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CONTRA-INDICAÇÕES PARA EXODONTIA

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(
Contra-indicações
 
)Exodontia
Em alguns casos, embora haja indicação de extração, o procedimento não pode ser realizado devido a situações relacionadas ao dente em questão ou em função de condições de saúde do paciente. Algumas vezes, as contraindicações são relativas, pois mediante alguns cuidados ou tratamentos adicionais, o procedimento pode ser executado. Em outros casos, entretanto, a contraindicação pode ser tão significante que o dente não deve ser removido até que a severidade do problema tenha sido resolvida. Geralmente, as contraindicações são divididas em dois grupos: local e sistêmica.
● Contra-indicações locais. 
Existem várias contraindicações locais às extrações dentárias. A mais importante e crítica é a história de radioterapia contra câncer. As extrações feitas em uma área de radiação podem causar osteorradionecrose e, portanto, devem ser feitas com extrema cautela
Câncer de boca: Os dentes que estão localizados dentro de uma área de tumor, especialmente um tumor maligno, não devem ser extraídos. O procedimento cirúrgico da extração pode disseminar células malignas e, consequentemente, semear metástases. 
Pericoronarite severa Os pacientes com pericoronarite severa (aumento de volume importante - podendo envolver espaço extrabucal - febre e mal-estar) não devem ter o dente extraído até que o quadro tenha sido atenuado.
O tratamento não-cirúrgico prévio à extração deveincluir antibioticoterapia, irrigação/bochecho com clorexidina aquosa 0,12% de 12 em 12 horas e, se houverem condições de acesso e de anestesia local, a raspagem/curetagem da placa bacteriana adjacente também deve ser executada, possibilitando que a exodontia possa ser realizada na atenção primária após resolução desta fase aguda. Se a exodontia for realizada durante um episódio de pericoronarite severa, o risco de complicações aumenta.
Abscesso dentoalveeolar agudo: Por fim, o abscesso dentoalveolar agudo. Podemos nos deparar com uma maior dificuldade para extração destes dentes, pois o paciente pode não conseguir abrir a boca o suficiente ou a anestesia local pode não ser tão eficaz. Contudo, isso não significa que não se pode realizar o procedimento. Se as condições de acesso e anestesia puderem ser obtidas, o dente pode e deve ser removido o mais cedo possível. Caso contrário, deve ser iniciada antibioticoterapia e a extração deverá ser realizada assim que possível.
● Contra-indicações sistêmicas:
Estas contraindicações se referem ao grupo de condições sistêmicas graves ou não controladas. Entre elas podemos citar:
↪ Doenças metabólicas descompensadas e severas (diabetes não controlada e falência renal com uremia severa podem gerar infecções exacerbadas e dificuldade de metabolização das substâncias aplicadas).
↪ Leucemia e linfoma não controlados (apresentam maior risco de infecção e de sangramento excessivo).
↪ Doença cardíaca severa e não controlada (infarto do miocárdio recente e isquemia severa do miocárdio, como angina pectoris instável) e
↪ Arritmias cardíacas não controladas e severas.
↪ Hipertensão maligna (apresenta maior risco de sangramento persistente, insuficiência aguda do miocárdio e AVC devido ao estresse causado pela extração).
↪ Coagulopatias severas (hemofilia ou distúrbios plaquetários severos, podendo gerar importantes perdas sanguíneas e cicatrização deficiente).
↪ Uso de bisfofonato endovenoso (risco aumentado de osteonecrose).. 
COMO PROCEDER:
Para todos estes casos, a indicação de aguardar que a condição sistêmica se estabilize para que a exodontia seja realizada é a melhor tomada de decisão. Ou seja, o paciente deverá retornar ao seu médico de referência para tratamento e estabilização.
 (
É a remoção da coroa dentária através do uso de brocas, diminuindo assim o trauma
 
cirúrgico da extração
.
)Se houver alguma urgência no tratamento de pacientes com alguma das comorbidades citadas acima, o mesmo deverá ser realizado em ambiente hospitalar ou até mesmo poderá passar por tratamento paliativo (coronectomia/ sepultamento de raízes).
Lembrando que AVC e infarto agudo do miocárdio deverão aguardar no mínimo 6 meses para realização de tratamento cirúrgico.
E, no caso de pacientes com coagulopatias severas, uma estreita relação com médico-hematologista é essencial, pois o paciente poderá necessitar de administração de fatores de coagulação ou transfusões de plaquetas anteriormente à extração dentária.
● Contra-indicações relativas
A gestação é uma contraindicação relativa às extrações. Pacientes no 1º ou 3º trimestre devem ter suas extrações adiadas, se for possível. Procedimentos cirúrgicos mais extensos que necessitem de medicamentos além dos anestésicos locais devem ser adiados até após o nascimento da criança.
Para finalizar, devemos sempre lembrar da classificação ASA (preconizada pela American Society of Anesthesiologists) e das suas recomendações para o tratamento de cada paciente:

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