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A importancia da ludicidade no processo de ensino aprendizagem

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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Eva Marina Becari¹
RESUMO: Esta pesquisa é objetiva em refletir e analisar sobre a influência ludicidade, verificando suas contribuições para o processo ensino e aprendizagem da criança na Educação Infantil. O mundo da criança difere qualitativamente do mundo adulto, pois nele há o encanto da fantasia, do faz de conta, do sonhar e do descobrir. É através das brincadeiras, atividade mais nobre da infância, que a criança irá se conhecer e terá a oportunidade de se constituir socialmente. É também a partir da espontaneidade do brincar que a criança poderá expressar as diferentes impressões vivenciadas em seu contexto familiar e social. A proposta desta pesquisa é trazer uma discussão e reflexão sobre a importância desta atividade no desenvolvimento social da criança.
PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade; Ensino; Aprendizagem, Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
Há muito tempo, a Educação Infantil apresenta em sua história, marcas muito fortes no que se refere à inserção dos jogos e brincadeiras em seu cotidiano. Muitas dessas marcas refletem e se reproduzem na prática pedagógica de boa parte dos educadores. A proposta desta pesquisa é a de contribuir na conscientização dos professores da Educação Infantil numa perspectiva lúdica, direcionando um novo olhar para o “brincar” da criança.
Desse modo, os jogos são situações em que a criança revela uma maneira própria de ver e pensar o mundo aprende a se relacionar com os companheiros, a trocar pontos de vista com outras perspectivas possíveis, a raciocinar sobre o dia-a-dia, aprimorar as coordenações de movimentos, enfim, compreendidos a sua importância, eles podem tornar-se uma atividade pedagógica indispensável à formação de conceitos.
Logo, utilizar o jogo como um meio educacional é um avanço para a Educação Infantil. Tomar consciência disto requer mudanças, o que nos leva a resgatar nossas vivências pessoais e incorporar o lúdico em nosso trabalho. Ainda há muito a ser aprendido e questionado, pois, o jogo oferece condições
Graduação em Pedagogia pela Faculdade Soares de Oliveira; Especialista em METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE pela Faculdade de Educação São Luís. E-mail da autora: sandraguadoce@hotmail.com. Orientadora: Prof. Esp. Marcia Schmidt Néglia Armeni.
de sociabilidade, levando a criança a se organizar mutuamente nas ações e intensificando a comunicação e a cooperação. Permite ainda, descoberta do ‘outro’ e isso repercute sobre a descoberta de si mesmo.
Diante do exposto, neste trabalho, evidencia-se que as atividades lúdicas, na escola possibilitam que sejam alcançados os objetivos educacionais que norteiam o trabalho pedagógico, como já foi comprovado por muitos pesquisadores, que as experiências adquiridas pelas crianças nos seus primeiros anos de vida, são fundamentais para o seu desenvolvimento em todos os aspectos. Neste sentido Kishimoto (1994, p.89) cita que a Educação Infantil pode formar crianças que irão para a etapa de alfabetização, autônomas, críticas, criativas, ou ao contrário, dependentes estereotipadas, com aversão ao trabalho escolar.
Portanto vale a pena investir na formação dos professores para a utilização dos jogos na Educação Infantil como alternativa metodológica eficaz para a formação de conceitos. Assim, espera-se que este trabalho possa servir de incentivo aos educadores que não utilizam o lúdico no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que se demonstrou a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento de crianças na educação Infantil.
Sendo assim, com esta pesquisa espera-se contribuir no sentido de alertar os educadores para a importância da inserção das atividades lúdicas, no contexto escolar, e que estas não sejam deixadas em um segundo plano, ou apenas no período do recreio. Almeja-se, ainda, que este estudo possa servir de incentivo para os professores inovarem sua prática, e que a partir de agora tenham, nos jogos e brincadeiras, aliados permanentes, possibilitando às crianças uma forma de desenvolver as suas habilidades intelectuais, sociais e físicas, de forma prazerosa e participativa, uma vez que os jogos e brincadeiras são de grande contribuição para o processo de ensino e aprendizagem.
 Os jogos lúdicos contribuem para o desenvolvimento da criatividade, da capacidade de tomar decisões, no desenvolvimento motor da criança. Os espaços lúdicos são ambientes férteis para a aprendizagem e desenvolvimento, principalmente da socialização. 
O jogo constitui o mais alto grau de desenvolvimento da criança, já que é a expressão livre e espontânea do interior. As brincadeiras são importantes por fazerem parte do mundo das crianças e por proporcionarem momentos agradáveis dando espaço à criatividade. Deve-se buscar o bem-estar dos pequenos durante o processo de ensino e aprendizagem, resgatando assim o lúdico como instrumento de construção do conhecimento.
Os jogos e brincadeiras ligados ao campo da aprendizagem são utilizados como ferramenta estimuladora, facilitadora e enriquecedora que auxilia de maneira prazerosa todo o processo de aprendizagem do indivíduo. Sendo assim os jogos e as brincadeiras não são apenas meios de distração para o aluno, mas torna-se um agente facilitador na aquisição de novas aprendizagens que possibilita ao aluno gostar de aprender.
O jogo como instrumento de aprendizagem é um recurso que interessa aos educadores, pois está diretamente ligado ao desenvolvimento social e afetivo da criança. Além disso, os jogos estimulam os inventos, a experimentação, a aprendizagem, as regras, levando o indivíduo a buscar novos conhecimentos, ou seja, pode-se dizer que o jogo não é só importante para incentivar a imaginação, mas também para auxiliar no desenvolvimento das habilidades físicas e cognitivas. 
2 CONTEXTO DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Segundo Huizinga (2001, p.21), enquanto para o adulto o jogo é recreação, para a criança ocorre a aprendizagem, pois ela aprende por meio de brincadeiras. Além da aprendizagem, o jogo estimula a autoestima, despertando mais confiança na criança.
Já Kishimoto (1998, p.14) afirma que os diversos jogos e brincadeiras que sejam na criação ou na execução, servem para melhorar o desenvolvimento da criatividade da criança. Os jogos criam nas crianças noções da ocupação do espaço e a percepção do lugar. 
Os jogos de construção, segundo Kishimoto servem para desenvolver as habilidades motoras e sensórias das crianças, além de estimular o raciocínio lógico, que ajuda na criatividade das mesmas. Kishimoto (1993, p. 15) afirma:
Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social (KISHIMOTO, 1993, p. 15).
As brincadeiras ajudam muitas as crianças no processo afetivo, quando aprendem a se relacionarem, e com isso se reconhecem melhor e as outras com quem brincam. As brincadeiras ajudam nessa interação com o outro e consigo mesmo.
Para compreender o significado do brincar é fundamental fazer uma análise da história da humanidade a fim de entender as características e o sentido da brincadeira nessa história e, ao mesmo tempo, constatar suas transformações no decorrer da evolução da sociedade.
O ato de brincar é tão antigo quanto o ser humano. Alguns autores afirmam que este ato não se limita apenas a humanidade, seria anterior inclusive ao próprio homem, pois já eram praticados por alguns animais. 
 Huizinga (1990, p.22) ressalta que os animais brincam tal como o homem, o que permite perceber que brincar, além de ser uma antiga atividade, é uma necessidade natural inerente tanto ao ser humano quanto aos animais.
Assim, de acordo com Kishimoto (1995, p.16), a influênciadas idéias de Rosseau, na França, permitiu que se criassem inúmeros brinquedos educativos utilizando princípios da educação sensorial com vistas a estudar crianças deficientes mentais e cujos conhecimentos foram, depois, utilizados para ensino das crianças ditas normais. Em seguida, sob a influência do pensamento e da filosofia de suas épocas, cada um à sua maneira, os pedagogos Froebel (1782-1852), Maria Montessori (1870- 1909) e Decroly (1871-1932), elaboraram pesquisas a respeito das crianças pequenas, legando à educação grande contribuição sobre seu desenvolvimento. Estes foram os primeiros pedagogos da educação pré-escolar a romper contra educação verbal e tradicionalista de sua época. Propuseram uma educação sensorial baseada na utilização de jogos e materiais didáticos, que deveria traduzir por si a crença em uma educação natural dos instintos infantis.
Tanto no Brasil como em outros países, a história dos sistemas pedagógicos pré-escolares revela o aparecimento da infância enquanto categoria social diferenciada do adulto em função de uma brincadeira. A concepção de educação infantil que vem se forjando historicamente tem retirado as idéias propostas pelos teóricos de fins do século XIX e início do século XX: a inserção das crianças nas brincadeiras, nos materiais pedagógicos e nos “treinos” de habilidades e funções especifica.
À espera que a criança se torne adulta e se insira no sistema de produção do qual foi excluída gradativamente no decorrer da história do capitalismo, a ela é designado um ofício próprio nas instituições de educação infantil, transformando a pré-escola em uma “espécie de grande brinquedo educativo”.
Alves (1995, p.104) cita que o lúdico proporciona alegria nos espaços em que se faz presente, ao mesmo tempo em que possibilita a esperança de liberdade para o mundo todo, sugerindo também que há outras possibilidades para a vida humana.
Nessa perspectiva, da mesma forma que pensa Alves (1995, p.74) pensa Kishimoto (1995, p.25), o lúdico é a manifestação da cultura humana na perspectiva da própria continuidade da espécie. Analisá-los, é ainda analisar o próprio sentido da educação e sua importância no desenvolvimento infantil, como condição primeira a formação integral do indivíduo, indispensável ao processo de socialização e interação entre os semelhantes na busca da harmonia da convivência fraterna.
Os jogos e as brincadeiras que marcam as décadas dos anos 50, 60, 70 e 80 eram realizados tanto pelos meninos, como pelas meninas, destacando-se entre as mais populares como mímicas, rimas, cabra-cega, esconde-esconde, jogos de salão e cartas, dados, gamão, cara ou coroa e outros.
Assim como os jogos e as brincadeiras, os brinquedos também eram os mesmos para ambos os sexos, sendo os mais comuns: cavalo-de-pau, cata-vento, peão, peteca, boneca, arco, miniatura, bola. Objetos estes fabricados no próprio ambiente familiar de forma artesanal.
A maioria dos brinquedos tem origem nessa época, primeiramente eram utilizados pelos adultos e só mais tarde, pelas crianças, na tentativa de imitar as ações dos adultos como é o caso do cavalo-de-pau, que surgiu por ser o cavalo o principal meio de transporte da época, a boneca, que é um dos brinquedos mais antigos e difundidos em todas as culturas além de muito apreciado pelas crianças. Os bibelôs, também considerados brinquedos, e as miniaturas como moveizinhos, faziam parte não só do mundo infantil como serviam para enfeitar as salas das casas e serem expostos em vitrines; já os bonecos de fantoches, serviam para divertir as pessoas, através da representação de personagens populares.
Outros brinquedos faziam parte de festas religiosas como o balanço, onde as meninas eram empurradas simbolizando o ritual da fertilidade. A domesticação de pássaros, muito comum ainda hoje em áreas rurais, surgem do costume de se enfeitar pássaros de madeira, os quais eram levados de casa em casa por criança, em troca de presentes. Esta cerimônia fazia parte de uma festa tradicional muito apreciada na época.
Posteriormente, essas atividades lúdicas realizadas com a participação dos adultos juntamente com as crianças perdem seu caráter religioso e comunitário adquirindo características individuais restritas às crianças. A relação direita que se estabelecia entre a criança e o adulto na idade média estavam ligados ao fato das brincadeiras terem um papel significativo na educação daquele tempo, posto que as escolas fossem poucas e destinadas, em sua maioria, ao clero. Deste modo, as crianças aprendiam brincando entre si e em companhia dos mais velhos.
Vygotsky (1992, p.117) enfatiza que:
É na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário. A criança vivência uma experiência no brinquedo como se ela fosse maior do que a realidade, o brinquedo fornece estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência da criança (VYGOTSKY, 1992, p. 117).
Na sociedade medieval, não existia um sentimento de infância, ou seja, uma consciência das particularidades infantis que diferenciam a criança do adulto; não havia distinção. Com a evolução da sociedade desenvolveram-se novos sentimentos sobre a família e a infância. No século XVII, surge a preocupação de preservar e disciplinar as crianças, o que refletiu também na família, surgindo assim novas formas de organização da família e da educação.
Aires (1981, p.277) destaca que:
A família e a escola retiraram junta a criança da sociedade dos adultos. A escola confinou uma infância outrora livre num regime disciplinar cada vez mais rigoroso, que nos séculos XVIII e XIX ressaltou no enclausuramento do internato. A solicitude da família, da igreja, dos moralistas e dos administradores privou a criança da liberdade de que ela gozava entre os adultos (AIRES, 1981, p. 277).
Segundo a autora citada anteriormente, a escola aparece como instituição social que, aliada à família, tem grande importância na construção moral e espiritual das crianças. E nessa nova perspectiva educacional alguns jogos não são permitidos por serem considerados impróprios às crianças. A atitude de reprovação ao uso dos jogos modificou-se ao longo da evolução social onde se percebeu o caráter educativo dos mesmos. Passou-se então a permitir o uso de alguns jogos nas escolas, com a preocupação moral e como forma das pessoas obterem a higiene do corpo e também como treino de rapazes para a guerra. Havendo dessa forma uma relação positiva referente ao jogo como fonte de instrução, saúde e do bem comum, assim como sua classificação de acordo com a idade.
Kishimoto (1995, p.26) ressalta que no século XIX, com a revolução industrial e a expansão do capitalismo, entra em cena uma nova classe social; a operária, formada por pessoas da sociedade urbana de baixa renda, objetivando melhores condições de vida, o que na realidade não ocorreu, ao contrário, acentuou-se a exploração, aumentando o antagonismo entre as classes.
Com a industrialização, há um intenso processo de urbanização ocasionando mudanças no cotidiano das cidades e a separação da criança da vida do adulto, afetando a institucionalização do desenvolvimento e da educação; mudam-se também as brincadeiras infantis, já que houve uma redução do espaço físico, impedindo que as crianças brincassem na rua devido a falta de segurança e de tranquilidade. Aliada a falta de espaço físico, há também a redução do tempo na família com a inserção da mulher no mercado de trabalho e o preenchimento do tempo infantil pela televisão e por atividades extracurriculares.
Com o incremento da indústria, o brinquedo passa a ser mercadoria de consumo, em detrimento dos artesanais que antes eram fabricados pelas próprias crianças, havendo, assim, uma relação direta com a construção do brinquedo o que não ocorre com o industrializado, onde há uma preocupação com a produção em série para atender a demanda dos centros urbanos em expansão.
Mas os novos brinquedos utilizados pelas crianças são totalmente desvinculados do real significado do ato de brincar, poisconsiderados perfeitos, transportando às crianças a função de mero espectador passivo, sendo objetos caros desprovidos de imaginação, despertando na criança apenas o interesse imediato de tê-lo e a curiosidade de destruí-lo para saber o que encontra no seu interior.
Santos (2000, p.9) afirma que:
Independente da época, cultura e classe social, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz-de-conta se confundem. O jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo (SANTOS, 2000, p.9).
O processo de industrialização destruiu não apenas o lado criativo do brincar infantil, como ocasionou o esquecimento das brincadeiras realizadas nas ruas, visto que, com o preenchimento do espaço urbano pelo tráfego de veículos e pessoas, não permitindo que se brinque como antes, sendo assim, a relação estabelecida anteriormente no cotidiano social, perde-se na modernidade do século XX, no início do século XXI.
No Brasil, a modernização surge em meio ao atraso cultural e tecnológico, tendo sua origem no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Ocorre nesse período grandes transformações, reduzindo o espaço então frequentado pelas crianças, como forma de estreitar os laços de amizade e sociabilidade entre as crianças, que tinham sua diversão voltada para as ruas e os quintais de suas casas.
Nesse período segundo a vida das crianças, transcorria numa relação direta com o meio ambiente, brincava-se livremente nas ruas de amarelinha, lenço-atrás, pula corda, pipas, bolas feitas de meias, brincadeiras estas que favoreciam a integração, influenciando no desenvolvimento infantil.
Mello (1993, p.41) ressalta que:
Uma série de fatores tem contribuído para o desaparecimento gradativo de jogos e brinquedos tradicionais, em todo o Brasil, e principalmente nos centros urbanos. Entre eles podemos destacar: o crescimento das cidades brasileiras, que acarretam uma redução de áreas livres para o lazer; a influência crescente dos meios de comunicação de massas, em especial sobre as crianças, transformando-as em espectadoras e isolando-as entre si; o grande número de brinquedos industrializados, sofisticados e atraentes; as mensagens veiculadas pela indústria cultural, retratando realidades muito diferentes da nossa; os avanços da informática e a popularização desse setor, notadamente no campo dos jogos além da abertura de um grande número de possibilidades (MELLO, 1993, p.41).
Confrontando passado e presente, não há dúvida quanto ao fato da criança continuar a brincar desde a criança da cidade até a criança do interior ou do campo, da criança mais estimulada e com melhores condições econômicas, até a criança de rua ou a criança institucionalizada – todas elas procuram espaços e formas de expressarem-se e descobrirem o mundo através da brincadeira. Nesses diferentes contextos, as crianças estabelecem relações com o mundo, transformando, através do brincar, seus significados.
Kishimoto (1995, p.26), ao influenciar a história da pedagogia pré-escolar brasileira, a partir de uma entrada através do movimento da Escola Nova, os pensamentos Froebeliano, Montessoriano e Decrolyano têm-se transformado, principalmente após os anos 70, com a priorização dos programas de educação compensatória, em meros instrumentos didáticos. A autora observou mais recentemente uma tendência das pré-escolas brasileiras em trabalhar com as crianças através de materiais didáticos, brinquedos pedagógicos e métodos lúdicos de ensino e alfabetização como fins em si mesmos, descontextualizando seu uso dos processos cognitivos e históricos experienciados pelas crianças.
Assim, a maioria das escolas tem pedagogicamente a atividade lúdica das crianças restringindo-as a exercícios repetidos de discriminação viso motora e auditiva, através do uso de brinquedos, desenhos coloridos e mimeografados e músicas ritmadas. Ao fazer isso, ao mesmo tempo em que bloqueia a organização independente das crianças para a brincadeira, essas práticas pré-escolares, através do trabalho lúdico, enfatizam os alunos, como se sua ação simbólica servisse apenas para exercitar e facilitar para o professor, a transmissão de determinada visão do mundo, definida a priori pela escola.
Mello (1993, p.38) afirma que:
É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção ... como se forma brincadeira de roda (MELLO, 1993, p. 38).
É papel da educação formar pessoas críticas e criativas, que criem, inventem, descubram, que sejam capazes de construir e reconstruir conhecimento. Não devem reproduzir simplesmente o que os outros já fizeram, aceitando tudo o que lhe é oferecido. Daí a importância de se ter alunos que sejam ativos, que cedo aprendam a descobrir, adotando assim uma atitude mais de iniciativa do que de expectativa.
Amorim (1986, p.89) embasa que quando é colocado na prática as atividades lúdicas, o que tem verificado na maioria das pré-escolas é uma forma combinada de orientações; ênfase na disciplina e exercícios de adestramento para o ensino fundamental.
Ainda Amorim (1986, p. 89) ressalta que a criança quando chega à escola traz consigo uma gama de conhecimento oriundo da própria atividade lúdica. A escola, porém, não aproveita estes conhecimentos, criando com isto uma separação entre a realidade vivida por ela na escola. A escola agindo desta forma estará comprometendo a própria espontaneidade da criança, que não se sentirá tão a vontade em sala de aula a ponto de deixar fluir naturalmente sua imaginação e emoção.
A ação de brincar segundo Almeida (1994, p.45) é algo natural na criança e por não ser uma atividade sistematizada e estruturada acaba sendo a própria expressão de vida da criança.
Rizzi e Haydt (1987, p.47) convergem para a mesma perspectiva quando afirmam que o brincar corresponde a um impulso da criança, e este sentido, satisfaz uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica. O lúdico aplicado à prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas.
Cunha (1994, p.19) ressalta que a brincadeira oferece uma situação de aprendizagem delicada, isto é, o educador precisa ser capaz de respeitar e nutrir o interesse da criança, dando-lhe possibilidades para que evolua em seu processo, ou do contrário perde-se a riqueza que o lúdico representa.
Neste sentido é responsabilidade do educador na educação infantil ajudar a criança a ampliar de fato as suas possibilidades de ação. Proporcionar à criança brincadeiras que possam contribuir para seu desenvolvimento psicossocial e consequentemente para sua educação.
Piaget apud Oliveira (1998, p.91) destaca que:
As funções essenciais da inteligência consistem em compreender e inventar, em outras palavras, construir estruturas estruturando o real. E, de fato, é cada vez mais patente que estas duas funções são indissolúveis e que, para compreender um fenômeno ou acontecimento, é preciso reconstruir as transformações de que elas são resultantes, e ainda, para reconstituí-las, faz-se mister primeiramente elaborar uma estrutura de transformação, o que supõe uma parte de invenção ou de reinvenção (PIAGET apud OLIVEIRA, 1998, p.91).
	
Há de se planejar brincadeiras diversificadas e lhes facilitar a experimentação. É necessário estimular a participação ativa e a imaginação criadora, pois conforme Vygotsky (1991, p.35), quando a criança brinca, por exemplo, de “faz de conta”, atinge estágios de desenvolvimento.
Quem apenas sugere que a criança deva brincar ou quem tenta controlar suas brincadeiras em demasia, está tolhendo os horizontes lúdicos da criança.
Kishimoto (1994, p.27) afirma que se a atividadelúdica não for de livre escolha e seu desenvolvimento não depender da própria criança, não se tem brincadeira, mas trabalho.
O lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser encarado de forma séria e usado de maneira correta, pois como afirma Almeida (1994, p.74), o sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo.
Considerando a importância do jogo na aprendizagem da criança é relevante destacarmos o papel do professor, que deve intervir de forma adequada, deixando que o aluno adquira conhecimentos e habilidades, sendo que qualquer atividade por ele realizada na escola visa sempre a um resultado, e uma ação dirigida e orientada para a busca de finalidades pedagógicas.
Segundo Garcia (1995, p.65), o educador deve dar sentido às atividades de sala de aula, sabendo que cada atividade traz a possibilidade de novas aprendizagens e provoca novos desenvolvimentos.
Sendo o jogo entendido como ação livre, tendo um fim em si mesmo, iniciado e mantido pelo aluno, pelo simples prazer de jogar deve ser em um lugar atraente que possibilite a sua exploração. Nesse sentido o ambiente pré-escolar deve encorajar as crianças a fazerem uma série de descobertas ao lhe dar estímulos imediatos para o seu sucesso. A criança necessita de oportunidades para correr, pular, balançar-se de forma livre e espontânea. Daí a necessidade de estar em espaços amplos e abertos. 
A educadora Ferreiro (1989, p.112), já apontava para importância de se oferecer a criança ambientes agradáveis onde se sinta bem e a vontade, pois a criança deverá se sentir como parte integrante do meio em que está inserida. O ser humano se constrói, através do movimento que realiza organizando e criando novas experiências. 
Assim como afirma Luckesi (1994, p.154) que é através do lúdico e da criatividade a escola torna-se um lugar privilegiado para construir a vida humana na direção de sua plenitude e conceber o lúdico como atividade apenas de prazer e diversão, negando seu caráter educativo é uma concepção ingênua e sem fundamento. A educação lúdica é uma ação inerente na criança e no adulto e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento. A criança aprende através da atividade lúdica a encontrar na própria vida, nas pessoas reais, a complementação para suas necessidades. 
2.1 O Jogo enquanto ferramenta de aprendizagem
O jogo enquanto ferramenta de aprendizagem vai se desenvolver de forma positiva, se o educador souber trabalhar adequadamente com ele. É sabido que muitos veem este tipo de atividade como atividade de disputa, onde há perdedores e ganhadores e uma grande parte dos docentes dissemina este conceito errôneo que se tem desta atividade. Quando se trabalha o corpo, a ludicidade e o jogo desenvolveram diversas potencialidades como a criatividade, o prazer, a interação entre as pessoas, a cooperação, entre outras. 
Devido ao caráter sócio histórico de Vygotsky (1991, p.89), o qual aponta a brincadeira como uma atividade dominante na infância, em que através dela a criança expressa sua imaginação, conhece seu corpo e até mesmo cria suas próprias regras verificaram que a brincadeira tem caráter essencial na formação e no desenvolvimento do indivíduo na sociedade. Todavia, constantemente nos deparamos com situações onde os jogos são relegados a um segundo plano. 
O desenvolvimento da criança e seu consequente aprendizado ocorrem quando esta participa ativamente: seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções para resolvê-los. É de extrema importância que o professor também participe e que proponha desafios em busca de uma solução e de uma participação coletiva. O papel do educador neste caso será de mediador e este não delimitará mais a função de cada e nem como se deve jogar. 
Outro teórico que percebe o jogo como atividade importante no desenvolvimento da criança, resultando em benefícios morais, intelectuais e físicos, é Garcia (1993, p.53). Para este teórico, a falta de liberdade e a repressão repercutem negativamente, no que diz respeito ao estímulo da atividade espontânea, característica fundamental para o desenvolvimento. Ele percebe o jogo como instrumento de ensino, no qual é possível trabalhar as diferentes disciplinas, tais como: Matemática, Ciências e outras. De acordo com Froebel: “Brincar é a fase mais importante da infância- do desenvolvimento humano neste período- por ser a auto ativa representação do interno- a representação de necessidades e impulsos internos” (GARCIA, 1993, p. 54-55). 
Assim, semelhante ao pensamento de Vygotsky (1991, p.21), que vê a interação como ação que provoca intervenções no desenvolvimento da criança, Froebel, também concorda que os jogos interferem positivamente, pois no brincar a criança expõe sua capacidade representativa, o prazer e a interação com outras crianças. 
Desta forma, entendo que as atividades lúdicas cooperativas contribuem e oportunizam as crianças momentos de expressão, criação e de troca de informação, além de trabalhar a cooperação. Torna-se necessário também que o educador reavalie seus conceitos a respeito dessas atividades, principalmente com relação aos jogos, e que neste processo a criança tenha espaço para expressar sua fala, seu ponto de vista e suas sugestões. O professor ao propor algum tipo de atividade, deve deixá-lo à vontade, pois através da troca de experiências com outros colegas, da criatividade e busca de soluções, ele conseguirá construir seu próprio conhecimento. 
2.1.1 Tipos de Jogos
Desde sempre o jogo fez parte da vida do Homem. O mais antigo que se conhece foi encontrado na sepultura de um rei babilônico, morto cerca de 2600 anos antes de Cristo. Lá estavam o tabuleiro, as peças e os dados. Infelizmente, não incluiu as regras, motivo pelo qual não podemos saber como se jogava.
	Neste item propomos uma sistematização dos jogos para facilitar a prática pedagógica dos professores. Alguns elementos são predominantes nas brincadeiras e no cotidiano das crianças, por isso a divisão dos jogos deve ter relação com esses elementos.
Ferreiro (1989, p.56) cita que:
Os jogos, para além da componente competitiva, funcionam como modelos de situações reais ou imaginárias. Há jogos dos mais variados tipos, desde os de simples azar (dados e loterias) até os de mais sofisticadas estratégias como o xadrez. Muitos deles podem ser estudados do ponto de vista matemático, e outros têm regras que "obrigam" os jogadores a fazer raciocínios do tipo lógico – matemático (FERREIRO, 1989, p. 56).
Consideramos que o jogo propicia situações que, podendo ser comparadas a problemas, exigem soluções vivas, originais, rápidas. Nesse processo, o planejamento, a busca por melhores jogadas, a utilização de conhecimentos adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas ideias, novos conhecimentos, habilidades e atitudes. Investigação, tentativa e erro, levantamento e checagem de hipóteses são algumas das habilidades de raciocínio lógico que estão envolvidas no processo de jogar.
Citamos algumas sugestões de jogos, brinquedos e brincadeiras populares citadas por Miranda (1992, p.25): Jogos Motores; Empresta-me a tua casinha; O esquilo sai da toca; Campeão de esquiva; O gato está dormindo; Lenço atrás; O lobo e os pintinhos; O trem; Colméia; entre muitos outros.
2.1.1.1 A Criança e o Jogo Simbólico
	
	O jogo simbólico é a representação corporal do imaginário e, apesar de nele predominar a fantasia, a atividade de movimento exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação, ela pode modificar sua vontade, mas, quando expressa corporalmente as atividades, precisa respeitar a realidade concreta e as relações do mundo real.
Algumas características, como liberdade de regras, desenvolvimento da imaginação e da fantasia, ausência de objetivo explícito ou consciente para a criança, lógica própria com a realidade e assimilação da realidade ao “eu”, fazem parte dos jogos simbólicos. Por meio desses jogos, a criança sofre modificações e, à medida que vai progredindo em seu desenvolvimentorumo à intuição e à operação, percebe o significado dos objetos e situações, além de utilizar o símbolo para representá-los e dar asas à sua imaginação. Finalmente, numa tendência imitativa, a criança busca coerência com a realidade.
Pelo jogo simbólico, a criança exercita sua capacidade de representar simbolicamente suas habilidades motoras, já que salta, corre, gira, transporta, rola, empurra; seus sentimentos, já que conversa, abraçam e discutem diferentes pontos de vista, e seus pensamentos, com a proposição e a solução de problemas. (KISHIMOTO, 2006, p.40)
	Por isso, a Educação Física Infantil deve tratar dos conteúdos específicos propostos em jogos tradicionais, jogos de construção, jogos motores, jogos rítmicos, jogos de percepção e jogos de faz de conta, utilizando-se do símbolo para assumir significância no contexto da cultura infantil.
	
2.1.1.2 A Brincadeira
	
Quando brinca, a criança elabora hipóteses para a resolução de problemas e toma atitudes que vão além do comportamento habitual de sua idade, pois busca alternativas para transformar a realidade. Na brincadeira, seus sonhos e desejos podem ser facilmente realizados, quantas vezes desejar, criando e recriando as situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente em seu interior. Brincar estimula os reflexos perceptivos, motores, intelectuais e sociais da criança e ajudam-na a conhecer a si mesma e a explorar suas próprias emoções.
Na brincadeira, a criança age com liberdade e espontaneidade. Protagonizando as situações, torna-se a condutora da atividade. Se for brincar de escolinha, por exemplo, ela mesma distribui os papéis, encontra os materiais que vão representar o quadro, as carteiras, ou seja, a criança rompe com o paternalismo que muitas vezes é imposto pelos professores dos anos iniciais.
O brincar tem caráter de produção, por meio dele, a criança vai construindo seu corpo, seu mundo e os conceitos que a acompanharão pelo resto de sua vida. Além disso, com as atividades lúdicas, as crianças adquirem marcos e referencias significativas que permitem o conhecimento do “eu” e a descoberta do mundo dos outros e dos objetos (RODULFO, 1990, p.47).
Dentro da escola, onde o aluno passa grande parte do seu tempo, deve haver tempo e espaço para que as crianças possam se manifestar ludicamente, não somente espaço físico, mas também disponibilidade. A atividade lúdica é o berço das atividades intelectuais e sociais, por isso indispensável à prática educativa. O ato de brincar é a melhor metodologia para dar à criança condições de desenvolver suas potencialidades e caminhar, de descoberta em descoberta, criando soluções e aprendendo a viver e a conviver com as demais crianças.
		
2.1.1.3 O Brinquedo
	O brinquedo é entendido como um objeto que dá suporte à brincadeira, ele pode ser concreto ou ideológico, concebido ou simplesmente utilizado como tal, ou mesmo puramente ocasional e simbólico. É visto como um meio e não um fim por si só, apresentando duas funções de acordo com sua utilização. A primeira é a função lúdica que nada mais é do que proporcionar prazer ou até mesmo desprazer, sem uma intenção pedagógica. A segunda é a função educativa, em que o brinquedo é um meio concreto para se alcançar a apropriação e a construção do conhecimento, além de desenvolver várias habilidades, tornando-se, assim, um material pedagógico (KISHIMOTO, 2006, p.59).
	Quando utilizado na escola, o brinquedo tem de assumir as duas funções ao mesmo tempo, para que, a partir do prazer de brincar, a criança construa conhecimentos ou ainda que construa conhecimentos com prazer.
	Na escolha do brinquedo como recurso pedagógico, o professor precisa observar se este permite que a criança o explore, manipule-o, criando subsídios para a construção de sua personalidade, colocando a criança em situações que desenvolvam as relações intra e interpessoais.
Não podemos nos esquecer de que o brinquedo deve ser atraente, colorido, de diferentes dimensões e pesos, a fim de estimular o surgimento da ludicidade própria do brincar e da criança. O brinquedo pode ser um poderoso aliado no processo ensino e aprendizagem de acordo com a maneira como é utilizado.
2.1.1.4 Jogos Tradicionais
	Para iniciar a compreensão dos jogos tradicionais infantis, devemos situá-lo no contexto da cultura infantil, pois consideramos que essa modalidade de jogos guarda elementos da produção cultural de um povo em certo período histórico.
	Os jogos tradicionais infantis assumem um contexto cultural quando reproduzem elementos de uma cultura e possibilitam a criação e a conexão como um meio no qual estão inseridos, por exemplo, quando uma criança brinca de bolinha de gude, pode transformar o jogo conforme o número de participantes, a quantidade de bolinhas, o local de realização do jogo, entre outras condições.
É importante identificar a origem dos jogos tradicionais para preservar sua história, pois muitos guardam sua estrutura inicial e outros se modificam. Não podemos nos enganar acreditando que os jogos tradicionais estão prontos e acabados, com conteúdo e métodos intocáveis, que somente tiveram função criativa no local em que foram concebidos. Na verdade, em qualquer local, eles podem ser transformados.
Como manifestação livre e espontânea da cultura popular, os jogos e as brincadeiras tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar (KISHIMOTO, 2006, p.28).
	A industrialização dos brinquedos, a redução de espaços físicos com o crescimento sem planejamento dos centros urbanos, a redução do tempo para se expressar ludicamente e a influência da mídia na escolha dos brinquedos fazem com que, a cada dia, a criança tenha menos momentos para o desenvolvimento da cultura folclórica infantil.
	O folclore infantil é parte integrante da cultura folclórica; é a manifestação da riqueza natural da criança: suas potencialidades físicas, corporais, motoras, sensoriais, intelectuais, emocionais e sociais (FRIEDMANN, 1996, p.79).	
	Apesar da característica da atividade lúdica livre desses jogos, vemos sua utilização como uma alternativa metodológica, que pode ser instrumentalizada com fins educacionais, pois, por meio dos jogos tradicionais, as crianças expandem sua área de contatos, aprendem de modo acessível às vantagens e o significado das atividades em grupo e experimentam diferentes papéis sociais. A criança, além de aprender, adquire experiência social para o desenvolvimento de sua personalidade.
		
2.1.1.5 Jogos de Construção
	O ser humano é, por essência, um criador. Em primeiro lugar, um criador de si mesmo, mas também um criador de seu meio, ele faz sua casa, o seu lugar, numa constante interação e troca de forças com a natureza e essa essência se manifesta desde muito cedo, quando criança recebemos o brinquedo pronto e sentimos a necessidade de mudá-lo, desmontá-lo, recriá-lo com bases nessas necessidades.
	O jogo de construção destina-se ao manuseio de materiais para que criem, construam e transformem seu mundo imaginário. Ele tem uma estreita relação com o jogo simbólico, por constantemente utilizar o imaginário para expressar suas representações mentais a partir da manipulação. No jogo de construção, a criança organiza sua realidade e constrói sua própria história, expressando, assim, os níveis de sua estruturação mental, seu desenvolvimento cognitivo e afetivo emocional.
	Ao desenvolver os jogos de construção, é importante dar à criança liberdade para criar, mesmo quando o brinquedo a ser construído seja predeterminado pelo professor, a fim de que ela expresse sua identidade no brinquedo. Quando estimulamos a confecção do brinquedo por meio do jogo de construção, a criança pode refletir sobre as melhores adaptações para esse material no ato de brincar.
Nos jogos de construção, a criança desenvolve habilidades para medir, imaginar e planejar suas ações, bem como compreender tarefas colocadas pelos adultos. A criança pode utilizar diferentes materiais associados para a construção de uma casa, um carroou um avião.
O principal em um brinquedo não é sua procedência, seu grau de sofisticação e a beleza de sua aparência, mas seu poder de envolver a criança em uma atividade lúdica e criativa. Os jogos construídos são geralmente confeccionados com sucatas. Sucata não é lixo ou coisa que foi jogada fora, mas, sim, um objeto que já teve determinado uso e que agora passa a ser matéria prima, para ser transformada, adquirindo um novo significado, tais como tampas de garrafa; caixas de fósforo; garrafas descartáveis; cordas; latas vazias; caixas; jornal; etc. É necessário atentar para a segurança dos alunos ao manipularem objetos e para a adequação destes à habilidade da criança (RODULFO, 1990, p.115).
Quando a criança cria e improvisa o seu brinquedo, como a boneca e os animais que podem ser modelados, ela transforma matéria real em objetos dotados de vida. Os jogos de construção caracterizam uma adequação progressiva dos símbolos à realidade simbolizada, é a busca cada vez mais intensa e curiosa da criança pela semelhança entre o significante e o significado.
2.1.1.6 Jogos Motores 
	As atividades motoras têm grande importância na educação, pois contribuem para o desenvolvimento global das crianças.
Os jogos motores têm por finalidade proporcionar à criança o prazer de realizar determinado movimento, como, por exemplo, chutar uma bola, jogá-la e recuperá-la. Para a criança, o movimento transforma-se em uma atividade lúdica devido à necessidade de conhecer o mundo com o auxílio do corpo (SILVA, 2005, p.63).
Nos jogos motores, os alunos utilizam recursos biológicos, psicológicos e afetivos para construir esquemas motores que organizam os movimentos construídos. Cada um desses movimentos, arrastarem, puxar, lançar, agarrar, despejar dá a base para a criação dos esquemas motores. Não se trata de valorizar um padrão motor, mas de organizar esquemas que podem auxiliar as crianças a realizarem as mais diferentes atividades.
2.1.1.7 Jogos Rítmicos
	As brincadeiras rítmicas de correr, pular, cantar, dançar e rodar são essenciais na primeira infância e devem ser exploradas de diferentes formas, em diferentes situações e com os mais diversificados materiais, de forma dinâmica, alegre e criativa, para que haja novas aprendizagens.
	Os jogos rítmicos são atividades de grande valor educativo e um dos meios de a criança manifestar seus sentimentos de forma expressiva e criativa numa inter relação entre o corpo, o espaço e o tempo. Por meio dos jogos e brincadeiras rítmicas, a criança tem oportunidade de se expressar livremente, sonhar, cantar, o que é importante para o seu desenvolvimento intelectual, social, espiritual e emocional (MATTOS, 2004, p.43).
	As atividades rítmicas como elementos educativos na Educação Infantil procuram auxiliar o aluno a assumir uma relação concreta de sujeito ativo no mundo por meio de atividades que estimulam a ação e a decisão. Constitui-se em conteúdo importante de Educação Física, contribuindo para o estímulo da livre expressão, para o desenvolvimento rítmico, para o fortalecimento do contato social, além de proporcionar momentos de alegria e prazer.
	Quando pensamos em Educação Infantil, as atividades rítmicas que imediatamente vêm à nossa memória são os brinquedos cantados e as cantigas de roda, pois sempre encantaram o povo e embalaram as crianças. Há alguns anos, pesquisadores da área de Educação e da Educação Física reconhecem a importância dessas atividades como veículos de desenvolvimento social, afetivo, motor e cognitivo.
2.1.1.8 Brinquedos Cantados
	Os brinquedos cantados são “atividades ligadas diretamente com o ato de cantar e ao conjunto dessas canções, a que chamamos de Cancioneiro Folclórico Infantil” (VERDERI, 1999, p.35). 
	As canções passam a se associar ao movimento, tornando essas atividades em uma forma de expressão corporal.
Os brinquedos cantados podem abranger jogos de esconde-esconde, palmas, fileiras, colunas e as cantigas de roda, que têm classificação diferenciada.
	As cantigas de roda auxiliam na construção e na manutenção de elementos da cultura infantil e da identidade das crianças. Auxiliam, ainda, no desenvolvimento da coordenação motora, da lateralidade, do esquema corporal, da orientação espacial e temporal, do ritmo, da autoconfiança, do autoconceito, da afetividade e das capacidades cognitivas.
	Podemos facilmente encontrá-las nas brincadeiras populares que envolvem música e ritmo, como ciranda cirandinha, entre outras.
2.1.1.9 Jogos de Percepção
	Por meio dos jogos de percepção, trabalhamos a capacidade de interpretar as impressões que os sentidos nos trazem. São destinados a estimular as diferentes sensações, de forma que possam se desenvolver satisfatoriamente no decorrer da vida da criança. O programa de desenvolvimento da percepção leva em consideração atenção, discriminação, memória visual e auditiva, percepção de forma, de cor, de tamanho e de luminosidade e percepções tátil, olfativa e gustativa (KISHOMOTO, 2006, p.43).
	A percepção auditiva pode ser tratada pela identificação de sons ambientes e instrumentos (fortes, fracos, graves, agudos) repetição de falas (sequência sonora) e identificação de figuras de acordo com a palavra ou a frase ouvida.
A atenção visual é fundamental para todo trabalho de percepção e pode ser trabalhada ao se traçarem círculos e retas, seguir labirintos, chutar em um alvo, saltar obstáculos, seguir movimentos e dramatizar figuras.
	Ao reconhecer diferentes objetos pelo olfato (tendo os olhos vendados) e classificar odores em agradáveis e desagradáveis, trabalham-se as percepções gustativa e olfativa. Ao identificar colegas (tateando-lhes a face), nomear objetos identificados pelo tato (fora do alcance da visão), perceber diferentes materiais pela planta do pé e perceber pelo tato objetos de diferentes texturas, pesos, temperaturas, volumes e formas, a criança trabalha a percepção tátil.
2.1.1. 10 Jogos de Faz de Conta
	Os jogos de faz de conta são as representações de papéis sociodramáticos, eles surgem a partir do aparecimento da representação e da linguagem, quando a criança começa a alterar o significado de acontecimentos reais e expressar suas fantasias com base no contexto em que vive. O faz de conta permite não só a entrada no imaginário, mas a expressão de regras que são criadas e se materializam no mundo da imaginação.
A pedagoga Liublinskaia (1973, p.124) afirma que ao brincar de faz de conta a criança: reflete a realidade e a transforma ativamente, inventando, atribuindo significados diferentes daqueles que os objetos possuem de fato, modificando o espaço físico e construindo ambientes para servir aos seus propósitos; combina realidade e fantasia, introduzindo na brincadeira aquilo que ela quer que seja verdade, utilizando objetos inanimados como se fossem animados, desempenhando papéis de personagens ou animais, nesse caso, assumindo suas características com o próprio corpo; adquire e desenvolve conhecimentos e habilidades; lida com contradições intrínsecas à própria brincadeira e as resolve, considerando as necessidades e possibilidades de acordo com as regras que estão implícitas a esta; mesmo quando brinca sozinha, age e interage, física e verbalmente; desenvolve o pensamento, a imaginação e a criatividade por meio da análise, confronto e síntese no que ocorre às situações envolvidas no estabelecimento e negociação das regras e na coordenação das experiências anteriores; enriquece sua capacidade simbólica (LIUBLINSKAIA, 1973, p. 124).
	As ações desenvolvidas pelas crianças nessas brincadeiras geralmente provêm do mundo social, incluindo a família e os amigos. No currículo escolar, é importante que o professor procure centralizar os pensamentos das crianças em uma temática, para que ela imagine, crie e não fique apenas divagando nos diferentes assuntos, por exemplo, se o tema é papel de pais e filhos, a criança poderia imaginar que em sua casa o papel de seu pai, muitas vezes, é dirigir e que ele tem um carro, que o carro é rápido, mas na TV tem carro mais rápido ainda, e que na TV há desenhos.Cabe ao professor auxiliar a criança a relacionar as informações com os papéis familiares e a perceber a importância, para uma família, da utilização de meios de transporte, assim como a relação de convivência que deve haver dentro da família. E não apenas deixá-la trocar de assunto a todo o momento (KISHIMOTO, 2006, p.44).
	Esses jogos constituem atividades nas quais a criança, sozinha, em grupo ou com o auxílio do professor, procura, por meio da representação de diferentes papéis, compreenderem o mundo à sua volta.
	Os jogos não são unicamente tradicionais, de construção, motores, rítmicos, perceptivos ou de faz de conta, mas vemos uma predominância desses aspectos em determinados momentos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para finalizar esta pesquisa ressaltamos que conforme os documentos vigentes em nosso país, a prática da Educação Infantil deve se organizar de modo que as crianças desenvolvam uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepções de suas limitações.
Os princípios destacados nesta pesquisa são complementares e interdependentes, no entanto, vale reafirmar a importância que os jogos assumem na organização e na proposição das situações didáticas apresentadas nos livros didáticos encontrados no setor educacional.
As situações propostas devem favorecer a aprendizagem pelo seu caráter dinâmico, lúdico e problematizador, porém, isso dependerá também do professor, que precisa dialogar e planejar tais situações, compartilhar com as crianças ações e conhecimentos, aproximando-as cada vez mais dos conteúdos propostos.
O grande desafio desta pesquisa é tornar a prática movida pelas interações, pelo ato de ressignificar, reconstruir, para que a criança realmente seja considerada como um interlocutor real e sujeito de cultura.
Este trabalho permitiu uma análise criteriosa sobre a importância das atividades lúdicas a serem aplicadas com crianças a partir da fase pré-escolar, de forma a contribuir para o desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e motor das mesmas.
O educador deve estar profissionalmente capacitado para saber interpretar e estimular a criatividade da criança, como também ser um educador especialista na modalidade em educação infantil, conforme frisa a LDB, de nº 9394/96, no Art. 62.
Desse modo, isso deixa bastante obvio, que todos os educadores que atuam com educação infantil e não possuem curso superior deverão cursar nos próximos anos.
Salientamos a contribuição dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento infantil, visto que o brincar é uma atividade própria da infância onde a criança se desenvolve individualmente ou em grupo, auxiliando dessa forma com a socialização da criança através das relações com o meio da qual interage.
O jogo constitui a atividade fundamental do desenvolvimento da criança, por satisfazer a necessidade de movimento que essa tem em grande potencial. A criança participa do jogo por entretenimento e também porque o jogo representa para ela uma forma de esforço e conquista.
O jogo quando trabalhado na Educação Infantil, oferece tanto ao educador como a criança inúmeras possibilidades educacionais contribuindo para o desenvolvimento corporal estimulando a inteligência e enriquecendo a vida psíquica da criança, possibilitando ao educador avaliar e refletir sobre sua prática pedagógica.
Constatamos e reafirmamos a importância das atividades lúdicas, os jogos e as brincadeiras, a serem constantemente trabalhadas com crianças na Educação Infantil, de forma motivadora e sedutora para que possa desenvolver na criança, a criatividade, o simbolismo, o raciocínio lógico e o seu desenvolvimento biopsicossocial e cultural.
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