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UNIDADE III GUIA DE ESTUDO Planejamento Ambiental 2 PLANEJAMENTO AMBIENTAL - UNIDADE III PALAvrAs DO PrOfEssOr Olá, desejo a você as boas-vindas a nossa unidade III da disciplina de Planejamento Ambiental. Na unidade anterior você estudou de forma detalhada sobre os padrões ambientais, sistemas de gestão ambiental e a gestão de resíduos sólidos. Você viu a importância de uma organização ter uma boa Gestão Ambiental de Qualidade Total (TQEM). Você também aprendeu que a gestão de resíduos sólidos é uma peça fundamental nas organizações modernas e está fundamentada na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ainda na segunda unidade, estudamos também sobre a Gestão de Qualidade Total (TQM) e a Gestão Ambiental de Qualidade Total (TQEM), tratados neste Guia de Estudo, onde esclareci a principal diferença entre ambos e a importância da qualidade total. OrIENTAçõEs DA DIscIPLINA Nesta unidade, você vai aprender sobre o Plano de Emergência Ambiental, sobre o Estudo dos Impactos Ambientais (EIA), Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), Levantamento de Aspectos e Impacto Ambiental (LAIA) e a Agenda 21. Inicialmente, vamos entender o que é um Plano de Emergência Ambiental, como ele é elaborado e quando deve ser usado. Em seguida, vamos abordar o impacto ambiental, a licença ambiental e como o setor público atua para garantir uma melhor qualidade do meio ambiente. Avançando na unidade, estudaremos de forma mais detalhada o Levantamento de Aspectos e Impacto Ambiental (LAIA), e, por fim, estudaremos sobre o Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21. É importante destacar que todos estes temas abordados até agora, são de extrema relevância para um bom Planejamento Ambiental, mas este será o tema central da nossa última unidade. O estudo sobre o Levantamento dos Aspectos e Impacto Ambiental (LAIA), dada sua importância, será feito também através da nossa videoaula da unidade III, mas lembro a você que o vídeo só deverá ser assistido no momento que for indicado por mim através deste Guia de Estudo. Então vamos começar a nossa terceira unidade. Desejo a você um ótimo estudo e muita atenção nos temas tratados. Podemos seguir? Então vamos lá! 3 PLANOs DE EMErGÊNcIA AMBIENTAL Antes de estudarmos sobre o PEA – Plano de Emergência Ambiental - vamos entender inicialmente o que é um Plano de Emergência. AssIsTA AO víDEO Você deve interromper neste momento a leitura deste Guia de Estudo e assistir ao vídeo sobre “Plano de Emergência” clicando aqui. O vídeo possui 9 minutos e 58 segundos. Após assistir ao vídeo, retorne a este Guia de Estudo para estudarmos o PEA. O plano de emergência ambiental deve ser um plano que contemple a identificação de cenários dentro de uma organização que apresentam, por exemplo, uma situação possivelmente crítica, algum acontecimento perigoso ou algum incidente que sejam capazes de requerer processos emergenciais e a tomada de ações para resolver este incidente. O plano de emergência ambiental deve ser feito nas empresas para que elas estejam preparadas para enfrentar alguma emergência ambiental e tentar reduzir o dano ambiental da melhor forma possível. De modo geral, as empresas fazem plano de emergência ambiental para estabelecer alguns procedimentos formais que devem ser adotados pelos funcionários em situações de emergência, fazem também para que os funcionários tenham um conhecimento de seus papéis e quais os danos ambientais podem ocorrer e, por fim, também para prevenir danos materiais e, principalmente, os danos ambientais. De forma sintética, um plano de emergência ambiental deve descrever como combater cada tipo de emergência ambiental, estabelecer as pessoas e setores que podem ser acionadas dentro e fora da organização, com seus respectivos papéis e os meios de comunicação que podem ser usados. O plano também deve fazer a prevenção periódica através de treinamentos e simulações de emergência, para que todos os funcionários da organização estejam devidamente preparados. Abaixo, segue um exemplo de elementos de um Plano de Emergência Ambiental, retirado do artigo: “A GEsTÃO AMBIENTAL EM UMA EMPrEsA DO rAMO DE MArcENArIA: UMA PrOPOsTA DE IMPLANTAçÃO DE sGA - sIsTEMA DE GEsTÃO AMBIENTAL”. Fonte: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_sTO_185_056_22426.pdf https://www.youtube.com/watch?v=M6zN3U1cWy0 http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_185_056_22426.pdf http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_185_056_22426.pdf http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_185_056_22426.pdf http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_185_056_22426.pdf 4 Observe que está sinteticamente definido qual a situação de emergência, qual a ação preventiva e qual a ação corretiva. Dentro de cada um deste elementos, deve-se desenvolver ações, intergrar funcionários da organização e fazer com que o PEA seja eficaz quando algum dano ambiental possa ocorrer. PArA PEsqUIsAr Peço que interrompa neste momento e procure na internet sobre o termo “Plano de Emergência Ambiental”. Você encontrará vários sites que tratam do termo. Acho interessante ler alguns pra se aprofundar melhor no tema. Agora que já estudamos brevemente o que é um PEA, vamos avançar nosso estudo e entender sobre o estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental. Quando tratamos de meio ambiente, este é um dos focos principais das grandes organizações. Vamos em frente! Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e relatório de Impacto Ambiental (rIMA) Você já ouviu falar em EIA e RIMA? E em impacto e licença ambiental? Talvez você já tenha ouvido falar, mas antes de estudarmos mais profundamente sobre EIA e RIMA vamos, a partir de agora, entender como o setor público atua para preservar o meio ambiente. A preocupação com as questões ambientais por parte do governo e das empresas privadas, como já estudamos na unidade I, foi evoluindo com o passar do tempo. Porém, na década de 80 um marco mudou a forma como o setor público passou a atuar em favor do meio ambiente: A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Nº 6.938/81). Normalmente, a sociedade desconhece suas leis. Como você poderá ser um futuro gestor e, consequentemente, atuará de acordo com as questões ambientais, pois já vimos que é inclusive mais vantajoso para empresa (menor custo e mais atrativo para os clientes), recomendo que você leia agora a lei que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente. LEITUrA cOMPLEMENTAr Não precisa fazer uma leitura densa. Leia de forma dinâmica e se concentre nos aspectos mais importantes da lei. Para acessar a lei, clique aqui. Após a leitura da Política Nacional de Meio Ambiente, retorne a este Guia de Estudo. Agora que você já viu que a proteção do meio ambiente está garantida em lei, qual o primeiro órgão que cuida do meio ambiente que você lembra? http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938compilada.htm 5 É o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Vamos fazer uma breve abordagem sobre o IBAMA e a Constituição Federal de 1988. IBAMA e a constituição federal de 1988 Como acabamos de ver, é provável que você já tenha ouvido falar no IBAMA. O IBAMA foi o primeiro órgão considerado, assim, podemos dizer que é um verdadeiro guardião do meio ambiente. Para entender um pouco sobre o IBAMA precisamos entender um pouco da mudança na política ambiental brasileira, que aconteceu após a Conferência de Estocolmo, em 1979. Essa conferência foi realizada devido aos grandes danos ambientais ocorridos na década de 70 e 80. Em 1989, a lei 7.735 criou o IBAMA e o órgão passou a cuidar da política brasileira para as questões voltadas ao meio ambiente. Devemos perceber que os cuidados com o local onde nós vivemos vai além da responsabilidade do IBAMA. O cuidado como o meio ambiente está previsto na Constituição Federal de 1988, que acatou a ideia de desenvolvimento sustentável que foi proposta no Relatório de Brundtland. A Constituição prevê que é precisogarantir o crescimento econômico desde que tenhamos uma ecologia equilibrada, ou seja, é preciso cuidar do meio ambiente. Agora que já estudamos sobre o IBAMA e os cuidados que devemos ter com o meio ambiente, de acordo com a Constituição Federal de 1988, vamos estudar agora sobre as licenças ambientais. É provável que você tenha lido nos últimos dias ou visto na televisão notícias relacionadas ao meio ambiente, seja um desastre ambiental, como uma enchente ou um vazamento de petróleo em alto mar. Todos esses casos remetem a um problema ambiental: seja uma mudança climática ou a utilização excessiva dos recursos naturais - de tal forma, que ele se esgotou ou está para se esgotar. Com a finalidade de combater estes problemas, o Governo precisa controlar a forma com que as empresas exploram os recursos naturais e causam danos ao meio ambiente. Assim, foram criadas as licenças ambientais. Só as empresas que cumprem as exigências requisitadas pelo Estado têm direito a esta licença. Para solicitar uma licença ambiental a empresa precisa fazer um estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental (rIMA). Estes dois documentos são indispensáveis para que o governo conceda a licença ambiental para as empresas. Assim, estudaremos a partir de agora o que ele significa EIA/RIMA e como elaborar o estudo de impacto ambiental. Vamos lá? EIA E rIMA O estudo de hoje do impacto ambiental é uma ferramenta muito importante para os gestores ambientais. Na década de 70, os brasileiros nem conheciam a importância desse estudo, ninguém sabia direito o que era o estudo de Impacto Ambiental. No Brasil, só na década de 80 o estudo do impacto ambiental apareceu pela primeira vez. A partir deste momento, todas as empresas foram obrigadas a apresentar um estudo para conseguir uma licença ambiental. 6 Porém, era preciso padronizar para evitar que cada empresa apresentasse um estudo de uma forma diferente uma da outra. Assim, o Conselho Nacional do Meio Ambiente, o CONAMA, criou algumas regras para que tornasse o estudo do impacto ambiental um documento padronizado. Porém, antes de entender antes de saber como elaborar um estudo do impacto ambiental é preciso esclarecer a seguinte questão: o que você entende sobre um impacto ambiental? AssIsTA AO víDEO Para ajudar na sua reflexão, solicito que você assista ao vídeo no YouTube sobre impacto ambiental. O vídeo trata de uma animação que aborda o referido tema. O vídeo clicando aqui e tem duração de 2 minutos e 49 segundos. Após assistir ao vídeo recomendado, solicito que retorne a este guia de estudo para continuarmos com o nosso estudo. Agora que você já entende um pouco melhor do que se trata um impacto ambiental, vamos estudar como realizar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Este EIA é uma ferramenta importante para o sucesso de uma empresa, pois ela só vai receber a licença ambiental por parte do governo se o estudo mostrar que ela atende as exigências básicas, como por exemplo: o impacto ambiental de sua localização, da operação e uma possível ampliação. Deve ficar claro que um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) quando feito ainda no início de criação da empresa, reduz bastante o trabalho futuro e os custos de tentar adaptar as exigências. O EIA é realizado em quatro etapas distintas, vamos entender cada uma delas. Após preencher as perguntas pertinentes em cada etapa, o seu diagnóstico ambiental estará próximo de ficar e mostrar de forma concreta a realidade. É preciso lembrar que o diagnóstico realizado para o estudo de impacto ambiental deve ser extremamente detalhado e completo. Se a empresa pensa que falar um pouco sobre plantas e animais estará realizando um estudo de impacto ambiental, está enganada. Como já falei, as etapas do estudo do impacto ambiental estão divididas da seguinte forma: a primeira etapa trata das alternativas tecnológicas e de localização do projeto, a segunda etapa trata dos impactos ambientais nas fases de instalação e operação, a terceira etapa da área geográfica atingida pelo projeto e a quarta - e última etapa - dos planos e programas governamentais existente na região. Em cada uma destas etapas haverá algumas perguntas que deverão ser respondidas, a fim de abordar o tema requerido. Alguns componentes devem estar presentes no diagnóstico ambiental. O primeiro componente é o meio físico: nele deverão estar descritos alguns elementos como subsolo, água e clima. O segundo componente é o meio biológico: nele serão tratadas as questões sobre a fauna, flora, as espécies indicadoras de qualidade ambiental e as áreas de preservação. Por fim, o último componente é o meio socioeconômico, onde serão tratados o uso e a ocupação do solo, da água, sítios e os monumentos arqueológicos. https://www.youtube.com/watch?v=aaz-4XPXCwk 7 OK! Agora que você já sabe como se realiza o estudo do impacto ambiental, deve estar com a seguinte dúvida: Quem realizará o estudo de impacto ambiental (EIA) de uma empresa, o dono da empresa, os funcionários da empresa ou um agente externo? O governo entendia que o estudo do impacto ambiental deveria ser realizado por um órgão externo, pois evitaria que enchessem demais a bola da própria empresa. Porém, o governo voltou atrás e hoje os próprios funcionários da empresa podem realizar o estudo do impacto ambiental. Agora que você já sabe como realizar um Estudo do Impacto Ambiental (EIA) e quem elabora este estudo. Vamos estudar agora como realizar o relatório de impacto ambiental. Vamos lá! Inicialmente é preciso ter cuidado para não confundir o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O RIMA faz parte do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e nele estarão as principais conclusões de tudo que foi diagnosticado e escrito no Estudo. O estudo de impacto ambiental é bastante abrangente, pois ele trata detalhadamente das questões que nós acabamos de estudar. Já no RIMA, será resumida as informações, tratando apenas das principais conclusões do EIA. Durante a elaboração do relatório (RIMA) é preciso entender que ele deve ser feito de forma clara e bastante objetiva. Quanto mais fácil de entendê-lo melhor, pois ele não é um documento secreto, muito pelo contrário, ele deve ficar disponível para que outras pessoas tenham acesso a ele. BIBLIOTEcA vIrTUAL Para ler mais sobre o EIA/RIMA e licenciamento, você deve parar a leitura agora deste Guia de Estudo e ir até a Biblioteca Virtual da Person. Na referida biblioteca, busque pelo livro “Introdução a Engenharia Ambiental”. Leia as páginas 238 e 239 do livro indicado. Após a leitura das páginas, retorne a este Guia de Estudo para que possamos dar continuidade ao nosso estudo. Agora que já estudamos a importância da tomada de decisão na perspectiva pública para as questões ambientais, estudaremos sobre o Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA). LEvANTAMENTO DE AsPEcTOs E IMPAcTOs AMBIENTAIs Antes de estudarmos especificamente sobre o Levantamento de Aspectos Impacto Ambiental (LAIA) gostaria de saber: Você sabe do que se trata um aspecto ambiental? Aspecto ambiental é algo relacionado ao meio ambiente quando, por exemplo, alguma atividade, produto ou serviço de uma determinada empresa pode interagir direto ou indiretamente com o meio ambiente. 8 Assim, quanto mais interação uma atividade, produto ou serviço tiver com o ambiente, maior será o número possível de aspectos ambientais. Dessa forma, a organização deve sempre estabelecer e manter procedimentos que ela possui, identificar estes aspectos ambientais e considerar quais os impactos mais significativos da organização destes aspectos do meio ambiente. Deve verificar qualquer modificação no meio, seja ela positiva ou negativa, que resulte no todo ou em parte, algum aspecto ambiental que envolve a organização. Os Levantamentos de Aspectos e Impacto Ambiental (LAIA) são medidos através de alguns critérios, são eles: severidade, frequência, extensão e importância.AMBIENTE vIrTUAL DE APrENDIzAGEM (AvA) Dada a relevância desse assunto, estudaremos sobre o levantamento de aspectos e impacto ambiental na nossa videoaula da unidade II. Peço que você interrompa neste momento a leitura deste guia de estudo, vá até o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e assista ao vídeo da terceira unidade. Na videoaula, trataremos ainda mais especificamente do que são aspectos ambientais e verificaremos alguns exemplos de aspectos ambientais, observaremos principais categorias de impactos ambientais e concluiremos analisando os critérios de aspectos e impactos ambientais, finalizando com um exemplo do levantamento dos aspectos impacto ambiental (LAIA). Após assistir ao vídeo, você deve retornar a este Guia de Estudo para avançarmos para o nosso próximo tema: Agenda de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21. Agenda de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Nos anos 80 foi descoberto um buraco na camada de ozônio e essa descoberta fez com que em 1885 a Convenção de Viena alertasse para este problema e assim, os países assinaram uma declaração para diminuição da emissão de gases poluentes, porém, nesta declaração não havia limites para poluição, prazos ou metas. Anos seguintes, foi assinado o Protocolo de Montreal que determinava o ano de 2010 como sendo prazo final para acabar com os gases causadores do efeito estufa. O prazo se estourou e o que vemos nos dias atuais é que os gases ainda são lançados na atmosfera, porém, não dá para questionar o sucesso do Protocolo de Montreal. Só na década de 90, na Eco92 realizada no Rio de Janeiro, também conhecida como cúpula da terra - como nós já estudamos – é que ficou marcado não só pelo debate que houve sobre as questões ambientais, mas principalmente pelos cinco importantes documentos que foram gerados após a Eco 92. A partir daí, entramos na era do que chamamos de agenda de desenvolvimento sustentável. 9 O termo ”agenda” refere-se ao fato de os países assumirem um compromisso com as questões ambientais. Estes cinco documentos foram: declaração do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, declaração sobre princípios florestas, Convenção sobre mudanças climáticas, Convenção sobre biodiversidade e Agenda 21. Vamos entender o que foi cada um destes documentos. A declaração do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente trazia 27 princípios que, na verdade, eram intenções que foram acordadas para que a sociedade estivesse em consonância com os cuidados ambientais. Essa declaração apoiava claramente a proteção ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. O segundo documento foi a declaração sobre os princípios florestais. O Brasil é um país referência ao tratar das questões florestais, por possuir uma das maiores florestas do mundo - a floresta amazônica, porém, esta declaração não deixava claro o que deveria ser cumprido. Na verdade, ao tratar das questões florestais entramos em um embate muito maior do que as questões ambientais, pois também estamos envolvendo também questões políticas. O outro documento foi a Convenção sobre mudanças climáticas. Essa convenção tinha por objetivo a redução dos gases causadores do efeito estufa. Como vimos anteriormente, esses gases já tinham sido combatidos através da Convenção de Viena e do Protocolo de Montreal. O órgão responsável pela fiscalização da emissão dos gases poluentes era a “conferência das partes”. Esta convenção foi a base para o protocolo de Quioto. A Convenção sobre a biodiversidade também foi mais um documento elaborado após a Eco92. Ela deixava livre o acesso aos recursos biológicos, desde que os lucros fossem adequadamente divididos. Ela foi o resultado daquela discussão entre países ricos e países pobres, originadas na Eco92. Uma parte defendia a preservação e a outra parte a conservação. O que se percebe é que foi utilizada a lei dos mais fortes, ou seja, na maioria dos casos os donos dos recursos que foram explorados ficam a ver navios. É preciso leis e políticas que corrijam ainda essas injustiças sobre o aproveitamento da biodiversidade. O último documento é Agenda 21. A Agenda 21 tem orientações importantes não só para sociedade, mas também para o governo. Ela traz resultados bastante úteis, abordando basicamente todos estes documentos que vimos até agora. Antes de aprofundarmos na Agenda 21, vamos entender melhor o que significa “Protocolo de Quioto” que, conforme estudamos anteriormente, foi criado tendo como base a Convenção sobre mudanças climáticas. É bem verdade que o Protocolo de Quioto não foi bem aceito por alguns países e ele está longe de ser ponto pacífico. Alguns países argumentam que a tentativa de intromissão internacional pode reduzir o crescimento econômico e, por outro lado, também acha injustos alguns países grandes poluidores terem tratamentos diferenciados, compondo listas distintas. Agora que já estudamos os documentos que compõem a agenda de desenvolvimento sustentável, vamos estudar melhor um pouco sobre a agenda 21. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente do governo brasileiro, a Agenda 21 pode ser definida como: “instrumento de planejamento para construção de sociedade sustentáveis em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e a eficiência econômica”. 10 Fundamentada na Agenda 21 global, acordada entre 179 países na conferência do Rio – a Eco 92, foi criado um programa de ação baseado em um documento de 40 capítulos, que tratava do novo padrão de desenvolvimento sustentável. vIsITE A PáGINA Conforme dito anteriormente, a Agenda 21 brasileira está fundamentada na Agenda 21 global. Ela foi dividida em fases e pode ser acessada através do site do Ministério do Meio Ambiente clicando aqui. É importante que você leia sobre agenda 21 e só a partir daí, retorne a este guia de estudo. Hoje, a Agenda 21 é um dos grandes norteadores de políticas públicas em busca do desenvolvimento sustentável assim, é fundamental que você entenda todo o programa e seus principais desafios. AssIsTA AO víDEO Para finalizarmos nosso último assunto de nossa disciplina – Agenda 21 – peço que você pare neste momento de ler este Guia de Estudo e assista ao vídeo “O que é Agenda 21? ”, de Rubens Born, que explica resumidamente a Agenda 21. O vídeo possui 5 minutos e 21 segundos. Após assistir ao vídeo, retorne a este Guia de Estudos para que possamos encerrar nossa unidade. PALAvrAs DO PrOfEssOr Agora que você já assistiu ao vídeo, informo que estamos chegando ao final de mais uma unidade e você já aprendeu de forma detalhada sobre os planos de emergência ambiental, EIA, RIMA e as agendas de desenvolvimento sustentável e agenda 21. Você viu a importância de uma organização ter um PEA e que todos os funcionários da empresa devem conhecer e estarem aptos a executar todos os seus papéis, que devem estar bem definidos, caso aconteça uma emergência ambiental. Caso algum assunto tenha deixado você com dúvidas, é importante que você releia e tente esclarecer o que não ficou bem entendido. Se algo ainda deixa dúvidas, passe todas elas para o seu tutor. Iremos esclarecer imediatamente! http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-brasileira https://www.youtube.com/watch?v=ZDLIsHTgjUY https://www.youtube.com/watch?v=ZDLIsHTgjUY 11 OrIENTAçõEs DA DIscIPLINA Encerramos neste momento todo o conteúdo da unidade III. É importante que você tenha compreendido todo o assunto. Na unidade IV, veremos com mais profundidade, nosso tema central: O PLANEJAMENTO AMBIENTAL. AMBIENTE vIrTUAL DE APrENDIzAGEM (AvA) Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao conteúdo aprendido nesta terceira unidade. Caso tenha alguma dúvida, você deve entrar em contato com o tutor para que as esclareça. Encontramo-nos em breve na próxima unidade. Até lá! Professor Daniel Campelo
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