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ASPECTOS GERAIS DO EXAME CITOPATOLÓGICO

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ASPECTOS GERAIS DO EXAME CITOPATOLÓGICO.
É realizada uma esfoliação do colo uterino, composto por duas camadas: ectocervice e endocervice.
ECTOCERVICE E ENDOCERVICE: A ectocervice possui epitélio estratificado pavimentoso (escamoso). A endocervice possui epitélio colunar simples glandular. Há uma zona de transição entre os epitélios. Acima dela, no endométrio, é epitélio glandular, assim como na endocervice. Abaixo da zona de transição, é a ectocervice, onde há epitélio escamoso, assim como na cavidade vaginal. 
ZONA DE TRANSIÇÃO: Na coleta de CP, deve-se coletar material da ectocervice (epitélio escamoso) e da endocervice (epitélio glandular), para que a zona de transição também seja analisada no exame. A maioria dos danos ocorre na zona de transformacao ou JEC, junção escamocolunar. Essa é a área de flutuação da zona de transição, do mais interno e externo. É a junção dos epitélios escamoso e glandular. 
CP: O exame CP usa coloração com objetivo de identificar displasias (não invadir membrana basal, está só no epitélio). Se passa a membrana basal, é neoplasia, ocorre após a displasia de alto grau. 
O exame de CP tem um problema de ter 10 a 20% de falsos negativos, geralmente por falha na coleta (apenas coleta de epitélio escamoso). A região Norte é a que possui mais casos de carcinoma uterino, pois há pouco rastreamento pelo CP.
Nas pacientes histerectomizadas por doença benigna, como miomas, não precisam fazer CP. As pacientes histerectomizadas por danos de alto grau devem continuar fazendo CP, coletando do fundo de saco da vagina. 
Vírus HPV:
DISPLASIA: O vírus HPV pode causar displasia e alterações no colo do útero. As displasias podem ser de baixo grau ou alto grau. 
Os vírus HPV tipo 7 e 11 causam displasias de baixo grau oncogenico e os vírus tipo 16 e 18 causam displasias de alto grau, que podem evoluir para neoplasia. 
As displasias de baixo grau se apresentam como condilomas e verrugas. 
O carcinoma in situ é um dano displasico de alto grau. Está apenas no epitélio, não invadindo a membrana basal e tecido conjuntivo. 
Displasia. 
CONDUTAS: Quando há displasia de alto grau, se faz colposcopia e biopsia, podendo fazer remoção cirúrgica. Se há displasia de baixo grau, fazer CP a cada 6 meses por 2 anos e ver regredir. 
A vacina do HPV previne os tipos 7, 11, 16, 18. 
DIAGNÓSTICO: alteração na maturação epitelial, atipias, variação de tamanho e formas. 
No CP, quando há atipias, áreas de necrose e mitoses, pode indicar alterações no colo uterino. 
A presença de coinocitos, células representativas de infecção por HPV, indicam dano epitelial escamoso de baixo grau. Ou seja, indica infecção pelo vírus. 
Em vários órgãos, pode ocorrer a evolução de hiperplasia, para displasia de baixo grau, alto grau até neoplasia. 
INFECÇÃO: Os vírus são seletivos quanto as células que infectam, pois precisam de algumas proteínas. O HPV não penetra qualquer célula, ele entra nas células escamosas. Não infecta a endocervice, embora possa apresentar displasia, pois a porta de entrada é o epitélio escamoso. Por isso, o vírus causa danos verrucosos na pele, colo (ectocervice), vagina, vulva e laringe. 
A diferença de displasias de alto grau e baixo grau é que nas de alto grau o vírus HPV é incorporado ao DNA da célula hospedeira, ou seja, há uma mutação. Isso faz com que as alterações ocorram mais rápidas e não há controle da proliferação, podendo causar novas mutações e neoplasia maligna. Já as displasias de baixo grau tem apenas o vírus utilizando a célula para produzir novos vírus.
ELIMINAÇÃO DO VÍRUS: As células imunológicas podem eliminar o HPV espontaneamente em dois anos na maioria dos casos, até 90% dos casos. Por isso, o CP pode ser realizado a cada 3 anos após dois resultados normais. Algumas não eliminam o vírus, deve fazer acompanhamento.
Poucas não regridem
90% das infecções por HPV regridem espontaneamente
Não fizeram rastreamento. 
Após 15 a 20 anos.
Pode causar carcinoma de colo uterino.

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