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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU 
MICHELLE CARDOSO DE ALMEIDA
RA:2095461
APS – PROCESSO DO TRABALHO
São Paulo
2021
I - Um vendedor externo, Genivaldo, contratado pela empresa “Atacado Geral Ltda.”, que atua no setor de distribuição de doces e balas em geral, recebeu em sua CTPS anotação acerca da exceção do artigo 62, inciso I da CLT, eis que o empregador não realiza controle formal da jornada de trabalho. 
Em seu labor Genivaldo comparecia à empresa pela manhã e elaborava um roteiro de visitas, a partir de carteira de clientes de área definida pela empresa, prevendo no mínimo 20 (vinte) visitas diárias. Por volta das 8:30 da manhã Genivaldo saía da empresa para realizar as visitas do roteiro, mantendo constante contato por telefone, quando informava o horário de chegada e saída em cada cliente. Encerradas as visitas o vendedor enviava o relatório através de e-mail ao Supervisor da área de venda. Como mencionado Genivaldo não registrava em controle de frequência a sua jornada, que em média era de 10 horas, sem intervalos, de segundas a sábados. 
Dispensado após dez anos de serviços prestados, sob o fundamento de justa causa por ato de concorrência desleal em prejuízo da empresa, Genivaldo propôs Reclamação Trabalhista em face de sua ex-empregadora, onde pretende a descaracterização da justa causa, o pagamento de horas extras e seus reflexos e pagamento de empréstimo que ele autor fez ao sócio da empresa. 
Em audiência realizada, a conciliação proposta pelo juiz foi infrutífera. Em sua defesa a empresa “Atacado Geral Ltda.” sustenta nada dever a título de horas extras, dada à exceção a que estavam sujeitos os seus vendedores, e que a justa causa encontra-se caracterizada na medida em que, o empregado nas suas horas vagas como era proprietário de estabelecimento comercial em sociedade com sua esposa, vendia outros produtos alimentícios no varejo, especialmente batatas fritas e salgadinhos em geral. A contestação foi apresentada ao advogado de Genivaldo que rechaçou por negativa geral os fatos narrados na defesa e reiterou o conteúdo da petição inicial. 
Ato contínuo o juiz iniciou a instrução informando que dispensava o interrogatório do autor e do preposto, perguntando às partes se tinham provas orais, o advogado do autor informou que apresentaria duas testemunhas e a ré que apresentaria apenas uma testemunha. 
Iniciada a colheita da prova oral, as testemunhas do autor informaram nada saber acerca dos fatos relacionados à justa causa e confirmaram que o autor estava submetido a controle informal de horário eis que se reportava a empresa nos exatos termos narrados na petição inicial. 
A testemunha da empresa, que exercia a função de diretor comercial com participação acionária de 40% do capital social da empresa, foi contraditada pelo advogado do autor, sob o fundamento de exercício de cargo de confiança na empresa e por ser sócio do empreendimento. A contradita não foi acolhida, sendo que o juiz se baseou para essa decisão, no fato de que a testemunha convocada embora diretor não tinha real interesse na demanda. O advogado apresentou protestos, que restaram consignados em ata de audiência. 
A testemunha da empresa foi ouvida e nada acrescentou com relação às horas extras, mencionando tão somente que o trabalho do autor era realizado externamente sob a supervisão do depoente. Com relação à justa causa seu depoimento foi no sentido que ele(testemunha) havia investigado o fato pessoalmente e constatou que o autor era sócio minoritário de estabelecimento comercial localizado em frente à um clube onde eram vendidos no varejo toda a espécie de salgadinhos e por fim com relação ao empréstimo informou que de fato a empresa era devedora do empréstimo referenciado na petição inicial. 
A instrução foi encerrada e as partes apresentaram alegações finais remissivas e ato contínuo o juiz prolatou a sentença julgando todos os pedidos iniciais improcedentes com fundamento na prova produzida em audiência, imputando ao autor as penas de litigância de má fé no percentual de 20% e atribuiu custas processuais definidas em lei e honorários sucumbenciais arbitrados no percentual de 20% ao empregado calculado sob o valor da causa no valor de R$ 50.000,00. 
Nos autos constava pleito do autor no sentido de concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assim publicada a sentença o advogado de Genivaldo apresentou medida processual visando o exame desse ponto omisso da decisão, bem como rebateu a falta de fundamentação da decisão com relação a litigância de má fé. 
O juiz recebeu a medida processual referenciada no parágrafo anterior, julgando-a improcedente sob o fundamento que não havia qualquer omissão no julgado, novamente, inconformado o autor no prazo apresentou medida processual objetivando reforma da decisão, que restou em juízo de admissibilidade denegada por falta de preparo. Mais uma vez o autor inconformado aviou nova medida processual. 
 
Reflita e responda: 
1) Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. 
 
RESPOSTA: No caso exposto, o magistrado agiu corretamente quanto ao ônus da prova, com base no Artigo 818, I, II, CLT, uma vez que ao reclamante cabe o fato constitutivo de seu direito e, ao reclamado quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. 
Quanto a inversão do ônus da prova, no Processo do Trabalho tem por objetivo o equilíbrio na relação trabalhista, invertendo-se assim, o ônus da prova que seria do empregado ao empregador quando for o caso, com fulcro no Artigo 818, §1º. 
 
2) Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor? 
 
RESPOSTA: A finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor, é de marcar o processo para recorrer em momento oportuno, sendo um direito do advogado para deixar registrado isso no processo, com o fundamento legal expresso no Artigo 795, CLT, e Artigo 817, CLT. 
 
3) O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes? 
 
RESPOSTA: Sim, o juiz poderia dispensar o interrogatório das partes. O interrogatório das partes se trata de uma faculdade do julgador, e não de uma obrigação, conforme o Artigo 848, caput, CLT. 
 
4) Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita da testemunha. 
RESPOSTA: No caso exposto, o advogado de Genivaldo deveria ter fundamentado quanto a contradita testemunhal, fundamentado no Artigo 447, §3º, I, CPC. 
Apesar de ser uma discordância difícil de se provar, no caso em questão é o meio correto a ser seguido, pois para se provar essa contradita, é necessário provar que a testemunha está inteirada nas atividades da empresa, não somente está ligada, como também é sócio da empresa com 40% de participação no lucro. 
 
5) Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas? 
 
RESPOSTA: As razões finais remissivas são aquelas que reiteram tudo que já foi apresentado anteriormente pela parte no processo. Portanto, é a ratificação do advogado sobre tudo que foi apontado até aquele ponto do processo. 
Se optassem por razões finais orais, é necessário a cautela quanto ao tempo cedido a cada parte, o Artigo 364, caput, CPC, prevê o tempo de 20 minutos para cada parte, podendo ser prorrogado em 10 minutos a critério do juiz. Em casos de litisconsórcio, o prazo será de 30 minutos. Contudo o tempo será dividido entre os litisconsortes, conforme §1º do referido artigo. 
 
6) Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 20% a ser calculado considerando o valor da causa? 
RESPOSTA: Sim, o juíz agiu corretamente quanto aos honorários sucumbências estabelecidos a 20% calculados sob o valor da causa. Comfundamento no Artigo 85, §2º, CPC. 
 
7) Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos? 
 
RESPOSTA: A medida processual cabível seria os embargos de declaração, com o prazo de 5 dais úteis. Com o devido acolhimento dos embargos, o juiz teria deferido a justiça gratuita, a ação seria julgada improcedente e passaria a ser julgada parcialmente procedente. 
 
8) Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos? 
 
RESPOSTA: Após o indeferimento dos embargos de declaração, a medida cabível é o Recurso Ordinário, com prazo de 8 dias úteis, contados a partir da intimação da decisão. 
 
9) Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 8? Quais as obrigações da parte que avia essa medida em face da decisão denegatória? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida? 
 
RESPOSTA: Após o indeferimento do Recurso Ordinário, é possível pleitear com o Agravo de Instrumento, sendo obrigatório a parte que o juntar, anexar cópia da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do Agravante e Agravado, petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar e da comprovação do recolhimento de custas. 
O juízo de interposição é o juízo “a quo”. 
O juízo de conhecimento é o juízo “Ad quem”. 
O objetivo dessa medida é destrancar o Recurso ordinário para que seja apreciado em 2º grau. 
 
10) Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria medida principal, reconhecendo o direito às horas extras e o direito de Genivaldo receber valores relacionados ao empréstimo sem apresentar tese explícita, o que resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a(s) medida(s), prazo(s), finalidade(s) e pressuposto(s) especifico(s) ao caso concreto. 
 
RESPOSTA: O recurso cabível neste caso, é Recurso de Revista, com prazo de 8 dias Está previsto as finalidades e pressupostos no Artigo 896, alíneas a), b), c), e incisos, CLT. 
 
11) Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais a medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos, efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico? 
 
RESPOSTA: A medida cabível neste caso é o Recurso Ordinário, com prazo de 8 dias úteis, Artigo 895, II, CLT e Artigo 899, CLT, para caracterizar o aspecto devolutivo da medida processual adotada. 
 
 
 
 
 
II- Intimada para se manifestar acerca dos cálculos ofertados pelo autor da ação, hipotética empresa demandada formulou impugnação especifica inclusive apresentando cálculos que julga corretos no percentual de 50% dos cálculos apresentados pelo autor. Ato contínuo os cálculos do autor foram homologados e expedido mandado de citação, penhora e avaliação, assim foi citada a empresa executada. Não pagando nem oferecendo bens à penhora, retornou o Senhor Oficial de Justiça ao local e penhorou, então, incontinente o automóvel do sócio da empresa, estacionado na rua, em frente ao estabelecimento. 
Reflita e responda: 
1) Agiu corretamente o juiz na homologação dos cálculos? Explique. 
 
RESPOSTA: Sim, o magistrado agiu corretamente, após intimação das partes para elaboração dos cálculos de liquidação, o juiz poderá abrir vista para impugnação, no prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. Artigo 879 §2º, CLT.
 
2) Qual a medida jurídica que pode utilizada pela empresa e/ ou por seu sócio em razão da penhora? Em que prazo? Qual o fundamento a ser utilizado pela empresa e/ou por seu sócio nessa medida? 
 
RESPOSTA: Neste caso, a medida jurídica que deve ser utilizada são os Embargos à Execução, visto que penhorado os bens (Automóvel do sócio da empresa), o executado terá cinco dias para apresentar os embargos, devendo a empresa impugnar a sentença de liquidação. Artigo 884 §3º, CLT. 
3) Qual o recurso cabível da decisão proferida que manteve a penhora do carro? Qual o prazo, quais os requisitos desse recurso? 
 
RESPOSTA: O recurso cabível nessa fase do processo é o Agravo de Petição, cujo o prazo é de 8 dias, recurso no qual o requisito de admissibilidade diz respeito ao conteúdo do recurso, o qual deve expressamente conter: 
· A matéria específica impugnada; 
· Os valores expressamente impugnados, delimitado dos valores incontroversos. 
A delimitação da matéria e dos valores têm como finalidade a continuidade da execução em face da parcela incontroversa, nos termos da Súmula 416 do TST. 
Artigo 897, a), §1º, CLT. 
4) Na hipótese de não provimento desse recurso pode a empresa manusear outro recurso? Qual? Sob qual fundamento intrínseco. 
 
RESPOSTA: Sim, a empresa tem mais um recurso cabível neste caso, o Recurso de Revista, é o último recurso, de caráter extraordinário, no processo do trabalho. Está previsto no Artigo 896, CLT. 
Para que o recurso de revista trabalhista possa ser admitido em um processo, é preciso que as decisões proferidas se enquadrem em alguma das seguintes situações, segundo o próprio Artigo 896, a), b), c), CLT 
· Quando derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que foi dada por outro Tribunal Regional do Trabalho, ou contrariarem a Súmula de Jurisprudência Uniforme. 
· Quando derem ao mesmo dispositivo de lei estadual Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória, interpretação divergente, na forma da alínea a. 
· Quando forem proferidas com violação literal de lei federal ou afrontando direta e literalmente a Constituição Federal. 
O recurso deve ser devidamente fundamentado, de maneira explícita, com o trecho da decisão alvo da controvérsia, com a indicação de dispositivos, súmulas e jurisprudências conflitantes, com as razões do pedido e a impugnação dos fundamentos jurídicos da decisão e com a transcrição das ementas e acórdãos que demonstram o conflito.

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