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Professora: Fabrícia Nunes de Jesus Guedes Cursos: Engenharias Minas/Ambiental Disciplina: Físico-química 1 João Monlevade, 2020 1 22 33 CINÉTICA QUÍMICA: TEORIA DAS COLISÕES, FATORES DETERMINANTES DA VELOCIDADE DE REAÇÃO, ENERGIA DE ATIVAÇÃO, CATALISADORES, EXPRESSÃO DA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO. Professora: Fabrícia Nunes de Jesus Guedes Cursos: Engenharias Minas/Ambiental Disciplina: Físico-química 1 João Monlevade, 2020 4 SUMÁRIO 1- Introdução – Cinética Química 2- Condições para que uma reação ocorra. Teoria das colisões. Energia de ativação 3- Fatores determinantes da velocidade de reação 4- Catalisadores: tipos de catálises 5- Expressão da velocidade de uma reação 6- Referências bibliográficas 5 6 Produtos formados Fatores que influenciam as reações Velocidade das reações (lentas, rápidas, moderadas) Reagentes consumidos Etapas em que se processam as reações (mecanismos) CINÉTICA QUÍMICA Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 1- INTRODUÇÃO 7 CINÉTICA QUÍMICA Área da Química que estuda a velocidade das reações, bem como os fatores que a influenciam, isto é, a variação da concentração de um reagente ou de um produto com o tempo (Mol L-1s-1) CINÉTICA 1- INTRODUÇÃO Sugere movimento/mudança Estabelecimento da estequiometria da reação; Identificação de reações secundárias; Concentrações dos reagentes e produtos em tempos diferentes após o início da reação. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 8 6 NaN3(l) + Fe2O3(s) 3 Na2O(s) + 2 Fe(s) + 9 N2(g) faísca REAÇÃO RÁPIDA REAÇÃO MODERADA Decomposição dos Alimentos. REAÇÃO LENTA Formação do Petróleo. Airbag e a reação de decomposição Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 http://www.faep.com.br/comissoes/frutas/cartilhas/frutas/imagens/banpodrid.jpg http://www.faep.com.br/comissoes/frutas/cartilhas/hortalicas/imagens/alfpodridao.jpg Os reagentes devem estar em contato. Existência de afinidade química entre os reagentes. 9 2- CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA UMA REAÇÃO 2.1- TEORIA DA COLISÃO As moléculas dos reagentes devem colidir entre si. A colisão deve ocorrer com geometria favorável. Modelo que explica a variação da rapidez das reações, considerando que as moléculas, para reagirem, precisam colidir umas com as outras. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Nem todas as colisões resultam na formação de produtos. Quebra de ligações 10 Ocorrência da reação depende: Energia cinética mínima Orientação das colisões Colisão Desfavorável Colisão Desfavorável Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 11 Orientação favorável Orientação não favorável Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 12Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 A teoria das colisões prevê que a velocidade da reação depende: a) Da frequência dos choques entre as moléculas - um maior número de choques por segundo implicará um maior número de moléculas reagindo e, portanto, maior velocidade da reação. b) Da energia (violência) desses choques - uma trombada violenta (chamada de colisão eficaz ou efetiva) terá mais chance de provocar a reação entre as moléculas. c) De uma orientação apropriada das moléculas no instante do choque - uma trombada de frente (colisão frontal) será mais eficaz que uma trombada de raspão, esse fator depende também do tamanho e do formato das moléculas reagentes. 13 Colisão efetiva Necessário que os reagentes adquiram uma energia mínima denominada ENERGIA DE ATIVAÇÃO Energia de Ativação (Ea) Quantidade mínima de energia necessária para que a colisão entre as partículas dos reagentes, numa orientação favorável, seja efetiva. Complexo Ativado Estado intermediário formado entre reagentes e produtos, em cuja estrutura existem ligações enfraquecidas e formação de novas ligações. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 14Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Um empurrão inicial é necessário para levar os reagentes a um estado ativado, em que se forma o complexo ativado. Pela teoria do complexo ativado (na realidade, um aprimoramento da teoria das colisões), admiti-se que, no instante do choque, ocorre um progressivo enfraquecimento das ligações entre as moléculas iniciais e um fortalecimento das ligações entre as moléculas finais. TEORIA DO COMPLEXO ATIVADO 15Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 TEORIA DO COMPLEXO ATIVADO Esta teoria enfoca atenção sobre aquelas espécies chamadas complexos ativados ou complexos de transição as quais são tratadas como moléculas embora sejam de existência transitória. O postulado principal desta teoria indica que para a obtenção dos produtos de uma reação, os reagentes devem ser primeiro transformados nos complexos ativados para logo estes serem decompostos nos produtos numa interação de equilíbrio. 16 O2 N2 O-------N O N 2 NO Reagentes Complexo Ativado Produtos I2 + H2 HI + HI I2 H2 Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 17Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 “Além das colisões terem de ocorrer entre as moléculas com orientação favorável, é preciso que também tenha uma energia mínima, chamada de energia de ativação.” Energía de ativação Caminho da reação Complexo ativado Reagentes H<0 Energía de ativação Caminho da reação Complexo ativado Reagentes H>0 Reação exotérmica Reação endotérmica Produtos Produtos Energia Energia ENERGIA DE ATIVAÇÃO Reação exotérmica ΔH= HP - HR ΔH= HP < HR ΔH < 0 Reação endotérmica ΔH= HP - HR ΔH= HP > HR ΔH > 0 < Energia de ativação > Energia de ativação 2.2- MECANISMO DE REAÇÃO ● A equação global de uma reação é uma sequência de etapas elementares que conduzem à formação do produto. 18 EXEMPLO: Reação entre o nitrogênio e o oxigênio 2 NO (g) + O2(g) 2NO2(g) Esta reação se processa por uma sequência de 2 ETAPAS ELEMENTARES 2 NO (g) N2O2(g) N2O2(g) + O2(g) 2NO2(g) 2 NO (g) + O2(g) 2NO2(g) Espécies como N2O2 são ditas Intermediárias da Reação Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 3- FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO SUPERFÍCIE DE CONTATO TEMPERATURA PRESENÇA DE CATALISADOR NATUREZA DOS REAGENTES FATORES 19 CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES PRESSÃO Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 20 Quanto maior a superfície de contato: Mais rapidamente a reação se processa. EXEMPLO: a limalha de ferro reage mais rapidamente que uma barra de ferro. Um aumento de temperatura provoca aumento da velocidade de reação. (Maior Energia cinética, mais colisões) O catalisador aumenta a velocidade de uma reação sem ser consumido na mesma, pois diminui a energia de ativação. EXEMPLO: formação da água com presença de platina. SUPERFÍCIE DE CONTATO TEMPERATURA PRESENÇA DE CATALISADOR Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 21 A velocidade da reação depende do reagente utilizado. Reações entre íons são mais rápidas do que as entre moléculas por não haver quebra de ligações. Quanto maior a concentração de partículas dos reagentes, maior será o número de colisões efetivas e consequentemente maior a velocidade da reação. Quanto maior a pressão, menor será o volume disponível para as moléculas se movimentarem, maior o número de colisões efetivas e consequentemente, mais rápida a reação. NATUREZA DOS REAGENTES CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES PRESSÃO Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 22Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Monitorando a variação da pressão Espectrofotometria Medida da condutividade Medidas de pH Outras técnicas conjugadas. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS Determine como varia a pressão do sistema reacional na decomposição em fase gasosa do pentóxido de dinitrogênio, em volume constante. 2N2O5(g) 4NO2(g) +O2(g) R es p .: 5 /2 P 4- CATALISADORES: TIPOS DE CATÁLISES 23 CATÁLISE HOMOGÊNEA: O catalisador encontra-se na mesma fase que os reagentes e produtos. Sem catalisador Com catalisador Caminho da reação E n e rg ia O peróxido de hidrogênio decompõe-se muito devagar: 2H2O2(aq) 2H2O(l) + O2(g) Na presença do íon de bromo, a decomposiçãoocorre rapidamente: 2Br-(aq) + H2O2(aq) + 2H +(aq) Br2(aq) + 2H2O(l). Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 4- CATALISADORES: TIPOS DE CATÁLISES 24 CATÁLISE HETEROGÊNEA: O catalisador encontra-se em fase distinta dos reagentes. Exemplo típico: catalisador sólido, reagentes e produtos gasosos (conversores catalíticos em carros). A maioria dos catalisadores industriais são heterogêneos. As moléculas são adsorvidas nos sítios ativos na superfície do catalisador. Exemplo: hidrogenação do etileno: C2H4(g) + H2(g) C2H6(g), H = -136 kJ/mol. A reação é lenta na ausência de um catalisador. Na presença de um catalisador metálico (Ni, Pt ou Pd) a reação ocorre rapidamente à temperatura ambiente. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 5- EXPRESSÃO DA VELOCIDADE DA REAÇÃO 25 PRODUTOS FORMADOS REAGENTES CONSUMIDOS Toda reação é representada por uma equação geral. O progresso de uma reação é medido considerando-se tanto a diminuição dos reagentes quanto o aumento dos produtos. Tempo C o n c e n tr a ç ã o A B A B REAGENTES PRODUTOS • Existem duas maneiras de medir a velocidade da reação A B: – a velocidade na qual o produto é formado (por exemplo, a variação na quantidade de matéria de B por unidade de tempo); – a velocidade na qual os reagentes são consumidos (por exemplo, a variação na quantidade de matéria de A por unidade de tempo). Equação de velocidade da reação: correlaciona concentração e velocidade Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 5.1- VELOCIDADE MÉDIA DA REAÇÃO 26 É a razão entre a quantidade consumida ou produzida da substância e o intervalo de tempo (∆t) em que isso ocorreu. Observação: a concentração de A diminui com o tempo, é uma quantidade negativa. Sendo a velocidade de uma reação uma quantidade positiva, deve-se introduzir um sinal negativo na equação da velocidade para tornar a velocidade positiva. • Para reações mais complexas 2A B Para cada mol de B formado são consumidos 2 mols de A, ou seja, a velocidade com que A é consumido é duas vezes a velocidade de formação de B. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 0 10 20 30 40 50 60 70 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 [N 2 O 5 ] (m o l L -1 ) Tempo (min) A B 27 Logo, a ordem de reação é x + y Para a reação geral: a A + b B c C + d D Lei de Velocidade: Velocidade = K [A]x [B]y A soma das potências de todas as concentrações dos reagentes que aparecem na Lei de Velocidade é dita ORDEM DE REAÇÃO GLOBAL. 5.2- LEIS DA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 5.2- LEIS DA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO 28 O efeito da concentração do reagente sobre a velocidade de uma reação pode ser estudado determinando-se como a velocidade inicial depende das concentrações iniciais. Exemplo: Abaixo tem-se três medidas da velocidade da reação: F2(g) + 2ClO2 (g) 2FClO2(g) Velocidade da Reação entre F2 e ClO2 [F2] (M) [ClO2](M) Veloc. Inicial (M/s) 0,10 0,010 1,2 x 10-3 0,10 0,040 4,8 x 10-3 0,20 0,010 2,4 x 10-3 1-3: Duplicando [F2] e mantendo [ClO2] constante, a velocidade duplica V proporcional [F2] 1-2 :Quadruplicando [ClO2] e mantendo [F2] constante, a velocidade quadruplica V proporcional [ClO2] Velocidade = K[F2] [ClO2] 1 3 2 A constante de velocidade pode ser calculada com base na concentração dos reagentes e da velocidade inicial. Velocidade = K [F2] [ClO2] K = Velocidade / [F2] [ClO2] Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 29 A ordem em relação a um reagente não está necessariamente relacionada com o coeficiente estequiométrico do reagente na equação global balanceada. Reflete a soma dos expoentes aos quais estão elevadas as concentrações na equação da velocidade. 5.2.1- ORDEM DE REAÇÃO Reação de Ordem Zero Reações de ordem zero são raras; A equação cinética assume a forma: A rapidez de uma reação de ordem zero é constante e independente das concentrações dos reagentes. Reações onde a variação da concentração do reagente não produz nenhum efeito. Reação de Primeira Ordem É aquela cuja rapidez depende da concentração de reagente elevada à potência unitária. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 30 5.2.1- ORDEM DE REAÇÃO Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 • Uma representação gráfica de lnCt versus t é uma linha reta com inclinação -k e intercepta em lnC0. • No caso acima utilizamos o logaritmo natural, ln, que é o log na base e. • A equação pode ser usada para verificar se uma reação é de primeira ordem e para determinar sua constante de velocidade. • Um gráfico lnCt versus tempo fornece um reta com inclinação de –K e intercessão de Y de lnC0. 31 5.2.1- ORDEM DE REAÇÃO Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Reações de Primeira Ordem Exemplo: Acompanhou-se a variação do azometano com o tempo, a 600 K, na sua respectiva decomposição. Os resultados obtidos são apresentados na tabela abaixo. Confirme que a decomposição é de primeira ordem no azometano e determine a constante de velocidade da reação a 600 K. CH3N2CH3(g) → CH3CH3(g) + N2(g) Resp.: k = 3,6 x 10-4 s-1 32 5.2.1- ORDEM DE REAÇÃO Reação de Segunda Ordem É a reação cuja rapidez depende da concentração do reagente elevada ao quadrado ou de concentrações de dois reagentes diferentes, cada um deles elevado à unidade. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 • Para uma reação de segunda ordem com apenas um reagente • Um gráfico de 1/Ct versus t é uma linha reta com inclinação igual a k e intercessão de y igual a 1/C0 • Para uma reação de segunda ordem, um gráfico de lnCt versus t não é linear. 33 5.2.2- TEMPO DE MEIA VIDA A meia-vida de uma reação é o tempo necessário para que a concentração de um reagente caia para a metade de seu valor inicial. A meia-vida é uma maneira conveniente de descrever com que rapidez uma reação ocorre, especialmente se ela é de primeira ordem. Uma reação rápida tem uma meia- vida curta. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 k t kt kt A A kt A A ktAA AA t t 693,0 5,0ln ][ ][2/1 ln ][ ][ ln ]ln[]ln[ ordem, primeira de e velocidadde lei uma Para ][ 2 1 ][ 2/1 2/1 2/1 0 0 0 0 02/1 Exemplo: Qual o tempo de meia-vida de uma reação de primeira ordem cuja constante de velocidade é k = 4,25 x 10-3 min- 1? Resp.: t1/2 = 163,1 min 34 5.2.2- Tipos de reação Reação Elementar Reação não-elementar Quando, aa reação se desenvolve em duas ou mais etapas distintas velocidade da reação depende apenas da velocidade da etapa lenta. A etapa lenta é a etapa determinante da velocidade da reação. Quando a reação química se desenvolve em uma única etapa. Numa reação elementar, os expoentes a que devem ser elevadas as concentrações dos reagentes na expressão da velocidade são os próprios coeficientes dos reagentes na equação balanceada. aA + bB => cC + dD V = k [A]a [B]b 2 H2 + 2 NO => 1 N2 + 2 H2O Etapa I 1 H2 + 2 NO => 1 N2O + 1 H2O (lenta) Etapa II 1 H2 + 1 N2O => 1 N2 + 1 H2O (rápida) Reação Global 2 H2 + 2 NO => 1 N2 + 2 H2O V = k [H2] [NO] 2 Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 35 LEIS DE VELOCIDADE PARA ETAPAS ELEMENTARES • A lei de velocidade para uma etapa elementar é determinada por sua molecularidade: – Os processos unimoleculares são de primeira ordem, – os processos bimoleculares são de segunda ordem e – os processos termoleculares são de terceira ordem. LEIS DE VELOCIDADE PARA MECANISMOS DE VÁRIAS ETAPAS • Etapa determinante da velocidade: é a mais lenta das etapas elementares. Fonte: BROWN, 2005 Etapas elementares e suas leis de velocidade Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Exemplo de reação não-elementar 36 2 H2 + 2 NO => 1 N2 + 2 H2O E n e rg ia d e a ti v a ç ã o Caminho da reação 1 H2 + 2 NO => 1 N2O + 1 H2O 1 H2 + 1 N2O => 1 N2 + 1 H2O Etapa I Etapa II Maior Ea Menor Ea Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Reação ocorre em 2 etapas A DETERMINAÇÃO DA LEI DA VELOCIDADE 37Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Método do Isolamento: a concentraçãode todos os reagentes, exceto a de um deles, estão em excesso. Verificando a influencia de A na lei de velocidade: 2 A + 3 B + C → Produtos Experimento [A] (mol L-1) Velocidade (mol L-1min-1) I 1,0 0,20 II 2,0 0,40 III 4,0 0,80 I → III: quadruplicando a [A] → quadruplica a velocidade. II → III: duplicando a [A] → duplica a velocidade. v α [A]1 A DETERMINAÇÃO DA LEI DA VELOCIDADE 38Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Experimento [B] (mol L-1) Velocidade (mol L-1min-1) I 1,0 0,02 II 2,0 0,08 III 4,0 0,32 Verificando a influencia de B na lei de velocidade: I → III: quadruplicando a [B] → a velocidade fica 16 vezes maior (42). II → III: duplicando a [A] → a velocidade fica 4 vezes maior . v α [B]2 Experimento [C] (mol L-1) Velocidade (mol L-1min-1) I 1,0 0,20 II 2,0 0,20 III 4,0 0,20 Independentemente da concentração de C, a velocidade permanece constante. v = k[A] [B]2 Verificando a influencia de C na lei de velocidade: 5.2.3 Exercício de aplicação 39 Efetuou-se num laboratório diversas experiências para a reação: 2H2(g) + 2NO(g) → N2(g) + 2H2O(g). Com os resultados obtidos, foi elaborada a seguinte tabela: a) Escreva a lei de velocidade para essa reação. Experimento [H2], mol/L [NO], mol/L Velocidade, mol L -1s-1 1 0,10 0,10 0,10 2 0,20 0,10 0,20 3 0,10 0,20 0,40 1-2 Reação de primeira ordem, logo: V= k[H2] 1-3 Reação de segunda ordem, logo: V= k[NO] 2 Logo, a equação da velocidade desta reação é: V= k[H2] [NO] 2 Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 A VELOCIDADE E A ESTEQUIOMETRIA DAS REAÇÕES 40Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 São necessários 10 mol/L de N2 e 30 mol/L de H2 para produzir os citados 20 mol/L de NH3. Sendo assim, naqueles 5 minutos iniciais da reação, teríamos as seguintes velocidades médias: A VELOCIDADE E A ESTEQUIOMETRIA DAS REAÇÕES 41Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 Para obtermos um resultado único que expresse a velocidade média da reação, convencionou-se dividir cada um desses valores pelo coeficiente estequiométrico da substância na equação química considerada. Com esse artifício, consegue-se expressar a velocidade da reação por um único valor. Alguns exercícios resolvidos 42Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 1 Alguns exercícios resolvidos 43Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 2 Alguns exercícios resolvidos 44Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 3 Alguns exercícios resolvidos 45Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 4 Alguns exercícios resolvidos 46Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 5 5.2.4- Estudo dirigido 47 1) Defina o significado do termo velocidade de reação. 4) Dê um exemplo de catálise homogênea, apresentado as reações envolvidas e a lei de velocidade. 2) Apresente pelo menos três fatores e justifique o porquê afetam a velocidade de uma reação química. 5) Uma hipotética reação A + B → C obedece à seguinte lei de reação: velocidade = k[A]2. [B]. a) Se [A] é dobrada, como variará a velocidade? b) A constante de velocidade variará? Justifique. c) Quais são as ordens de reação para A e B? d) Qual a ordem total da reação? 3) Discorra sobre a teoria da colisão, energia de ativação e complexo ativado, ilustrando por meio de uma reação química. 6) O íon iodeto reage com o íon hipoclorito da seguinte forma: OCl- + I- → Ol- + Cl- .Esta reação rápida fornece os seguintes dados de velocidade: a) Escreva a lei de velocidade para essa reação. b) Calcule a constante de velocidade. c) Calcule a velocidade quanto [OCl-] = 1,0 x 10-3 mol/L e [I-] = 5,0 x 10-1 mol/L [OCl-], mol/L [I-], mol/L Velocidade, mol L-1s-1 1,5 x 10-3 1,5 x 10-3 1,36 x 10-4 3,0 x 10-3 1,5 x 10-3 2,72 x 10-4 1,5 x 10-3 3,0 x 10-3 2,72 x 10-4 Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 5.2.4- Estudo dirigido 48 7) A velocidade de variação da concentração em quantidade de matéria dos radicais CH3 na reação abaixo é dada por d[CH3]/dt = -1,20 mol L -1s-1. Qual é (a) a velocidade da reação e (b) a velocidade de formação de CH3CH3? 2 CH3 (g) → CH3CH3 (g) Resp.: (a) 0,60 mol L -1s-1 (b) 0,60 mol L-1s-1 8) Uma reação de primeira ordem atinge 50% de extensão em 40 minutos. a)Calcular o valor da constante cinética b) Calcular o tempo necessário para atingir 85% de extensão. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1 9) A reação de decomposição do NO2 apresenta os dados da tabela seguinte. Mostre que a reação é de segunda ordem e calcule a constante de velocidade. Resp.: k = 5,08 L mol-1 s-1 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49 Básicas: • ATKINS, P. W.; PAULA, J. de, Físico-Química, 8. ed.,Vol. 2, Rio de Janeiro, LTC, 2008. • BROWN, LEMAY, BURSTEN, Química: a ciência central. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. • CASTELLAN, G. W. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. Editora S.A., 2007. • RUSSELL, J. B. Química Geral. 2 ed- São Paulo: Pearson Makron Books. V. 2. , 2006. Complementares: • MOORE W. J. Físico-Química. São Paulo: Edgar Blucher,1976. • KOTZ, J.C; TREICHEL, P.J. Química e Reações Químicas. 3a ed. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 1 ,1998,. 1 – 458 p. • KOTZ, J.C; TREICHEL, P.J. Química e Reações Químicas. 3a ed. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, v. 2, 1998, 459 – 730 p. Profª Fabrícia | FÍSICO-QUÍMICA 1
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