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Cinomose Canina: Prevenção, Sintomas e Diagnóstico

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PREVENÇÃO ou PROFILAXIATRATAMENTO
DIAGNÓSTICO SINAIS CLÍNICOS
TRANSMISSÃO E CICLO BIOLÓGICO
CINOMOSE CANINA
ANIMAIS ACOMETIDOS: 
Canídeos domésticos e silvestres
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - campus de Sinop
Bruna Vivian Miguel Curso: Medicina Veterinária
BIBLIOGRAFIA
AGENTE : Canis familiaris
• MARTINS, Danieli Brolo; DOS ANJOS LOPES, Sonia Terezinha; FRANÇA, Raqueli
Teresinha. CINOMOSE CANINA-REVISÃO DE LITERATURA. Acta Veterinaria Brasilica,
v. 3, n. 2, p. 68-76, 2009.
• BASTOS, José Eugênio Diniz et al. Caracterização clínica, anatomopatológica e
hematológica de cães naturalmente infectados pelo vírus da cinomose e sua
detecção no nó sinoatrial pela técnica de PCR. 2018.
• ALMEIDA, Bárbara Ferreira de. Cinomose: revisão literária e pesquisa sobre a
circulação do vírus nos canídeos silvestres Cerdocyon thous (cachorro-do-mato) e
Chrysocyon brachyurus (lobo-guará). 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Brasil.
O vírus possui alta taxa de morbidade e
letalidade, perdendo apenas para raiva.
O VCC (Vírus da Cinomose Canina) entra no
hospedeiro e se replica dentro das células do
trato respiratório superior e do epitélio
conjuntival de 2 a 4 dias. E depois de seguir
se multiplicando nos linfonodos regionais
atinge a corrente sanguínea, carreados por
linfócitos. Essa primeira fase provoca o
primeiro pico de febre do ciclo viral. Depois
disso passa para o sistema do reticulo
endotelial. Essa replicação resulta na
formação de grandes sincícios, grandes
células multinucleadas, hiperplásicas nos
órgãos linfoides.
Sob condições naturais de exposição do
hospedeiro ao vírus, ele é transmitido através
de aerossóis e infecta a via respiratória
superior, após 24 horas o vírus já se replicou
nos macrófagos e células circulantes B e T.
Cerca de 10 dias após a infeção, o vírus se
dissemina pelas vias linfáticas e sanguíneas
para todos os órgãos dos sistemas.
O diagnóstico clínico baseado no exame
físico, anamnese e exames
complementares as vezes é inconclusivo.
Apesar disso, a ocorrência simultânea de
um grupo de sintomas facilita o
diagnóstico.
Dentre os testes para se pesquisar a
enfermidade é possível citar o
histopatológico, a soroneutralização, a
imunoistoquímica, a reação em cadeia de
polimerase da transcriptase reversa (RT-
PCR), o ELISA, a imunofluorescência e o
isolamento viral a partir de cultura celular.
A doença da Cinomose é multissistêmica e
apresenta uma quantidade relevante de sinais
clínicos que variam de acordo com muitos
fatores de risco, como o estado geral de saúde
do infectado, idade, status de vacinação, cepa
do vírus, além de fatores ambientais. Vale
lembrar que é um vírus que tem maior
tropismo por tecidos neurológicos
Sinais clínicos começam em média 7 dias após
o contato com o agente.
O animal pode apresentar desde depressão,
secreção mucopurulenta oculonasal à
acometimentos neurológicos, como
convulsões, mioclonias e rigidez muscular
O animal infectado apresenta as seguintes
alterações laboratoriais: anemia, leucopenia,
leucocitose, neutrofilia, neutropenia,
linfopenia, linfocitopenia e trobocitopenia.
A linfocitopenia é resultado da necrose e
atrofia do tecido linfoide causados pelo vírus.
O melhor método de prevenção ainda é
a vacinação, porém há muitos relatos
em todo globo terrestre de animais
vacinados que apresentaram os
sintomas da doença. Isso se dá a
diversos fatores, dentre eles está o mal
armazenamento das vacinas
(temperatura inadequada, local...) e a
diversidade das variantes das cepas do
vírus, é necessário que haja uma
vigilância epidemiológica cuidadosa
sobre as variantes das cepas do vírus.
A habilidade do cão em superar a
infecção causada pelo vírus da
cinomose está associada a produção
rápida de resposta humoral específica e
da habilidade das células de defesa em
reagirem contra o vírus.
Depois da raiva, esta é a doença mais
grave e letal em cães.
O uso de imunoestimulantes tem se
demonstrado promissor para a cura do
cão enfermo, principalmente em
filhotes, os mais susceptíveis à
letalidade do vírus, mas ainda
apresentam falhas e contra indicações.
Uma ferramenta de diagnóstico precoce,
porém com baixa frequência de inclusão é a
procura por corpúsculo de Lentz em
hemácias e leucócitos no método de
esfregaço sanguíneo.

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