problemas que se assemelham a 
grandes cidades brasileiras, principalmente no tocante a segurança pública. 
Diante do exposto pode se concluir que o Acre se formou a partir do interesse 
econômico, isto é, da exploração da borracha, e nenhum momento se deu porinteresse patriótico. E até os dias de hoje, mesmo em menor potencial, ainda é 
administrado em favor de interesses minoritários. 
 
 
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
 
CRONOGRAMA 
 
 
DATAS AULAS DURAÇÃO CONTEÚDO 
 
02/11/2020 
 
 
1ª 
 
50min 
Introdução sobre a formação 
histórica do Estado do Acre. 
 
05/11/2020 
 
 
2ª 
 
50min 
Análise e debates sobre o território 
acreano. 
 
 
 
09/11/2020 
 
 
 
 
 
3ª 
 
 
 
50min 
Visitar a biblioteca escolar como 
Trabalho Interdisciplinar e confecção 
de mural de fotos traçando um 
paralelo com a realidade atual, 
descrevendo as transformações que 
ocorreram em toda região. 
19 
 
Delimitação 
O presente trabalho será desenvolvido em uma turma do 9º ano do Ensino 
Fundamental. 
 
Objetivos 
- Demonstrar aos alunos a importância da formação da região acreana; 
- Trabalhar de forma clara e objetiva de como o atual Estado do acre, que antes 
pertencia a Bolívia, tornou-se território brasileiro; 
- Criar um espaço de análise e discussão sobre o apogeu e o declínio da região, 
levando a conscientização de que as ações executadas mudaram o destino de toda 
uma região. 
 
Estratégias de ensino 
As estratégias utilizadas na sequência didática serão: 
- Leitura e interpretação de textos; 
- Debates; 
- Questionários; 
- Produção e apresentação de sinopses. 
 
Recursos 
- Livros, artigos e documentários; 
- Internet 
- Aparelho de DVD e filmes em DVD, 
- Computador com projetor; 
- Jornais, cartazes e revistas eletrônicas. 
 
Sugestão de Trabalho Interdisciplinar 
A visitação a biblioteca escolar através de uma proposta conjunta com os 
professores de Geografia e História. Os alunos formarão grupos e realizarão, após 
pesquisa na biblioteca, a confecção e montagem de murais de fotos da época da 
criação do estado, fazendo um paralelo com a realidade atual, identificando aspectos 
de transformação e as chegadas de imigrantes. Os grupos apresentarão os murais 
confeccionados que depois serão expostos na escola. 
 
20 
 
Avaliações 
As avaliações serão feitas da seguinte forma: 
- Participação – 2 pontos 
- Trabalho interdisciplinar – 5 pontos 
- Atividades – 3 pontos 
 
Desenvolvimento 
1ª aula 
Conceituação e apresentação do período da formação do território que hoje é 
chamado estado do Acre na região norte no ano de 1904, descrição de todo o 
processo que levou esse território pertencer ao Brasil; A economia da região estava 
ligada diretamente a extração da borracha, tendo como os índios os primeiros 
seringalistas; A chegada dos nordestinos na região. 
 
2ª aula 
 Inicialmente os alunos assistirão em sala de aula a uma sinopse sobre o 
quando o território deixou de pertencer a Bolívia. 
Após, os alunos serão divididos em grupos e serão distribuídos livros, artigos, 
documentários, bem como, disponibilizadas plataformas de pesquisa na internet sobre 
a formação de Acre para análise e debate de todos os alunos. 
Em seguida o professor irá levar os alunos a responderem questões referentes 
ao conteúdo exposto e analisado, propondo assim as seguintes questões para 
resolução: 
1- Atualmente Acre possui apenas 22 municípios, por quê? 
2- O que foi o Tratado de Petrópolis? 
3- Como ficou conhecida a disputa pelo território do atual Acre entre Bolívia, 
Peru e Brasil? Explique. 
4- Por quem era constituída a sociedade colonial do Vale do Guaporé? 
5- Qual o produto que fez com que houve a migração dos nordestinos para o 
Acre? 
Assim, logo depois de respondidas as questões, os alunos irão confeccionar 
sínteses de todo o conhecimento exposto, visando a fixação de todo o conteúdo 
ministrado pelo professor. 
 
21 
 
3ª aula 
Nessa aula serão apresentados os trabalhos pelos grupos referentes a 
atividade interdisciplinar que propunha a visitação da biblioteca escolar no colégio de 
ensino médio, Rui Barbosa. 
 Cada grupo apresentará seu trabalho que depois será afixado no mural da 
escola. 
 
 
Considerações finais 
 
O estudo enfocou a formação, o apogeu, o declínio e a contemporaneidade do 
Estado do Acre, demonstrando um contexto histórico dessa parte do território 
nacional. 
Na primeira parte o projeto de pesquisa buscou demonstrar uma linha dataria 
linear de acontecimentos que culminaram na inclusão e elevação do território a Estado 
Brasileiro. Trata se de demonstrar que as conquistas alcançadas são resultantes de 
muitas lutas que custaram a vida de muitas pessoas, e por isso não devem se perder 
no esquecimento ou pior ainda ficarem desconhecidas perante a nação. 
No segundo momento a pesquisa apontou o apogeu e o declínio do ciclo da 
borracha. Onde os Estados do Amazonas, Pará, Rio de Janeiro tiveram uma franca 
expansão estrutural, econômica, social, e em menor proporção o Acre. 
Na terceira dimensão o estudo enfocou as questões que envolvem o Acre na 
atualidade, principalmente no que diz respeito às questões políticas por terem uma 
interferência direta na vida população e consequentemente na construção histórica do 
Estado. 
Por fim, foi apresentado informações e conceitos de autores que tratam sobre 
o tema e que demonstram que essa “A história do Acre” está sendo discutida por 
diferentes pensadores, que demonstram interesse sobre a verdadeira história desse 
ente da federação. 
Dessa forma a pesquisa demonstrou que muitos embates se deram no 
processo histórico do mais novo estado brasileiro, e que a sua histórica continua a ser 
construída, porém interesses de minorias ainda prevalecem sobre as necessidades 
da maioria da população. Assim a pesquisa contribuiu para que a história desse 
22 
 
Estado que lutou tanto para ser brasileiro, e que teve muitas vidas ceifadas nesse 
processo seja reconhecido, aceito e valorizado pelo demais brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Referências: 
 
BÔAS, L. P.S.V. Uma abordagem da historicidade das representações social.2010. 
BEZERRA, Maria José. Invenções do Acre: de Território a Estado- um olhar social. 
2006. 
BUENO, Ricardo: Borracha na Amazônia: As cicatrizes de um ciclo fugaz e o início da 
industrialização. Novembro/2012. 
CONSELHO INDIGENISTA MISSIOÁRIO: Dossiê Acre: Documento especial para a 
cúpula dos povos. Rio de Janeiro, 2012. 
JODELET, D. Loucuras e representações sociais. Petrópolis: Vozes, 2005. 
MONTEIRO, Antônio Tavares. O processo de anexação do Acre ao Brasil sob a ótica 
do direito dos tratados e do paradigma do realismo político das relações 
internacionais. 2008. 
PONTES, Carlos José de Farias. O primeiro ciclo da borracha no Acre: da formação 
dos seringais ao grande colapso. 2014. 
PONTES, Carlos José de Farias. A guerra no inferno verde: segundo ciclo da 
borracha, o front da Amazônia e os soldados da borracha. 2015. 
MORAIS, Maria de Jesus. Acreanidade: Invenção e Reinvenção da Identidade 
Acreana. Rio Branco, 2016. 
PLANALTO. LEI Nº 4.070 DE 15 DE JUNHO DE 1962. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4070.htm, acesso em: 
25/08/2020. 
PORTAL DO GOVERNO DO ACRE. Portal de Informações do Governo do Acre. 
Disponível em: http://www.ac.gov.br/wps/portal/acre/Acre/estado-acre/turismo, 
acesso em: 27/08/2020. 
CONTINET. O ACRE EM UM SÓ LUGAR. Disponível em: 
https://contilnetnoticias.com.br/2018/08/memoria-e-cultura-precisam-se-conectar-as-
novas-geracoes-diz-historiador-sobre-revolucao-acreana/, acesso em 09/11/2020. 
BIBLIOTECA DIGITAL. LUSO – BRASILEIRA. Disponível em: 
https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/43636, aceso em: 09/11/2020. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4070.htm
http://www.ac.gov.br/wps/portal/acre/Acre/estado-acre/turismo
https://contilnetnoticias.com.br/2018/08/memoria-e-cultura-precisam-se-conectar-as-novas-geracoes-diz-historiador-sobre-revolucao-acreana/
https://contilnetnoticias.com.br/2018/08/memoria-e-cultura-precisam-se-conectar-as-novas-geracoes-diz-historiador-sobre-revolucao-acreana/https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/43636
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Anexo 
 
Figura 1- Acordo entre Bolívia e Estados Unidos da América 
 
 
Figura 2 – Carta geográfica do Acre por Plácido de Castro em 1907. 
 
Castro, Plácido de, 1873 - 1908 
 
Fonte: Continet - O Acre em um só lugar

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