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Pirose K Definição K Sensaça o de queimaça o retroesternal que se irradia do manu brio esternal ate a base do pescoço; ocorre em geral 30-60 min apo s a ingesta o de alimentos, especialmente se a refeiça o for copiosa (grande quantidade), ou rica em gordura ou a cido, podendo ser aliviada apo s a ingesta o de antia cido, ou mesmo a gua. Pode resumir em queimação retroesternal que se diferencia de azia que é uma sensação de queimação em região epigástrica. SEMPRE que aparecer um paciente questionem onde é a sensação de queimação. K Em 90% das vezes que o paciente refere pirose e DRGE. Mas tambe m existe aquele paciente com funcional, que e aquele paciente que apresenta apenas sintoma de pirose, mas na o apresenta alteraço es na pHmetria e na endoscopia que sejam sugestivas de esofagite e de refluxo, mas apresentam resposta com inibidores da bomba de pro tons (IBP), enta o, a pirose pode estar relacionada tanto com a DRGE quanto a pirose funcional. Pirose Funcional K Na pirose funcional na o ha indí cios de doença orga nica, nem na pHmetria e endoscopia e acontece por conta de uma hipersensibilidade visceral esofa gica, que se da por alteraço es mí nimas do pH, no eso fago do distal ou por uma distensa o mí nima desse eso fago distal por causa de eruptaço es frequentes ou por conta de qualquer momento que leve a distensa o, como p.ex., pro prias refeiço es muito volumosas, podendo desencadear pirose, ou alteraço es motoras do eso fago distal, que sejam alteraço es que esta o ligadas a dismotilidade, problemas intrí nsecos da musculatura lisa esofa gica. K Nessa tabela ao lado mostra as medicaço es mais comuns que desencadeiam a pirose (lembrando que e o uso cro nico desses medicamentos e na o o uso ocasional) e reparem que tem uma medicaça o que e considerada anti- hipertensiva (bloqueadores dos canais de ca lcio – aquele grupo de nifedipina, amlodipina) e na o tem as medicaço es que fazem parte do tratamento de diabe ticos. Enta o como hipertensa o e diabetes melitus sa o doenças muito prevalentes e alguns pacientes com pirose va o ter essas comorbidades, esclareçam que as medicaço es relacionadas ao tratamento de diabetes e hipertensos desencadeiam pirose, enta o investiguem pirose funcional, DRGE e outras patologias que acabam sendo diagno sticos diferencial de DRGE. Doença do Refluxo Gastroesofágico Lembrem que o paciente pode ter um refluxo gastresofágico fisiológico, eles são muito mais frequentes nos momentos interprandiais, porém, esse refluxo não desencadeia sintomas. K Condiça o que se desenvolve quando o refluxo do conteu do ga strico causa sintomas e ou complicaço es. E uma afecça o cro nica, e preciso deixar claro pro paciente. Lembrem que a agressividade do material refluxado não necessariamente é somente do ácido, lembrem que o suco ga strico na o e composto apenas de a cido clorí drico, no s temos o a cido que desencadeia a lesa o H+, pepsina, sais biliares (refluem do duodeno para a mucosa ga strica e podem refluir para o eso fago distal) e a tripsina. K 11,9% da populaça o no Brasil. K PERGUNTA: Gastrite causa muito DRGE? Na o, gastrite e uma patologia e DRGE e outra patologia, uma na o evolui para outra. K PERGUNTA: Esofagite em região inferior indica DRGE? Esofagite e o nome te cnico de presença de eroso es na mucosa esofa gica, que pode ser no eso fago distal, me dio ou ate mesmo no eso fago proximal e indica a complicaça o mais comum na DRGE. K Espectro varia vel de sintomas, associados ou na o a leso es teciduais. Enta o e possí vel a paciente ter uma doença do refluxo na o erosiva, voce da o diagno stico da doença do refluxo (diagno stico clí nico) enta o ele pode ou na o ter esofagite e esse fato na o significa que ele na o em a doença, voce pode ter os sintomas de pirose e regurgitaça o, inclusive sa o sintomas cla ssicos de refluxo. Quando voce tem o exame normal na endoscopia voce mantem o diagno stico de doença do refluxo. DRGE não erosiva é muito mais frequente do que a erosiva. K Gra fico mostrando a incide ncia crescente. Lembrem, na o existe relaça o de DRGE com a doença de H. pylori (a patologia mais frequente e a gastrite). A incide ncia do H. pylori com o passar dos anos e uma incide ncia descendente, na o e como a DRGE. A esofagite sempre foi crescente, mesmo com o advento do uso dos IBP e posteriormente o eso fago de Barrett e o AdenoCa esofa gico. K Enta o se a incide ncia de esofagite e ascendente, a gente supo e que as outras duas que esta o apresentando a mesma curva que a esofagite sejam complicaço es frequentes de DRGE. 10-15% dos pacientes que apresentam doença do refluxo va o apresentar complicaço es e dessas complicaço es eso fago de Barrett e a complicaça o que tem maior chance de levar ao desenvolvimento do adenocarcinoma esofa gico. K PERGUNTA: O que é o fator de risco para o câncer de esôfago? A doença do refluxo e o fator de risco para o ca ncer de eso fago. K Manifestações Clínicas TÍPICAS K Pirose + regurgitaça o 2x/sem, ha 4-8 sem. Sens.: 67% e Espec.: 77%. Dessa forma conseguimos dar o diagnóstico clínico da DRGE, mas ainda com uma especificidade de 77% que é considerada baixa. K PIROSSE: Sensaça o de queimaça o retroesternal que se irradia do manu brio esternal ate a base do pescoço; ocorre em geral 30-60 min apo s a ingesta o de alimentos, especialmente se a refeiça o for copiosa, ou rica em gordura ou a cido, podendo ser aliviada apo s a ingesta o de antia cido, ou mesmo a gua. K REGURGITAÇÃO ÁCIDA: E o retorno do conteu do a cido ate a cavidade oral. Estamos falando muito de pirose relacionada a DRGE porque é a patologia mais frequente relacionada, mas existem outras patologias que o paciente pode apresentar pirose. K DD (diagnóstico diferencial): Ú lcera pe ptica, gastrite e ca ncer ga strico. Em qualquer uma dessas patologias a pirose pode estar presente no quadro clí nico. Obviamente a luz que vai ascender em voce s quando um paciente estiver apresentando pirose e pirose por DRGE. ATÍPICAS K Tosse crônica é o mais comum. Mas podemos observar tambe m na usea matinal, hiporexia (perda do apetite) matinal, rotina alimentar pe ssima. K INVESIGAÇÃO DE DRGE: Ause ncia de tabagismo porque na o adianta o paciente ter sintomas atí picos e fumar (fica muito fa cil voce associar), e temos que questionar o risco ocupacional que esse paciente tem em exposiça o a determinados irritantes ambientais; exclusa o de asma, secreça o po s-nasal e radiografias de to rax e seios da fase dentro da normalidade, uma vez que essas condiço es estejam presentes a gente suspeita de DRGE. K REFLUXO ALTO: Refluxo na primeira porça o do eso fago e acaba ocasionando manifestaço es atí picas. K As vezes o diagno stico de um paciente atí pico e apenas com a presença de sintomas atí picos. K Fisiopatologia K Quando a gente tem o contato da mucosa com o conteu do ga strico refluxado ou a gente desenvolvi sintomas ou lesa o tecidual ou desenvolve as duas. Lembrem-se que existem mecanismos de defesa do esôfago distal, esses são os 03 principais mecanismos que nos protegem da apresentação clínica da doença. K Enta o, a gente tem o refluxo fisiolo gico, mas na o desenvolve a doença: K BARREIRA ANTIRREFLUXO: Úma barreira meca nica. Ela e formada pelo esfí ncter inferior do eso fago (responsa vel por manter a contratilidade da pressa o, para manter o lu men fechado), diafragma crural, o a ngulo de His, o ligamento freno- esofa gico e a roseta ga strica. K RESISTÊNCIA DO EPITÉLIO: Atualmente trabalhos que ve m focando na cura da doença do refluxo ve m focando na resiste ncia do epite lio. Como resiste ncia do epite lio no s temos alguns componentes, como muco e bicarbonato, o fato do eso fago ser estratificado pavimentoso de proteça o e o fato das junço es intercelulares firmes evitam a para-permeabilidade impedindo que a doença ocorra. Desses 03mecanismos, a resiste ncia e o foco das novas terapias e esta o ainda em estudo para a doença do refluxo. Enta o a gente consegue tratar o refluxo com medidas clí nicas e com bloqueador da produça o de a cidos, a gente na o atua em nenhum desses mecanismos de defesa. O que nós temos até agora de terapia é apenas um bloqueador da produção de ácido. K MECANISMO DE DEPURAÇÃO OU CLEARANCE INTRALUMINAL - MECÂNICOS E QUÍMICOS: Meca nicos sa o dois, a ortostase e hiperstase, esses dois mecanismos garantem proteça o contra o refluxo, e, os mecanismos quí micos sa o produzidos em saliva. K BARREIRA ANTIRREFLUXO: Úma barreira meca nica. Ela e formada pelo esfí ncter inferior do eso fago (responsa vel por manter a contratilidade da pressa o, para manter o lu men fechado), diafragma crural, o a ngulo de His, o ligamento freno-esofa gico e a roseta ga strica. K Se eu pedir para vocês gravarem algo da fisiopatologia do refluxo, eu quero isso aqui→ COMO OCORRE A DRGE? Relaxamentos transito rios do esfí ncter esofagiano inferior, dismotilidade esofa gica (alteraça o daquele clearance), diminuiça o da pressa o do esfí ncter esofagiano inferior, existem drogas que diminuem a pressa o desse EEI, existem alimentos que diminuem essa pressa o, presença de he rnia hiatal e o aumento da pressa o intraga strica. Esses são os principais mecanismos fisiopatológicos de como ocorre a DRRGE. E desses os que eu realmente preciso que vocês aprendam são: RELAXMENTOS TRANSITÓRIOS DA MUCOSA DO EEI. HÉRNIA HIATAL K E um deslocamento parte da mucosa do fundo ga strico em direça o a regia o tora cica, localizaça o que e habitual para o eso fago inferior. Vejam que uma parte do fundo “herniou” atrave s do diafragma crural, e uma vez que e uma porça o ga strica, permite o contato com o refluxado ga strico, esse refluxado vai permanecer por uma questa o de estase por mais tempo nessa regia o, como se tivesse criado uma bolsa que vai alimentar de forma negativa o eso fago distal, permitindo o rerrefluxo, ou seja, voce tem o refluxo do esto mago para a bolsa ga strica herniada e dessa bolsa eu vou ter o rerrefluxo para o eso fago distal. K Enta o he rnia hiatal desencadeia sintomas de refluxo por conta dessa situaça o de rerrefluxo. K PERGUNTA: Nesse caso a gente precisa fazer a fundoplicatura né? Sim, e a cirurgia indicativa para refluxo com presença de he rnia hiatal, mas na o e todo mundo que tem he rnia hiatal. K COMO A GENTE CONSIDERA HÉRNIA HIATAL? Quando a gente faz a endoscopia, a gente desse no eso fago e chega num ponto de transiça o epitelial eso fago-ga strica, existe um distanciamento dessa transiça o epitelial eso fago-ga strica para o pinçamento diafragma tico, que e exatamente onde o diafragma crural aperta a mucosa e forma pregas, a gente mede esse distanciamento. Presença de hérnia hiatal: pelo menos distanciamento de 2cm. Úma he rnia hiatal de 2cm e uma he rnia pequena, a recomendaça o de cirurgia e para quando a he rnia e volumosa, ou seja, de 10 cm por exemplo. K DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Existe diagnóstico diferencial para DRGE quando ela é REFRATÁRIA. Esofagite eosinofí lica (formaça o de ane is conce ntricos envolvendo toda circunfere ncia do eso fago dando o aspecto tracforme do eso fago, durante a endoscopia a gente faz biopsia desse eso fago e manda para analise para o patologista dar o diagno stico), esclerodermia/diabetes/acalasia/espasmo, esofagite infecciosa, esofagite medicamentosa, pirose funcional, doenças benignas/malignas de o rga os adjacentes (vesí cula, pa ncreas, coraça o) desordens mu sculo-esquele ticas. Diagnóstico K CLÍNICO: Sintomas tí picos (pirose + regurgitaça o) com freque ncia mí nima de duas vezes por semana, em perí odo de 4-8 semanas ou mais → Nesses casos a gente ja propo e o teste terape utico. K INDICAÇÕES DE EDA NA DRGE: Sintomas cro nicos, refratariedade ao IBP, >40 anos, ou quando apresenta sintomas de alarme→ Emagrecimento, disfagia, odinofagia, hemorragia digestiva, anemia, idade >40 anos e histo ria familiar de ca ncer. K QUEIXAS TÍPICAS: Teste terape utico com IBP em dose padra o (plena) <40 anos, sem sinais de alerta (4 sem), POSITIVO, se sintomas abolidos + recomendação de realizar EDA. Vamos seguir o que o Consenso Brasileiro diz: QUEM TEM QUEIXAS TÍPICAS VOCÊ PODE INICIAR O T. TERAPÊUTICO, MAS ELE RECOMENDA QUE SE REALIZE EXAMES DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA NÃO PARA DAR O DIAGNÓSTICO (DIAGNÓSTICO PERMANECE CLÍNCO) MAS PARA IDENTIFICAR COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO REFLUXO. K QUEIXAS ATÍPICAS: Teste terape utico com IBP em dose dobrada (8-12sem) + recomendaça o de pHmetria 24 horas de dois canais. Evidentemente que a indicaça o da pHmetria e num momento diferente do momento que voce esta usando o IBP, voce na o pode fazer esse exame enquanto faz uso de IBP, ou procine tico porque isso atrapalha o resultado. K INDICAÇÃO DE PHMETRIA: A. Diagno stico de DRGE em pacientes com endoscopia normal. B. Sintomas tí picos e atí picos refrata rios ao tratamento. C. Participaça o do refluxo a cido nas manifestaço es atí picas do refluxo gastresofa gico. D. Estudo da recidiva de sintomas no po s-operato rio. E. Avaliaça o de efica cia do tratamento clí nico. F. Caracterizaça o do padra o do refluxo gastresofa gico. K IMPEDÂNCIO PHMETRIA: E uma proposta exames que ale m de dar informaça o diagno stico de DRGE, ele permite que voce qualifique qual refluxo esta acontecendo→ lí quido ou gasoso. Então associa-se a pHmetria + impedâncio para dar o diagnóstico do refluxo. PHMETRIA ESOFÁGICA 24H K O paciente vai para a clí nica, ele na o precisa de acompanhante, na o e sedado e e um exame indolor. E colocado uma sonda no nariz e vai grudando melhor pela face, passa por tra s da orelha, desce pelo pescoço, passa por dentro da roupa e e conectado a um aparelho e ele vai para casa, e passa 24h com isso, fazendo tudo com esse transdutor. Essa sonda tem dois transdutores, um que fica no eso fago distal e um que fica no eso fago proximal, esses transdutores tem a capacidade de medir o pH por 24h. Esofagite eosinofílica K Ao lado tem-se um traçado eletrocardiogra fico, o traçado em azul localizado no EES e o verde localizado no EEI, a a rea em branco e quando o paciente esta posiça o ortosta tica, em rosa meio amarelo quando ele esta em posiça o supina (paciente dormindo) e em azul quando o paciente esta comendo. Dessa forma classifica-se o paciente como portador de DRGE alto ou baixo. K Complicações do refluxo ácido gastroesofágico ESOFAGITE EROSIVA K Não será cobrado. K 70-80% na o erosiva. K Esofagite 3% das HDA. K IBP. K EDA na o terape utica. K Classificaça o de Savary-Miller. K Classificaça o de Los Angeles. K GRAU A (LOS ANGELES): Leso es superficiais de mucosa <5 mm. K GRAU B: - K GRAU C: - K GRAU D: Leso es superficiais de mucosa >5 mm. Leso es lineares recobertas por fibrina e contí guas e ocupando >75% da circunfere ncia do o rga o. ÚLCERA ESOFÁGICA K PERGUNTA: Qual a diferença entre esofagite erosiva e úlcera? A diferença e profundidade. Na erosa o e apenas a mucosa acometida e na u lcera tenho a muscular da mucosa, eu tenho leso es >5mm (quase sempre) e sa o mais profundas que as eroso es. NEOPLASIAS CIRÚGICAS K As vezes voce s podem confundir isso com leso es polipo ides, mas na o e um po lipo benigno, e um po lipo maligno. K O QUE CHAMA ATENÇÃO NESSE PÓLIPO? Primeiro que ele tem um formato irregular, lobulado (chamamos de lobulaça o, com va rias barriguinhas), fibrina (po lipos benignos geralmente tem superfí cie lisa). ESTENOSE ESOFÁGICA K E um mecanismo de clico vicioso, e aquele paciente que apresenta anos de DRGE, na o faz acompanhamento, na o faz uso de medicamentos, e, enta o ele permanece no ciclo vicioso de refluir, inflamar, cicatrizar, estenosar e assim repetidamente. Ao longo de 10-20 anos,a gente pode ter o desenvolvimento de estenose esofa gica. ESÔFAGO DE BARRET K Transformaça o do epite lio escamoso do eso fago em epite lio colunar (tipo intestinal), altamente resistente aos efeitos do refluxo= METAPLASIA INTESTINAL COMPLETA. K PERGUNTA: Porque acontece essa transformação? Porque o epite lio colunar intestinal e mais resistente ao a cido do que o epite lio esofa gico (na o foi preparado para receber o a cido do esto mago e sim a mucosa duodenal). K Incide ncia de adenocarcinoma 40x maior. K Identifica o eso fago de Barret na endoscopia e a suspeita vai vir com prolongamentos que va o acontecer na transiça o epitelial eso fago ga strica. Notem que a parte mais branquinha e a mucosa esofa gica e a parte mais rosada e a mucosa ga strica. Num paciente normal a gente tem essa parte rosada de forma regular e no eso fago de Barret temos um prolongamento no sentindo proximal (digitiforme). ESOFAGITE EOSINOFILICA K NA VERDADE, ISSO É UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. K Doença imunomediada, infiltraça o de eosino filos na mucosa do eso fago, 15 ou + eosino filos → campo de grande aumento. Mas pode acontecer ao longo do TGI (gastroenterite eosinofí lica). No exame e visí vel a formaça o de ane is conce ntricos envolvendo toda circunfere ncia do eso fago. K Grande parte das vezes o paciente se apresenta na forma de entalos, disfagia su bita (muitas vezes precisa provocar vo mito), dor tora cica e outros pacientes se apresentam com DRGE (quadro cla ssico de pirose). Não tenho resposta ao IBP. K Fazemos o tratamento com corticoides inalato rios por um perí odo prolongado. K Tratamento do refluxo gastroesofágico TRATAMENTO CLÍNICO K Elevaça o da cabeceira da cama (15 cm). → Principalmente para aquelas pessoas que te m refluxo noturno. K Moderar a ingesta o dos seguintes alimentos, na depende ncia da correlaça o com sintomas: gordurosos, cí tricos, cafe , bebidas alcoo licas, bebidas gasosas, menta, hortela , produtos a base de tomate, chocolate. K Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco”, como coline rgicos, teofilina, bloqueadores de canal de ca lcio, alendronato. K Evitar deitar-se nas duas horas posteriores a s refeiço es. → Por conta da posiça o durante o sono temos uma diminuiça o do clearance esofa gico. K Evitar refeiço es copiosas (grandes quantidades). K Suspensa o do fumo. → Diminui a pressa o do EEI e diminui a secreça o de bicarbonato salivar. K Reduça o do peso corporal em obesos. → Dificulta a manutença o do EEI fechado. K Goma de mascar e/ou pastilhas com bicarbonato, estimular a salivaça o. → Tamponamento a cido. K Alimentos gordurosos, cafe , chocolate, menta, hortela , diminuem a pressa o do EEI. → Lentificaça o do esvaziamento ga strico. K As bebidas gasosas forçam a abertura do esfí ncter e facilita o refluxo acontecer. K Bebidas alcoo licas tambe m diminui a pressa o do EEI, ale m de agravar a irritaça o quando regurgitada, juntamente com os alimentos a cidos: cí tricos e a a base de tomate. 7 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia K DROGAS ANTI-SECRETORAS: K IBP – 1ª LINHA: Alta resoluça o dos sintomas e da cicatrizaça o (omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, rabeprazol, esomeprazol); 30 min antes das refeiço es. K ANTIÁCIDOS: Hidro xido de alumí nio/magne sio. K PROCINÉTICOS: Aumenta a pressa o do EEI, aumenta contraço es ga stricas, aumenta o esvaziamento ga strico – bromoprida, domperidona, metoclopramida. K BLOQUEADORES HE2 – NOTURNO. TRATAMENTO CIRÚRGICO K As indicaço es do tratamento ciru rgico da DRGE na o-complicada sa o: • Pacientes que na o respondem satisfatoriamente ao tratamento clí nico, inclusive aqueles com manifestaço es atí picas cujo refluxo foi devidamente comprovado; • Pacientes dos quais e exigido tratamento de manutença o com IBP, especialmente aqueles com menos de 40 anos de idade; • Casos em que na o e possí vel a continuidade do tratamento de manutença o, por exemplo, a impossibilidade de arcar financeiramente com os custos do tratamento clí nico a longo prazo. K A cirurgia anti-refluxo pode ser convencional ou laparosco pica, ambas operaço es de fundoplicatura. Ambas as te cnicas sa o equivalentes no que diz respeito ao desaparecimento dos sintomas, com base em observaço es por perí odos de ate tre s anos. K O tratamento ciru rgico consiste na confecça o de uma va lvula anti- refluxo gastroesofa gica realizada com o fundo ga strico (fundoplicatura). K FUNDOPLICATURA: Os procedimentos ciru rgicos mais utilizados sa o as fundoplicaturas totais e parciais feitas pela via laparosco pica, nas quais o eso fago distal e envolvido pelo fundo do esto mago em 360° e 270°, respectivamente. Associa-se a elas o fechamento do hiato esofa gico, fazendo-o retornar ao seu dia metro normal. Nesses casos, o objetivo e restaurar o segmento intra-abdominal do eso fago, mantendo-o em posiça o anato mica, recriando uma zona de alta pressa o na junça o esofagoga strica. Aumenta-se, assim, a compete ncia do esfí ncter e indiretamente melhora-se a habilidade de clareamento do corpo esofa gico e desaparecimento do processo inflamato rio pe ptico que o refluxo estava promovendo. Das te cnicas, a mais utilizada internacionalmente e a fundoplicatura total para os quadros de DRGE sem alteraça o da motilidade. K Ela corrige o defeito anato mico, pois reduz a he rnia hiatal por deslizamento. Ale m disso, ela restaura a compete ncia do esfí ncter inferior do eso fago. K Existem tre s tipos principais de operaça o para o tratamento da DRGE: a fundoplicatura total (Nissen), na qual ha envolvimento total do eso fago, a parcial (Toupet) e a mista. K Esta te cnica permite acesso a cavidade abdominal sem a necessidade de grandes inciso es, permitindo a realizaça o da operaça o com total reproduça o do me todo consagrado na via laparoto mica. K As vantagens da fundoplicatura videolaparosco pica sa o va rias, destacando-se a diminuiça o da dor no po s-operato rio, ra pida recuperaça o, alta hospitalar precoce, reintegraça o a s atividades dia rias e ao trabalho em curto perí odo de tempo, aspecto este tico favora vel, com mí nima mudança no estilo de vida. Ale m disso, o tamanho reduzido das inciso es e a mí nima dor po s- operato ria permitem a deambulaça o precoce dos pacientes e recuperaça o ra pida dos movimentos do diafragma, reduzindo o desenvolvimento de complicaço es respirato rias. K A perfuraça o do eso fago ou esto mago e considerada a complicaça o mais importante da fundoplicatura videolaparosco pica, cuja evoluça o e fatal na maioria dos casos. 8 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia 9 Maria Luiza Fernandes - Gastroenterologia
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