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Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO →Começa a desenvolver-se antes do sistema genital. →Consiste nas seguintes estruturas: -Os rins, que excretam urina. -Os ureteres, que levam a urina dos rins para a bexiga. -A bexiga, que armazena a urina. -A uretra, que leva a urina da bexiga para o exterior. DESENVOLVIMENTO DOS RINS E URETERES →No embrião, tem-se a formação de 3 conjuntos de órgãos excretores, ou rins: pronefro, mesonefro e metanefro. ➢ Pronefro →É o primeiro “conjunto de rins” – rudimentar – não funcional →É uma estrutura transitória →Surge no embrião no início da 4ª semana →Os ductos pronéfricos correm caudalmente e se abrem na cloaca →Se degenera rapidamente, com exceção da maioria dos conjuntos de ductos pronéfricos, que permanecem e são utilizados no próximo conjunto de rins. ➢ Mesonefro →Órgão excretor, grande, alongado →Aparece no fim da 4ª semana, caudalmente ao pronefro rudimentar →É bem desenvolvido e funciona como rim interino até a formação do rim permanente →Consiste em glomérulos e túbulos mesonéfricos →Os túbulos abrem-se no ducto mesonéfrico, que, originalmente, era o ducto pronéfrico. →O ducto mesonéfrico abre-se na cloaca →O mesonefro se degenera no final do primeiro trimestre gestacional; todavia, seus túbulos tornam-se os ductos eferentes do testículo e os ductos vão dar origem a varias outras estruturas no homem. ➢ Metanefro →Corresponde ao rim permanente →Seu desenvolvimento inicia-se no começo da 5ª semana e seu funcionamento cerca de 4 semanas depois. →Na 9ª semana já se tem a produção de urina, a qual continua durante toda vida fetal. →A urina é excretada na cavidade amniótica onde se mistura com o fluido amniótico. Cerca de 90% do líquido amniótico é composto de água, a qual é proveniente da urina. →Um feto maduro deglute centenas de mililitros de fluido amniótico diariamente, o qual é absorvido pelo intestino. →Os produtos de excreção são transferidos, através da membrana placentária, para o sangue materno para serem eliminados. →O rim permanente tem duas origens: 1) O divertículo metanéfrico ou broto do ureter Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 2) A massa metanéfrica do mesoderma intermediário (blastema metanefrogênico) →O divertículo metanéfrico origina-se do ducto mesonéfrico, perto de sua abertura na cloaca, enquanto o mesoderma metanéfrico deriva da porção caudal do cordão nefrogênico. →O divertículo metanéfrico é o primórdio do ureter, pelve renal, cálices e túbulos coletores. Ao alongar-se, ele penetra no mesoderma metanéfrico e induz a formação da massa metanéfrica do mesoderma intermediário sobre sua extremidade expandida. →O pedículo do divertículo metanéfrico torna-se o ureter e sua extremidade cefálica expandida forma a pelve renal. →Os túbulos coletores retos dividem-se repetidas vezes, formando gerações sucessivas de túbulos coletores. →Sendo que, as 4 primeiras gerações de túbulos aumentam de tamanho e tornam-se confluentes, formando os grandes cálices, e as 4 gerações seguintes coalescem, formando os pequenos cálices. →As gerações restantes de túbulos formam os túbulos coletores. →A extremidade de cada túbulo coletor arqueado induz acúmulos células mesenquimais da massa de mesoderma metanéfrico a formarem pequenas vesículas metanéfricas; essas vesículas alongam-se e tornam-se os túbulos metanéfricos. →Ao se desenvolverem, as extremidades proximais dos túbulos renais são invaginadas por glomérulos. →Um túbulo urinífero consiste em 2 partes, embriologicamente distintas: a) Um néfron, derivado da massa metanéfrica do mesoderma b) Um túbulo coletor, derivado do divertículo metanéfrico →Vale ressaltar que a ramificação do divertículo metanéfrico depende da INDUÇÃO pelo mesoderma metanéfrico e que a diferenciação do néfron depende da INDUÇÃO pelos túbulos coletores. →Ao nascimento os rins crescem pelo alongamento dos túbulos contorcidos proximais e do aumento do tecido intersticial. →A maturação funcional dos rins ocorre após o nascimento. →A filtração glomerular começa em torno da nona semana fetal, e a velocidade de filtração aumenta após o nascimento. Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR MUDANÇA DE POSIÇÃO DOS RINS →Inicialmente os rins permanentes localizam-se na pelve, um junto ao outro. Com o crescimento do abdome e da pelve, os rins deslocam-se pra o abdome e afastam-se um do outro. →Na realidade, a porção caudal do embrião cresce afastando-se dos rins, de modo que estes ocupam, progressivamente, níveis cada vez mais cefálicos. No fim, assumem uma posição retroperitoneal, sobre a parede posterior do abdome. →Inicialmente, o hilo do rim, por onde passam os vasos e nervos, está voltado para o lado ventral, todavia, com a ascensão do rim, ele passa por uma rotação medial de 90°. E já na 9ª semana hilo está voltado ântero-medialmente. MUDANÇAS NA IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA DOS RINS →Inicialmente, as artérias renais são ramos das artérias ilíacas comuns. →Ao ascenderem mais, eles passam a serem irrigados pela extremidade distal da aorta. →Normalmente, os ramos caudais involuem e desaparecem. (quando ocorre deles não desaparecem, temos então as artérias acessórias) →Os rins recebem seus ramos arteriais mais cefálicos da aorta abdominal; estes ramos tornam-se as artérias renais permanentes. →A artéria renal direita é mais longa e, com frequência, mais superior. ANOMALIAS CONGÊNITAS DO RIM ➔ Agenesia renal -Pode ser bilateral (associada ao oligoidrâmnio) ou unilateral (associada, geralmente, a crianças com apenas uma artéria umbilical / Divertículos metanéfricos não se desenvolvem). -Unilateral é mais comum -Ocorre mais em homens ➔ Rins ectópicos ➔ Rim em ferradura -1 em cerca de 500 pessoas, os polos dos rins estão fundidos (geralmente os polos inferiores) -Formato de U -Geralmente fica no hipogástrio, anterior às vértebras lombares inferiores -A subida normal do rim é impedida, pois ficam presos à raiz da artéria mesentérica inferior -Não apresenta sintomas ➔ Rim Policístico – doença autossômica recessiva -Falha na junção dos brotos uretéricos com os túbulos do blastema metanéfrico – UNILATERAL – DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA →Seio urogenital: a) Uma parte vesical, cefálica, contínua com a alantoide b) Uma parte pélvica, média, que forma a uretra no colo da bexiga e a parte prostática da uretra, nos homens, e toda a uretra na mulher c) Uma parte fálica, caudal, que cresce em direção ao tubérculo genital →A bexiga origina-se principalmente da parte vesical do seio urogenital, mas a região do trígono origina-se das extremidades caudais dos ductos mesonéfricos. →Inicialmente ela é continua com a alantoide; logo depois, a alantoide se contrai e torna-se um cordão fibroso e espesso, o Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR úraco, o qual se estende do ápice da bexiga até o umbigo. →No adulto, o úraco é representado pelo ligamento umbilical mediano. →Ao crescer, a bexiga incorpora as porções distais dos ductos mesonéfricos sem sua parede dorsal. Estes ductos contribuem para a formação do tecido conjuntivo do trígono da bexiga, todavia, o epitélio de toda a bexiga deriva do endoderma do seio urogenital. →Com a absorção dos ductos mesonéfricos, os ureteres passama abrir-se separadamente da bexiga. →Nos infantes e crianças, a bexiga fica na região do abdome. Apenas começa a deslocar para a pelve maior por volta dos 6 anos de idade, e somente vai para a pelve menor e torna-se um órgão pélvico depois da puberdade. →Nos adultos o seu ápice é continuo com o ligamento umbilical mediano, o qual fica entre os ligamentos umbilicais mediais, que são resquícios fibrosos das artérias umbilicais. ANOMALIAS ➔ Resquícios do epitélio de revestimento do úraco podem dar origem à custos do úraco ➔ Megacistis Congênita – uma grande bexiga patológica, que pode resultar de um distúrbio congênito do broto do ureter ➔ Extrofia de bexiga - Ocorre principalmente em homens - Caracteriza-se pela exposição e protrusão da parede posterior da bexiga -É causada pelo fechamento mediano incompleto da parte inferior da parede anterior do abdome FORMAÇÃO DA URETRA →O epitélio da maior parte da uretra masculina e toda a uretra feminina deriva do endoderma do seio urogenital →No homem, a parte distal da uretra deriva da placa da glande (da uretra). Esta placa ectodérmica origina-se a partir da ponta da glande do pênis e vai encontrar-se com a parte da uretra esponjosa derivada da parte fálica do seio urogenital →A placa da glande se canaliza e une-se ao resto da uretra esponjosa; consequentemente, o epitélio da parte terminal da uretra deriva do ectoderma superficial. →O tecido conjuntivo e o músculo liso da uretra, em ambos os sexos, derivam do mesênquima esplâncnico adjacente.
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