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Resumo Álgebra Linear Computacional - Vinicius Moraes Teixeira - 21327314 Matrizes: Denomina-se matriz a toda tabela retangular formada por números dispostos ordenadamente em linhas e colunas. Se uma matriz possui m linhas e n colunas então dizemos que ela é do tipo mxn, ou de ordem mxn. Os números que aparecem na matriz são chamados de elementos ou termos da mesma. A matriz A do tipo mxn será escrita genericamente do seguinte modo: ( 𝑎13 ⋯ 𝑎3𝑛 … ⋱ ⋮ 𝑎𝑚3 ⋯ 𝑎𝑚𝑛 ) Notação: De uma maneira abreviada podemos escrever a matriz A na forma: A = [aij]mxn com 1 ≤ i ≤ m / 1 ≤ j ≤ n / i, j N. Onde i representa a posição da linha em relação de que o elemento se encontra na matriz e j representa a posição da coluna em que o elemento se encontra na matriz. Exs: 1. A = [aij]2x3 tal que aij = 2i + 3j R: A = 11 12 13 A = 2.1 + 3.1 2.1 + 3.2 2.1 + 3.3 21 22 23 2.2 + 3.1 2.2 + 3.2 2.2 + 3.3 A = 5 8 11 7 10 13 2. A = [aij]4x2 tal que aij = i - 4j R: A = a11 a12 A = 1 - 4.1 1 - 4.2 A = -3 -7 a21 a22 2 - 4.1 2 - 4.2 -2 -6 a31 a32 3 - 4.1 3 - 4.2 -1 -5 a41 a42 4 - 4.1 4 - 4.2 0 -4 3. A = [aij]3x4 tal que aij = (i + 2j)2 R: A = a11 a12 a13 a14 A = (1+2.1)2 (1+2.2)2 (1+2.3)2 (1+2.4)2 a21 a22 a23 a24 (2+2.1)2 (2+2.2)2 (2+2.3)2 (2+2.4)2 a31 a32 a33 a34 (3+2.1)2 (3+2.2)2 (3+2.3)2 (3+2.4)2 A = 09 25 49 81 16 36 64 100 25 49 81 121 Soma entre matrizes: 4. Dadas as matrizes: A = 5 8 -1 -4 3 6 2x3 , B = 10 1 -5 8 4 -7 2x3 , C = 4 6 -1 2 -8 4 2x3 . Calcule: a) A + B b) 2A + C A -> 5 8 -1 + 10 1 -5 = 15 9 -6 -4 3 6 8 4 -7 4 7 -1 B -> 2. 5 8 -1 + 4 6 -1 = -4 3 6 2 -8 4 10 16 -2 + 4 6 -1 = 14 22 -3 -8 6 12 2 -8 4 -6 -2 16 Quando forem matrizes de tamanhos diferentes é impossível realizar a soma delas. Ex: 1 2 + 1 2 3 = ∄ = impossível. 3 4 2x2 4 5 6 7 8 9 3x3 Multiplicação entre matrizes: A . B = C -> O dois valores que se encontram no “meio” devem ser iguais para os das pontas se tornarem uma nova matriz. -> A2x5 . B5x3 = C2x3 São iguais, logo, existe a multiplicação. -> A5x3 . B2x5 = ? São diferentes, logo, não existe a multiplicação. Propriedade Comutativa: N, Z , Q, R A . B = B .A Logo, 4 . 5 = 5 . 4. Matrizes A . B ≠ B . A Aonde: A2x3 . B3x2 = C2x2, Quando invertido: B3x2 . A2x3 = C2x2. Determinantes: Determinantes 2x2 - Se A é uma matriz quadrada (2x2/3x3) de ordem 2 calculamos seu determinante fazendo o produto dos elementos da diagonal principal menos o produto dos elementos da diagonal secundária: A = a11 a12 -> detA = a11.a22 - a12.a21 a21 a22 Ex1: Dada a matriz A = 6 3 2 -4 2x2 , calcule det A. R: 6.(-4) - 3.2 = -24 -6 = -30. Ex2: Determine o valor de x na equação matricial x2 x = -1 2 1 R: x2 - 2x = -1 x2 - 2x + 1 = 0 Δ = b2 - 4. a. c Δ = (-2)2 - 4. 1. 1 Δ = 4 - 4 Δ = 0 x = - b ± √Δ / 2 . a x = -(-2) ± √0 / 2 .1 x = 2 ± 0 / 2 x1 = 1 x = 1. x2 = 1 Obs: x . (x-2) = 0 Essa técnica vale somente quando a equação for incompleta (c = 0). Determinantes 3x3: Regra de Sarrus - Para obter seis produtos de uma forma prática deve-se usar a regra de Sarrus que consiste em repetir as duas primeiras colunas à direita da matriz e efetuar as multiplicações com indicado no esquema logo abaixo. O det é a soma dos valores obtidos. x = 0 ou x - 2 = 0 x = 2 Exs: 1- Nas matrizes abaixo calcule o det: a) A = 2 -4 = 2.(-6) -(-3) . (-4) = -12 -12 = -24. -3 -6 2x2 b) B = 3 1 5 3 1 2 0 -2 2 0 = 0 + 24 + 6 + 0 + 2 + 40 = 32 + 40 = 72. -1 4 -3 -1 4 0 -24 -6 0 2 40 2- Dadas as matrizes: A = 2 x e B = 1 -1 0 3 9 2 3 x -1 2 1 , Determine o valor de x para que A = B. A = 2.9 - x.3 = 18 - 3x. B = 1 -1 0 1 -1 2 3 x 2 3 B = 0 - 2x + 2 + 3 + x + 0. -1 2 1 -1 2 0 2x -2 3 x 0 A = B 18 - 3x = - 2x + 2 + 3 + x -3x + 2x -x = 5 - 18 -4x + 2x = -13 -2x = -13 x = -13/-2 x = 6.5 Vetores: Vetor é um segmento de reta orientado que apresenta módulo (tamanho), direção e sentido. Os vetores são usados para expressar grandezas físicas vetoriais, ou seja, aquelas que só podem ser completamente definidas se conhecemos o seu valor numérico, a direção em que atuam (horizontal e vertical), bem como o seu sentido (para cima, para baixo). Soma de vetores - Para somarmos 2 vetores, podemos utilizar dois métodos geométricos: I. Método vetores sequenciais para 2 vetores. II. Método do paralelogramo para 2 vetores. III. Método dos vetores sequenciais para 3 ou mais vetores (Generalização do I). I. Representação vet soma: 𝑑3 → = 𝑑1 → + 𝑑2 → II. Representação vet soma: 𝑑3 → = 𝑑1 → + 𝑑2 → III. Representação vet soma: 𝑑4 → = 𝑑1 → + 𝑑2 → + 𝑑3 → Ex1: Dados os vetores 𝑢 → = (2, -3) e 𝑣 → = (-1, 4), determinar: 3 𝑢 → + 2 𝑣 → e 3 𝑢 → - 2 𝑣 →. 3 𝑢 → + 2 𝑣 → = 3.(2, -3) + 2.(-1,4) = = (6, -9) + (-2, 8) = = (4, -1). 3 𝑢 → - 2 𝑣 → = 3.(2, -3) - 2.(-1, 4) = = (6, -9) - (-2, 8) = = (8, -17). Ex2: Determinar o vetor 𝑥 → na igualdade 3 𝑥 → + 2 𝑢 → = ½ 𝑣 → + 𝑥 →, sendo dados 𝑢 → = (3,-1) e 𝑣 → = (-2, 4). 3 𝑥 → - 𝑥 → = ½ 𝑣 → - 2 𝑢 → 2 𝑥 → = ½. (-2, 4) - 2.(3, -1) 2 𝑥 → = (-1, 2) - (6, -2) 2 𝑥 → = (-7, 4). 1 𝑥 → = 1(-7, 4) / 2 -> Não existe divisão. 1 𝑥 → = ½ . (-7, 4) = (- 7/2, 2) = (-3.5, 2). Produto Escalar: Definição Algébrica - Chama-se produto escalar de dois vetores: 𝑢 → = x1 𝑖 → + y1 𝑗 → + z1 𝑘 → e 𝑣 → = x2 𝑖 → + y2 𝑗 → + z2 𝑘 → se representa por 𝑢 →. 𝑣 →, ao número real. O produto escalar sempre resulta em um número real. O produto escalar de 𝑢 → por 𝑣 → também é indicado por < 𝑢 →, 𝑣 →> e se lê “ 𝑢 → escalar 𝑣 →”. Propriedades - Para quaisquer vetores 𝑢 →, 𝑣 → e 𝑤 → e o número real α, é fácil verificar que: I. 𝑢 →. 𝑣 → = 𝑣 →. 𝑢 → -> A ordem dos fatores não altera o produto. II. 𝑢 → .( 𝑣 → + 𝑤 → ) = 𝑢 →. 𝑣 → + 𝑢 →. 𝑤 → e ( 𝑢 → + 𝑣 → ) . 𝑤 → = 𝑢 →. 𝑤 → + 𝑣 → . 𝑤 → III.α ( 𝑢 →. 𝑣 →) = (α. 𝑢 → ). 𝑣 → = 𝑢 → . (α. 𝑣 →) IV. 𝑢 → . 𝑢 → > 0 se 𝑢 → ≠ 0 → e 𝑢 → . 𝑢 → = 0, se 𝑢 → = 0 → = (0,0,0) V. 𝑢 → . 𝑢 → = |𝑢| → 2 Se os vetores são perpendiculares, o produto escalar é = 0. Ex1: Determinar o produto escalar entre os vetores a seguir: 𝑢 → = 3 𝑖 → - 5 𝑗 → + 8 𝑘 → e 𝑣 → = 4 𝑖 → - 2 𝑗 → - 𝑘 → 𝑢 → = (3, -5, 8) e 𝑣 → = (4, -2, -1) 𝑢 →. 𝑣 → = (3, -5, 8) . (4, -2, -1) = 𝑢 →. 𝑣 → = 3.4 + (-5). (-2) + 8. (-1) = 𝑢 →. 𝑣 → = 12 + 10 - 8 = 𝑢 →. 𝑣 → = 14. Obs: 0 → Origem do plano (0,0) ou (0,0,0). 0 → → Vetor nulo. Ex2: Sendo |𝑢| → = 4, |𝑣| → = 2 e 𝑢 →. 𝑣 → = 3, calcular (3 𝑢 → - 2 𝑣 →) . (- 𝑢 → + 4 𝑣 →). (3 𝑢 → - 2 𝑣 →) . (- 𝑢 → + 4 𝑣 →) = = -3 𝑢 → . 𝑢 → + 12 𝑢 → . 𝑣 → + 2 𝑣 → . 𝑢 → - 8 𝑣 → . 𝑣 → = = -3 |𝑢| → 2 + 14 𝑢 → . 𝑣 → - 8 |𝑣| → 2 = = -3. 42 + 14.3 - 8. 22 = = -3. 16 + 42 - 8. 4 = = -48 + 42 - 32 = = -6 -32 = = -38. Propriedade: 𝑢 → . 𝑢 → = |𝑢| → 2 Módulo: |𝑢| → = √x2 + y2 |𝑢| → = √x2 + y2 + z2 Definição Geométrica - Se 𝑢 → e 𝑣 → são vetores não nulos e Θ o ângulo entre eles, então 𝑢 →. 𝑣 → = |𝑢| → |𝑣| → cos Θ. Cálculo do ângulo de dois vetores -> Da igualdade 𝑢 →. 𝑣 → = = |𝑢| → |𝑣| → cos Θ, vem: cos Θ = 𝑢 →. 𝑣 → / |𝑢| → |𝑣| → , fórmula a partir da qual se calcula o ângulo Θ entre os vetores 𝑢 → e 𝑣 → não nulos. Ortogonalidade - A afirmação abaixo estabelece a condição de ortogonalidade de dois vetores: Dois vetores 𝑢 → e 𝑣 → são ortogonais se, e somente se, 𝑢 →. 𝑣 → = 0. Ou seja: 𝑢 → ┴ 𝑣 → <=> 𝑢 →. 𝑣 → = 0. Ex: Mostrar que os seguintes pares de vetores são ortogonais: a) 𝑢 → = (1, -2, 3) e 𝑣 → = (4,5,2) b) 𝑖 → e 𝑗 → A -> 𝑢 →. 𝑣 → = (1, -2, 3) . (4, 5, 2) = = 4 - 10 + 6 = 0. ∴ 𝑢 → ┴ 𝑣 → B -> 𝑖 → . 𝑗 → = (1, 0, 0) = (0, 1, 0) = = 0 + 0 + 0 = 0. ∴ 𝑖 → ┴ 𝑗 → Produto Vetorial: O produto vetorial é um vetor, ao contrário do produto escalar 𝑢 →. 𝑣 →, deve-se fazer o uso de determinantes. Chama-se produto vetorial de dois vetores quando: 𝑢 → = x1 𝑖 → + y1 𝑗 → + z1 𝑘 → e 𝑣 → = x2 𝑖 → + y2 𝑗 → + z2 𝑘 →, tomados nessa ordem, e se representam por 𝑢 → x 𝑣 →, ao vetor: 𝑢 → x 𝑣 → = y1 z1 𝑖 → - x1 z1 𝑗 → + x1 y1 𝑘 → y2 z2 x2 z2 x2 y2 O produto vetorial de 𝑢 → por 𝑣 → também é indicado por 𝑢 → ∧ 𝑣 →. 𝑢 → x 𝑣 → = 𝑖 → 𝑗 → 𝑘 → x1 y1 z1 x2 y2 z2 Ex1: Calcular 𝑢 → x 𝑣 → para 𝑢 → = 5 𝑖 → + 4 𝑗 → + 3 𝑘 → e 𝑣 → = 𝑖 → + 𝑘 → 𝑢 → = (5, 4, 3) e 𝑣 → = (1, 0, 1) 𝑢 → x 𝑣 → = 𝑖 → 𝑗 → 𝑘 → 𝑖 → 𝑗 → 5 4 3 5 4 = - 4 𝑘 → - 5 𝑗 → + 4 𝑖 → + 3 𝑗 → = 1 0 1 1 0 = 4 𝑖 → - 2 𝑗 → - 4 𝑘 →. 4 𝑘 → 0 5 𝑗 → 4 𝑖 → 3 𝑗 → 0 = OU = (4, -2, -4). Propriedades - 𝑣 → x 𝑢 → = - ( 𝑢 → x 𝑣 →), ou seja, os vetores 𝑣 → x 𝑢 → e 𝑢 → x 𝑣 → são opostos pois a troca de ordem dos vetores no produto vetorial 𝑢 → x 𝑣 → implica troca de sinal de todos os determinantes de ordem 2, ou seja, implica troca de sinal de todos os seus componentes. Por outro lado, com 𝑢 → x 𝑣 → ≠ 𝑣 → x 𝑢 →, conclui-se que o produto vetorial não é comutativo. Portanto, no produto vetorial a ordem dos fatores é importante, ou seja, altera o produto. 𝑢 → x 𝑣 → = 0 → se, e somente se, 𝑢 → || 𝑣 →, pois, nesse caso, todos os determinantes de ordem 2 têm suas linhas constituídas por elementos proporcionais. Características - Consideramos os vetores 𝑢 → = (x1, y1, z1) e x 𝑣 → = (x2, y2, z2). a) Direção de 𝑢 → x 𝑣 → -> O vetor 𝑢 → x 𝑣 → é simultaneamente ortogonal a 𝑢 → e 𝑣 → . Como o vetor 𝑣 → x 𝑢 → tem a mesma direção de 𝑢 → x 𝑣 →, tem também uma certa ortogonalidade quando nos referimos a 𝑢 → com 𝑣 → . b) Sentido de 𝑢 → x 𝑣 → -> O sentido de 𝑢 → x 𝑣 → pode ser determinado utilizando-se a “regra da mão direita”. Sendo Θ o ângulo entre 𝑢 → x 𝑣 →, suponhamos que 𝑢 → (primeiro vetor) sofra uma rotação de ângulo Θ até coincidir com 𝑣 →. Se os dedos da mão direita forem dobrados na mesma direção da rotação, então, o polegar estendido indicará o sentido de 𝑢 → x 𝑣 →. c) Comprimento de 𝑢 → x 𝑣 → -> Se Θ é o ângulo entre os vetores 𝑢 → e 𝑣 → não nulos, então |𝑢 → x 𝑣| → = |𝑢| → |𝑣| → sen Θ. Interpretação Geométrica - Observando que no paralelogramo determinado pelos vetores não nulos, a medida da base é |𝑢| → e da altura é |𝑣| → sen Θ, a área A deste paralelogramo é: A = (b) . (h) = |𝑢| → |𝑣| → sen Θ ou seja, A = |𝑢 → x 𝑣| → . O resultado dado em A = |𝑢 → x 𝑣| → poderá ser expresso por: “A área do paralelogramo é composta por 2 vetores, logo, a área do paralelogramo é o módulo do Produto Vetorial”. Produto Misto: Chama-se produto misto dos vetores 𝑢 → = x1 𝑖 → + y1 𝑗 → + z1 𝑘 →, 𝑣 → = x2 𝑖 → + y2 𝑗 → + z2 𝑘 → e 𝑤 → = x3 𝑖 → + y3 𝑗 → + z3 𝑘 →, tomados nesta ordem, ao número real 𝑢 →. ( 𝑣 → x 𝑤 →). O produto misto de 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 → também é indicado por ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →). 𝑢 →. ( 𝑣 → x 𝑤 →) = x1 y1 z1 x2 y2 z2 x3 y3 z3 Ex1: Calcular o produto misto dos vetores 𝑢 → = 2 𝑖 → + 3 𝑗 → + 5 𝑘 → , 𝑣 → = - 𝑖 → + 3 𝑗 → + 3 𝑘 → e 𝑤 → = 4 𝑖 → - 3 𝑗 → + 2 𝑘 → . 𝑢 → = (2, 3, 5) / 𝑣 → = (-1, 3, 3) / 𝑤 → = (4, -3, 2). Produto Vetorial 𝑢 → . ( 𝑣 →x 𝑤 →) = Produto Escalar = 2 3 5 -1 3 3 = 27 -> Resultado com o Excel com o comando: Matrix.Determ. 4 -3 2 Prova Real: = 2 3 5 2 3 -1 3 3 -1 3 = -60 + 18 + 6 +12 + 36 + 15 = 4 -3 2 4 -3 = -42 + 18 + 51 = = -24 + 51 = 27. 60 -18 -6 12 36 15 Propriedades - As propriedades do produto misto decorrem na maior parte das vezes das propriedades dos determinantes. O produto misto ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) muda de sinal ao trocarmos a posição de dois vetores. Em relação ao exemplo anterior, em que ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = 27, teríamos: ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = -27 (permuta de 𝑢 → e 𝑣 →); ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = -27 (permuta de 𝑢 → e 𝑤 →); ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = -27(permuta de 𝑣 → e 𝑤 →). Se em qualquer um desses três últimos produtos efetuarmos nova permutação de dois vetores, o produto misto resultante volta a ser 27. É o que acontece com ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = 27, onde no primeiro deles permutamos 𝑢 → e 𝑤 →. Então, se em relação ao produto misto ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) ocorrer: a -> uma permutação - haverá troca de sinal; b -> duas permutações - não altera o valor. Resulta dessa propriedade que os sinais . e x podem ser permutados, ou seja, 𝑢 → . ( 𝑣 → x 𝑤 →) = ( 𝑢 → x 𝑣 →) . 𝑤 → pois, ( 𝑢 → x 𝑣 →) . 𝑤 → = 𝑤 → . ( 𝑢 → x 𝑣 →) = ( 𝑤→, 𝑢 →, 𝑣 →) = ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = 𝑢 → . ( 𝑣 → x 𝑤 →) * ( 𝑢 → + 𝑥 → , 𝑣 → , 𝑤 →) = ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) + ( 𝑥 →, 𝑣 →, 𝑤 →); ( 𝑢 → , 𝑣 → + 𝑥 → , 𝑤 →) = ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) + ( 𝑢 →, 𝑥 →, 𝑤 →); ( 𝑢 → , 𝑣 → , 𝑤 → + 𝑥 →) = ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) + ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑥 →). * (α 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = ( 𝑢 →, α 𝑣 →, 𝑤 →) = ( 𝑢 →, 𝑣 →, α 𝑤 →) = α ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →). ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) = 0 se e somente se, os 3 vetores forem coplanares (que estão no mesmo plano), ou seja, ( 𝑢 →, 𝑣 →, 𝑤 →) tem que ser = 0 para a afirmação que são coplanares ser verdadeira. Reta: Equação vetorial da reta - Consideramos um ponto A (x1, y1, z1) e um vetor não nulo 𝑣 → = (a, b, c). Só existe uma reta x que passa por A e tem a direção de 𝑣 →. Um ponto P (x, y, z) pertence a r se, e somente se, o vetor 𝐴𝑃 → é paralelo a 𝑣 →, ou seja, 𝐴𝑃 → = t 𝑣 → para algum real t. A partir da equação acima pode-se obter P - A = t 𝑣 → ou P = A + t 𝑣 → ou, em coordenadas, (x, y, z) = (x1, y1, z1) + t(a, b, c). Qualquer uma das opções acima é denominada equação vetorial de r. O vetor 𝑣 → é chamado de vetor diretor da reta r e t é denominado como parâmetro. Ex1: A reta r que passa por A (1, -1, 4) e tem a direção de 𝑣 → = (2, 3, 2) tem equação vetorial, de acordo com: r: (x, y, z) = (1, -1, 4) + t(2, 3, 2), aonde (x, y, z) representa um ponto qualquer de r. Se desejarmos obter pontos de r, basta atribuir valores para t. Por exemplo, para t = 1, obtém-se (x, y, z) = (1, -1, 4) + 1(2, 3, 2) = (1, -1, 4) + (2, 3, 2) = (3, 2, 6) e, portanto P1 (2, 3, 6) ϵ r. Equações paramétricas da reta - Da equação vetorial da reta (x, y, z) = = (x1, y1, z1) + t(a, b, c) ou, ainda, (x, y, z) = (x1 + at, y1 + bt, z1 + ct), pela condição de igualdade obtém-se: x = x1 + at y = y1 + bt z = z1 + ct As equações acima são chamadas de equações paramétricas da reta. Ex2: A reta r que passa pelo ponto A (3, -4, 2) e é paralela ao vetor 𝑣 → = (2, 1, -3) e, de acordo com a fórmula anterior, tem equações paramétricas. x = 3 + 2t r: y = -4 + 1t z = 2 - 3t t = 3/2 = 1.5 x = 3 + 3 = 6 y = -4 + 1.5 = -2.5 z = 2 - 4.5 = -2.5 Reta definida por dois pontos - A reta definida pelos pontos A e B é a reta que passa por A (ou B) e tem a direção do vetor 𝑣 → = 𝐴𝐵 → . Ex4: Escrever equações paramétricas da reta r que passa por A (3, -1, -2) e B (1, 2, 4). Vetor diretor: 𝑣 → = 𝐴𝐵 → = B - A = (1, 2, 4) - (3, -1, -2) = (-2, 3, 6). x = 3 - 2t x = 1 - 2t y = -1 + 3t = r ou r = y = 2 + 3t z = -2 + 6t z = 4 + 6t Ponto A Ponto B Equações simétricas da reta - Das equações paramétricas x = x1 + at / y = y1 + bt / z = z1 + ct, supondo que abc ≠ 0, vem t = x-x1/a, t = y-y1/b, t = z-z1/c. As equações acima são denominadas equações simétricas da reta que passa pelo ponto A (x1, y1, z1) e tem a direção do vetor 𝑣 → = (a, b, c). Ex5: A reta que passa pelo ponto A (3, 0, -5) e tem a direção do vetor 𝑣 → = (2, 2, 1) tem equações simétricas. X - 3 / 2 = y / 2 = z + 5 / -1 Equações reduzidas da reta - Em vez de realizar um tratamento genérico, tornaremos um caso particular. Seja a reta r definida pelo ponto A (2, -4, -3) e pelo vetor diretor 𝑣 → = (1, 2, -3), ela pode ser expressa pelas equações simétricas: r: x - 2 / 1 = y + 4 / 2 = z + 3 / -3 A partir dessas equações, pode-se expressar duas variáveis em função da terceira. Isolando-se primeiro as variáveis y e x, e expressando-as em função de x, obtém-se: x - 2 = y + 4 = 1 (y + 4) = 2 (x - 2) = y + 4 = 2x - 4 = y = 2x - 8. 1 2 x - 2 = z + 3 = 1 (z + 3) = -3 (x - 2) = z + 3 = -3x + 6 = z = -3x + 3. 1 -3 Ângulo de duas retas - Seja as retas r1 e r2 com as direções de 𝑣1 → e 𝑣2 → respectivamente na figura abaixo. Chama-se ângulo de duas retas r1 e r2 o menor ângulo de um vetor diretor de r1 e r2. Logo, sendo Θ esse ângulo, tem-se: cos Θ = | 𝑣1 → . 𝑣2 → | / | 𝑣1 →| | 𝑣2 →| , com 0 ≤ Θ ≤ π / 2. Retas Ortogonais - Sejam as retas r1 e r2 com as direções de 𝑣1 → e 𝑣2 →. Então, r1 ┴ r2 <=> 𝑣1 → . 𝑣2 → = 0. Obs: Duas retas ortogonais podem ser concorrentes ou não. Na representação abaixo, as retas r1 e r2 são ortogonais a r. Porém, r2 e r são concorrentes; nesse caso diz-se que são perpendiculares. Reta ortogonal a duas retas - Sejam as retas r1 e r2 não paralelas, com as direções de 𝑣1 → e 𝑣2 →, respectivamente. Toda reta r ortogonal a r1 e r2 terá a direção de um vetor 𝑣 → tal que: 𝑣 → . 𝑣1 → = 0 𝑣 → . 𝑣2 → = 0. Em vez de tomarmos um vetor 𝑣 → ≠ 0 → como uma solução única para a equação acima, poderíamos utilizar o produto vetorial, ou seja, 𝑣 → = 𝑣1 → x 𝑣2 →. Definido um vetor diretor, a reta r estará determinada quando um de seus pontos for conhecido. Interseção de duas retas - Ex6: Determinar, caso exista, o ponto de interseção das retas r1 e r2: a) r1: x = 3 + h r2: x = 5 + 3t y = -3 - 2t y = 1 + 2h e z = 4 + t z = 2 - h x1 = x2 e y1 = y2 e z1 = z2 3 + h = 5 + 3t 1 + 2h = -3 - 2t 3 + h = 3 + 3 (- h - 2) = 3 + h = 5 - 3h - 6 = 2 - h = 4 + t t = - h - 2 = 4h = -4 = h = -1. t = - (-1) - 2 = t = -1. reduzida paramétrica b) r1: y = 2x - 3 e r2: x = -t z = -x y = 4 - t z = 2 + 2t 4 - t = 2. (-t) - 3 2 + 2t = - (-t) Retas reversas 4 - t = 2t - 3 = t = -7 2 + 2t = t = t = -2 Valores diferentes => Não há um ponto de intersecção entre r1 e r2. Obs: a) Se duas retas como no exemplo 6 (a), se interceptam, elas são coplanares, ou seja, estão situadas no mesmo plano como é demonstrado na figura abaixo. b) Se duas retas não são coplanares, são consideradas reversas. É o caso do exemplo 6 (b) e o que é demonstrado na figura abaixo, pois as retas, além de não concorrentes, são não paralelas, e, portanto, não coplanares. --------------------------------------------------------------x----------------------------------------------------------------
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