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Introdução à dermatologia

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INTRODUÇÃO À DERMATOLOGIA 
ESTRUTURA DA PELE 
A pele é o maior órgão do nosso corpo e é composta de 3 camadas: a mais superficial é a epiderme que 
tem como função proteger o nosso corpo contra o 
meio externo e é composta de queratinócitos e 
também melanócitos. O número de melanócitos 
não difere entre as raças, todo mundo tem a mesma 
quantidade de melanócitos e o que difere é 
quantidade de melanina que cada um produz. Logo 
abaixo da epiderme tem a derme que é mais 
complexa, é onde vai estar a principal função da 
pele, pois temos o plexo subdérmico, é da onde 
vem a irrigação, artérias, veias e nervos e tem os 
folículos pilosos que dentro deles tem células tronco, 
toda vez que temos lesão na pele as células tronco vão induzir a cicatrização → pra cicatrizar o folículo 
piloso tem que estar íntegro, se tiver queimadura de 3 grau não da pra cicatrizar pois já não tem mais folículo 
piloso, uma vez que essa queimadura chega até na hipoderme. Na derme vamos ter também a glândula 
sudorípara que ajuda na regulação homeotérmica, e as sebáceas que produzem sebo e ajudam na defesa 
contra as bactérias e os vírus. Por último, a derme é dividida em superficial (papilar) e a mais profunda 
(reticular) e tem a hipoderme (tecido celular subcutâneo), e a sua importância é que ele é uma reserva 
energética (gordura) e absorve impacto, trauma, absorvendo as altas energias. 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
Queimaduras: 3 graus 
• A de 1º atinge apenas a epiderme como a queimadura solar, eles evoluem bem, machuca a 
epiderme mas regenera já que o folículo piloso está íntegro 
• Toda vez que formar bolhas tem pelo menos uma queimadura de 2º grau que pode ser superficial 
ou pode ser profunda, isso depende do grau de acometimento da derme, se acometer só a derme 
papilar vai ser uma queimadura superficial já se acometer a reticular é uma queimadura de 2º 
profunda. A superficial como o folículo piloso está integro fica bem, já na profunda todo o folículo 
piloso foi acometido e não há cicatrização, é uma queimadura cirúrgica 
FUNÇÃO DA PELE 
• Proteção imunológica: uma barreira 
• Termorregulação: através do suor 
• Percepção: toque, tato, pressão, sensibilidade 
• Excreção: ureia, amônia, ácido úrico → podem sair no suor 
• Metabólica: vitamina D → calcificação óssea (o metabolismo da vitamina D se inicia na pele) 
• Imunológica: células de Langerhans (captam e processo antígenos) → macrófagos (barreira/defesa) 
ANAMNESE 
• Idade, sexo, etnia: se chega um paciente com nódulo e é idoso eu penso em câncer de pele, se for 
criança eu não penso em CA. Etnia: doenças mais prevalentes em negros, caucasianos... 
• Procedência geográfica → doenças mais prevalentes: hanseníase endêmica no centro-oeste, 
nordeste.. porém é mais difícil no Sul 
• Estação do ano → Miíase → comum no verão 
• Ocupação → dermatite ocupacional → pessoas que usam luvas 
• Nível socioeconômico → doenças de pele infecto contagiosas → muitas pessoas numa mesma casa 
havendo transmissão 
• Antecedentes patológicos → DM pode gerar manifestações cutâneas 
ANAMNESE DERMATOLÓGICA 
• Morfologia da lesão → é anular, linear... qual a forma dessa lesão? 
• Tempo de evolução → lesão aguda ou que vem a meses, anos 
• Inicio dos sinais e sintomas → foi depois que o paciente se expôs ao sol? Entrou em contato com 
algum elemento químico? 
• Época de aparecimento → inverno, verão 
• Distribuição → quais áreas do corpo está aparecendo, se aparece no dermátomo pensamos em 
herpes zoster 
• Organização → se ela se apresenta difusa, agrupada... 
• Maneira de progressão → como ela começou e como está hoje, tem doenças que começam no 
crânio e depois se desenvolvem no sentido crânio – cauda, já outras aparecem difusa no corpo todo 
• Fatores de piora → luva de borracha – dermatite de contato 
• Fatores de melhora 
• Desencadeantes 
• Sintomas associados → doenças virais que chegam com resfriado, conjuntivite + lesões de pele 
EXAME FÍSICO 
• Avaliar a pele inteira do paciente!!!! 
• Paciente despido → cuidado com o pudor, cobrir a mama, as regiões íntimas 
• Local bem iluminado 
• Inspeção de pele e mucosas 
• Palpação → sentir como está essa pele 
• Exame físico geral → ajudar na suspeita diagnóstica 
• Coloração: palidez (não chega sangue de maneira adequada), hiperemia (mais avermelhado), 
cianose (não está chegando sangue, enfisema crônico, fenômeno de Renault → não chega sangue 
nas pontas dos dedos), icterícia (pele + mucosas difere da carotenemia que não acomete mucosas) 
• Umidade → hidratação, pele ressecada, oleosa 
• Textura → normal; fina; áspera; enrugada 
• Espessura → normal, atrófica; espessada (algo endurecido) 
• Sensibilidade: dolorosa, tátil, térmica 
• Elasticidade e mobilidade → capacidade de movimentar essa pele 
• Turgor: normal ou diminuído → capacidade que o tecido tende a voltar ao estado normal, em 
pacientes desidratados eles tem um turgor diminuído, ela volta bem lentamente 
• Temperatura: avalia de modo comparativo, sentir com o dorso da nossa mão 
Analisando está pele: 
Tem coloração normal, em relação à umidade é ressecada, em relação a textura provavelmente seja 
áspera, enrugada e pele espessa, a elasticidade deve estar diminuída e um turgor também diminuído e a 
sensibilidade e a temperatura teríamos que verificar 
LESÕES ELEMENTARES 
As lesões de pele são definidas em dois tipos as lesões primárias e as lesões secundárias. As primárias: elas 
surgem sem nenhuma outra alteração cutânea e as secundárias são uma evolução das primárias, tinha 
uma lesão de pele que complicou 
• Avaliar a forma, bordas, cor, localização e superfície 
• Lesões primárias: mácula/mancha, pápula, placa, nódulo, vesícula, bolha, pústula e abscesso 
• Secundárias: escamas, crosta, escara, erosão/escoriação, fissura, fístula, úlcera, liquenificação, 
atrofia, cicatriz 
LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS 
MANCHA 
Alterações, planas e impalpáveis, resultado de alteração da coloração da pele: 
• Pigmentares: acrômicas (ausência de cor), hipocrômicas ou hipercrômicas 
• Vasculares: desaparece a digitopressão, devido a vasoconstricção. Ex.: Eritema e telangectasias 
• Hemorrágicas: não desaparece a digitopressão. Ex.: Petéquias e equimoses 
• Deposição pigmentar: bilirrubina, hemossiderina, corpo estranho 
Mácula: até 1cm X Mancha: >1cm 
 
 
LESÕES PALPÁVEIS, ELEVADAS E SÓLIDAS 
• Pápulas: até 1cm 
• Placa: >1cm por coalescência de pápulas 
• Nódulo: >1cm, mais profunda e firme que uma pápula 
• Urtica: lesão eritematoedematosa (placa + edema) 
• Vegetação: lesão elevada, pediculada ou não, de superfície irregular. 
 
OBS.: O nódulo é mais consistente, mais profundo mais aderido diferente da pápula que é apenas uma 
elevação 
 
Mancha acrômica: Vitiligo 
PÁPULA PLACA DESCAMATIVA NÓDULO 
URTICA 
VEGETAÇÃO 
ELEVAÇÕES SUPERFICIAIS E CIRCUNSCRITAS DA PELE, FORMADAS POR UMA COLEÇÃO LIQUIDA 
OU PURULENTA 
• Vesícula até 1cm 
• Bolha >1cm ou flictena 
• Pústula: conteúdo purulento 
• Elevação dermo-hipodérmica: abcessos 
 
LESÕES SECUNDÁRIAS 
PERDA DE SUPERFÍCIE CUTÂNEA 
• Erosão: perda da epiderme superficial; não sangrante. Quando é por trauma se chama escoriação 
• Úlcera: perda até a derme, resulta em cicatriz (+profunda) 
• Fissura: fenda linear na pele (em todo o comprimento) 
MATERIAL SOBRE A SUPERFÍCIE CUTÂNEA 
• Crosta: resíduo ressecado da serosidade, sangue ou pus, “casquinha” 
• Escama: lâmina epidérmica desprendida, epiderme solta 
• Escara: tecido necrótico 
 
 
VESÍCULAS 
BOLHA PÚSTULAS ABCESSO 
EROSÃO 
ÚLCERA 
FISSURA 
 
• Fístula: pertuito da pele pelo qual 
ocorre drenagem de material 
proveniente de foco supurativo ou 
necortico profundo → é 
ocasionada por um problema mais 
profundo, como uma infecção e 
vemos na pele uma lesão que tem 
um caminho drenando algo de 
dentro, acontece em tumor de 
cabeça e pescoço, ele fistuliza pra 
pele 
• Liquenificação: espessamentoda pele, com acentuação das estrias 
• Atrofia: pele fina, lisa, translúcida e pregueada 
• Cicatriz: reposição de tecido destruído por tecido fibroso (precisa ter tido um trauma) 
➢ Atrófica: deprimida (acontece quando médicos sem muita experiências acham que está 
virando uma cicatriz hipertrófica e injetam corticoide de maneira errada evoluindo pra uma 
atrofia, sendo mais difícil resolver) 
➢ Hipertrófica: não ultrapassa os limites da ferida, acompanha o tamanho da cicatriz 
➢ Queloidiana: ultrapassa os limites da ferida 
 
 
 
 
 
 
 
CROSTA 
ESCAMA 
ESCARA 
LIQUENIFICAÇÃO 
ATROFIA 
CICATRIZ 
HIPERTRÓFICA 
QUELOIDE 
SINAIS DERMATOLÓGICOS 
Sinal de Auspitz (orvalho sangrante) – paciente que tem uma lesão de escama e 
ao passar uma cureta em cima aparece pontos sangrantes, é bem sugestivo de 
psoríase porém não é patognomônico – imagem a esquerda 
Sinal de Nikolsi – pele se desprende da lesão com 
fricção → a epiderme toda solta → acontece na 
síndrome da pele escaldada (infecção por 
Staphylococos) – imagem a direita 
 
 
REVISÃO 
 
 
MÁCULA/MANCHA 
PÁPULA 
PLACA + ESCAMA NÓDULO 
URTICA 
VESÍCULA 
PÚSTULA 
CROSTA 
ESCAMA 
EROSÃO 
ESCARA 
ATROFIA 
CICATRIZ HIPERTRÓFICA 
QUESTÕES 
1. Vesículas são lesões de pele, com elevação, e líquido no interior, com menos de 0,5-1cm (V) 
2. A liquenificação consiste no espessamento da pele, com acentuação das estrias cutâneas (V) 
3. Abscessos são coleções de pus, de proporções variáveis, e localização subcutânea ou dermo-
hipodérmica (V) 
4. Crostas são lesões primárias, provenientes do ressecamento de secreções, que recobre uma área 
ferida (F → crostas são lesões secundárias) 
5. A ulceração é uma perda de substância que atinge a derme (V → se fosse epiderme seria erosão) 
CASOS CLÍNICOS 
Caso clínico 1: Paciente de 25 anos, branca, sexo feminino, solteira, natural 
e procedente de Salvador, designer, chega ao ambulatório de clínica 
médica com queixa de dores articulares nas mãos há 06 meses e 
preocupada com a mancha que apareceu no seu rosto. Relata piora das 
lesões com exposição solar. 
1. Como caracterizar esta lesão (primária, secundária... ) e o seu nome? 
É uma lesão primária em forma de placa eritematosa (é uma lesão 
elevada portanto é uma placa) em região malar, lesão em asa de 
borboleta 
2. O que pode ser a dor articular? Artrite lúpica, o lúpus pega vários sistemas dando muita alteração 
reumatológica 
3. Qual a hipótese diagnóstica? Lúpus eritematoso sistêmico 
Caso clínico 2: Criança com 8 meses, procedente da zona rural de Roraima, é 
atendida com história de eritema em conjuntiva ocular, febre alta, coriza e 
agitação há cerca de 15 dias e há 01 semana começou a apresentar manchas 
no corpo que começaram pela cabeça. No atendimento estava chorando, 
ainda febril e apresentava lesões exantemáticas no corpo. O pai da criança 
apresentou o mesmo quadro há 20 dias. A mãe venezuelana não soube dar mais 
informações. 
1. Como você define estas lesões? Lesão primária do tipo mácula (plana), se fossem elevadas seriam 
pápulas. 
2. São lesões primárias ou secundárias? Primárias 
3. Qual o provável diagnóstico? Sarampo → Doença exantemática, viral → conjuntivite, febril, coriza, 
agitada, irritada → alterações sistêmicas mais exantemas → começa na face, começa crânio e 
depois acomete o corpo 
Caso clínico 3: Paciente 63 anos, em tratamento quimioterápico para 
neoplasia de cólon refere dor e ardor importante em dorso há 4 dias. Relata 
que há 2 dias apresentou feridas nessa região e piora do ardor 
1. Descreva as lesões deste paciente e classifique em primárias ou 
secundárias: Lesões primárias que são as vesículas e as secundárias 
que são as crostas 
2. Que outra doença comum na infância é importante perguntar em 
antecedentes patológicos? Varicela, devido as vesículas em um 
único dermátomo levando-nos a pensar em herpes zoster 
3. Qual o diagnóstico? Paciente imunossuprimidos devido a quimioterapia pode desenvolver um 
quadro de herpes zoster 
 
Caso clínico 4: Sr. José é diabético há 20 anos e 
não faz seu tratamento regular. Ele referiu que 
notou inicialmente lesões nos pés, sem 
compreender como, pois não sentiu se ferir. 
Tentou tratar em casa, mas não obteve bom 
resultado e teve que se internar e ser submetido 
a amputação de alguns pododáctilos. 
1. Descreva as lesões nas duas fotos: Úlcera 
na primeira foto e na segunda tem úlcera 
mais escara, provavelmente vai perder todos os dedos 
2. Tente fazer a correlação da doença de base coma evolução das lesões: Neuropatia diabética, os 
pacientes que são diabéticos crônicos perdem a sensibilidade 
Caso clínico 5: Antônia, 50 anos, obesa, trouxe exames laboratoriais 
mostrando dislipidemia e aumento dos níveis glicêmicos. Ao examinar a 
paciente, o estudante viu estas lesões de pele 
1. Descreva as lesões: Mancha hipercrômica aveludada 
2. Qual o diagnóstico? Acantose nigricans, caso clássico de 
resistência à insulina (pode ser DM, SOP, CA gástrico) 
3. O que devemos pensar frente a esse diagnóstico? Síndrome 
metabólica, provavelmente uma DM

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