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Afecções de Bovinos

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BOVINOS 
EXAME CLÍNICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Bárbara Cezarino | Clínica de Grandes I | Professora Renata Caminha Gomes 
 
ANATOMIA 
• Vias aérea anteriores (superiores): Narinas, fossas nasais, septo nasal, 
conchas nasais (coanas), seios paranasais (conchais dorsais, médios e 
ventrais; maxilares; frontais e esfenopalatinos), nasofaringe, laringe e bolsas 
guturais 
• Vias aéreas posteriores (inferiores): Traquéia, brônquios, bronquíolos 
(pulmões), alvéolos e cavidade pleural 
FUNÇÃO 
• Hematose 
• Equilíbrio ácido básico 
• Termorregulação (em grandes animais 95% feita pelo sist. Tegumentar) 
• Olfação 
FISIOLOGIA 
• Inspiração – processo ativo e mais rápido 
• Expiração – processo passivo e mais lento (mantém uma relação de 1:1 nos 
equinos) 
• Defesas do sistema respiratório 
o Depende do tamanho das partículas 
o Filtragem nas cavidades nasais 
o Tosse ou espiro 
o Movimento muco ciliar 
o Macrófagos alveolares 
o Secreção e imunoglobulinas: IgA (trato anterior) e IgG (pulmões) 
AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
VIAS AEREAS ANTERIORES 
1. OESTROSE 
Definição: Parasitose da mosca OESTRUS OVIS que 
deposita seus ovos na cavidade nasal dos animais 
susceptíveis (ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos 
cervídeos). Ocorrência mundial nos meses quentes do 
ano (primavera a outono) 
Ciclo biológico: Mosca Oestrus Ovis 
deposita o ovo na cavidade nasal do animal. 
3 estágios larvais que ocorrem dentro do 
septo nasal e quando a larva atinge o estágio 
L3, tende a cair no solo através do espirro 
(expulsão através do espirro – no solo a larva 
irá fazer um ciclo terrestre para se 
transformar de larvar à mosca -metamorfose). 
 
Patogenia: Inflamação da cavidade nasal 
pela presença de larvas na mucosa causando um quadro de sinusite 
 
Sinais e sintomas: 
• Anorexia 
• Agitação 
• Escondem a cabeça 
• Coçando o focinho 
• Espirros 
• Secreção nasal purulenta – 
relacionada a sinusite (uni ou 
bilateral) 
• Lacrimejamentos 
• Sinusite 
• Dispneia 
• Transtornos nervosos e locomotores – 
dependendo do grau de acometimento 
• Emagrecimento progressivo 
• Morte por desnutrição – se não houver diagnostico 
Diagnóstico: através dos sinais clínicos, exame das cavidades nasais (coleta do 
verme) e endoscopia (não é utilizado) 
Diagnóstico diferencial: corpos estranhos, adenocarcinoma nasal, pneumonia, 
traumatismo, sinusite e língua azul 
Tratamento: ivermectina na dose de 200ug/kd subcutâneo (ou via oral) 
Controle e Profilaxia: ivermectina 200ug/kg VO ou SC no final do verão e outra 
dose no inverno 
2. BRONCOPNEUMONIAS 
Agente etiológico: manheim 
Complexo doença respiratória bovina → entidade clínica única de 
broncopneumonia, mas causado por inúmeras associações de agentes infecciosos, 
comprometimento das defesas do hospedeiro e condições ambientais 
PERIODO DE QUEDA DA IMUNIDADE DE BEZERROS: associada a desmama 
A. Pneumonia Enzóotica dos Bezerros → 
RAÇAS LEITEIRAS– possuem problemas 
de instalações normalmente por ser 
criado com a vaca à pasto associado a 
desmama precoce (1 mês de vida) 
Desenvolvimento da Janela de 
susceptibilidade à pneumonia – queda 
dos anticorpos colostrais pela metade 
devido a desmama precoce nos 
bezerros das raças leiteiras (fazer 
desmame depois do 3º mês) → fatores 
de risco: asfixia neonatal, ftip (falha de 
transferência imunopassiva) e problemas 
de instalação como estresse (cortisol 
eleva), má nutrição, altas concentração de amônia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lavagem sob 
alta pressão 
Instalação/ventilação 
Umidade relativa 
Temperatura 
ambiental/ampla variação da 
temperatura diária 
Concentrações de 
amônia 
Formação de 
aerossol 
Exposição a patógenos 
transportados pelo ar 
Espaço por bezerro 
Contato direto com 
animais mais velhos 
Infeção viral 
Corticosteroides 
endógenos 
Transferência passiva 
inadequada 
Deficiência 
vitamínica/mineral 
Multiplicação 
bacteriana 
nasal 
Desafio 
bacteriano 
pulmonar 
Broncopneumonia 
bacteriana 
Depuração 
bacteriana 
pulmonar 
prejudicada 
B. Febre do Transporte → RAÇAS DE CORTE – chamado de operação de recria, 
ou seja, quando o bezerro é passado da cria para a recria é quando há a queda 
da imunidade dos bezerros, pois é quando são desmamados e transportados → 
aumento do nível de cortisol (fatores estressantes) tanto pelo transporte quanto 
pela mudança do manejo ambiental e alimentar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais e sintomas: 
• Apatia 
• Posição ortopneica 
• Hiporexia/anorexia 
• Corrimento nasal e ocular 
Permanência 
prolongada em 
instalações de 
comercialização 
Antimicrobianos 
na água de bebida 
Desmame próximo 
a introdução 
Fornecimento de 
ração rica em energia 
a introdução 
Métodos cirúrgicos 
próximo à introdução 
Mistura de bovinos 
de várias fontes 
Desidratação 
Introdução de novos 
bovinos nas instalações 
do confinamento por 
períodos prolongados 
Baixos títulos de 
anticorpos contra 
vírus no momento 
da introdução 
Acidose 
Corticosteroides 
endógenos 
Infeção viral 
Multiplicação 
bacteriana 
nasal 
Desafio 
bacteriano 
pulmonar 
Depuração 
bacteriana 
pulmonar 
prejudicada 
Broncopneumonia 
bacteriana 
Deficiência 
vitamínica/ 
mineral 
 
mineral 
Ampla variação 
de temperatura 
diária 
Elevada 
concentração 
de partículas de 
poeira 
transportadas 
pelo ar 
• Tosse 
• dispneia 
• Febre 
Exame Físico: percussão 
• Uso de martelo pleximetrico ou digito digital e é feita a auscultação de som 
maciço nos espaços intercostais (seios paranasais e tórax bilateralmente) 
ÁREA DE DELIMITAÇÃO DA 
AUSCULTAÇÃO E PERCURSSÃO 
• 10 EIC dorsal → 1º ponto de 
referência 
• Metade da 9ª costela → 2º 
ponto de referência 
• Articulação escapulo umeral 
→ 3º ponto de referência 
• Ponta do cotovelo → 4º 
ponto de referência 
 
Diagnóstico: 
• Sinais clínicos 
• Histórico/anamnese 
• Hemograma 
 
Identificação da bactéria para fazer um programa de profilaxia: 
• Swab nanais + citologia + cultura e antibiograma 
• Lavado traqueal + citologia + cultura e antibiograma 
• Sorologia – se for um vírus 
 
Tratamento: 
• Controle da Infestação Bacteriana 
ATB: Amoxilina, Ampicilina, Ceftiofur, Enrofloxacina 
• Redução da Febre e Inflamação Pulmonar 
AINES: Flunexim Meglumine 
• Manutenção do Fluxo de Ar e Conservação das Trocas Gasosas 
Broncodilatadores e Mucolíticos: Cloridrato de Bromexina 
• Terapia de Suporte 
Fluidoterapia e Oxigenioterapia, Bicarbonato de Sódio (Acidose Metabólica) 
 
 
C. Pneumonia Verminótica 
Possui os mesmos sintomas de uma 
pneumonia bacteriana (é comum o 
animal estar associado a uma 
pneumonia bacteriana) 
 Definição: ingestão de volumoso/pasto 
contaminado com larvas Dictyocaulus 
viviparus 
 
1. Ingestão de larvas → pasto 
contaminado → trato digestório 
 
2. L3 → Linfonodos mesentéricos no 
intestino → Larvas L4 (fase adulta do verme) que são capazes de atingir a 
circulação 
 
3. Maturação e ovipostura da L4 no Pulmão via linfático ou via sanguíneo → 
sintomas de pneumonia 
 
4. Deglutição de ovos e defecação – fechamento do ciclo – ovos chegam no 
intestino novamente contaminando o solo novamente 
 
Acometimento: Bezerros são mais susceptíveis 
Período pré patente: de 3 4 semanas 
 
Exame complementar: método diagnóstico é o exame coproparasitológico (larva 
L1) 
Sinais e sintomas: 
• Apatia 
• Posição ortopneica 
• Hiporexia/anorexia 
• Corrimento nasal e ocular 
• Tosse 
• dispneia 
• Febre 
Tratamento: 
• Controle da Infestação Bacteriana 
ATB: Amoxilina, Ampicilina, Ceftiofur, Enrofloxacina 
• Redução da Febre e Inflamação Pulmonar 
AINES: Flunexim Meglumine 
• Manutenção do Fluxo de Ar e Conservação das Trocas Gasosas 
Broncodilatadores e Mucolíticos: Cloridrato deBromexina 
• Terapia de Suporte 
Fluidoterapia e Oxigenioterapia, Bicarbonato de Sódio (Acidose Metabólica) 
• Antiparasitário: benzimidazóis, levamisol ou as ivermectinas 
 
 
EXAME CLÍNICO DO SISTEMA TEGUMENTAR 
Bárbara Cezarino | Clínica de Grandes I | Professora Renata Caminha Gomes 
 
 
ANATOMIA 
• Epiderme 
múltiplas camadas celulares 
 
• Derme 
Diferentes grupos celulares + fibras colágenas + mucopolissacarídeos de onde 
emergem os folículos pilosos → (lesões alopecias) 
 
• Hipoderme 
Camada delgada (subcutâneo) – vasos, artérias e veias (lesões hemorrágicas) 
 
 
• CICATRIZAÇÃO: 
 
1. INFLAMAÇÃO 
2. LIMPEZA CELULAR/DEBRIDAMENTO 
3. GRANULAÇÃO/PREENCHIMENTO 
4. CONTRAÇÃO 
5. EPITELIZAÇÃO 
 
 
FUNÇÕES 
• Principal barreira com o meio ambiente 
• Proteção: contra microorganismos, traumas, injúrias, desidratação 
• Caracterização fenotípica (manchas permanentes) 
• Identificação 
• Produção de anexos cutâneos – pelos (crina, cauda), unha/cascos/garras, 
glândulas sudoríparas/sebáceas, chifres (temporário) e cornos (definitivo- 
prolongamento ósseo) 
• Termorregulação 
• Secreção 
• Produção de vitaminas (D) 
• Sistema sensorial 
 
AFECÇÕES DA PELE DOS RUMINANTES 
 
BEM ESTAR 
• Espelho da saúde e produção 
LIMITAÇÕES DE MERCADO 
• Febre aftosa 
• Couro 
• Exposições 
1. PRIMEIRA INTENÇÃO – FERIDA 
FECHADA 
2. SEGUNDA INTENÇÃO – FERIDA ABERTA 
 
ZOONOSES 
• Dermatofilose 
• Tricofitose 
• Ectima contagioso 
• Pseudovaríola bovina 
 
EXAME CLÍNICO DA PELE: sistema que mais gera problemas nos diagnósticos 
por indução via proprietário, sintomas confusos, alterações frequentes, etc. 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO/ANAMNESE/HISTÓRICO 
 Identificação: 
Raça – holandesa → carcinoma espinocelular/ Jersey → hipotricose 
Espécie – ectima contagioso 
Idade – dermatofitose, papilomatose dos bezerros/ estágio imunológico 
Sexo – lesões em vulva e glândula mamária de fêmeas e acrobustite em machos 
Utilidade – tração, sela, a pasto 
Coloração da pelagem (pigmentação) – quanto mais dispigmento mais sujeito a 
alteração de pele → melanoma equino tordilho 
Procedência – região onde veio 
 Histórico e Anamnese 
o Queixa principal → alopecia, prurido 
o Antecedentes → se é redicivante 
o Quando foi o início do quadro 
o Evolução 
o Antecedentes familiares 
o Doenças associadas 
o Sazonalidade 
o Tratamentos prévios – importante saber se há um tratamento tópico na 
pele daquele animal, e o ideal é que esteja há 48h sem tratamento 
o Manejo ambiental, alimentar e sanitário → alergias, contactantes, parasitas 
(endo e ectoparasitas) 
o ECTOPARASITAS: 
• Bernes 
• Miiases 
ANAMNESE 50% 
EXAME FÍSICO 35% 
EXAMES COMPLEMENTARES 15% 
DIAGNÓSTICO 
• Carrapatos – boophilus microplus causador de tristeza parasitária 
bovina 
• Piolhos 
• Mosca do chifre 
• Sarnas 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO: uma avaliação meticulosa em relação ao tipo, 
tamanho, localização das lesões, além da presença ou não de secreção, etc. 
baseada na inspeção pode ser fundamental para um bom diagnóstico 
 
Inspeção 
1. Distribuição - onde estão as lesões 
2. Morfologia - como são as lesões: 
o Configuração – regular, irregular 
o Topografia – plana, proeminente (aumento de volume) 
o Profundidade – profunda (sangrante) 
Palpação 
1. Sensibilidade – se está dolorisa 
2. Volume – diminuindo ou aumentado de 
tamanho 
3. Espessura → espessa ou adelgaçada 
4. Elasticidade → tensa ou elástica 
5. Temperatura → regiões quentes com 
inflamações 
6. Consistência → lesão pode estar mole, 
dura ou firme 
7. Umidade → presença ou ausência 
 
Exames complementares: 
• Raspado de pele (deve haver sangue) → Exame direto e citológico 
(normalmente para lesões planas) 
• Citologia aspirativa → atualmente nas suspeitas de processos neoplásicos 
tem se utilizado a Punção Aspirativa 
para avaliação citológica também 
(punção de lesões 
nodudales/proeminentes) 
• Biópsia → histológico (lesões 
nodulares/proeminentes) – retirada do 
nódulo) 
 
1. ECTOPARASITAS 
A. CARRAPATOS 
Boophilus microplus causador de Tristeza 
Parasitária Bovina 
 
B. MOSCA DO CHIFRE 
Temperatura e umidade 
Período chuvoso 
Cinco a dez mil moscas por bovino 
Sintomas: alteração local na pele 
• Qualidade do couro 
• Estresse elevado 
• Emagrecimento – deficiência 
nutricional e imunológicca 
 
C. PIOLHO 
Linognathus vituli → sugador 
Parte lateral do pescoço, focinho, peito, 
dorso, cabeça e entre os membros 
Locais quentes e úmidos 
 
D. MIÍASE (Bicheira) 
Larva da mosca Cochliomyia hominivorax 
Períodos mais quentes e chuvosos 
Necessita de uma ferida aberta para 
depositar sua larva 
Tecido necrótico 
 
E. BERNE 
Larva da mosca Dermatobia hominis 
Consegue se instalar na pele íntegra 
Regiões arborizadas 
Dia quente noite fria 
 
F. SARNA 
Não é tão comum em grandes animais 
Alopecia, queda de pelo 
DOENÇA AGENTE ETIOLÓGICO TTO 
BERNE DERMATOBIA HOMINIS IVERMECTINA 
MIÍASE COCHILOMYA 
HOMINIVORAX 
IVERMECTINA 
CARRAPATOS RIPHICEPHALUS 
(BOOPHILUS) 
MICROPHUS 
IVERMECTINA 
CIPERMETRINA* 
AMITRAZ 
PIOLHOS HAEMATOPINUS 
TUBERCULATUS 
LIGNONATHUS PP 
BOVICOLA SPP 
CIPERMETRINA* 
AMITRAZ 
MOSCA DO CHIFRE HAEMATOBIA IRRITANS CIPERMETRINA* 
SARNA PSORPTES PP 
CHORIOPTES SPP 
SARCOPTES SABEI 
AMITRAZ 
 
2. PAPILOMATOSE (Figueira) 
Definição: doença infectocontagiosa, crônica causada por um vírus da família 
Papovaviridae, denominado de 
vírus da Papilomatose Bovina 
(VPB) que causa lesões 
Verrucosas em várias partes do 
organismo animal 
• Vírus do grupo A (tipos 
1, 2 e 5) – originam 
fibropapilomas 
• Vírus do grupo B (tipo 3, 
4 e 6) – originam 
papilomas epiteliais 
Localização: 
• INTERNAMENTE → 
papiloma no 
esôfago/estômago impedindo a abertura da cárdia, causando timpanismo 
crônico; boca; língua; região genital e bexiga (causando hematúria crônica) 
• EXTERNAMENTE: em toda a região do corpo 
Histórico e acometimento: animais jovens são mais susceptíveis, todavia todas as 
faixas etárias podem ser atingidas. Dentre as raças, a Holandesa (Preto e Branco) 
apresenta maior predisposição e infecções secundárias podem advir sob a forma de 
micoses, miíases e infecções bacterianas. 
Transmissão: direta ou indireta, por meio de moscas, carrapatos, cercas, cochos de 
alimentação, cochos d’água, cordas, equipamentos utilizados para marcação 
(identificação), equipamentos de ordenha 
Tratamento: tratamento no geral tem baixa eficácia 
• 85% dos casos = autolimitante 
• Retirada cirúrgica e cauterização com nitrato de prata → aquelas que 
resultam em sinais clínicos graves 
• Clorobutanol – inibe a proliferação do vírus 
• Autohemoterapia – sem respaldo científico 
• Vacina autógena → Aplicar em cada animal (bezerro ou adulto) 5 ml da 
vacina por via subcutânea, repetindo 6 aplicações, com intervalo de 5 dias: 
1. Retirar e desprezar a parte queratinizada dos papilomas (parte externa); 
2. Pesar 20 gramas de 
papilomas e lavá-los com 
solução fisiológica (solução 
de NaCla 0,9%); 
3. Adicionar 80 ml de solução 
fisiológica e tritur ar os 
papilomas em um 
liquidificador; 
4. Passar a mistura em uma 
peneira de malha fina; 
5. Adicionar 0,5 ml de formol 
(solução comercial contendo 
38 ou 40 % de formoldeido) 
para cada 100 ml do 
preparado já filtrado das porções mais grosseiras (20 g de papiloma + 80 
ml de solução fisiológica); 
6. Adicionar 5 milhões de Unidades Internacionais de Penicilina, Procaína 
ou Potássica; 
7. Manter a mistura durante 24 horas a 37º C (estufa ou banho-maria); 
8. Separar em frascos estéreis, com rolha de borracha (tipo penicilina) 
contendo cada amostra de 5 ml; 
9. Conservar a vacina em geladeira (4º C); 
10. Aplicar em cada animal (bezerro ou adulto) 5 ml da vacina por via 
subcutânea, repetindo 6 aplicações, com intervalo de 5 dias. 
TIPO DO VÍRUS LOCAL DO PAPILOMAEVOLUÇÃO 
VPB TIPO 1 Fibropapilomas no têto e 
pênis 
Regride 
espontaneamente em até 
1 ano 
VPB TIPO 2 Fibropapilomas cutâneo 
na cabeça e pescoço 
(múltiplos e cinzas) 
Regride 
espontaneamente em até 
1 ano 
VPB TIPO 3 Papiloma cutâneo 
epitelial 
Não regride 
espontaneamente 
VPB TIPO 4 Papilomas na mucosa do 
trato digestivo 
 
VPB TIPO 5 Fibropapilomas no teto e 
úbere (semelhante grão 
de arroz) 
Não regride 
espontaneamente 
VPB TIPO 6 Papiloma epitelial nos 
tetos 
 
 
3. FOTOSSENSIBILIZAÇÃO 
Definição: enfermidade decorrente da sensibilidade da pele a luz em função de 
agentes fotodinâmicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. PORFIRIA 
Definição: doença 
hereditária que determina 
má formação da molécula de 
hemoglobina por deficiência 
enzimática permitindo a 
deposição de agentes 
fotodinâmicos nos ossos, 
dentes, urina e pele 
Histórico e acometimento: 
animais jovens pois é 
genética hereditária 
Deficiência enzimática → 
uroporfirinogênio III cossintáse gera os substratos fotodinâmicos: 
• Uroporfirinogênio I 
• Coproporifinogênio I 
Tratamento: não existe 
Sinais Clínicos: urina marrom escura, dentes escuros, anemia, lesões cutânias – 
eritema, edema, necrose 
 
B. INGESTÃO DE PRÉ-FORMADOS 
Definição: ingestão de medicamentos que causam fotossensbilidades 
PLANTAS MEDICAMENTOS 
Erva de São João Fenotiazina 
Trigo Serraceno Tetraciclina 
Cicuta Negra (Furocumarina) Sulfas 
 
X 
ACÚMULO DE AGENTES 
FOTODINAMICOS SOB A PELE 
ENERGIA TÉRMICA 
ALTA REATIVIDADE LESÕES DÉRMICAS 
ENERGIA LUMINOSA 
PORFIRIA 
INGESTÃO DE PRÉ -FORMADOS 
HEPATÓGENA 
C. HEPATÓGENA OU SECUNDÁRIA 
Definição: fotossensibilidade causada pela micotoxina na ingestão de Brachiaria 
decumbens contaminada por fungo Phitomyces chartarum 
Patogenia: fígado incapacitado de excretar filoeritrina → acúmulo de filoeritrina 
no sangue a na pele 
 
Tratamento: 
• Retirar o animal da exposição 
à luz solar – se possível 
• Retirar ou evitar o agente 
causador – realizar possível 
trocas de pasto e cortes de 20 
cm de altura 
• Limpeza das feridas 
• Pomadas anti-inflamatórias 
• Pomatas antis 
sépticas e cicatrizes 
• Prevenção de 
miiases 
• Facilitadores do 
metabolismo hepático – 
glicose, metionina e 
complexo B 
• Compostos a base de zinco – oxido de zinco de 20 a 38 mg zn/lg, 
radiação solar 
 
Profilaxia: sulfato de zinco – 0,35 zn/L na água 
 
4. EDERMATOFITOSE/TINHA/TRICOFITOSE (Micoses) 
Definição: afecção altamente contagiosa mais comum de pele nos equinos causada 
por fúngos (Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton Verrucosum) e sua 
contaminação se dá pelo contato direto ou fômites contaminados, e se prolifera 
com em condições de subnutrição, superpopulação e animais imunedeprimidos, 
condição auto-limitante 
 
Histórico e Anamnese 
• Animais jovens ou idosos 
• Queda de pelos 
 
Sintomas 
• Alopecia circular com queda de pelos 
• Engrossamento da pele 
• Pápulas 
Sinais Clínicos e Diagnóstico: inicialmente nota-se pápulas com perda dos pelos 
com sensibilidade ao toque, mas com o avançar da doença nota-se a presença de 
crostas (epiderme aumenta o movimento das células para remoção mecânica dos 
fungos). Como existe um comprometimento da haste, estes se quebram facilmente 
ou caem – demonstrando alopecia, classicamente circular. 
 
Exames Complementares: raspado de pele – exame direto ou cultura fúngica 
preferencialmente dos bordos das lesões. 
 
Tratamento: terapias tópicas para auxiliar o tempo de cicatrização das lesões 
• Manejo dos utensílios 
• Xampus anti-sépticos →peróxido de benzoíla ou clorexidina, assim como 
soluções a base de iodo (Iodine®, Povidine®, Biocid®) podem ser utilizados 
diariamente na forma de solução ou em banhos. 
• Não possui muita relevância nos planteis pois tem resolução espontânea em 
4 meses e tem os animais possuem alta resistência a reinfecção 
 
 
5. ECTIMA CONTAGIOSO (dermatite 
pustular contagiosa, dermatite labial 
infecciosa, boca crostosa ou boqueira) 
Acomete apenas pequenos 
ruminantes 
 
Zoonose: isolar o animal e tratar o mais 
rápido possível 
 
Definição: vírus do gênero parapox 
virus ; lesões crostosas principalmente 
na mucosa oral e na face transmitida através de lesões (normalmente animais 
que comem feno seco e lesionam a boca) 
Isolar o animal e tratar o mais rápido possível 
Autolimitante – resistência de 2 a 3 anos 
 
Tranmissão: contato direto/indireto 
 
Tratamento: 
• Solução de permanganato de potássio a 3% ou solução de iodo a 10% 
acrescido de glicerina (1:1), 
• Vacina viva na pele escarificada (2 anos de imunidade) → o vírus só entra 
se houver uma lesão (não entra na pele íntegra)

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