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Transtornos DISRUPTIVOS DO CONTROLE E DA CONDUTA

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Transtornos DISRUPTIVOS DO CONTROLE E DA CONDUTA
Prof.ª Ms. Cindy Morão
Neuropsicóloga
cindy@morao.com.br
DIFICULDADE DE REGULAÇÃO EMOCIONAL E COMPORTAMENTO (COMO OS OUTROS)
COMPORTAMENTOS DISFUNCIONAIS QUE VIOLAM E INTERFEREM NA VIDA DE OUTRAS PESSOAS
CONDUZEM O INDIVÍDUO A SITUAÇÕES CONFLITUOSAS COM FIGURAS DE AUTORIDADE E REGRAS SOCIAIS
Transtorno Explosivo Intermitente 
Dificudade na regulação emocional 
Crise de raiva desproporcionais ao fator desencadeador
Transtorno Opositor Desafiador 
Desregulação do comportamento (questionador e vingativo)
Desregulação emocional (irritável)
Transtorno de Conduta
Déficits na regulação do comportamento
Situações que violam o espaço de outros
Menos grave que TC
Não há agressão premeditada
Agressividade instrumental e premeditada
Episódios impulsivos e explosivos 
dados
Mais prevalente em Meninos 
Iniciam durante a infância e adolescência 
Relação entre TOD e TC
TOD risco aumentado de ansiedade e depressão
TRANSTORNO OPOSITivo DESAFIADOR 
(TOD) 
definição
A. Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador)desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, manifesta por pelo menos quatro sintomas de:
 Humor raivoso /Irritável 
1. Muitas vezes perde a calma.
2. Muitas vezes, é sensível ou facilmente incomodado.
3. É muitas vezes raivoso e ressentido. 
 
Comportamento questionador/Desafiante
4. Questiona figuras de autoridade e adultos 
5. Muitas vezes desafia ou se recusa a obedecer regra ou pedidos de figuras de autoridade.
6. Incomoda outras pessoas.
7. Muitas vezes, culpa os outros por seus erros ou mau comportamento.
Índole vingativa 
8. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.
 
 Em crianças com menos de 5 anos: deve aparecer quase todos os dias por um período de seis meses.
Com 5 anos ou mais: comportamento deve aparecer pelo menos uma vez por semana durante pelo menos seis meses. 
Gravidade:
Leve: Os sintomas são limitados a um ambiente (por exemplo, em casa, escola, no trabalho, com os colegas).
Moderada: Os sintomas aparecem em pelo menos dois ambientes.
Grave: Os sintomas aparecem em três ou mais ambientes.
T
O
D
D
I
TRANSGRIDE - NÃO SEGUE REGRAS 
OPOSIÇÃO – SER DO CONTRA 
DISCUTE 
DESCONTA - NO OUTRO 
IRRESPONSABILIDADE – NÃO ASSUME ERROS 
• Desobediência, desafio e comportamento hostil. 
• Discussão e brigas crônicas. 
• Desafio a figuras de autoridade. 
• Altos níveis de irritabilidade, agressividade e caráter vingativo e rancoroso. 
• Teimosia.
 
• Atribuição de culpa aos outros por suas ações.
 Não se preocupa com punições
Características gerais
Fatores de risco
Hereditariedade - pais com perfil de TOD
Ambientes desestruturados e hostis
Não há regras claras e coerentes 
Negligência familiar
dados
2 a 6 % em crianças e adolescentes
3,2 % em idade escolar 
Início ocorre aproximadamente aos 4 anos – 7 A 9 ANOS predominantemente 
comorbidade
Transtorno de descontrole dos impulsos (68,2%) 
Transtorno de Humor (45,8%)
Trasntornos de Ansiedade (62,4%)
T. uso de Substâncias (47,2%)
Transtornos de Aprendizagem e da comunicação
5 a 15 anos está presente em 40% dos sujeitos com outros diagnósticos
 TDAH (30%)
T.Ansiedade (20%)
VÍDEO CRIANÇA NO SUPERMERCADO 
Vídeo - O cérebro da criança e a birra
https://www.youtube.com/watch?v=lHPVC1TDGA0
 
Transtorno explosivo intermitente (TEI)
definição
Episódios graves e isolados de agressividade de forma desproporcional ao evento que desencadeou o ato.
As crises de raiva, descontrole de impulsos são de início abrupto e tipicamente não apresentam sinais prodômicos (anteriores)
Crises tendem a durar 30 minutos e ocorrem em resposta a pequenas provocações
Desaparecem espontaneamente não deixando qualquer agressividade residual.
Não são premeditadas e sim impulsivas
Indivíduo arrepende-se imediatamente após o ato, com sentimentos de:
Autorreprovação
Tentativas de tranSferir a culpa para outros, A fim de aliviar o constrangimento 
NÃO APRESENTAM COMPORTAMENTO VIOLENTO E IMPULSIVO NO PERÍOSO ENTRE CRISES.
A. Recorrentes explosões de comportamento que refletem em falta de controle de impulso, agressividade, manifestada por um dos seguintes:
Agressão Verbal (p. Ex., Birras, tiradas, disputas verbais ou brigas) ou agressão física contra a propriedade, animais ou outros indivíduos , ocorrendo em média duas vezes por semana durante um período de três meses. Agressão física não resulta em danos ou destruição de propriedade, ou causa lesões físicas contra animais ou outros indivíduos.
Três explosões de comportamento que causam danos ou destruição de propriedade ou agressão física envolvendo lesões físicas contra animais ou outras pessoas, ocorrendo nos últimos doze meses.
B. A magnitude da agressividade expressa durante explosões recorrentes é bastante desproporcional à provocação ou aos estressores psicossociais pricipitantes. 
C. As explosões não são premeditadas (são impulsivas ou causadas pela raiva), e não tem finalidade de atingir um objetivo (p. ex., dinheiro, poder, intimidação).
D. Causam sofrimento acentuado ao indivíduo e prejuízo no funcionamento profissional ou interpessoal .
E. Idade : pelo menos seis anos (ou nível equivalente de desenvolvimento).
Em crianças com idades entre 6 e 18 anos, um comportamento agressivo que faz parte de um transtorno de adaptação não deve-se atribuir esse diagnóstico.
Fatores de risco 
História de abuso físico
Abuso emocional
Hereditariedade (influência genética no descontrole da agressividade)
Transtorno de conduta
(TC)
Padrão de comportamento repetitivo e persistente no qual são violados direitos básicos de outras pessoas, normas ou regras sociais relevantes e apropriadas para a idade. 
4 grupos principais : 
Conduta agressiva que causa ou ameaça causar danos físicos a outras pessoas ou animais 
 Destruição de propriedade 
Falsidade ou furto
Violação grave de regras
definição
... Manifestado pela presença de ao menos três nos últimos doze meses
Agressão a pessoas e animais
	1. Frequentemente provoca, ameaça ou intimida os outros 
	2. Frequentemente inicia brigas físicas 
	3. Usou alguma arma que pode causar sérios danos a outras pessoas (tijolo, garrafa quebrada, faca, uma arma).
	4. Fisicamente cruel com pessoas 
	5. fisicamente cruel com animais 
	6. Roubou durante confronto com um a vítima (p. Ex., assalto, roubo, de bolsa, extorsão, roubo à mão armada) 
	7. Forçou alguém à atividade sexual 
Destruição de propriedade
	8. Envolveu-se na provocação de incêndios com a intenção de causar danos graves.
	9. Destruiu propriedade de outras pessoas (mas não pelo fogo). 
Falsidade ou furto 
	10. Invadiu a casa, prédio ou carro de alguém.
	11. Mente para obter bens materiais ou favores, ou para evitar obrigações (trapaceia) 
	12. Furtou itens de valor considerável sem confrontar a vítima ( Furto em lojas, mas sem violência ou invasão, falsificação).
Violação grave das regras
	13. Fica fora de casa à noite, apesar da proibição dos pais , com início antes dos 13 anos.
	14. Fugiu de casa, passando a noite fora, duas vezes enquanto vivia com os pais ou em um lar adotivo, ou uma vez sem retomar por longo período. 
	15. Com frequência falta às aulas, com início antes dos 13 anos anos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Níveis excessivos de brigas ou intimidação.
Crueldade com animais ou pessoas.
Destruição grave de propriedades.
Comportamento incendiário.
Roubo/furto.
Falsificações
Violência sexual
Mentiras repetidas
Cabular aulas ou fugir de casa
Ataques de birra frequentes e graves
Comportamento provocativo e desafiador e desobediência grave e persistente. 
Fatores de risco
Negligência parental
Manejo parental inconsistente
Criminalidade parental
Bairros com alto índices de criminalidade 
Associação com pares delinquentes
Influência genética: aumento na prevalência em determinadas famílias. 
dados
4% em diversos países
Sudeste:
2,2% em indivíduos de 7 a 14 anos de idade
Aumentam da infância até a adolescência 
Início: 8 anos até 15 anos. 
Sexo masculino: Mais violentos e agressividade física 
Sexo feminino: mentiras, comportamento manipulativo e agressividade velada. 
comorbidade
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno de Oposição Desafiante 
Transtornos de aprendizagem 
Transtornos de ansiedade
Transtornos depressivos 
Transtorno bipolar 
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
VÍDEO A IRA DE UM ANJO
https://www.youtube.com/watch?v=bxwaZXplg8o
Critérios para os Transtornos DISRUPTIVOS DO CONTROLE E DA CONDUTA
A perturbação do distúrbio de comportamento está associada com desconforto no indivíduo ou a outros em seu ambiente social imediato ( família, grupo de amigos, colegas de trabalho).
Causa um transtorno clinicamente significativo em áreas sociais, acadêmicos ou profissionais.
Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso um transtorno psicótico, uso de substâncias, um transtorno depressivo ou bipolar, TOD, transtorno de personalidade anti-social, transtorno de personalidade borderline, ou que pode ser atribuído a uma outra condição médica (p. ex., traumatismo craniano, doença Alzheimer) ou os efeitos fisiológicos de uma substância (P. Eg., Drogas, medicamentos). 
IMPORTANTE considerar: 
Persistência 
Frequência
Intensidade do comportamento 
 para além dos limites do normal para o nível de desenvolvimento do indivíduo, gênero e cultura.
Bases neurobiológicas
Desequilíbrio em áreas cerebrais de regulação das emoções e controle do comportamento
Córtex frontal - Falha no controle inibitório 
Sistema límbico e amígdala - Hiperatividade. 
Especificidade - EMOÇÕES PRÓ-SOCIAIS LIMITADAS
Relativa insensibilidade 
Incapacidade de sentir emoções ou remorso
Falta de preocupação com a própria performance
Falta de empatia 
Mais episódios de agressividade premeditada 
VÍDEO DAS FUNÇÕES CEREBRAIS
Peça que os professores se reúnam em 5 grupos. Entregue um caso impresso a cada grupo. Os professores deverão discutir o caso recebido e identificar quais dos comportamentos citados acima estão presentes em cada um (lembre-os de que os comportamentos podem coexistir!), quais poderiam ser os desencadeadores destes comportamentos e como poderiam lidar com eles. Depois, cada grupo apresentará aos demais qual foi o caso discutido e a que conclusões o grupo chegou. Em seguida, diga que verão cada um destes comportamentos pra que verifiquem se as conclusões foram adequadas. O FOCO ESTÁ EM REFLETIR NAS ESTRATÉGIAS, COMO LIDAR COM ESTES COMPORTAMENTOS.
37
Dificuldade nas habilidades sociais
Falta de atenção
Impulsividade -Agitação
IDENTIFICANDO COMPORTAMENTOS
Impulsividade - Agressividade
Dificuldades Acadêmicas
Dificuldade de Planejamento e Organização
Impulsividade
Júlia, tem 4 anos, ela vive com a mãe, o padrasto e o irmão caçula de dois anos. Frequenta a pré-escola pela manhã. Segundo a mãe, Júlia era “um terror” quando bebê. Sofria de cólicas constantes, chorava com freqüência e exigia ser levada no colo o tempo inteiro. Com cerca de 11 meses de idade, quando começou a caminhar, o nível de atividade aumentou e ela “estava sempre arranjando problemas”. Precisou mudar de creche e escolinha por causa de seu alto nível de atividade, curto período que conseguia prestar atenção e agressividade física com os colegas. Embora esteja começando a aprender letras e números, ela tem muita dificuldade para sentar e ficar quieta para realizar as atividades e tem em um desempenho um pouco diferente dos colegas. Júlia prefere envolver-se em brincadeiras agitadas e pode tornar-se claramente desafiadora quando mudam de atividade ou lhe tiram um brinquedo que estava brincando, ou ainda quanto precisa completar tarefas mais estruturadas e lentas. 
Vitor é um garoto de 7 anos que ninguém mais aguenta! Não há um dia que eu não receba reclamação sobre ele! Hoje, no futebol, ele deu um soco no rosto de seu colega porque o colega fez gol contra! Ontem, no recreio, ele ficou bravo porque não tinha dinheiro suficiente pra comprar as balas que queria... empurrou o pote de balas, que caiu no chão e quebrou. O mais estranho é que quando converso com ele, ele diz que sabe que o que faz é errado, e que tenta não fazer... mas não consegue se controlar! Isso acontece durante a aula também. Por exemplo, se peço que todos sentem em roda pra contar uma história, quando menos espero Vitor já está andando pela sala, pegando outro livro, cutucando um colega...
Tomas, tem 9 anos. Durante os anos pré escolares, mostrou-se muito ativo e então subia em móveis, corria excessivamente e poucas vezes permanecia sentado e quieto, além de ser desobediente às ordens dos pais. Tem apresentado dificuldades para relacionar-se com outras crianças, já que se mostra agressivo verbal e fisicamente com os colegas. Como resultado, Tomas tem poucos amigos de sua idade e tende a brincar com crianças mais velhas. Desde a o 2º ano apresenta necessidade de atenção especial, devido aos seus comportamentos como falar sem permissão, dizer palavrões à professora, recusar-se a completar os trabalhos da sala de aula e também apresenta problemas associados ao desempenho educacional. Mesmo na sala de aula altamente estruturada Tomas tem muita dificuldade para realizar trabalhos independente e para seguir as regras da sala de aula. 
 
Mateus tem 12 anos e freqüenta a escola pública. De acordo com os pais, não teve atraso neuropsicomotor. Suas professoras do maternal e do pré escola relatavam que tinha dificuldade de prestar atenção quando contavam uma história, não conseguia permanecer sentado durante as atividades e interrompia conversas com freqüência. Esses comportamentos também se tornava cada vez mais evidentes em casa. Atualmente Mateus apresenta atraso no desempenho de todas as disciplinas, quando comparado aos colegas. Quase todos os dias ele esquece de trazer materiais para a escola, e durante as aulas ele parece estar em outro mundo. Quando a professora está dando uma instrução, ele não espera que ela finalize e já inicia a atividade, e na maioria das vezes termina as atividades antes dos colegas e fica andando pela sala mexendo com eles. 
Roberto é um aluno de 17 anos. Precisou repetir duas vezes durante o ensino fundamental e tem tido dificuldades acadêmicas e comportamentais desde que começou a estudar.Além disso, é descrito pelos professores como impaciente, perturbador, inquieto e desmotivado. Como resultado de suas dificuldades acadêmicas e comportamentais, Roberto recebeu orientação psicopedagógica individual. Os professores da escola sugeriram que a família procurasse apoio psicológico para receberem orientações e também recomendaram procurar um médico, afim de verificar a necessidade de uso de medicação. Os pais seguiram os encaminhamentos de maneira inconstante durante todo o tempo. Apesar de todas estas intervenções, as dificuldades de Roberto piorararam e nos últimos anos ele se envolveu com uma gangue local. Ele foi detido pela polícia em duas ocasiões por furto e vandalismo e também falta à escola com bastante freqüência. O garoto pediu aos pais para abandonar a escola para procurar um emprego em tempo integral.

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