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ATIVIDADE AVALIATIVA UP2 
 
Aluno(s): Penélope de Almeida Bezerra e Lais Regina Celestino da Silva 
 
Curso: Nutrição Disciplina: Dietoterapia e fisiopatologia II Prof. Dra Raphaela Costa                     
Data: 01/12/2020 
 
Caso clínico 
LMA, 48 anos, masc, proc. Maceió(Alagoas). História da doença atual: Icterícia e ascite                         
há 6 meses devido a hepatopatia. Paciente com antecedente de alcoolismo, há 6 meses                           
passou a apresentar progressivo aumento de volume abdominal. Há 4 meses internado                       
por ascite, tratada com repouso e diuréticos; teve alta com orientação de parar ingesta                           
alcoólica, dieta hipossódica e diurético. Há 2 meses, época em que voltou a ingerir                           
grandes quantidades de pinga (1 litro/dia), teve aumento do volume abdominal, urina                       
escura, olhos amarelados e dispnéia aos esforços. Há 3 dias os familiares o levaram ao                             
médico, pois apresentava-se irritado e com dificuldade para dormir. Foi realizada                     
punção de líquido ascítico com retirada de 5 litros, prescrito vitaminas e diazepam 5 mg                             
à noite. Há 1 dia o paciente foi encontrado inconsciente. Familiares negam hematêmese                         
ou melena. AP: Procedente de zona endêmica de esquistossomose. Hábitos: etilista,                     
ingere desde os 16 anos 1/3 de garrafa de pinga por dia. Há 2 meses 1 garrafa por dia.                                     
Tabagista de 1 maço/dia há 20 anos. Emagrecimento importante há 2 meses. Sensações                         
febris há 2 meses. Diminuição da libido há 1 ano. Diminuição da diurese há 2 meses.                               
Sensações parestésicas em mãos e pés há 4 meses.  
Exame Físico: descorado ++, ictérico +++, desidratado +, taquipnéico +. Varizes                       
esofágicas, cabelos finos e quebradiços, pele com lesões e descamativas em mãos e                         
pescoço. Neurológico: paciente não obedece à ordens simples, ao estímulo doloroso                     
esboça retirada sem localização; apresenta alterações comportamentais; tremores, falta                 
de coordenação motora; inversão do ritmo de sono. Abdômen: globoso, ascite                     
(++/++++), tenso, com circulação colateral, fígado de borda irregular; baço palpável.                     
US abdômen: semidilatação de vias biliares, hipertensão portal; cirrose e ascite. MMII:                       
edema ++/++++.  
 
Exames laboratoriais: ​TGO 80 (<30), TGP 70 (<25), Gama GT 70 (<40), ​BT: 
30 (<3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antropometria: 
Adequação CMB:: ---- 
CB:18 cm 
Peso: 65kg 
Alt: 1,68m 
CC:91 cm 
PCT: 8mm 
Adequação PCT=  
Perda de 10kg em 2 meses 
 
 
 
 
EXAMES REFERÊNCIAS 
Hgb (g/dl) 8,1 10,5 – 13,5g/dl 
HCT (%) 25 33 – 40% 
VCM (u³) 78 81 – 101 u³ 
Na (mEq/L) 137 135 – 145 mEq/L 
K (mEq/dl) 5,2 3,5 – 5,5 (mEq/dl) 
Uréia(mg/dl) 66,1 10,0 – 40,0 mg/dl 
Creatinina(mg/d/) 1,39 0,30 – 1,30mg/dl 
Proteínas totais(g/dl) 3,5 6 – 8,3g/dl 
Albumina(g/dl) 2,1 3,5 – 5,5g/dl 
DIA ALIMENTAR HABITUAL 
 
 
-Avaliação do DAH: 
Avaliação qualitativa: ​Reduzido fracionamento entre as refeições e do consumo de                     
FLV e fibras. Monotonia alimentar.   
Responda: 
1.Estabeleça os objetivos e condutas nutricionais; 
 
 
REFEIÇÃO  ALIMENTOS 
CAFÉ DA   
MANHà
 
● Papa de aveia  
● Café adoçado com açúcar 
LANCHE 
● Não realiza 
ALMOÇO 
 
● Feijão 
● Arroz 
● Macarrão 
● Carne bovina frita OU Frango frito 
● Suco da fruta OU Suco de pacote adoçado com açúcar 
LANCHE 
 
Não realiza 
JANTAR 
 
● Papa de aveia 
● Café adoçado com açúcar 
CEIA 
● Leite  
Objetivos  Condutas 
 
 
Dieta hipossódica  Promover uma reeducação alimentar com 
redução da ingestão de alimentos com 
alto teor de sódio 
Restringir o consumo de álcool e sucos 
em pó 
Estimular o consumo de chás e sucos de 
frutas naturais e orientá-lo a procurar 
ajuda em programas de reabilitação .  
Reduzir a ingestão hídrica  Evitar alimentos com alto teor de água, e 
orientar o paciente a controlar o consumo 
diário de água. 
Auxiliar na recuperação do estado 
nutricional do paciente  
Promovendo uma alimentação adequada 
de acordo com as suas necessidades 
nutricionais. 
Incentivar os hábitos alimentares 
saudáveis 
Atender às necessidades do paciente com 
as refeições somadas à suplementação, 
priorizando os hábitos do paciente. 
Diminuir o estado de desnutrição Ofertar um aporte energético adequado         
em calorias, visando a recuperação         
nutricional e de peso do paciente, ofertar             
uma dieta adequada em CHO e gorduras             
e principalmente em proteínas, que é           
comprometida por causa do catabolismo         
protéico aumentado. Oferecer uma dieta         
hiperproteica e um lanche noturno rico           
em AACR para melhorar a quantidade de             
proteínas totais. 
Auxiliar na melhora das complicações da 
cirrose (hipertensão portal, ascite e 
edemas) 
Dieta hipossódica e restrição de fluidos 
para controlar a retenção de líquido e o 
edema, melhorando a ascite. 
Minimizar os efeitos da má absorção de 
nutrientes 
Aumentar a oferta das vitaminas hidro e 
lipossolúveis, (A, C, D, E, K, B1, B6, 
B12, e folato) e minerais como cálcio e 
 
 
 
2.Justifique as alterações no exame físico e bioquímico; 
 
 
 
R= ​No exame bioquímico o paciente apresenta TGO e TGP aumentados, indicando                       
lesão hepática, e Gama GT e BT também aumentados, indicando mau funcionamento                       
hepático e doenças como cirrose, hipertensão portal, consumo excessivo de álcool ou                       
hepatites. No hemograma apresenta, Hgb, HCT e VCM disminuidos, indicando anemia,                     
geralmente causada por deficiência na síntese proteica importantes na homeostase do                     
ferro, toxicidade do álcool, deficiências de vitaminas, entre outros. Apresenta uréia                     
aumentada, indicando disfunção no metabolismo da ureia, albumina sérica diminuída,                   
pois sua síntese hepática está diminuída e seu catabolismo acelerado. Apresenta                     
proteínas totais diminuídas, por conta da redução na síntese proteica e                     
hipermetabolismo. No exame físico apresenta ascite, também associada com a cirrose, o                       
aumento está evidenciado tanto pelos bioquímica analisando o valor da albumina baixa                       
 
zinco que geralmente são comprometidos 
pela insuficiência da absorção no fígado. 
EXAMES Valor Interpretação 
Hgb (g/dL) 8,1 Pode ser indicador de 
anemia, cirrose, 
insuficiência renal. 
HCT (%) 25 Pode ser indicador de 
anemia ferropriva 
VCM (u³) 78 anemia microcítica 
Na (mEq/L) 137 Normal 
K (mEq/dl) 5,2 Normal 
Uréia(mg/dl) 66,1 Dieta rica em proteínas 
Creatinina(mg/d/) 1,39 Pode ser indicador de 
insuficiência renal 
Proteínas totais(g/dl) 3,5 Pode ser um indicador 
de doença renal, ou 
deficiência na síntese 
de proteína 
Gama Gt 70 Indicador de doença 
hepática 
Albumina(g/dl) 2,1 Pode está associado à 
desnutrição 
BT 30 Pode indicar problemas 
no fígado, baço, rins, 
dentre outros. 
Tgo 80 Pode ser um indicador 
de esteatose 
Tgp 70 Pode está associado a 
hepatite c, esteatose 
 
e o exame físico com cruz (2+/4+). Foi possível analisar também a presença de icterícia,                             
varizes esofágicas e edema (++/++++) característico da hipertensão portal e cirrose. 
3.Defina a prescrição dietética. 
R= ​Prescrição de dieta oral, de consistência livre, fracionada em 6 refeições, com as                           
seguintes características: normocalórica com até 2.275kcal ou de 30 a 35g/kg de peso,CHO de 50 a 60% do VET, LIP de 20 a 25% do VET (TCM) e PTN de 1,2 a 1,5g/kg de                                           
peso. Por conta da desnutrição, aconselha-se que a administração de proteínas comece                       
com uma quantidade menor, e aumente gradativamente. Hipossódica com até                   
1.500mg/dia.  
 
4.Você indicaria o uso de suplementação? Se sim, qual suplemento, via e o porquê? 
 
R= ​Sim. Indico uso de AACR – BCAA por via oral para estimular a síntese proteica                               
hepática. Em média, 30g por dia, de preferência no período da noite (jantar ou ceia),                             
para reduzir o catabolismo, melhorar a albumina plasmática e o metabolismo                     
energético. Indico também a suplementação de probióticos e simbióticos para melhora                     
na redução da amônia plasmática e melhora dos sintomas de encefalopatia hepática.  
 
5. Qual o diagnóstico nutricional? Justifique.  
R= ​Eutrofia segundo o IMC 23,2kg/cm, porém paciente encontra-se com desnutrição                     
grave de acordo com a adequação da CB (53,2%), PCT (66,6%) e CMB (15,5%), e                             
apresenta perda de peso grave ≥ 10% em 2 meses, com risco nutricional. 
 
6. Explique por qual motivo o metabolismo do álcool pode gerar repercussões                       
nutricionais:  
R= ​Porque a medida que o álcool é ingerido e processado, as substâncias nele contidas                             
podem lesionar o fígado e alterar a absorção de nutrientes, tais como vitaminas,                         
proteínas, aminoácidos, desencadeando desnutrição e dano hepático. O metabolismo de                   
outros nutrientes como o dos lipídios também pode ser alterado, contribuindo para                       
formação de espécies de oxigênio reativo, causando estresse e depleção de glutationa,                       
fatores que aumentam o dano hepático. Como conseqüência da oxidação via ADH há                         
maior produção de NADH, causando alterações nos metabolismos dos lipídios, hidratos                     
de carbono, ácido úrico e diminuição da síntese protéica. O excesso de álcool também                           
interfere com o ciclo do folato. Então quanto maior o consumo de álcool, maior será a                               
lesão hepática, e se evoluir pode chegar até a resultar em morte. Sem contar também                             
que o abuso de álcool pode levar a uma cirrose, como já é o caso do paciente,                                 
inflamação, e acúmulo de gordura (esteatose hepática).  
 
7. O paciente em questão apresenta sinais de encefalopatia hepática? Se sim,                       
explique e qual a conduta nutricional nesse caso: 
 
 
R= ​Sim. Apresenta alguns sintomas como alterações no sono, esquecimento, mudanças                     
de humor, é relatado que o paciente não obedece a ordens simples, apresenta alterações                           
comportamentais, tremores, falta de coordenação motora e inversão do ritmo de sono.                       
Na conduta nutricional, é interessante fracionar as refeições em volumes menores                     
durante 6 a 7x ao dia, proporcionar uma qualidade de vida por meio da melhora                             
funcional hepática, controlar o catabolismo proteico muscular e visceral, correlação                   
para o aporte calórico, ofertar uma quantidade adequada de proteínas, preferindo as                       
proteínas vegetais (AACR), que são mais toleradas, formam menos amônia e menos                       
aminoácidos aromáticos e aumentam o metabolismo muscular. Aumentar o consumo de                     
fibras solúveis, para aumentar o trânsito intestinal e diminuir a absorção de amônia, e                           
consumir probióticos e simbióticos que auxiliam na redução dos níveis de amônia                       
plasmática e aumentar o consumo de zinco e laticínios. 
 
8. Sobre as doenças do aparelho digestório, marque verdadeiro ou falso,                     
justificando as falsas: 
  
 
( ​F ​) Na síndrome do intestino irritável deve-se recomendar a ingestão de carboidratos                       
fermentáveis, além de evitar alimentos ricos em lactose.  
R= ​Na síndrome do intestino irritável deve-se evitar a ingestão de CHO fermentáveis,                         
pois ele piora os sintomas das desordens gastrointestinais, principalmente a SII.  
 
( ​F ​) A Diverticulose afeta o íleo terminal e cólon, causando diarreia e perda de peso.  
R= ​Com pouca fibra na dieta, as fezes ficam duras, causando constipação intestinal.                         
Fazendo assim um esforço para evacuar, provocando pressão no cólon e nos intestinos. 
 
( ​F ​) As deficiências de minerais são frequentemente observadas nos pacientes com                     
hepatopatia são em decorrência de esteatorreia, hemorragias, uso de diuréticos ou                     
mesmo ingestão insuficiente. 
R= ​As deficiências são frequentemente observadas em hepatopata, porém são                   
principalmente em decorrência da má absorção de nutrientes, do hipercatabolismo,  
 
( ​F ​) A Colite ulcerativa afeta tipicamente toda a espessura da parede intestinal, mais                         
comumente é observada inflamação na porção mais baixa do intestino delgado (íleo) e                         
no intestino grosso, mas pode ocorrer em qualquer segmento do trato gastrintestinal, da                         
boca até o ânus.  
R= ​A colite ulcerativa acomete apenas o intestino grosso (cólon).  
( ​F ​) As doenças inflamatórias intestinais (DC e RCUI) é unicausal e o fator dietético                           
pode estar envolvido na etiologia e os objetivos da terapia nutricional, nesses casos,                         
devem ser a manutenção de um estado nutricional adequado e a minimização dos                         
sintomas 
 
 
R= ​As doenças inflamatórias intestinais são multicausal, como: fatores ambientais,                   
processo inflamatório, genética, resposta imunológica.  
 
( ​V ​) Em indivíduos com DII, o uso de glutamina pode ser indicado por ser fonte                             
energética dos enterócitos e atuar na imunomodulação, o que auxilia na recuperação da                         
mucosa intestinal.  
 
( ​F ) Nos pacientes com DII para diminuir ou evitar o desconforto abdominal, devem ser                             
evitados alimentos de difícil digestibilidade, flatulentos, fermentáveis e ricos em                   
enxofre e em quadro agudo da doença a dieta deve ser isenta de lactose, para prevenir                               
quadro de constipação. 
R= ​Em quadro agudo, a dieta deve ser isenta de lactose para prevenir episódios de                             
diarreia. 
 
( ​V ​) A esteatose hepática é comum em pacientes com excesso de peso e a conduta                             
nutricional deve ser perda gradual de peso (pelo menos 10% de perda de peso),                           
controlar a qualidade e quantidade de carboidrato, deixando a dieta hipoglicidica, além                       
de restringir lipídeos sendo a dieta hipolipidica. Além de favorecer a saúde intestinal,                         
com adequado controle da disbiose.

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