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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL E ROBÓTICA PLC (CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL) ALUNOS: EDUARDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS PROFESSOR: RAFAEL VILAS BOAS RIBEIRÃO PRETO – SP 2020 SUMÁRIO RESUMO .................................................................................................................... i 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 4 1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 5 2 METODOLOGIA ............................................................................................... 6 3 RESULTADOS .................................................................................................... 8 4 CONCLUSÃO .................................................................................................... 13 5 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 14 RESUMO A automação industrial é peça fundamental nos processos produtivos industriais. Ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, e atraindo muitos jovens a trabalhar nesta área. O profissional que souber programar diversos tipos de controladores lógicos programáveis de diferentes fabricantes terá sempre seu lugar em uma grande empresa. O profissional da área de engenharia elétrica também não pode ficar de fora deste mercado que não para de avançar e melhorar os processos. O CLP é formado por um processador (CPU) e memória para leitura e gravação. Ele desempenha funções de automação, controle e monitoramento. Podemos encontrar os CLPs em painéis elétricos de uma hidrelétrica quanto em uma usina de abastecimento de água. Devemos compreender como este equipamento funciona para aumentar nosso conhecimento. Palavras-chaves: CLPs, Automação, Robótica e Controle. 4 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos aprender e mergulhar no mundo dos CLPs, um dispositivo de extrema relevância para o mercado e para os processos produtivos. Ele garante um maior controle, segurança e eficácia na sua utilização em diferentes aplicações na indústria. Podemos dizer, que se trata de um computador especializado destinado para realizar o controle e automação diminuindo os riscos do trabalho humano. Por isto, é dever do engenheiro saber como este equipamento funciona e quais são os tipos diferentes de CLPs, utilizados na indústria. Os jovens tem grande interesse na área de automação industrial e robótica. 1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Vamos apresentar algumas características referentes ao Controlador Lógico Programável. Figura 1: PLC (Controlador Lógico Programável) Fonte: WEG, 2015. 5 Vamos destacar alguns pontos importantes do CLP, que torna sua aplicação de extrema importância no mercado atual. O CLP é constituído por: ● Central de Processamento de Dados; ● Processador; ● Memórias; ● Fonte de alimentação; ● Módulos de entradas; ● Módulos de saídas; ● Dispositivos de programação. O CLP é um equipamento dinâmico que pode ser empregado em diversas aplicações. O usuário pode fazer a programação adaptando o dispositivo para determinada aplicação na indústria. 1.2 OBJETIVOS O objetivo central deste trabalho acadêmico é aprender como funciona um CLP. Ao final deste trabalho teremos uma maior compreensão em relação ao funcionamento e as partes que formam um CLP. Este trabalho serve como apoio para aprofundar o conhecimento a respeito dos CLPs que se encontram disponíveis no mercado atual. 6 2 METODOLOGIA Vamos apresentar as perguntas base deste trabalho acadêmico. Com base nestas perguntas iremos conhecer um pouco mais sobre os CLPs. Um dispositivo que é muito versátil que pode ter entrada e saída tanto em formato analógico quanto digital. Suporta diferentes níveis de complexidade de programação. EXERCÍCIOS 1) Realizar uma pesquisa sobre a Unidade de Entrada e Saída de um PLC e descrever as principais características existentes no equipamento que são comuns a qualquer fabricante. Abaixo segue algumas orientações para ajudar a pesquisa. a) Explique os tipos de entradas e saídas que pode ser utilizados (digital/analógico, relé/transistor, quantidade de pontos). b) Explique se é possível e como pode ser implementado o aumento de pontos de E/S em um PLC. c) O que são os módulos especiais. Dê três exemplos e explique seu funcionamento. 2) Realizar uma pesquisa sobre o Hardware genérico de um PLC (itens de hardware que qualquer equipamento, independente de fabricante, precisa conter). Abaixo segue algumas orientações para ajudar a pesquisa. a) O que é e qual a importância do ciclo de scan. b) Qual a função do sistema operacional de um PLC. c) Como funciona a memória interna (capacidade, organização, retenção de dados). 3) Realizar uma pesquisa sobre as características que envolvem a instalação de um PLC em um ambiente industrial. Abaixo segue algumas orientações para ajudar a pesquisa. 7 a) Fale sobre os critérios de escolha de um PLC. b) Quais as normas vigentes para a instalação deste tipo de equipamento. c) Fale a interface com os dispositivos de E/S. 8 3 RESULTADOS Vamos apresentar os resultados obtidos nesta pesquisa acadêmica. Nosso foco é conhecer um pouco mais sobre as características de um PLC. EXERCÍCIOS 1) Pesquisa sobre a Unidade de Entrada e Saída de um PLC e descrever as principais características existentes no equipamento que são comuns a qualquer fabricante. a) R: As entradas de um CLP são os pontos de conexão onde são ligados os sensores. O CLP recebe o sinal que chega do sensor. Os CLPs de grande porte podem ter mais de 500 pontos de entradas e saídas (Francesco Prudente, 2010). Exemplos de entradas digitais: ● 24 volts CC – tipo P ou N; ● 110 volts CA (Triac) ou 220 volts CA (Triac); ● Encoder ou Contador rápido (5Vcc, 10Vcc ou 24Vcc). Exemplos de entradas analógicas: ● 0 a 5V ou 0 a 10V; ● 0 a 20mA ou 4 a 20mA; ● PT100 ou Termopar. As saídas de um CLP são os pontos de conexão onde ocorre a ligação com os atuadores. Exemplos de saídas digitais: ● 24 VCC (Transistor) – Tipo P ou N; ● 110 VCA ou 220 VCA (Triac); ● Relé 250 VCA. 9 Exemplos de saídas analógicas: ● 0 a 5V ou 0 a 10V; ● 0 a 20 mA ou 4 a 20mA. b) R: Sim, é possível. Os novos modelos de CLPs já estão sendo fabricados por padrão com algumas entradas para sinais digitais integradas diretamente ao CPU. Para realizar o aumento de pontos de E/S basta conectar diretamente no barramento do processador um ou mais módulos de expansão compatíveis com o CLP utilizado. Com está técnica conseguimos reduzir espaço e realizar uma simples troca do bloco ao invés do CLP, em caso de defeitos. O número de entradas em cada módulo de expansão pode ser de 8, 16, 32 ou 64, separadas por um bloco com borneira (Francesco Prudente, 2010). c) R: Os módulos especiais de entrada tem funções bastante especializadas. Exemplos de módulos especiais: ● Módulos PWM – realiza o controle de motores CC; ● Módulos Servomotores – função de controlar os servomotores; ● Módulos Termopares – são sensores de temperatura que utilizam dois tipos diferentes de metais unidos para efetuar a leitura de acordo com a mudança da força eletromotrizgerada para cada temperatura ao qual estão submetidos, como por exemplo, o tipo J e o K; ● Módulos de Contagem rápida – são módulos utilizados para efetuar a leitura de sinais chaveados (pulsos) em alta frequência (geralmente acima de 100 Hz); ● Módulos de Comunicação – trabalham com equipamentos que necessitam de um protocolo especifico para se comunicar, como por exemplo, um módulo de comunicação serial (RS-232). 10 2) Pesquisa sobre o Hardware genérico de um PLC (itens de hardware que qualquer equipamento, independente de fabricante, precisa conter). Abaixo segue algumas orientações. a) R: O ciclo de Scan é uma rotina ciclica que o CLP realiza de maneira a ler todo o programa que o usuário construiu. O ciclo de Scan é a rotina interna que segue a seguinte sequência de 3 passos: ● Primeiro: Verifica o Status das Entradas; ● Segundo: Realiza a leitura da programação; ● Terceiro: Realiza a atualização das saídas do CLP. O tempo de execução depende principalmente do tamanho do programa que será utilizado. Toda parte que envolva segurança é muito importante que você coloque logo no início do programa. As linhas de programação mais importantes devem ser colocadas no início do programa (Francesco Prudente, 2010). b) R: O sistema operacional (firmware) utilizado em um CLP é desenvolvido especialmente para aquele dispositivo, ou seja, é compilado com funções específicas de um determinado processador, o que podemos concluir que cada modelo de CLP tem o seu sistema operacional único. Os sistemas operacionais dos CLPs possuem recursos, funções e preparações lógicas para atender a uma linguagem específica de programação e a um conjunto restrito e específico de opções de hardware, que vão variar de acordo com as características do processo a ser controlado pelo CLP (Francesco Prudente, 2010). c) R: O sistema operacional é armazenado em memórias como as ROM, EPROM ou EEPROM, que são memórias não voláteis (mantém o conteúdo mesmo sem alimentação). O programa construído pelo usuário utiliza memórias do tipo RAM e EEPROM. Quando for utilizado, a memória RAM, será necessário também o uso de baterias, já que a memória RAM é do tipo volátil (perde os dados quando não tem alimentação). Os modelos pequenos de CLPs, possuem capacidade de memória que varia entre 300 e 1.000 instruções. Um CLP de grande capacidade de memória utiliza memórias entre 1 e 64 Kbytes, que pode ser expandida pela colocação de cartões de memória RAM ou PROM. Atualmente, também estão começando a utilizar memórias de circuito integrado (CI), por causa, do seu custo acessível (Francesco Prudente, 2010). 11 3) Realizar uma pesquisa sobre as características que envolvem a instalação de um PLC em um ambiente industrial. a) R: Os principais critérios para escolher corretamente o CLP, em seu projeto atual ou futuro. Critérios para escolha de um CLP: ● Suporte técnico: Um suporte técnico que deve ter atendimento de qualidade e prestativo para sanar suas dúvidas; ● Custo-benefício: Escolher um CLP de uma boa marca com um bom preço. Além de ter módulos de expansão adicionais; ● Custo da ferramenta de programação: A empresa fabricante disponibilizar uma ferramenta gratuita ou com um preço baixo; ● Processador: Utilizar processadores ARM com arquitetura RISC (conjunto de instruções reduzidas e de alta velocidade de processamento). O processador deve ter alto desempenho e baixo consumo; ● Relógio de tempo real: Muitos processos de automação necessitam do relógio para precisão. Isto significa que dentro do CLP terá um circuito eletrônico alimentado por bateria de lítio. Mesmo faltando energia, o CLP estará contando o tempo; ● Simulação do programa sem precisar conectar ao CLP: Através da ferramenta disponibilizada pela fabricante poder simular totalmente o funcionamento do programa sem necessitar conectar o CLP ao PC; ● Portas de comunicação: Um CLP, que possa utilizar os protocolos MODBUS e TCP/IP por serem os mais empregados no mercado; ● Protocolos de comunicação: Realizar a comunicação utilizando os protocolos comuns do mercado, por meio de protocolos de alto desempenho e protocolos configuráveis. Exemplos: MODBUS (RTU e ASCII) e MODBUS TCP; ● Programação remota: Os CLPs com porta Ethernet tem a capacidade de serem programados remotamente. Este recurso é uma grande vantagem competitiva já que o usuário não precisa se deslocar para fazer o comissionamento dos sistemas distribuídos de controle; ● Manutenção: Um CLP que tenha facilidade de manutenção em campo e módulos com conectores do tipo extraível, para substituição rápida. 12 b) R: Norma IEC 61131-3: Padronização das linguagens de programação para a automação industrial. Empresas do mundo inteiro que trabalham com automação industrial devem seguir está norma (Francesco Prudente, 2010). Algumas normas referentes à eletricidade e segurança: – NBR-5410: O CLP será instalado em painéis elétricos de baixa tensão e por este motivo deve seguir os critérios importantes desta norma; – NR-10: Um profissional capacitado é quem deve realizar a instalação e manutenção do equipamento. A segurança é primordial em serviços que envolvem eletricidade. c) R: O módulo de E/S tem duas funções principais: ● Fazer a interface com o processador e a memória através do barramento de sistema ou do comutador central; ● Realizar a interface com um ou mais dispositivos periféricos por ligações especializadas para dados. 13 4 CONCLUSÃO Podemos concluir que o CLP é um computador industrial que realiza determinadas tarefas, que são programadas pelo seu usuário. A sua aplicação vem ganhando cada vez mais espaço no ambiente industrial, residencial e predial. Um dispositivo muito versátil que consegue desempenhar muito bem o seu papel dentro de uma planta. Os módulos de expansão de E/S de um CLP garantem maior possibilidade de outros sinais também serem enviados aos CLPs. O processador deve ser de última geração com arquitetura RISC, de alto desempenho e baixo consumo de energia. Uma característica fundamental do CLP é a precisão, o que torna este dispositivo muito eficaz na aplicação de sistemas de controle. A porta Ethernet possibilita que o CLP seja programado de forma remota, reduzindo os custos com deslocamentos. Todas as empresas de qualquer lugar do mundo devem utilizar a norma vigente IEC 61131-3, que realiza a padronização das linguagens de programação para a automação industrial. 14 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livro: Prudente, Francesco. Automação Industrial. PLC: PROGRAMAÇÃO E INSTALAÇÃO. Editora LTC, Rio de Janeiro, 2010.
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