Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BOVINOS EXAME CLÍNICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Bárbara Cezarino | Clínica de Grandes I | Professora Renata Caminha Gomes ANATOMIA • Vias aérea anteriores (superiores): Narinas, fossas nasais, septo nasal, conchas nasais (coanas), seios paranasais (conchais dorsais, médios e ventrais; maxilares; frontais e esfenopalatinos), nasofaringe, laringe e bolsas guturais • Vias aéreas posteriores (inferiores): Traquéia, brônquios, bronquíolos (pulmões), alvéolos e cavidade pleural FUNÇÃO • Hematose • Equilíbrio ácido básico • Termorregulação (em grandes animais 95% feita pelo sist. Tegumentar) • Olfação FISIOLOGIA • Inspiração – processo ativo e mais rápido • Expiração – processo passivo e mais lento (mantém uma relação de 1:1 nos equinos) • Defesas do sistema respiratório o Depende do tamanho das partículas o Filtragem nas cavidades nasais o Tosse ou espiro o Movimento muco ciliar o Macrófagos alveolares o Secreção e imunoglobulinas: IgA (trato anterior) e IgG (pulmões) AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO VIAS AEREAS ANTERIORES 1. OESTROSE Definição: Parasitose da mosca OESTRUS OVIS que deposita seus ovos na cavidade nasal dos animais susceptíveis (ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos cervídeos). Ocorrência mundial nos meses quentes do ano (primavera a outono) Ciclo biológico: Mosca Oestrus Ovis deposita o ovo na cavidade nasal do animal. 3 estágios larvais que ocorrem dentro do septo nasal e quando a larva atinge o estágio L3, tende a cair no solo através do espirro (expulsão através do espirro – no solo a larva irá fazer um ciclo terrestre para se transformar de larvar à mosca -metamorfose). Patogenia: Inflamação da cavidade nasal pela presença de larvas na mucosa causando um quadro de sinusite Sinais e sintomas: • Anorexia • Agitação • Escondem a cabeça • Coçando o focinho • Espirros • Secreção nasal purulenta – relacionada a sinusite (uni ou bilateral) • Lacrimejamentos • Sinusite • Dispneia • Transtornos nervosos e locomotores – dependendo do grau de acometimento • Emagrecimento progressivo • Morte por desnutrição – se não houver diagnostico Diagnóstico: através dos sinais clínicos, exame das cavidades nasais (coleta do verme) e endoscopia (não é utilizado) Diagnóstico diferencial: corpos estranhos, adenocarcinoma nasal, pneumonia, traumatismo, sinusite e língua azul Tratamento: ivermectina na dose de 200ug/kd subcutâneo (ou via oral) Controle e Profilaxia: ivermectina 200ug/kg VO ou SC no final do verão e outra dose no inverno 2. BRONCOPNEUMONIAS Agente etiológico: manheim Complexo doença respiratória bovina → entidade clínica única de broncopneumonia, mas causado por inúmeras associações de agentes infecciosos, comprometimento das defesas do hospedeiro e condições ambientais PERIODO DE QUEDA DA IMUNIDADE DE BEZERROS: associada a desmama A. Pneumonia Enzóotica dos Bezerros → RAÇAS LEITEIRAS– possuem problemas de instalações normalmente por ser criado com a vaca à pasto associado a desmama precoce (1 mês de vida) Desenvolvimento da Janela de susceptibilidade à pneumonia – queda dos anticorpos colostrais pela metade devido a desmama precoce nos bezerros das raças leiteiras (fazer desmame depois do 3º mês) → fatores de risco: asfixia neonatal, ftip (falha de transferência imunopassiva) e problemas de instalação como estresse (cortisol eleva), má nutrição, altas concentração de amônia Lavagem sob alta pressão Instalação/ventilação Umidade relativa Temperatura ambiental/ampla variação da temperatura diária Concentrações de amônia Formação de aerossol Exposição a patógenos transportados pelo ar Espaço por bezerro Contato direto com animais mais velhos Infeção viral Corticosteroides endógenos Transferência passiva inadequada Deficiência vitamínica/mineral Multiplicação bacteriana nasal Desafio bacteriano pulmonar Broncopneumonia bacteriana Depuração bacteriana pulmonar prejudicada B. Febre do Transporte → RAÇAS DE CORTE – chamado de operação de recria, ou seja, quando o bezerro é passado da cria para a recria é quando há a queda da imunidade dos bezerros, pois é quando são desmamados e transportados → aumento do nível de cortisol (fatores estressantes) tanto pelo transporte quanto pela mudança do manejo ambiental e alimentar Sinais e sintomas: • Apatia • Posição ortopneica • Hiporexia/anorexia • Corrimento nasal e ocular Permanência prolongada em instalações de comercialização Antimicrobianos na água de bebida Desmame próximo a introdução Fornecimento de ração rica em energia a introdução Métodos cirúrgicos próximo à introdução Mistura de bovinos de várias fontes Desidratação Introdução de novos bovinos nas instalações do confinamento por períodos prolongados Baixos títulos de anticorpos contra vírus no momento da introdução Acidose Corticosteroides endógenos Infeção viral Multiplicação bacteriana nasal Desafio bacteriano pulmonar Depuração bacteriana pulmonar prejudicada Broncopneumonia bacteriana Deficiência vitamínica/ mineral mineral Ampla variação de temperatura diária Elevada concentração de partículas de poeira transportadas pelo ar • Tosse • dispneia • Febre Exame Físico: percussão • Uso de martelo pleximetrico ou digito digital e é feita a auscultação de som maciço nos espaços intercostais (seios paranasais e tórax bilateralmente) ÁREA DE DELIMITAÇÃO DA AUSCULTAÇÃO E PERCURSSÃO • 10 EIC dorsal → 1º ponto de referência • Metade da 9ª costela → 2º ponto de referência • Articulação escapulo umeral → 3º ponto de referência • Ponta do cotovelo → 4º ponto de referência Diagnóstico: • Sinais clínicos • Histórico/anamnese • Hemograma Identificação da bactéria para fazer um programa de profilaxia: • Swab nanais + citologia + cultura e antibiograma • Lavado traqueal + citologia + cultura e antibiograma • Sorologia – se for um vírus Tratamento: • Controle da Infestação Bacteriana ATB: Amoxilina, Ampicilina, Ceftiofur, Enrofloxacina • Redução da Febre e Inflamação Pulmonar AINES: Flunexim Meglumine • Manutenção do Fluxo de Ar e Conservação das Trocas Gasosas Broncodilatadores e Mucolíticos: Cloridrato de Bromexina • Terapia de Suporte Fluidoterapia e Oxigenioterapia, Bicarbonato de Sódio (Acidose Metabólica) C. Pneumonia Verminótica Possui os mesmos sintomas de uma pneumonia bacteriana (é comum o animal estar associado a uma pneumonia bacteriana) Definição: ingestão de volumoso/pasto contaminado com larvas Dictyocaulus viviparus 1. Ingestão de larvas → pasto contaminado → trato digestório 2. L3 → Linfonodos mesentéricos no intestino → Larvas L4 (fase adulta do verme) que são capazes de atingir a circulação 3. Maturação e ovipostura da L4 no Pulmão via linfático ou via sanguíneo → sintomas de pneumonia 4. Deglutição de ovos e defecação – fechamento do ciclo – ovos chegam no intestino novamente contaminando o solo novamente Acometimento: Bezerros são mais susceptíveis Período pré patente: de 3 4 semanas Exame complementar: método diagnóstico é o exame coproparasitológico (larva L1) Sinais e sintomas: • Apatia • Posição ortopneica • Hiporexia/anorexia • Corrimento nasal e ocular • Tosse • dispneia • Febre Tratamento: • Controle da Infestação Bacteriana ATB: Amoxilina, Ampicilina, Ceftiofur, Enrofloxacina • Redução da Febre e Inflamação Pulmonar AINES: Flunexim Meglumine • Manutenção do Fluxo de Ar e Conservação das Trocas Gasosas Broncodilatadores e Mucolíticos: Cloridrato deBromexina • Terapia de Suporte Fluidoterapia e Oxigenioterapia, Bicarbonato de Sódio (Acidose Metabólica) • Antiparasitário: benzimidazóis, levamisol ou as ivermectinas EXAME CLÍNICO DO SISTEMA TEGUMENTAR Bárbara Cezarino | Clínica de Grandes I | Professora Renata Caminha Gomes ANATOMIA • Epiderme múltiplas camadas celulares • Derme Diferentes grupos celulares + fibras colágenas + mucopolissacarídeos de onde emergem os folículos pilosos → (lesões alopecias) • Hipoderme Camada delgada (subcutâneo) – vasos, artérias e veias (lesões hemorrágicas) • CICATRIZAÇÃO: 1. INFLAMAÇÃO 2. LIMPEZA CELULAR/DEBRIDAMENTO 3. GRANULAÇÃO/PREENCHIMENTO 4. CONTRAÇÃO 5. EPITELIZAÇÃO FUNÇÕES • Principal barreira com o meio ambiente • Proteção: contra microorganismos, traumas, injúrias, desidratação • Caracterização fenotípica (manchas permanentes) • Identificação • Produção de anexos cutâneos – pelos (crina, cauda), unha/cascos/garras, glândulas sudoríparas/sebáceas, chifres (temporário) e cornos (definitivo- prolongamento ósseo) • Termorregulação • Secreção • Produção de vitaminas (D) • Sistema sensorial AFECÇÕES DA PELE DOS RUMINANTES BEM ESTAR • Espelho da saúde e produção LIMITAÇÕES DE MERCADO • Febre aftosa • Couro • Exposições 1. PRIMEIRA INTENÇÃO – FERIDA FECHADA 2. SEGUNDA INTENÇÃO – FERIDA ABERTA ZOONOSES • Dermatofilose • Tricofitose • Ectima contagioso • Pseudovaríola bovina EXAME CLÍNICO DA PELE: sistema que mais gera problemas nos diagnósticos por indução via proprietário, sintomas confusos, alterações frequentes, etc. IDENTIFICAÇÃO/ANAMNESE/HISTÓRICO Identificação: Raça – holandesa → carcinoma espinocelular/ Jersey → hipotricose Espécie – ectima contagioso Idade – dermatofitose, papilomatose dos bezerros/ estágio imunológico Sexo – lesões em vulva e glândula mamária de fêmeas e acrobustite em machos Utilidade – tração, sela, a pasto Coloração da pelagem (pigmentação) – quanto mais dispigmento mais sujeito a alteração de pele → melanoma equino tordilho Procedência – região onde veio Histórico e Anamnese o Queixa principal → alopecia, prurido o Antecedentes → se é redicivante o Quando foi o início do quadro o Evolução o Antecedentes familiares o Doenças associadas o Sazonalidade o Tratamentos prévios – importante saber se há um tratamento tópico na pele daquele animal, e o ideal é que esteja há 48h sem tratamento o Manejo ambiental, alimentar e sanitário → alergias, contactantes, parasitas (endo e ectoparasitas) o ECTOPARASITAS: • Bernes • Miiases ANAMNESE 50% EXAME FÍSICO 35% EXAMES COMPLEMENTARES 15% DIAGNÓSTICO • Carrapatos – boophilus microplus causador de tristeza parasitária bovina • Piolhos • Mosca do chifre • Sarnas EXAME FÍSICO GERAL EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: uma avaliação meticulosa em relação ao tipo, tamanho, localização das lesões, além da presença ou não de secreção, etc. baseada na inspeção pode ser fundamental para um bom diagnóstico Inspeção 1. Distribuição - onde estão as lesões 2. Morfologia - como são as lesões: o Configuração – regular, irregular o Topografia – plana, proeminente (aumento de volume) o Profundidade – profunda (sangrante) Palpação 1. Sensibilidade – se está dolorisa 2. Volume – diminuindo ou aumentado de tamanho 3. Espessura → espessa ou adelgaçada 4. Elasticidade → tensa ou elástica 5. Temperatura → regiões quentes com inflamações 6. Consistência → lesão pode estar mole, dura ou firme 7. Umidade → presença ou ausência Exames complementares: • Raspado de pele (deve haver sangue) → Exame direto e citológico (normalmente para lesões planas) • Citologia aspirativa → atualmente nas suspeitas de processos neoplásicos tem se utilizado a Punção Aspirativa para avaliação citológica também (punção de lesões nodudales/proeminentes) • Biópsia → histológico (lesões nodulares/proeminentes) – retirada do nódulo) 1. ECTOPARASITAS A. CARRAPATOS Boophilus microplus causador de Tristeza Parasitária Bovina B. MOSCA DO CHIFRE Temperatura e umidade Período chuvoso Cinco a dez mil moscas por bovino Sintomas: alteração local na pele • Qualidade do couro • Estresse elevado • Emagrecimento – deficiência nutricional e imunológicca C. PIOLHO Linognathus vituli → sugador Parte lateral do pescoço, focinho, peito, dorso, cabeça e entre os membros Locais quentes e úmidos D. MIÍASE (Bicheira) Larva da mosca Cochliomyia hominivorax Períodos mais quentes e chuvosos Necessita de uma ferida aberta para depositar sua larva Tecido necrótico E. BERNE Larva da mosca Dermatobia hominis Consegue se instalar na pele íntegra Regiões arborizadas Dia quente noite fria F. SARNA Não é tão comum em grandes animais Alopecia, queda de pelo DOENÇA AGENTE ETIOLÓGICO TTO BERNE DERMATOBIA HOMINIS IVERMECTINA MIÍASE COCHILOMYA HOMINIVORAX IVERMECTINA CARRAPATOS RIPHICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPHUS IVERMECTINA CIPERMETRINA* AMITRAZ PIOLHOS HAEMATOPINUS TUBERCULATUS LIGNONATHUS PP BOVICOLA SPP CIPERMETRINA* AMITRAZ MOSCA DO CHIFRE HAEMATOBIA IRRITANS CIPERMETRINA* SARNA PSORPTES PP CHORIOPTES SPP SARCOPTES SABEI AMITRAZ 2. PAPILOMATOSE (Figueira) Definição: doença infectocontagiosa, crônica causada por um vírus da família Papovaviridae, denominado de vírus da Papilomatose Bovina (VPB) que causa lesões Verrucosas em várias partes do organismo animal • Vírus do grupo A (tipos 1, 2 e 5) – originam fibropapilomas • Vírus do grupo B (tipo 3, 4 e 6) – originam papilomas epiteliais Localização: • INTERNAMENTE → papiloma no esôfago/estômago impedindo a abertura da cárdia, causando timpanismo crônico; boca; língua; região genital e bexiga (causando hematúria crônica) • EXTERNAMENTE: em toda a região do corpo Histórico e acometimento: animais jovens são mais susceptíveis, todavia todas as faixas etárias podem ser atingidas. Dentre as raças, a Holandesa (Preto e Branco) apresenta maior predisposição e infecções secundárias podem advir sob a forma de micoses, miíases e infecções bacterianas. Transmissão: direta ou indireta, por meio de moscas, carrapatos, cercas, cochos de alimentação, cochos d’água, cordas, equipamentos utilizados para marcação (identificação), equipamentos de ordenha Tratamento: tratamento no geral tem baixa eficácia • 85% dos casos = autolimitante • Retirada cirúrgica e cauterização com nitrato de prata → aquelas que resultam em sinais clínicos graves • Clorobutanol – inibe a proliferação do vírus • Autohemoterapia – sem respaldo científico • Vacina autógena → Aplicar em cada animal (bezerro ou adulto) 5 ml da vacina por via subcutânea, repetindo 6 aplicações, com intervalo de 5 dias: 1. Retirar e desprezar a parte queratinizada dos papilomas (parte externa); 2. Pesar 20 gramas de papilomas e lavá-los com solução fisiológica (solução de NaCla 0,9%); 3. Adicionar 80 ml de solução fisiológica e tritur ar os papilomas em um liquidificador; 4. Passar a mistura em uma peneira de malha fina; 5. Adicionar 0,5 ml de formol (solução comercial contendo 38 ou 40 % de formoldeido) para cada 100 ml do preparado já filtrado das porções mais grosseiras (20 g de papiloma + 80 ml de solução fisiológica); 6. Adicionar 5 milhões de Unidades Internacionais de Penicilina, Procaína ou Potássica; 7. Manter a mistura durante 24 horas a 37º C (estufa ou banho-maria); 8. Separar em frascos estéreis, com rolha de borracha (tipo penicilina) contendo cada amostra de 5 ml; 9. Conservar a vacina em geladeira (4º C); 10. Aplicar em cada animal (bezerro ou adulto) 5 ml da vacina por via subcutânea, repetindo 6 aplicações, com intervalo de 5 dias. TIPO DO VÍRUS LOCAL DO PAPILOMAEVOLUÇÃO VPB TIPO 1 Fibropapilomas no têto e pênis Regride espontaneamente em até 1 ano VPB TIPO 2 Fibropapilomas cutâneo na cabeça e pescoço (múltiplos e cinzas) Regride espontaneamente em até 1 ano VPB TIPO 3 Papiloma cutâneo epitelial Não regride espontaneamente VPB TIPO 4 Papilomas na mucosa do trato digestivo VPB TIPO 5 Fibropapilomas no teto e úbere (semelhante grão de arroz) Não regride espontaneamente VPB TIPO 6 Papiloma epitelial nos tetos 3. FOTOSSENSIBILIZAÇÃO Definição: enfermidade decorrente da sensibilidade da pele a luz em função de agentes fotodinâmicos A. PORFIRIA Definição: doença hereditária que determina má formação da molécula de hemoglobina por deficiência enzimática permitindo a deposição de agentes fotodinâmicos nos ossos, dentes, urina e pele Histórico e acometimento: animais jovens pois é genética hereditária Deficiência enzimática → uroporfirinogênio III cossintáse gera os substratos fotodinâmicos: • Uroporfirinogênio I • Coproporifinogênio I Tratamento: não existe Sinais Clínicos: urina marrom escura, dentes escuros, anemia, lesões cutânias – eritema, edema, necrose B. INGESTÃO DE PRÉ-FORMADOS Definição: ingestão de medicamentos que causam fotossensbilidades PLANTAS MEDICAMENTOS Erva de São João Fenotiazina Trigo Serraceno Tetraciclina Cicuta Negra (Furocumarina) Sulfas X ACÚMULO DE AGENTES FOTODINAMICOS SOB A PELE ENERGIA TÉRMICA ALTA REATIVIDADE LESÕES DÉRMICAS ENERGIA LUMINOSA PORFIRIA INGESTÃO DE PRÉ -FORMADOS HEPATÓGENA C. HEPATÓGENA OU SECUNDÁRIA Definição: fotossensibilidade causada pela micotoxina na ingestão de Brachiaria decumbens contaminada por fungo Phitomyces chartarum Patogenia: fígado incapacitado de excretar filoeritrina → acúmulo de filoeritrina no sangue a na pele Tratamento: • Retirar o animal da exposição à luz solar – se possível • Retirar ou evitar o agente causador – realizar possível trocas de pasto e cortes de 20 cm de altura • Limpeza das feridas • Pomadas anti-inflamatórias • Pomatas antis sépticas e cicatrizes • Prevenção de miiases • Facilitadores do metabolismo hepático – glicose, metionina e complexo B • Compostos a base de zinco – oxido de zinco de 20 a 38 mg zn/lg, radiação solar Profilaxia: sulfato de zinco – 0,35 zn/L na água 4. EDERMATOFITOSE/TINHA/TRICOFITOSE (Micoses) Definição: afecção altamente contagiosa mais comum de pele nos equinos causada por fúngos (Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton Verrucosum) e sua contaminação se dá pelo contato direto ou fômites contaminados, e se prolifera com em condições de subnutrição, superpopulação e animais imunedeprimidos, condição auto-limitante Histórico e Anamnese • Animais jovens ou idosos • Queda de pelos Sintomas • Alopecia circular com queda de pelos • Engrossamento da pele • Pápulas Sinais Clínicos e Diagnóstico: inicialmente nota-se pápulas com perda dos pelos com sensibilidade ao toque, mas com o avançar da doença nota-se a presença de crostas (epiderme aumenta o movimento das células para remoção mecânica dos fungos). Como existe um comprometimento da haste, estes se quebram facilmente ou caem – demonstrando alopecia, classicamente circular. Exames Complementares: raspado de pele – exame direto ou cultura fúngica preferencialmente dos bordos das lesões. Tratamento: terapias tópicas para auxiliar o tempo de cicatrização das lesões • Manejo dos utensílios • Xampus anti-sépticos →peróxido de benzoíla ou clorexidina, assim como soluções a base de iodo (Iodine®, Povidine®, Biocid®) podem ser utilizados diariamente na forma de solução ou em banhos. • Não possui muita relevância nos planteis pois tem resolução espontânea em 4 meses e tem os animais possuem alta resistência a reinfecção 5. ECTIMA CONTAGIOSO (dermatite pustular contagiosa, dermatite labial infecciosa, boca crostosa ou boqueira) Acomete apenas pequenos ruminantes Zoonose: isolar o animal e tratar o mais rápido possível Definição: vírus do gênero parapox virus ; lesões crostosas principalmente na mucosa oral e na face transmitida através de lesões (normalmente animais que comem feno seco e lesionam a boca) Isolar o animal e tratar o mais rápido possível Autolimitante – resistência de 2 a 3 anos Tranmissão: contato direto/indireto Tratamento: • Solução de permanganato de potássio a 3% ou solução de iodo a 10% acrescido de glicerina (1:1), • Vacina viva na pele escarificada (2 anos de imunidade) → o vírus só entra se houver uma lesão (não entra na pele íntegra)
Compartilhar