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Paulo Samuel Mugare 
 
 
Histologia dos órgãos vegetais 
 
 
Botânica Geral 
 
Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Tete, Novembro, 2020 
 
ii 
 
 
Paulo Samuel Mugare 
 
Histologia dos órgãos vegetais 
 
 
Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química 
 
 
Trabalho a ser entregue no 
Departamento de Ciências Naturais 
e Matemática, como critério de 
avaliação para a cadeira de Botânica 
Geral, orientado por: Msc. Osmane 
Adrimo Ussene 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Tete, Novembro, 2020 
 
iii 
 
Índice 
1. Introdução............................................................................................................................ 6 
2. Objetivos ............................................................................................................................. 6 
2.1. Objetivo geral .................................................................................................................. 6 
2.2. Objetivos específicos ....................................................................................................... 6 
3. HISTOLOGIA DOS ÓRGÃO VEGETAIS ........................................................................ 7 
4. Embrionários ....................................................................................................................... 8 
5. Revestimento ....................................................................................................................... 8 
6. Tecidos de assimilação ........................................................................................................ 8 
7. Tecido vascular ................................................................................................................... 8 
8. Tecido de sustentação.......................................................................................................... 9 
9. Tecidos Meristemáticos....................................................................................................... 9 
9.1. Características dos meristemas ........................................................................................ 9 
9.2. Tipos de meristemas ........................................................................................................ 9 
9.2.1. Meristemas primários .............................................................................................. 10 
9.2.2. Meristemas secundários .......................................................................................... 10 
9.3. Tecidos Essencialmente Elaboradores ........................................................................... 11 
9.4. Tecidos Essencialmente Mecânicos ............................................................................... 12 
9.4.1. O colênquima .......................................................................................................... 12 
9.4.2. O esclerênquima ...................................................................................................... 12 
iv 
 
10. Sistema de revestimento ................................................................................................ 15 
10.1. Epiderme ...................................................................................................................... 15 
10.2. Estômatos ..................................................................................................................... 15 
10.3. Tricomas ...................................................................................................................... 16 
10.4. Periderme ..................................................................................................................... 17 
10.5. Parênquima .................................................................................................................. 17 
11. Sistema de sustentação .................................................................................................. 18 
11.1. Colênquima .................................................................................................................. 18 
11.2. Esclerênquima .............................................................................................................. 19 
12. Sistema de condução ..................................................................................................... 19 
12.1. Floema ......................................................................................................................... 19 
12.1.1. Elementos crivados ............................................................................................... 20 
12.1.2. Células albuminosas e companheiras .................................................................... 20 
12.1.3. Esclerênquima ....................................................................................................... 21 
12.1.4. Células parenquimáticas e idioblastos................................................................... 21 
12.2. Xilema .......................................................................................................................... 21 
12.2.1. Elementos traqueais............................................................................................... 21 
12.2.2. Esclerênquima ....................................................................................................... 22 
12.2.3. Ontogênese ............................................................................................................ 22 
13. Considerações gerais ..................................................................................................... 22 
v 
 
14. Estrutura da raiz ............................................................................................................. 23 
14.1. Estrutura Primária da Raiz de uma Monocotiledónea ................................................. 23 
14.2. Estrutura Primária da Raiz de uma Dicotiledónea ....................................................... 24 
14.3. Estrutura Secundária da Raiz de uma Gimnosperma ................................................... 24 
14.4. Estrutura Secundária da Raiz de uma Dicotiledónea ................................................... 25 
15. Estrutura do caule .......................................................................................................... 25 
15.1. Estrutura Primária do Caule de uma Dicotiledónea ..................................................... 26 
15.2. Estrutura Secundária do Caule de uma Gimnosperma ................................................ 26 
15.3. Estrutura Secundária de um Caule de uma Dicotiledônea ........................................... 26 
16. Estrutura da Folha .......................................................................................................... 27 
16.1. Estrutura de uma Folha de Gimnosperma .................................................................... 27 
16.2. Estrutura da Folha de uma Dicotiledónea .................................................................... 27 
16.3. Estrutura da Folha de uma Monocotiledônea .............................................................. 28 
17. Conclusão ...................................................................................................................... 29 
18. Bibliografia .................................................................................................................... 30 
 
6 
 
1. Introdução 
A organização básica de um vegetal se constitui de Órgãos Vegetativos (raiz, caule e folha) 
Um vegetal é um organismo capaz de desempenhar diversas funções, além da fotossíntese, 
portanto, um conjunto de tecidos que formam órgãos especializados é fundamental para o 
desenvolvimento da planta. 
Entende-se por tecido todo o conjunto de células semelhantes que quandoagrupadas 
desempenham a mesma função, e Histologia é o ramo da biologia que estuda os tecidos 
reunindo suas características, organização e funções. 
A necessidade de especialização das células em funções específicas como realizar a 
fotossíntese, proteger o organismo, sintetizar substâncias para o metabolismo celular, entre 
outras, faz com que as células precisem aperfeiçoar essas funções. O processo de 
aperfeiçoamento celular é chamado de diferenciação celular e ocorre a partir das células 
embrionárias que, por sua vez, geram células especializadas. Essas células especializadas 
podem se agrupar formando os tecidos. 
2. Objetivos 
2.1. Objetivo geral 
 Identificar tipos de tecidos dos órgãos vegetais e principais órgãos vegetais. 
2.2. Objetivos específicos 
 Classificar os órgãos vegetais; 
 Caracterizar os órgãos vegetais. 
https://www.infoescola.com/plantas/raiz/
https://www.infoescola.com/plantas/caule/
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/fotossintese
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/celula
7 
 
3. HISTOLOGIA DOS ÓRGÃO VEGETAIS 
A histologia vegetal é a ciência que estuda os tecidos dos vegetais. Compreende o estudo das 
características, organização, estrutura e funções dos tecidos vegetais. 
Tecido é o conjunto de células morfologicamente idênticas que desempenham a mesma 
função. 
As plantas podem apresentar duas formas de crescimento: o primário, que corresponde ao 
crescimento em altura e o secundário, o crescimento em espessura. Existem plantas que 
apresentam apenas o crescimento primário, como algumas monocotiledôneas. 
O crescimento das plantas está relacionado com a formação de tecidos vegetais. Para isso, é 
preciso que ocorra o processo de diferenciação celular. 
Nas plantas, as células que se diferenciam para originar tecidos são chamadas de 
meristemáticas. 
As células meristemáticas são indiferenciadas, sofrem sucessivas mitoses, acumulam-se e 
posteriormente, diferenciam-se em tecidos. 
Os tecidos vegetais são divididos em: Tecidos meristemáticos ou de formação e Tecidos 
adultos ou permanentes, com funções específicas. 
Um tecido é uma agregação de células que têm uma origem e estrutura comum, e 
desempenham funções semelhantes. Os tecidos são voltados para atender às necessidades 
físicas e fisiológicas do corpo da planta. 
Todo tecido vegetal se origina dos meristemas, por crescimento ou diferenciação, estes 
tecidos podem ser: 
 Revestimento 
 Assimilação 
 Reserva 
 Vascular 
 Sustentação 
8 
 
4. Embrionários 
Meristemas primários, localizados nas gemas apical e subapical promove o crescimento 
vertical, constitui os primeiros tecidos da planta: 
 Meristema fundamental (periblema) 
 Procâmbio (pleroma) 
 Protoderme (dermatogênio) 
Meristema secundário, se formam nas plantas adultas e promovem o crescimento em 
espessura do vegetal, os mais importantes são: 
 Cilindro cambial 
 Felogênio 
5. Revestimento 
Epiderme 
É a camada externa da planta que a reveste e a protege dos agentes do ambiente e promove as 
trocas gasosas e hídricas do vegetal. Súber , Reduz a perda de água devido a impregnação de 
suberina sobre as células do felogênio existentes no caule e na raiz. 
6. Tecidos de assimilação 
Parênquimas clorofiliano paliçadico, São responsáveis pela fotossíntese. Parênquima lacunoso 
e por onde circulam os gases. 
Te Parênquima aquífero: Armazena água. Parênquima amilífero, armazena amido. 
Parênquima aerífero, Armazena ar. 
7. Tecido vascular 
 Xilema ou lenho: Transporta seiva mineral ou bruta. 
 Floema ou líber: Transporte de seiva orgânica ou elaborada. 
9 
 
8. Tecido de sustentação 
 Colênquima: Confere flexibilidade aos caules jovens, pecíolos das folhas e ao 
pedúnculo das flores. 
 Esclerênquima: Formado por células mortas, as fibras e os esclereídeos, impregnadas 
por ligninas, conferem resistência à tração e proteção. 
9. Tecidos Meristemáticos 
Os tecidos meristemáticos ou meristemas (do grego merizein = dividir) são tecidos 
embrionários ou formativos, responsáveis pelo crescimento dos vegetais. Esses tecidos 
acarretam na formação de órgãos com funções especializadas. Dessa maneira enquanto raízes, 
caules e folhas constituem órgãos vegetativos (para o crescimento e sobrevivência do 
indivíduo, flores e frutos são órgãos reprodutivos. 
9.1. Características dos meristemas 
As células que constituem os meristemas são pouco diferenciadas. Isso significa que não 
apresentam uma especialização marcante, como ocorre na maioria dos tecidos adultos. As 
células meristemáticas são dotadas de alto poder proliferativo, isto é, reproduzem-se 
rapidamente, de maneira a promover o crescimento da planta. 
Elas são células pequenas, com parede celular fina, núcleo central volumoso e portam 
numerosos vacúolos pequenos. Eles podem ser incolores e sem função aparente denominados 
pró-plastos. 
A medida que a célula passa por um processo de diferenciação e se especializa, sua parede 
celular se torna mais espessa os vacúolos se fundem e viram um grande e volumoso vacúolo 
empurrando o núcleo para uma posição periférica, e os pró-plastos se tornam cloroplastos, 
leucoplastos ou cromoplastos. 
9.2. Tipos de meristemas 
10 
 
9.2.1. Meristemas primários 
Origina-se diretamente do embrião da planta. Localiza-se no ápice ao longo do caule, 
definindo, respetivamente as gemas apicais e laterais. Na raiz são presentes na região 
subapical. E logo depois do desenvolvimento elas também surgem da gema apical e são 
responsáveis pela formação de ramos folhas e flores. 
Os meristemas primários caracterizam-se por promover o crescimento longitudinal da planta. 
Esse crescimento é denominado crescimento primário. Assim esses tecidos são responsáveis 
pelo crescimento do caule e da profundidade da raiz. 
Além do seu papel proliferativo, produzem hormônios que são indispensáveis no crescimento 
das células. Por isso, quando se poda uma planta, isto é, quando se retira a gema apical da 
planta o crescimento longitudinal e paralisado. 
Conclui-se então que o caule cresce a partir da ponta. Imagine, uma árvore com 5 metros de 
altura e fizermos uma marca a um metro do solo, depois de dez anos e a planta tiver crescido 
mais 5 metros a marca a 1 metro do solo ainda estaria a um metro do solo. 
Em uma raiz ou um caule jovem se constituem três tipos de meristemas primários: O 
dermatogênio que quando adulta da origem a epiderme (que reveste a raiz), o periblema que 
dá origem ao córtex e o pleroma que da origem ao cilindro central (que contém vasos 
transportadores de nutrientes). 
Na raiz também existe o caliptogênio responsável pela formação da coifa ou caliptra, região 
que protege o ponto vegetativo radicular. 
9.2.2. Meristemas secundários 
São basicamente responsáveis pelo crescimento lateral da planta. 
9.2.2.1. Felogênio 
Origina-se da diferenciação das células adultas do córtex, essas células readquirem o poder 
proliferativo e passam a se multiplicar de forma lateral, jogando células para fora a para 
dentro do corpo vegetal. As células jogadas para for a representam o tecido de revestimento 
adulto denominado súber, na verdade é um tecido morto que reveste as raízes e o caule de 
11 
 
plantas arbustivas e arbóreas. Para o lado interno o felogênio produz as células vivas 
denominadas felodermes, que são tecidas vivos com a função de preenchimento. 
9.2.2.2. Câmbio 
Origina-se da diferenciação das células do cilindro central. Essas células multiplicam-se no 
sentido horizontal, diferenciando-se dos vasos lenhosos e vasos liberianos. O câmbio é o 
principal responsável pelo crescimento do vegetal em espessura. 
9.3. Tecidos Essencialmente Elaboradores 
Os tecidos essencialmente elaboradores são constituídos, por parênquimas. Estes tecidos são 
constituídos por células vivas. 
As células do parênquima clorofilino apresentam paredes finas de natureza celulósica. O seu 
citoplasma está, geralmente, concentradojunto da membrana. Para além destas características, 
este parênquima apresenta inúmeros cloroplastos. 
Distinguem-se dois tipos de parênquima clorofilino, conforme a forma e a colocação das 
células. Um, constituído por células mais ou menos alongadas, dispostas lado a lado, sem 
espaços entre elas, que pode ser observado na página superior de folhas de dicotiledóneas. 
Este parênquima designa-se parênquima clorofilino em paliçada. 
Outro, constituído por células mais ou menos esféricas, com grandes lacunas entre si, que se 
pode observar na página inferior das folhas de dicotiledóneas. Este parênquima designa-se 
parênquima clorofilino lacunoso. 
As folhas das plantas gimnospérmicas, apresentam um tipo especial de parênquima 
clorofilino, pois não se apresenta diferenciado em parênquima clorofilino lacunoso nem em 
paliçada. O parênquimdas folhas destas plantas designa-se por parênquima clorofilino 
encaixado. 
O parênquima é o representante principal do tecido fundamental e encontra-se em quase todos 
os órgãos da planta, formando um tecido contínuo, como, por exemplo, no córtex e na medula 
do caule e da raiz. 
12 
 
As células possuem, em vez de cloroplastos, leucoplastos, que elaboram produtos de reserva a 
partir dos alimentos elaborados em maior quantidade que a necessária à célula. 
Parênquima como o da batata, em que as células armazenam amido em quantidade, 
denomina-se parênquima amiláceo. 
9.4. Tecidos Essencialmente Mecânicos 
Os tecidos de suporte são constituídos por células que apresentam as paredes espessas. 
Encontra-se em várias zonas do organismo vegetal, às quais conferem grande rigidez, 
impedindo, assim, o esmagamento das células de paredes finas, quando ocorrem movimentos 
provocados pelo vento. Permitem também, a posição ereta das plantas. 
Os tecidos de suporte são de dois tipos: O Colênquima e o Esclerênquima 
9.4.1. O colênquima 
é um tecido em que as células são vivas, mesmo na maturidade. Normalmente, as suas células 
são alongadas e formam cordões nas regiões periféricas dos caules e pecíolos e rodeiam as 
nervuras das folhas das dicotiledóneas. 
As paredes celulares das suas células são desigualmente espessadas. Se as células apresentam 
espessamentos nos ângulos, o colênquima chama-se colênquima angular ou aristal. Se o 
espessamento se encontra nos ângulos, mas apresenta meatos oulacunas, estamos na presença 
de colênquima lacunar. Finalmente, se o espessamento surge nas paredes tangenciais, o 
colênquima designa-se colênquima laminar. 
9.4.2. O esclerênquima 
é um tecido constituído por células desprovidas de conteúdo celular, isto é, mortas, 
apresentando as paredes igualmente espessadas e quase sempre lenhificadas. A cavidade 
celular, ou lúmen, vai diminuindo à medida que se efetua o espessamento e lenhificação da 
parede. 
O esclerênquima é um importante elemento de resistência e suporte nas partes das plantas que 
terminaram os seus processos de alongamento. 
13 
 
As células de esclerênquima são habitualmente divididas em duas categorias: os escleródios e 
as fibras. A fibra é uma célula longa e delgada, ao passo que os escleródios variam de uma 
forma aproximadamente isodiamétrica, até uma forma consideravelmente isodiamétrica, 
sendo alguns deles muito ramificados. 
Os escleródios têm diferentes denominações, consoante a sua morfologia: Tricosclerídeos; 
Macrosclerídeos; Osteoclerídeos. Na folha da Oliveira (Olea europea) podem-se observar 
escleródios filiformes; Braquisclerídeos ou células pétreas; Astrosclerídeos; fibras corticais; e 
finalmente Fibras Perivasculares, que rodeiam os feixes vasculares do caule da planta do 
milho (Zea mays). 
As flores, frutos e semente, bem como os caules e raízes, antes de engrossarem, são revestidos 
por um tecido de proteção: a epiderme. 
A epiderme resulta das atividades da protoderme e as células que a constituem, sob o ponto de 
vista funcional e estrutural, podem apresentar grande variabilidade. 
Na epiderme da maioria dos órgãos aéreos, principalmente nas folhas, existem estomas. Os 
estomas são formações que permitem a realização fácil da troca de gases entre a planta e a 
atmosfera. Cada estoma é constituído, essencialmente, por duas células em forma de rim, 
sempre com cloroplastos, chamadas células estomáticas, que delimitam uma abertura, 
denominado ostíolo. Além das células estomáticas, o estoma possui outras células anexas, 
formando, assim o aparelho estomático. 
Nos casos típicos, a epiderme é constituída por uma única camada de células vivas. As células 
epidérmicas não apresentam meatos entre si, encontrando-se firmemente unidas, o que 
confere uma significativa proteção mecânica ao órgão da planta. Não apresentam cloroplastos. 
Nas partes aéreas, a aprende externa das células epidérmica apresenta cutina, constituindo, no 
seu conjunto, a cutícula, diminuindo assim a perda de água. 
Quando a camada pilosa da raiz deixa de apresentar atividades, suberificam-se as paredes das 
células da epiderme e mesmo das camadas subjacentes. Estas células, assim modificadas, 
protegem com mais eficácia os tecidos subjacentes. É o que podemos verificar, por exemplo, 
nas raízes velhas do lírio. O conjunto destas células suberificadas constitui a exoderme. 
14 
 
A endoderme é um tecido constituído por células vivas, que se encontra na generalidade das 
raízes a separar zonas internas. 
As células endodérmicas são prismáticas, unidas entre si, sem qualquer espaço. Estas células 
têm espessamentos nas membranas laterais denominados por pontuações de Caspary ou, em 
alternativa, espessamentos em forma de “U”. 
O súber é um tecido secundário, pois resulta das atividades de um meristema secundário 
chamado felogênio ou câmbio subero-felodérmico. Este tecido de proteção forma-se nas 
partes mais velhas do vegetal. É um tecido constituído por células mortas, reduzidas à parede 
suberificadas. O súber ou cortiça pode atingir espessura significativa, como acontece nos 
sobreiros. A suberina, que entra, em grande percentagem, na constituição da parede celular 
destas células, torna-as imperme & acute; veis aos líquidos e aos gases. Em consequência da 
formação contínua de súber, desprovido de espaços intercelulares, os estomas são substituídos 
por lentículas. As lentículas são constituídas por células suberificadas, que deixam espaços 
entre si, permitindo a passagem dos gases entre o meio e os órgãos internos. 
As plantas vasculares são constantemente percorridas por duas correntes de líquidos. Uma, da 
raiz para as folhas, constituída por uma solução aquosa de sais minerais extraída do solo. 
Outra, que circula das folhas para a raiz, constituída por uma solução de matérias orgânicas 
resultantes das sínteses ocorridas nos tecidos elaboradores, e que fornece às células as 
substâncias orgânicas de que necessitam. Estas duas correntes ocorrem num sistema de vasos 
condutores constituídos pelo tecido lenhoso e tecido liberino. 
O tecido lenhoso, também chamado xilema ou lenho, é constituído por células mortas, 
alongadas, dispostas topo a topo em séries longitudinais, formando colunas contínuas ou 
tubos, denominados vasos. A parede celular apresenta zonas mais ou menos lenhificadas, o 
que confere aos vasos o aspeto ornamentado característico. O xilema é o principal condutor de 
água e sais minerais das plantas vasculares. A circulação realiza-se da raiz para as folhas. 
O tecido liberino, também designado floema ou líber, é o tecido condutor de seiva elaborada. 
É constituído por células vivas dispostas topo a topo, ligadas entre si por perfurações ou poros 
abertos nas paredes contíguas, formando uma placa crivosa. Os tubos crivosos estão 
associados a células parenquimatosas especializadas, denominadas células companheiras. 
15 
 
10. Sistema de revestimento 
O sistema de revestimento compreende a epiderme e a periderme. A primeira reveste a 
superfície do vegetal em crescimento primário, podendo sersubstituída pela periderme nos 
órgãos que apresentam crescimento secundário. 
10.1. Epiderme 
A epiderme geralmente é uniestratificada e se origina da protoderme. Quando ocorrem 
camadas subepidérmicas, pode-se tratar de epiderme pluriestratificada ou de hipoderme, 
sendo que a primeira deriva ontogeneticamente da protoderme e a segunda tem origem 
diversa, provindo do meristema fundamental. Velame é um exemplo de epiderme múltipla, 
que ocorre em raízes aéreas de orquídeas. 
Esse sistema de revestimento é constituído por células que formam uma camada compacta, 
desprovida de espaços intercelulares, entre as quais se encontram os anexos epidérmicos, 
representados geralmente pelos estômatos e tricomas. De um modo geral, as células 
epidérmicas são vivas, aclorofiladas, altamente vacuoladas e possuem forma, tamanho e 
arranjo variáveis. 
Comumente possuem paredes celulares primárias delgadas, com campos de pontoação 
primários e plasmodesmos nas paredes anticlinais e periclinal interna, de modo a favorecer a 
passagem de água entre células adjacentes; raramente se observa lignina. Apresentam cutina, 
polímero de ácidos graxos insaturados, que é impregnada entre os espaços das fibrilas de 
celulose (processo de cutinização) e depositada sobre a parede periclinal externa (processo de 
cuticularização), na forma de uma película semipermeável à água, denominada de cutícula. 
Esta pode ser lisa ou ornamentada e desempenhar diversas funções: proteção contra perda de 
água e penetração de microrganismos e parasitas; reflexão, difusão ou concentração dos raios 
solares. Cera epicuticular pode ocorrer principalmente na superfície de folhas e frutos; 
compõe-se de longas cadeias de hidrocarbonetos, ésteres alquilas, álcoois primários livres e 
ácidos graxos. 
10.2. Estômatos 
16 
 
Estômatos são aberturas na epiderme delimitadas por células especializadas, denominadas de 
células-guarda, que por sua vez podem ser ladeadas ou não por células subsidiárias (Fig. 10). 
Estas são assim designadas quando diferem morfologicamente das demais células 
epidérmicas. O estômato e as células subsidiárias compõem o aparelho estomático. Abaixo do 
estômato localiza-se a câmara subestomática, que se conecta com os espaços do clorênquima. 
Em Dicotyledoneae, as células-guarda geralmente têm o formato reniforme, enquanto em 
Monocotyledoneae (Poaceae e Cyperaceae), a forma lembra um haltere. Raramente presentes 
nas raízes, os estômatos são encontrados nas partes aéreas do vegetal, principalmente nas 
folhas. Possuem núcleo proeminente e cloroplastos que realizam fotossíntese; a parede celular 
é desigualmente espessada, sendo mais delgada junto às células subsidiárias, o que possibilita 
movimentos de abertura e fechamento, em decorrência do turgor celular. 
Com relação à posição na epiderme, os estômatos podem-se localizar acima, abaixo ou no 
mesmo nível das células epidérmicas. Com referência à localização diferencial nas folhas, 
órgão aéreo onde são relevantes, os estômatos podem ocorrer na face abaxial e/ou adaxial da 
epiderme, levando à classificação de folha hipoestomática, epiestomática ou anfiestomática. 
Quanto ao tipo de estômato segundo as células subsidiárias em Dicotyledoneae classificam-
nos em 
 Anomocítico ou ranunculáceo (ausência de células subsidiárias), 
 Diacítico ou cariofiláceo (presença de 2 células subsidiárias perpendiculares às 
células-guarda), 
 Paracítico ou rubiáceo (presença de 2 células subsidiárias paralelas às células-guarda) 
e 
 Anisocítico ou crucífero (presença de 3 ou mais células subsidiárias, sendo uma delas 
menor que as demais). 
Com base na disposição dos estômatos nas folhas, distribuem-se ao acaso quando a nervação 
é reticulada, comum em Dicotyledoneae, e em arranjos lineares quando a nervação é paralela, 
caso de Monocotyledoneae. 
10.3. Tricomas 
17 
 
Tricomas são anexos de origem epidérmica, que podem assumir várias funções, destacando-se 
o fato de dificultarem o movimento das correntes de ar na superfície vegetal, diminuindo a 
perda de água; desempenharem papel de defesa, oferecendo barreira mecânica e química, por 
meio de repelentes olfativos e gustatórios, à ovo posição, à nutrição de larvas e insetos, e à 
predação por herbívoros; ou produzirem elementos atrativos a agentes polinizadores e 
dispersores de sementes. 
Podem ser uni ou multicelulares, classificados em diferentes tipos morfológicos, por 
ex: tectores ou de cobertura, glandulares ou secretores, papilas e escamas. 
10.4. Periderme 
A periderme constitui um sistema de revestimento que substitui a epiderme em raízes e caules 
com crescimento em espessura, decorrente da atividade cambial. 
Adicionalmente, pode-se formar em superfícies após abscisão ou injúria tecidual. 
A periderme compreende o meristema lateral denominado felogênio e os tecidos que este 
gera: externamente, súber, e internamente, feloderme. 
Sucessivas peridermes podem ser formadas em regiões cada vez mais profundas, o que 
ocasiona isolamento dos tecidos mais externos. Ao conjunto desses tecidos mortos, como 
floema externo, córtex e peridermes periféricas, denomina-se ritidoma. Poliderme é um tipo 
especial de periderme, constituída de camadas alternadas de células suberizadas e não 
suberizadas. 
Quando da formação da periderme e consequente descarte da epiderme e seus anexos, a 
aeração dos tecidos internos é mantida pela lenticela, localizada geralmente em posição 
correspondente aos estômatos e constituída pelo tecido complementar, composto por células 
frouxamente arranjadas, que permitem a difusão de gases. 
10.5. Parênquima 
As células parenquimáticas ocorrem em todos os órgãos vegetais e geralmente possuem 
paredes primárias relativamente delgadas, comunicando-se com células adjacentes através dos 
campos de pontuação primários e plasmodesmos. Ocasionalmente desenvolvem paredes 
18 
 
secundárias lignificadas e são capazes de se desdiferenciar, retomando a atividade 
meristemática. São altamente vacuoladas e podem conter cloroplastos, amiloplastos, 
substâncias fenólicas e cristais, entre outros. 
Apresentam diferentes formas e tamanhos, determinando espaços intercelulares denominados 
de meatos, lacunas ou câmaras, e constituindo diferentes tipos de parênquima. 
O clorênquima ou parênquima clorofiliano contém cloroplastos e está associado à 
fotossíntese, sendo encontrado em órgãos verdes. Pode-se subdividir em paliçádico, lacunoso 
ou esponjoso, braciforme, plicado e regular. 
No parênquima de preenchimento ou fundamental, as células são aproximadamente 
isodiamétricas, formando meatos e localizam-se, por ex., no córtex, na medula e na nervura 
mediana. 
O parênquima de reserva ou armazenador acumula geralmente água (parênquima aquífero), 
amido (em amiloplastos), proteínas (em proteinoplastos) e lipídios (em elaioplastos). 
O aerênquima é formado pela disposição característica das células, que permite a 
interconexão de grandes espaços ao redor delas. É representado frequentemente pelo 
parênquima braciforme e ocorre em plantas aquáticas, onde facilita a difusão gasosa e a 
flutuação. 
11. Sistema de sustentação 
O sistema de sustentação compreende o colênquima e o esclerênquima, onde o primeiro 
apresenta grande plasticidade (capacidade de alongar-se, acompanhando o crescimento 
vegetal) e o segundo caracteriza-se pela elasticidade (capacidade de deformar-se por tensão, 
retornando à forma inicial). 
11.1. Colênquima 
O colênquima compõe-se de células com protoplasto vivo e parede primária muito espessada, 
cuja composição revela grande proporção de substâncias pécticas e água, além de celulose. 
Pode conter cloroplastos e realizar fotossíntese, ocorrendo usualmente na periferia de órgãos 
aéreos jovens, como um cilindro contínuo ou cordões individuais. 
19 
 
Dependendo dos padrões de espessamento da parede celular, ocorrem diferentes tipos de 
colênquima: angular, paredes com maior espessamentonos ângulos; lamelar, espessamento 
nas paredes tangenciais interna e externa; lacunar, espessamento nas proximidades de espaços 
intercelulares; e anelar, espessamento regular. 
11.2. Esclerênquima 
As células que compõem o esclerênquima geralmente não apresentam protoplasto vivo na 
maturidade. Formam parede secundária lignificada, cuja composição é de celulose, 
hemicelulose, substâncias pécticas e lignina. Esta é uma substância amorfa (não 
birrefringente), polimérica, composta por unidades fenilpropanoides, principalmente pelos 
álcoois p-cumarílico, coniferílico e sinaptílico. O processo de lignificação inicia-se pela 
síntese no protoplasto de fenilpropanoides, que migram para a lamela média e polimerizam-se 
como uma rede que envolve as microfibrilas de celulose, progressivamente para as parede 
primária e secundária. 
O esclerênquima pode ocorrer como células isoladas, cordões individuais e faixas, em 
diferentes órgãos vegetais. Desempenha função de proteção, na medida que oferece 
resistência mecânica e dificulta a predação por animais e insetos, já que a lignina não é 
digerida. 
O esclerênquima consiste de esclereídes e fibras. Estas últimas são longas, com extremidades 
afiladas, lume reduzido e paredes secundárias espessas. 
As esclereídes são comparativamente mais curtas, com paredes secundárias também espessas, 
apresentando pontoações simples e ramificadas e assumindo diferentes 
formas: braquiesclereídes ou células pétreas, quando isodiamétricas; macroesclereídes, de 
formato colunar; astroesclereídes, caracterizadas por projeções braciformes; osteoesclereídes, 
com forma óssea; e tricoesclereídes, semelhantes a tricomas. 
12. Sistema de condução 
A distribuição de água e nutrientes na planta é realizada pelo sistema vascular, que 
compreende o floema e o xilema. 
12.1. Floema 
20 
 
O floema é responsável pela condução da seiva elaborada, que consiste basicamente de 
carboidratos, acompanhados em quantidades menores de aminoácidos, álcoois, fosfatos, 
reguladores de crescimento, ácidos nucleicos, vitaminas e substâncias inorgânicas. Esse 
sistema de condução ocorre nos órgãos vegetais, ocupando uma posição geralmente periférica 
na raiz e no caule, e dorsal (inferior ou abaxial) nas folhas e órgãos correlatos (sépalas, pétalas 
etc.). Eventualmente, pode ocorrer também internamente ao xilema, em faixas ou calotas 
(floema interno), ou esparsamente em meio ao sistema xilemático (floema incluso). 
Compõe-se de elementos crivados (células crivadas e elementos de tubo crivado), células 
parenquimáticas especializadas (células albuminosas e companheiras), células 
parenquimáticas, esclerênquima e idioblastos. 
12.1.1. Elementos crivados 
Os elementos crivados são as células condutoras da seiva elaborada, compreendendo as 
células crivadas e os elementos de tubo crivado. Estes últimos, quando em série longitudinal 
constituem o tubo crivado. De um modo geral, são anucleados e apresentam paredes celulares 
primárias, relativamente espessadas, ricas em celulose e compostos pécticos, cujo arranjo 
determina um brilho aperolado, surgindo daí a denominação de paredes nacaradas. Nestas, 
ocorrem áreas crivadas, que são regiões com poros através dos quais se interconectam os 
protoplastos de células contíguas. Cada poro é revestido por um cilindro de calose, polímero 
de ß-1,3-glicose, que tem por função obliterar o poro quando o floema deixa de ser funcional, 
impedindo o extravasamento da solução de nutrientes. 
Usualmente em Gymnospermae, encontram-se células crivadas, que são alongadas e 
apresentam apenas áreas crivadas. Em Angiospermae, estão presentes os elementos de tubo 
crivado, que são curtos e possuem áreas crivadas nas paredes laterais, com poros 
relativamente pequenos, e placas crivadas frequentemente nas paredes terminais, com poros 
maiores. 
12.1.2. Células albuminosas e companheiras 
As células albuminosas estão intimamente associadas às células crivadas em Gymnospermae 
e geralmente não possuem a mesma origem ontogenética. Por sua vez, os elementos de tubo 
21 
 
crivado, comuns em Angiospermae, estão relacionados às células companheiras e podem ou 
não ter uma precursora comum. 
Acredita-se que essas células parenquimáticas especializadas, devido à sua próxima 
associação com os elementos condutores que são anucleados, interfiram no metabolismo 
celular destes e favoreçam o transporte de nutrientes. 
12.1.3. Esclerênquima 
Esse sistema de sustentação pode compor o floema por meio de fibras e esclereídes. As 
primeiras podem ser septadas ou não, viáveis ou não na maturidade, e apresentar valor 
econômico como o rami, o cânhamo e o linho. As segundas são comuns no floema 
secundário. 
12.1.4. Células parenquimáticas e idioblastos 
As células parenquimáticas não especializadas usualmente compõem o floema e podem conter 
grãos de amido, óleos, cristais, substâncias fenólicas etc., muitas vezes constituindo 
idioblastos. 
12.2. Xilema 
O sistema xilemático consiste estruturalmente de elementos traqueais (traqueídes e elementos 
de vaso), células parenquimáticas, esclerênquima e idioblastos. Os elementos traqueais 
transportam a seiva bruta, composta de água, solutos inorgânicos e orgânicos, e caracterizam-
se pela ausência de protoplasto. O fluxo se faz principalmente no sentido longitudinal, 
podendo ocorrer transporte lateral entre células contíguas. Como muitas células xilemáticas 
possuem paredes lignificadas, esse sistema condutor pode combinar à função de transporte de 
sustentação. 
12.2.1. Elementos traqueais 
As traqueídes são células imperfuradas, relativamente alongadas, que apresentam parede 
secundária, cuja deposição pode ser anelada, helicoidal, escalariforme, reticulada ou 
pontoada. Esta última frequentemente segue o padrão areolado. A água é transportada entre 
traqueídes através da parede primária. 
22 
 
Os elementos de vaso são perfurados, ou seja, apresentam regiões desprovidas de parede 
primária e secundária, o que se constitui na placa perfurada ou de perfuração. Esta pode ser 
simples, com uma única perfuração, ou ser múltipla, contendo várias perfurações 
(escalariformes, reticuladas ou foraminadas). A parede secundária pode ser depositada no 
elemento de vaso de forma anelada, helicoidal, escalariforme, reticulada ou pontoada 
(areolada). Uma série longitudinal de elementos de vaso é denominada de vaso ou traqueia, 
sendo que os elementos terminais apresentam uma das extremidades imperfuradas, de forma a 
impedir extravasamento do conteúdo. 
12.2.2. Esclerênquima 
Usualmente, o esclerênquima é representado pelas fibras no sistema xilemático. 
Simplificadamente, são alongadas, afiladas e lignificadas; quando apresentam pontoações 
simples, denominam-se fibras libriformes, e quando possuem pontoações areoladas, 
fibrotraqueídes. Podem ser septadas, viáveis e apresentar camadas gelatinosas na parede 
secundária, fibras gelatinosas, que se formam em resposta a condições de estresse (restrição 
hídrica ou luminosa, reação à tensão ou à compressão etc.). 
12.2.3. Ontogênese 
O procâmbio origina o sistema condutor primário: floema primário (proto e metafloema) e 
xilema primário (proto e metaxilema). O crescimento em espessura do vegetal é determinado 
pela instalação do câmbio vascular, que dá origem aos floema e xilema secundários. Neste 
último, a deposição da parede secundária segue o padrão pontoado areolado. No protoxilema, 
os elementos traqueais apresentam espessamento anelado, helicoidal e escalariforme. No 
metaxilema encontram-se espessamento escalariforme-reticulado e pontoações areoladas. 
13. Considerações gerais 
A delimitação entre os xilemas primário e secundário se faz pelos raios parenquimáticos, uma 
vez que se formam a partir das células iniciais radiais do câmbio vascular. 
O xilema ou lenho secundário de espécies arbóreas é denominado de madeira e, em regiões 
temperadas, é dividido em camadas ou anéis de crescimentoevidentes. 
23 
 
Estes podem ser do tipo tardio ou estival, quando predominam células com paredes mais 
espessas e de lume menor, constituindo faixas mais escuras; e do tipo inicial ou primaveril, 
quando as células apresentam paredes mais delgadas e lume maior, estabelecendo camadas 
mais claras. 
A parte central do lenho que deixa de ser funcional, desenvolvendo tilose (projeção de células 
parenquimáticas para o interior dos elementos traqueais, através das pontoações, bloqueando-
os) e tornando-se infiltrada de óleos, resinas, taninos, gomas e materiais corantes, é 
denominada de cerne. A região periférica do lenho que continua em atividade é designada de 
alburno. 
14. Estrutura da raiz 
Na maioria das plantas vasculares, as raízes constituem a porção subterrânea responsável pela 
fixação e absorção. Além destas, desempenham ainda funções de armazenamento e condução 
de substâncias. 
A primeira raiz da planta tem origem no embrião e denomina-se, geralmente, raiz primária. 
Nas gimnospérmicas e dicotiledóneas, esta raiz, também denominada raiz axial, cresce em 
direção ao solo, originando raízes secundárias ou laterais ao longo do seu eixo. 
14.1. Estrutura Primária da Raiz de uma Monocotiledónea 
A zona epidérmica, normalmente constituída pela exoderme, cujas células se encontram 
suberificadas. 
A zona cortical, ou córtex, é constituída por parênquima cortical, tecido de reserva que ocupa 
a maior área da estrutura primária da raiz. 
As células corticais apresentam meatos e, também, numerosos contatos entre si. Os seus 
protoplasmas encontram-se ligados por plasmodemos. Em consequência disso, as substâncias 
que transitam pelo córtex podem atravessar as células. 
A camada mais interna da zona cortical, a endoderme, dispõe-se de modo compacto e não 
apresenta meatos. Estas células apresentam-se suberificadas lateral e internamente, e em corte 
transversal apresentam-se sob a forma de um “U”. 
24 
 
Finalmente, o Cilindro Central, está limitado por uma camada de células parenquimatosas, 
designado periciclo. Na parte central encontra-se um tecido constituído por células vivas, 
denominado parênquima cortical. Entre o parênquima cortical e o periciclo distribuem-se os 
tecidos condutores, que se encontram dispostos radialmente e alternando o floema (corado de 
vermelho) e o xilema (corado de verde). Os feixes condutores são simples e alternos. O 
xilema primário é constituído na parte periférica por vasos de pequeno calibre (o 
protoxilema), e na parte interna por vasos de grande calibre (o metaxilema). Os feixes de 
xilema primário apresentam, na raiz, desenvolvimento centrípto. Nas monocotiledóneas o 
número de feixes vasculares é superior a seis. 
14.2. Estrutura Primária da Raiz de uma Dicotiledónea 
Tal como na raiz primária da Iris germanica (Lírio), a raiz de Ranunculus apresenta tres zonas 
distintas: 
Uma zona epidérmica, constituída por uma única camada de células epidérmicas, e por vezes 
por uma exoderme, nas zonas mais velhas da raiz. 
A zona cortical é constituída por parênquima de reserva, sendo delimitada internamente pela 
endoderme, cujas células apresentam faixas de Caspary. 
O cilindro central é delimitado pelo periciclo e apresenta no seu interior parênquima medular 
e feixes alternos de xilema e floema. O número de feixes nas dicotiledóneas é sempre inferior 
a seis 
14.3. Estrutura Secundária da Raiz de uma Gimnosperma 
Nas gimnospérmicas e dicotiledóneas, a estrutura primária da raiz pouco tempo se conserva e 
a raiz engrossa, aumentando de diâmetro. O engrossamento é assegurado pelo aparecimento 
de dois meristemas secundários, cuja atividade origina tecidos definitivos secundários, que 
modificam consideralvelmente a estrutura da raiz. 
Um dos meristemas secundários é o câmbio vascular, que origina, para o lado interno, lenho 
ou xilema secundário, e, para o lado externo, líber o floema secundário. 
25 
 
O aumento de diâmetro do cilindro central da raiz, devido à atividade do câmbio, faria 
rebentar a zona cortical. Contudo, tal não acontece devido à formação, na zona cortical, de um 
outro meristema secundário, o felogénio. O felogénio produz para o exterior o súber e para o 
interior a feloderme. O súber constitui uma boa proteção para a raiz e a feloderme finciona 
como tecido de reserva. 
A raiz secundária de uma gimnospérmica, como a do Pinus, apresenta raios medulares 
unisseriados e xilema secundário homogéneo, ou seja, o tecido xilémico apresenta todas as 
suas células com calibres idênticos. 
14.4. Estrutura Secundária da Raiz de uma Dicotiledónea 
A raiz secundária de uma dicotiledónea, como por exemplo a de Vitis vinifera (Videira), 
apresenta, também, dois câmbios secundários. O câmbio vascular que produz xilema e floema 
secundários e o felogénio, que produz súber e feloderme. 
A raiz secundária de uma dicotiledónea apresenta raios medulares multisseriados e xilema 
secundário heterogéneo, ou seja, o tecido xilémico apresenta células com diferentes calibres. 
15. Estrutura do caule 
Estrutura Primária do Caule de uma Monocotiledónea 
Se examinarmos um corte transversal do caule de Zea mays (Milho), podemos distinguir as 
seguintes regiões, da periferia para o centro. 
A epiderme, camada de células de paredes espessadas e cutinizadas. 
A zona cortical ou córtex, constituído por células vivas, de paredes finas, situado logo por 
baixo da epiderme e de espessura variável. 
O cilindro central, bastante desenvolvido, quase não apresentando delimitação relativamente à 
zona cortical. Os feixes condutores duplos e colaterais distribuem-se de maneira irregular. O 
feixe libero-lenhosos encontra-se, neste caso, envolvidos por fibras de esclerênquima. 
As monocotiledóneas não apresentam, normalmente, crescimento secundário do caule. 
26 
 
15.1. Estrutura Primária do Caule de uma Dicotiledónea 
Se examinarmos um corte transversal do caule jovem de Ranunculus, podemos destinguir as 
seguintes regiões, da periferia para o centro: 
 Uma camada de células epidérmicas 
 Uma zona cortical de extensão variável, constituída por um parênquima cortical, 
formado por células pequenas de parede fina e celulósica. 
 Nas células periféricas deste parênquima encontram-se cloroplastos. 
 O cilindro central apresenta um parênquima medular onde se destinguem feixes 
condutores duplos e colaterais, que apresentam procâmbio entre o xilema e o floema. 
 O floema ocupa a parte externa e o xilema a parte interna dos feixes. No intervalo 
destes feixes e irradiando da medula ficam os raios medulares. 
 O lenho apresenta o protoxilema voltado para dentro e o metaxilema voltado para fora. 
Ou seja, ao contrário da raiz, o xilema tem desenvolvimento centrífugo. 
15.2. Estrutura Secundária do Caule de uma Gimnosperma 
Da mesma maneira que a raiz, o caule das gimnospérmicas engrossa com a idade, 
desenvolvendo uma estrutura secundária, por ação de meristemas laterais, respetivamente, o 
câmbio vascular e o felogénio. 
O câmbio vascular produz células que se diferenciam em xilema secundário, para a parte 
interna, e floema secundário, para a parte externa. 
O felogénio produz súber ou cortiça para fora e feloderme para dentro. 
O xilema secundário de uma gimnospérmica, como por exemplo a Ginkgo biloba, diz-se 
homogéneo, pois apresenta células com calibres idênticos. 
15.3. Estrutura Secundária de um Caule de uma Dicotiledônea 
A estrutura secundária do caule de uma dicotiledónea pode ser estudada, por exemplo, no 
corte transversal do caule de Sambucus nigra. 
Tal como nas gimnospérmicas, existe um câmbio vascular e um câmbio subero-felodérmico, 
responsáveis pela formação dos tecidos secundários. 
27 
 
O xilema secundário apresenta-se aqui, ao contrário do que se passa nas gimnospérmicas, com 
células de diferentes calibres, ou seja trata-se de um xilema heterogéneo. 
16. Estrutura da Folha 
16.1. Estrutura de uma Folha de Gimnosperma 
A morfologia da folhaé muito variável. Esta varibilidade reflete diferenças genéticas e de 
habitat, particularmente no que diz respeito à disponibilidade de água. 
A folha acicular do Pinus é um bom exemplo disso, pois apresenta estruturas que visam 
diminuir as perdas de água para o meio exterior. 
As folhas aciculares do pinheiro apresentam uma forte cutinização da epiderme, e os estomas 
estão localizados profundamente, sob câmaras pré estomáticas, de forma a se reduzirem as 
perdas de água por transpiração. A existência de uma hipoderme, constituída por células 
lenhificadas, logo por baixo da epiderme, contribui, de forma significativa, para evitar a 
evaporação de água. 
As folhas de Pinus (Pinheiro) apresentam aínda: 
 Canais resiníferos 
 Parênquima clorofilino encaixado 
 Endoderme com pontuações de Caspary 
 Tecido de transfusão, situado na parte interior da endoderme 
 E feixes vasculares com crescimento secundário 
16.2. Estrutura da Folha de uma Dicotiledónea 
Normalmente as folhas de dicotiledóneas possuem uma porção expandida, ou limbo, e uma 
parte que liga o limbo ao caule denominada pecíolo. 
Independentemente da forma da sua forma e estrutura, as folhas estão envolvidas nos 
processos da fotossíntese e da transparição. Em qualquer destes processos os estomas 
desempenham um papel muito importante. 
28 
 
Normalmente o número de estomas é maior na página inferior que na página superior das 
folhas. 
As folhas de Prunus apresentam dois tipos de parênquima clorofilino. Na página superior 
surge-nos um parênquima clorofilino em paliçada. A página inferior da folha apresenta 
parênquima clorofilino lacunoso 
A folha de uma dicotiledónea apresenta muitos feixes vasculares, com uma nervura principal 
com crescimento secundário e inúmeras nervuras laterais, com crescimento primário. 
16.3. Estrutura da Folha de uma Monocotiledônea 
Observando, ao microscópio, um corte transversal da folha de Zeamays, encontramos, 
fazendo parte da sua estrutura, os seguintes tecidos: 
A Epiderme, constituída por uma camada de células recobertas por cutina e por numerosos 
estomas dispostos em filas paralelas. 
A zona ocupada, pelo parênquima clorofilino, entre a epiderme das duas páginas, denomina-
se mesofilo. Neste caso, e visto que o parênquima clorofilino é idêntico tanto na página 
inferior como superior, o mesófilo diz-se simétrico. O mesófilo da folha é percorrido pelo 
floema e pelo xilema, que, conjuntamente com os tecidos de suporte, fundamentalmente 
colênquima, constituem as nervuras. A nervação das monocotiledóneas é paralelinérvea. 
A folha da planta do milho (Zeamays), aqui observada, apresenta também, células buliformes. 
Estas células motoras estão envolvidas no enrolamento das folhas. 
 
29 
 
17. Conclusão 
Assim como no homem e nos animais, os vegetais também apresentam células, tecidos e 
estruturas organizadas, e a Anatomia Vegetal estuda todo o funcionamento e organização 
dessas estruturas. Ela vai estudar tanto estruturas internas como externas, e sua origem se 
confunde com a descoberta das células por Hook em 1663. Órgãos vegetais, Raízes, caules, 
folhas, frutos e flores são estruturas que comumente chamamos órgãos vegetais. Cada órgão 
possui sua função definida e várias formas, Tecidos da Raiz, do Caule e da Folha. 
Meristemas. 
As plantas possuem formas muito variadas. Percebemos ao observar, por exemplo, uma 
vitória-régia e um coqueiro. 
30 
 
18. Bibliografia 
 APPEZZATO-da-GLORIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S. M. (editoras) 
Anatomia Vegetal . 2ª edição. Editora da Universidade Federal de Viçosa. Viçosa-
MG. 2006. 
 BOLD, H.C. O reino vegetal . São Paulo, Editora Edigard Blucher Ltda. 1988. 
 BONA, C; BOEGER, M. R. & SANTOS, G. O. Guia Ilustrado de Anatomia Vegetal . 
Editora Holos. Ribeirão Preto-SP. 2004. 
 BURGER, L.M. & RICHTER, H.G. Anatomia da Madeira. Ed. Nobel. São Paulo. 
1991. 
 CUTTER, E.G. Anatomia Vegetal; Parte I - Células e Tecidos . Liv. ROCA Ltda. São 
Paulo. 1986. 
 CUTTER, E.G. Anatomia Vegetal; Parte II - Órgãos - Experimentos e Interpretações . 
Liv. ROCA Ltda. São Paulo. 1987. 
 CUTLER; D. F.; BOTHA; T.; STEVENSON, D. W. M. Anatomia Vegetal. 1ª ed. 
Artmed. Porto Alegre. 2011.

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