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APS - Dir trabalho - 7º semestre

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Karina dos Santos Ribeiro RA 8820757
Atividade Prática Supervisionada – Direito do Trabalho
Profª Elisa Maria Secco Andreoni ELISA MARIA SECCO ANDREONI
I - Um vendedor externo, Genivaldo, contratado pela empresa “Atacado Geral Ltda.”, que atua no setor de distribuição de doces e balas em geral, recebeu em sua CTPS anotação acerca da exceção do artigo 62, inciso I da CLT, eis que o empregador não realiza controle formal da jornada de trabalho.
Em seu labor Genivaldo comparecia à empresa pela manhã e elaborava um roteiro de visitas, a partir de carteira de clientes de área definida pela empresa, prevendo no mínimo 20 (vinte) visitas diárias. Por volta das 8:30 da manhã Genivaldo saía da empresa para realizar as visitas do roteiro, mantendo constante contato por telefone, quando informava o horário de chegada e saída em cada cliente. Encerradas as visitas o vendedor enviava o relatório através de e-mail ao Supervisor da área de venda. Como mencionado Genivaldo não registrava em controle de frequência a sua jornada, que em média era de 10 horas, sem intervalos, de segundas a sábados.
Dispensado após dez anos de serviços prestados, sob o fundamento de justa causa por ato de concorrência desleal em prejuízo da empresa, Genivaldo propôs Reclamação Trabalhista em face de sua ex-empregadora, onde pretende a descaracterização da justa causa, o pagamento de horas extras e seus reflexos e pagamento de empréstimo que ele autor fez ao sócio da empresa.
Em audiência realizada, a conciliação proposta pelo juiz foi infrutífera. Em sua defesa a empresa “Atacado Geral Ltda.” sustenta nada dever a título de horas extras, dada à exceção a que estavam sujeitos os seus vendedores, e que a justa causa encontra-se caracterizada na medida em que o empregado nas suas horas vagas como era proprietário de estabelecimento comercial em sociedade com sua esposa, vendia outros produtos alimentícios no varejo, especialmente batatas fritas e salgadinhos em geral.
A contestação foi apresentada ao advogado de Genivaldo que rechaçou por negativa geral os fatos narrados na defesa e reiterou o conteúdo da petição inicial.
Ato contínuo o juiz iniciou a instrução informando que dispensava o interrogatório do autor e do preposto, perguntando às partes se tinham provas, o advogado do autor informou que apresentaria duas testemunhas e a ré que apresentaria apenas uma testemunha.
Iniciada a colheita da prova oral, as testemunhas do autor informaram nada saber acerca dos fatos relacionados à justa causa e confirmaram que o autor estava submetido a controle informal de horário eis que se reportava a empresa nos exatos termos narrados na petição inicial.
A testemunha da empresa, que exercia a função de diretor comercial com participação acionária de 40% do capital social da empresa, foi contraditada pelo advogado do autor, sob o fundamento de exercício de cargo de confiança na empresa e por ser sócio do empreendimento. A contradita não foi acolhida, sendo que o juiz se baseou nessa decisão no fato de que a testemunha convocada embora diretor não tinha real interesse na demanda. O advogado apresentou protestos, que restaram consignados em ata de audiência.
A testemunha da empresa foi ouvida e nada acrescentou com relação às horas extras, mencionando tão somente que o trabalho do autor era realizado externamente sob a supervisão do depoente. Com relação à justa causa seu depoimento foi no sentido que ele havia investigado o fato pessoalmente e constatou que o autor era sócio minoritário de estabelecimento comercial localizado em frente a um clube onde eram vendidos no varejo toda a espécie de salgadinhos e por fim com relação ao empréstimo informou que de fato a empresa era devedora.
A instrução foi encerrada e as partes apresentaram alegações finais remissivas e ato contínuo o juiz prolatou a sentença julgando todos os pedidos iniciais improcedentes com fundamento na prova produzida em audiência, imputando ao autor as penas de litigância de má fé no percentual de 20% e atribuiu custas processuais definidas em lei e honorários sucumbenciais arbitrados no percentual de 20% ao empregado calculado sob o valor da causa fixado por sentença em R$ 50.000,00.
Nos autos constava pleito do autor no sentido de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assim publicada a sentença o advogado de Genivaldo apresentou medida processual visando o exame desse ponto omisso da decisão, bem como rebateu a falta de fundamentação da decisão com relação a litigância de má fé.
O juiz recebeu a medida processual referenciada no parágrafo anterior, julgando-a improcedente sob o fundamento que não havia qualquer omissão no julgado, novamente, inconformado o autor no prazo apresentou medida processual objetivando reforma da decisão, que restou em juízo de admissibilidade denegada por falta de preparo. Mais uma vez o autor inconformado aviou nova medida processual.
Pergunta-se:
1) Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho.
O magistrado agiu corretamente pous está conforme o art. 818, inciso I, e o ônus da prova foi dados após o reclamado e o que foi divergente é o que aduz no §1º do mesmo artigo em que afirma que a inversão do ônus da prova poderia ocorrer a critério do juiz, porém sendo necessário o reclamado provas os fatos, modificativos, extintivos e impeditivos para a justa causa.
2) Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor?
A finalidade do protesto é interromper o prazo prescricional permitido no processo do trabalho e está conforme o art. 769, da CLT e consoante ao art. 15 do CPC. Onde afirma que não havendo norma trabahista específica poderá ser aplicado o disposto no CPC.
3) O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes?
De acordo com o art. 848 da CLT, o interrogatório dos litigantes é facultativo. Mas sobre essa matéria do caso em questão poderá ser caracterizado cerceamento de defesa.
4) 	Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita.
A Contradita tem o momento apropriado para ser usada, devendo ser antes do depoimento da testemunha para que assim impeça que seu depoimento aconteça. Através desse meio pode ser alegada suspeição, inidoineidade e parcialidade da testemunha conforme o art. 214 do CPC.
 “Depoimentos das testemunhas que se mostraram harmônicos e coerentes entre si, merecendo credibilidade até porque não houve contradita ou oportuna alegação de suspeição ou parcialidade. […] (TJ/RS, Quinta Câmara Criminal, Apelação Crime Nº 70062224332, Rel. Cristina Pereira Gonzales, julgado em 25/02/2015)”
5) Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas?
Razões finais remissivas são aquelas que o advogado remet aos termos da inicial ou defesa, dizendo ao juiz que reitera tudo o que já falou na inicial e o advogado deve apresentar a motivação da ação, resumo dos preocedimentos anteriores, detalhes das aegações ocorridas e audiência de instrução e expo os fatos e fundamentos.
6) Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 20% a ser calculado considerando o valor da causa?
Sim, pois está conforme o art. 85,§2 do CPC que aduz que os honorários sucumbenciais serão de no mínimo 10 e máximo 20 por cento do valor da condenação, proveito econômico ou alternativo ao valor da causa.
7) Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos?
A medida processual escolhida pelo autor foi os embargos de declaração dentro do prazo de cinco dias úteis. Se fosse acolhido o juiz deferiria a justiça gratuita e a ação jugada improcente e assim seria interposto recurso ordinário.
8) Quala medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos?
A medida apresentada após os embargos é o recurso ordinário com prazo de oito dias úteis a partir da intimação da decisão. 
9) Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 5? Quais as obrigações da parte que avia essa medida? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida?
Se o recurso ordinário for negado, deverá ser apresentado agravo de instrumento, no prazo de oito dias de acordo com o art. 897, alínea b da clt.
Devendo a parte recolher as custas e o depósito de 50% do recurso que pretende destrancar, e ao se tratar do empregado será recolhida apenas as custas judiciais.
	A interposição deverá ocorrer na justiça do trabalho que negou seguimento para ao juízo “a quo”. O juízo de conhecimento será do TRT.O objetivo será o destrancamento do recurso.

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