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3
A AFETIVIDADE NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ESCOLAR
Fatima Terezinha Antoczechem/ Sandra dos Santos¹
Tutor Externo: Mariley Duarte Rocha de Oliveira²
	
RESUMO
O presente trabalho aborda a afetividade nas relações interpessoais escolares como um fator significativo e imprescindível no processo de ensino e aprendizagem. Visto que no início da vida escolar a criança, muitas vezes, por ser inserida em um ambiente totalmente novo, com regras e normas, das quais não está adaptada e/ou socializada, sente-se insegura. Assim, a harmonia e afetividade, tornam-se fundamental para o relacionamento e o comportamento de forma positiva para a trajetória escolar do educando.
Palavras-chave: Afetividade; Relações Interpessoais; Professor,
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como objetivo pesquisar sobre relações interpessoais e as suas concepções acerca da importância da afetividade na escola, e como potencializar o cognitivo e social do indivíduo. A importância do professor ao expressar afetividade reflete no aluno de forma positiva à aprendizagem, interesse ao conteúdo escolar, à proximidade entre professor e aluno,
As condutas no espaço escolar são compreendidas a partir das relações que se estabelecem entre si, ter uma relação de confiança, admiração e respeito são fundamentais para a evolução do aluno e do professor, o que acentua a importância da afetividade nas relações interpessoais na escola.
A pesquisa também aponta para a necessidade de compreendermos a falta dessa afetividade nas relações interpessoais na escola e como isso pode vir a atingir negativamente o aluno. Alguns professores infelizmente seguem a pedagogia tradicional, conhecida por não possibilitar uma maior interação entre professor e aluno, usando artifícios como autoritarismo para punir ou fazer com que o aluno tenha bom desempenho em sala. Durante a pesquisa foi possível verificar que muito se avançou, mas a prática ainda não acompanha esse avanço, pois ainda as relações entre professor e aluno continuam apenas em “contrato didático” 
O professor estagnado no tempo, sem perceber acaba por ter uma visão negativa do aluno não percebendo seu potencial e bloqueando seu desenvolvimento cognitivo, julgando-o antecipadamente com problemas globais, ou dificuldades de aprendizagem, sendo que, muitas vezes, tudo que basta é a afetividade e aproximação, para que esse desempenho seja alcançado.
A afetividade, juntamente com as relações interpessoais, ressalta qualidades básicas do relacionamento, tais como; saber ouvir, saber elogiar, saber transmitir, saber valorizar indo ao encontro ao fortalecimento e crescimento dessa aprendizagem em sala de aula. Saber que o papel do professor é importante e de imensa responsabilidade refletir sobre esse papel como educador e sua influência na vida dos alunos. Esse trabalho foi baseado em autores como Piaget, Henri Wallon, Vygotsky., entre outros.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Relações interpessoais na escola
No ambiente escolar, ter boas relações com toda comunidade escolar leva ao objetivo de construir a cidadania que são refletidas diretamente em todos, entre alunos, funcionários e família e que os fazem parte dessa responsabilidade. Ou seja, as relações interpessoais fortalecem essa aproximação para uma melhor convivência, numa coletividade que traz para todo o respeito, a resolução de conflitos inusitados, a manifestação do ouvir uns aos outros, tendo atitudes com comunicação e flexibilização, atitudes estas que levam ao ato de ensinar mais prazeroso e uma aprendizagem mais satisfatória.
Assim, como a Gestão Escolar envolve muitas questões e organizar-se para que tenha uma participação coletiva, democratizada, com interações de ideias na escola, as relações interpessoais contribuem para essas ações conjuntas acontecerem. Sabe-se que a primeiras fontes de aprendizagem são com as pessoas que relacionamos, depois do ambiente familiar, a escola é o local que mais impacta na vida da criança, e construir relações harmoniosas cria-se um ambiente favorável que permite ao aluno expressar-se ao ser acolhido, ser ouvido, sentindo-se respeitado, trazendo confiança para socializar-se neste novo ambiente. Ao professor cabe também estimular essas relações entre os alunos, como atividades pedagógicas para se conhecerem, como crachás, murais, estimular a todos sobre ser solidários, perceberem que as diferenças que há entre pessoas são muitas, e que todos merecem respeito, trazendo para sala de aula proximidade e afetividade.
 Para ser um bom educador não basta somente comunicar-se bem e saber os conteúdos, a de se ter um olhar mais profundo no ato de ensinar, saber transmitir, e jamais deixar de lado a importância do afeto e como essa prática pode levar ao crescimento pessoal do aluno, valorizando o componente afetivo e, consequentemente enriquecendo o relacionamento interpessoal. Grillo diz: “A docência envolve o professor em sua totalidade; sua prática é resultado do saber, do fazer e principalmente do ser, significando um compromisso consigo mesmo, com o aluno, com o conhecimento e com a sociedade e sua transformação” (2004, p.78).
As relações afetivas, que acontecem na sala de aula entre professor e aluno, buscam romper com o autoritarismo do professor para com o aluno. É sabido que umas das maiores dificuldades encontradas por professores e profissionais da educação é justamente a possibilidade de mudar sua forma de pensar, e neste sentido, por falta de comunicação deixa-se de ter melhorias nos projetos de aprendizagem, e por incompatibilidade ideológica entre diferentes formas de pensar, impedindo o diálogo, o que afasta um convívio mais humanista. Para Freire (1996, p 104): “A autoridade docente mandonista, rígida, não conta com nenhuma criatividade do educando. Não faz parte de sua forma de ser, esperar, sequer, que o educando revele o gosto de aventurar-se”.
A relação entre professor e aluno é tão importante quanto o conteúdo a ser transmitido, pois essa aproximação traz trocas de opiniões nos diálogos respeito mútuo, passa segurança e confiança nessa relação, e ainda que o professor não simpatize com algum aluno, o educador não pode deixar de primar pela ética, qualidade e seriedade de seu trabalho. 
Segundo Freire (1996, p.25)” Ensinar exige querer bem o aluno, não significa que o professor é obrigado a ter o mesmo sentimento por todos os alunos, significa que o educador deve ter afetividade pelo aluno sem medo de expressá-la”. O professor deve ter consciência sobre seu papel e sua influência na vida dos alunos e estabelecer boas relações e afetividade esse é o primeiro passo para obter resultados positivos tanto para o educador como para o educando. Segundo Mosqueira e Stobâus (2004, p.106) “Um professor que busca uma educação para a afetividade deve, antes de nada, desenvolver personalidade mais saudável, estabelecer melhores relações interpessoais” 
Considerando que a relação interpessoal ainda sendo um desafio no âmbito escolar, tanto em sala de aula como entre professores, gestores, escola e família, para aprender a lidar com os conflitos, é indispensável essa proximidade para que este desenvolvimento seja progressivo e satisfatório para todos os envolvidos, professores, alunos, gestores e família. 
Dada a importância as relações humanas, na escola, em um estudo feito por Del Prette, Garcia, Silva e Puntel (1998), foi verificado que, com o papel de mediador, o professor transmite o conhecimento para o aluno, assim como permite a observação de sua interação por meio das habilidades interpessoais.
2.2 Afetividade e as relações interpessoais na escola 
A afetividade e as relações interpessoais na escola são importantes e indispensável para o desenvolvimento da criança fluindo positivamente na sociedade e no ensino-aprendizagem. Considerando o ambiente da escola como um local de vivência e cidadania, a importância sobre relacionamento afetivo entre professores e alunos torna-se um alicerce para este convívio. 
O olhar para a afetividade entre professor e aluno, não é somente manifestadacom gestos de carinhos físicos, mas um olhar para a preparação do desenvolvimento cognitivo, desenvolvendo também o lado crítico, autônomo e responsável. Ir além do ensino tradicional, o que muitas vezes é um ensino hostil, severo e frio, há uma visão de autoritarismo que distancia o aluno do professor e consequentemente de seus conteúdos, sentindo-se desmotivado, inseguro, causando receios e medo do professor, sentindo-se desprezados, excluídos e consequentemente esse distanciamento do professor leva também ao fracasso escolar. 
Neste contexto, quando afeta diretamente o processo ensino-aprendizagem o professor também se sente insatisfeito e até apatia pelo aluno. O professor, muitas vezes, está tão longe da afetivamente com o aluno que não percebe que suas atitudes marcarão por toda vida da criança, sejam elas positivas ou negativas. Muitos ainda trazem consigo aquela figura do professor de antigamente, austera, colocando o aluno numa posição totalmente submissa, passivamente como uma esponja que precisa absorver conteúdo, ignorando o aluno como pessoa, uma criança em desenvolvimento.
Freire traz a crítica ao ensino tradicionalista, a qual ele chama de “Educação bancária “que parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor é detentor do saber. Segundo Freire “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção” (FREIRE,2001, p.24). Partindo desse pressuposto, pode-se refletir que a relação afetuosa atua como ferramenta de aproximação e conquista entre professor e aluno. Para tanto, o educador deve ser primeiramente paciente, compreensivo, para assim passar confiança onde ao aluno saberá que o professor será capaz de ajudá-lo, sentir -se seguro e á vontade para questionar, interagir em sala de aula, aliando-se mutualmente a afetividade para uma interação diversificada, e a qualidade dessas interações é o que vai levar o aluno a um desenvolvimento pleno.
A afetividade é algo que se deve estar sempre presente na sala de aula, mas nem sempre a sua importância é levada em consideração. Fundamentado na ideia de que o ser humano deve ser visto como um todo, é de suma importância considerar o papel da afetividade no desenvolvimento psicológico e na formação de conhecimentos cognitivo/afetivos, eles são inseparáveis, as capacidades cognitivas necessitam da presença de aspectos afetivos (CORRÊA,2008).
Piaget (1971.p.271) nos traz: “A vida afetiva, como a vida intelectual é uma adaptação continua e as duas adaptações são, não somente paralelas, mas independentes, pois os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura”
Quando o professor não se relaciona bem com o aluno, deixa de observá-lo com mais cautela, e acaba por passar despercebido alguns problemas que o aluno esteja passando, que podem ser familiares, defasagem de aprendizagem, afastamento de socialização, causando também o distanciamento do aluno no relacionamento com a escola, levando a um comportamento retraído, sendo para ele um fardo cansativo, e consequentemente ao abandono escolar. 
A escola que busca proporcionar um espaço de reflexão sobre a vida do aluno como um todo, traz o desenvolvimento favorável ao estudante, e consegue romper com a rede de dificuldades. Fernandes (1990) afirma que o processo de aprendizagem pode ser comparado a uma rede entrelaçada onde os fios que o constituem identifica-se de um lado pelas aquisições especificas que compõem as estruturas cognitivas e, de outro, ela estrutura desejante do sujeito.
E desse modo, a afetividade dinamiza as interações, envolve-se plenamente multiplicando-se as potencialidades durante todo percurso do desenvolvimento humano nos contextos sociais, ambientais, culturais, cognitivas. Martinelli (2001) considera que condições afetivas favoráveis na sala de aula são essenciais para a facilitação da aprendizagem.
A consideração da dimensão afetiva relacionada as cognições e habilidades, e benefícios que traz ao educando, é dito pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a necessidade de lidar com sentimentos associados às situações de aprendizagem, uma vez que tais sentimentos influenciam a relação do aluno com o conhecimento. Ditas nesse documento que: “reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e requerem trabalhar a afetividade do aluno” (BRASIL, 2002, p.102).
O olhar do professor para com o aluno traz a valorização de sua dimensão humana, beneficiando desenvolver nos aspectos intelectuais, quanto aos aspectos afetivos, ao passo que o professor ignora o fato da importância da efetividade, mais distante estará o aluno dessa consolidação de desenvolvimento de aprendizagens e construção do psiquismo do indivíduo.
Para Piaget: “o pleno desenvolvimento da personalidade, sob seus aspectos mais intelectuais é inseparável do conjunto dos relacionamentos afetivos, sociais e morais que constituem a vida da escola” (1994, p.61). Quando o professor se apresenta como mediador e emprega afetividade, ele move a função social, o que leva a várias aptidões do aluno, trazendo uma relação estabelecida permitindo que o aluno contextualize com o professor.
 Neste sentido Sergio Leite e Elvira Tassoni evidenciam que:
 
[...]a presença contínua da afetividade nas interações sociais, além da sua influência também continua nos processos de desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, pode-se se pressupor que a interação que ocorre no contexto escolar também é marcada pela afetividade em todos seus aspectos. Pode-se supor, também que a afetividade se constrói como um fator de grande importância na determinação da natureza das relações que se estabelecem entre os sujeitos (alunos) e os diversos objetos do conhecimento(áreas e conteúdos escolares),bem como na disposição dos alunos diante das atividades propostas e desenvolvidas (LEITE e TASSONI,2000, p. 9-10).
Ainda, de acordo com Piaget (1971) o relacionamento interpessoal, torna o indivíduo um ser social. Sendo fundamental o processo de trocas de atitudes, valores entre outros que faz parte de seu convívio social. Embora a função da escola seja construção e transmissão de conhecimento, se evidencia também que relações afetivas desenvolve o cognitivo formando um elo entre eles, desenvolvendo relação interpessoal satisfatória, tanto para o aluno quanto ao professor. Neste sentido, Almeida e Mahoney (2004) consideram o afeto como agente presente e ativo no processo de aprendizagem, uma vez que há na escola a relação pessoa-pessoa tão importante para o desenvolvimento do ser.
Antunes (2007.p.54) traz que o professor precisa conquistar o aluno, utilizar a transmissão de conhecimento de forma positiva, a fim de envolve-lo, motivá-lo com palavras de incentivos expressões positivas, pois o grau de envolvimento afetivo e emocional do professor interfere positivo ou negativamente no processo de aprendizagem do aluno. Assim, Antunes afirma que a afetividade e as relações sociais estão intimamente ligadas.
Vigostski (2000, p.146) traz que o processo de aprendizagem ocorre através das interações pessoais constantes, ou seja, é por meio do outro que o individuo molda seus pensamentos e ações, construindo assim novos conhecimentos. Ainda sobre este assunto,Vygostki (2003,p.121) menciona que é a qualidade da relação afetiva que vai conferir um grau de motivação para o objeto de conhecimento (no caso do educando) que a partir das experiencias vividas, desempenhará a autonomia e fortalecerá a confiança nas suas capacidades e decisões. 
Apesar de Piaget e Vygotsky terem, em seus estudos, dado importância ao papel da afetividade no processo de aprendizagem, foi Wallon que trabalhou mais profundamente esta questão, colocando que a vida psíquica evolui a partir de três dimensões :motora, afetiva e psíquica. Para Wallon:
A dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento” Para ele, a emoção, uma das dimensões da afetividade, é instrumento de sobrevivência inerenteao homem ,é fundamentalmente social “constitui também uma conduta com profundas raízes na vida orgânico (DANTAS 1992, p. 85).
Para Piaget a afetividade é uma energia impulsionadora das ações do sujeito, o que Wallon completa dizendo: “a afetividade é um componente permanente da ação” (in SILVA, 2014 p.1). A teoria da afetividade de Wallon veio questionar o ensino tradicional com seu autoritarismo ,falta de criantividade,forte característica abstrata exigindo aluno passivo, saem personalidade, e sem levar em conta o caráter afetivo, social e político da educação, pois a escola, como um fato social, deve: “refletir a realidade concreta na qual esse sujeito vive, atua e, muitas vezes, procura modificar”. (LAKOMY,2003 p.60)
A afetividade no ambiente escolar é algo que se faz necessário, e a compreensão de buscar a melhor adaptação a este meio para a criança trará uma aprendizagem mais saudável, a partir do acolhimento, empatia, sensibilidade, é o que garantirão a vontade de estar no ambiente escola. 
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para elaboração deste trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas, conforme explica Gil (2002, p.44): “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos [...]há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas”. 
Ainda, segundo Gil (2002) a pesquisa bibliográficas é realizada com objetivo de dar maior entendimento acerca do problema com intuito de torná-lo mais explícito ou com o intuito de criar explicações esclarecedoras acerca do assunto levantado. Os dados coletados foram obtidos através de revistas, artigos., amparados nas teorias de vários teóricos referências na área da educação.
www.cftosantiago.edu.pt
A importância da afetividade no processo de aprendizagem segundo Wallon.
Educaçãooficial.blogspot.com
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O cotidiano escolar traz a realidade vivida, como conflitos entre todos que compõem o quadro de funcionários e alunos, a forma de interagir é o que vai trazer a possibilidade de uma aproximação entre todos, pois é por meios de entendimento dos conflitos que terá uma qualidade nas relações interpessoais entre todos, sendo as relações interpessoais essenciais em qualquer ambiente.
Na escola, manter um bom relacionamento, também com as crianças, gera o crescimento pessoal, confiança e afetividade nestes futuros adultos. Quando não há um bom relacionamento no âmbito escolar, o processo educativo é prejudicado, assim como a convivência, gerando um ambiente desagradável, pois segundo Mosquera e Stobâus (2004, p.92): “Grande parte dos problemas que as pessoas têm provêm de sua própria pessoa ou da relação que estabelece com as outras pessoas”.
Estabelecer o diálogo tanto da gestão com professores e família, professor com aluno é uma forma de afastar a hierarquização, pois todos são importantes neste processo, visando o crescimento de toda comunidade porém lamentavelmente alguns professores, assim como gestores ainda mantem uma posição de autoritarismo, o que afasta uma gestão democrática, e quando este autoritarismo parte do professor acaba afetando o desenvolvimento do aluno em vários aspectos, como cognitivos, psicológicos e sociais.
Trazer para escola a cordialidade, respeito, sensibilidade é trazer uma relação de afetividade, uma relação de comunicação saudável para todos no âmbito escolar. Conforme apresentado, manter uma boa relação entre professor e aluno é essencial para o ensino aprendizagem essa convivência na escola é que influenciará na vida do aluno, conforme explica explicam Mosqueira e Stobâus (2004): “A educação exerce um papel importantíssimo em relação a formação dos alunos”.
Nesta pesquisa, verifica-se a importância das relações interpessoais com afetividade, na sala de aula a criança que sente-se acolhida, respeitadas, aproximam-se dos professores com confiança, e seu desempenho torna-se visível, ao contrário de quando a afetividade esta longe do professor com o aluno, neste caso o aluno torna-se reprimido, sempre na autodefesa, com isso, a aprendizagem torna-se cansativa, desestimulante, levando o aluno ao desinteresse e até à evasão da escolar. Assim como para o professor torna-se um trabalho cansativo e estressante quando não há afetividade da parte do aluno com o professor, não se pode negar que o primeiro passo tem que partir do professor, para que essa aproximação aconteça, e gerar esse entendimento do quão importante é a relação de afetividade em sala de aula.
No tocante ao tema afetividade tivemos a confirmação de várias obras, das quais comungam da mesma opinião, a respeito podemos confirmar com Wallon (1992 apud La TAILLE, p.87) quando diz que a criança constrói seu conhecimento e a afetividade ocupa um ponto central em que toda demonstração afetiva traz a emoção, no qual o espaço cognitivo não se separa do afetivo. Para ensinar não basta somente dominar os conteúdos, mas saber ouvir, valorizar a sensibilidade, a afetividade, buscar uma educação mais humanizadora e refletir sobre as relações pessoais e afetividade na escola é abrir espaço para o crescimento do respeito mútuo e assim contribuir com a formação humana, e levar ao ensinamento em como lidar com frustações e os problemas decorrentes do dia a dia da escola, lembrando que a afetividade aproxima as pessoas, é através do vínculo afetivo é que surge o papel importante do professor com o aluno trazendo uma aceitação positiva ambas as partes.
A escola tem a grande responsabilidade na vida dos estudantes, pois tem uma influência direta, e trabalhar a questão dos sentimentos e relacionamentos pode transformar o pensamento daquele futuro adulto, as experiencias obtidas durante o processo escolar, boas ou ruim o que vai construir o comportamento social, entre outros.
O relacionamento professor-aluno é um tema que vem sendo abordado pelos mais conceituados teóricos, pois a questão envolve um fator primordial que é pensar no desenvolvimento do aluno, mas o professor também traz o estresse, a falta de compreensão pela gestão e o descaso e desvalorização pela própria sociedade e governo. Infelizmente esse é um fato pouco discutido e que também gera consequências negativas para um bom relacionamento do professor com o aluno, professor cansado, estressado, muitas vezes acaba se distanciando da responsabilidade que carrega na sua profissão ,não percebendo que se tornou um professor distante, sem afeto,frio,autoritário, e as vezes desinteressado no desenvolvimento do aluno, o qual acaba sentindo-se ignorado.
Trazendo essa parte para a discussão deste trabalho, é importante pensar na situação que o professor está atualmente, pensar na reconstrução de um relacionamento harmonioso, valorizando o respeito, a afetividade, também com o professor para que também tenha o equilíbrio emocional para lidar com as situações que vai exigir esse equilíbrio de emoção, afetividade e compreensão. Ou seja, está sendo exigido algo que não esta recebendo ou preparado psicologicamente para dá-lo.
Aqui segue uma questão, “afetividade” é afetar o meu próximo, então é preciso perguntar: como eu professor, estou afetando meus alunos? eu, gestor estou afetando minha equipe escolar? Os desafios existem, é fato, e só pode ser enfrentados em conjunto, entre gestão, professores, família e alunos, e o caminho sempre será as relações interpessoais sendo seguidas com afetividade e respeito mútuo, para que assim essa engrenagem funcione com sucesso, a partir da qualidade dessas interações ,que vai trazer o desenvolvimento pleno da capacidade positiva de todos os envolvidos.
5 CONCLUSÃO
Conforme as pesquisas bibliográficas que fundamentaram essa pesquisa, trouxe a importância das relações interpessoais são de suma importância para todos relacionados na comunidade escolar, e de fato uma boa relação entre professor e aluno depende da proximidade e afetividade do professor, assim como despertar a reflexão sobre a importância do equilíbrio emocional como tarefa de todos.
A partir das literaturasutilizadas conclui-se que a afetividade é sem dúvida o despertar nos alunos para a motivação, fortalecendo o ensino-aprendizagem. O ensino com mera transmissão de conteúdo, sem a interação afetiva, trás na sala de aula um professor autoritário, ou um professor distante do aluno. Diretamente ligado a emoção, a afetividade consegue determinar o modo com que as pessoas visualizam o mundo e também a forma com que se manifesta dele, sendo tão importante que a presença ou a ausência do afeto determina a forma com que o indivíduo se desenvolverá, trazendo essa importância para a escola, um olhar para ao desenvolvimento geral, o comportamento e o desenvolvimento cognitivo.
Portanto, com esse estudo pretendeu contribuir para o entendimento da afetividade no processo de mediação do conhecimento do professor para o aluno. Assim, como futuro educador, não se pode deixar de observar que não será uma tarefa fácil ainda mais com a desvalorização do trabalho docente, entender que a qualidade da relação trará de forma mútua a melhoria de convivência humana pra todos, que deve ser pesquisados na vida acadêmica a conscientização e de que forma pode-se trabalhar as relações interpessoais, a afetividade, e como sua postura diante dos conflitos, reflexão sobre a realidade, na qual possamos formar não só profissionais, mas cidadãos, pois de fato construiremos uma sociedade igualitária justa e solidária.
REFERÊNCIAS
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www.brasilescola.uol.com.br/meu artigo. Educação-afetividade na educação infantil. Publicado por Berenice Neves Grisoste Oliveira.
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