Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Julieni Bianchi Morais Leptospirose Agente etiológico: bactérias do gênero Leptospira, morfologia de espiroquetas. Equinos: sorovares mais frequentes – L. pomona, L. bratislava, L. grippotyphosa, L. hardjo, L. icterohaemorragiae e L. canicola. Bovinos: Leptospira interrogans sorovares pomona e harjo. Acomete bovinos, suínos, caprinos ovinos e equinos. TRANSMISSÃO Meios urbanos: ratos têm papel reservatórios naturais e vetores da Leptospira. Meio rural: rato também tem sua importância como fonte de infecção, no entanto, os principais reservatórios da doença dentro de uma propriedade bovina são os próprios animais infectados que disseminam a bactéria através de seus produtos de secreção. A bactéria pode permanecer por longo período nos rins, sendo eliminadas por semanas ou meses através da urina. Ao ter contato direto com pele, mucosa oral e conjuntival com a urina e/ou órgãos de animais portadores. Sendo assim, a via venérea, transplacentária e mamária ou até o hábito de limpeza da genitália, escroto e tetas entre os animais podem constituir-se em rotas importantes de transmissão. PATOGENIA No início do processo infeccioso a bactéria causadora da doença penetra pela pele e mucosas e chega até o sangue. O resultado desta exposição dependerá da dose, virulência e susceptibilidade do hospedeiro. Algumas leptospiras causam hemólise intravascular, anemia, icterícia e hemoglobinúria. No útero da égua prenhe pode causar aborto e os fetos abortados assim como as secreções uterinas também são fonte de contaminação para outros animais. EPIDEMIOLOGIA Sua relevância se deve a seu potencial zoonótico. No Brasil, a leptospirose bovina é endêmica, freqüente nos rebanhos de corte e leite. Maiores índices registrados em regiões com grandes precipitações pluviométricas. SINAIS CLÍNICOS Abortos, placentite, icterícia, metrites, infertilidade, natimortos e crias fracas ou pequenas que podem vir a óbito nos primeiros meses de vida ou tornarem-se portadores renais da bactéria. Equinos: uveíte recorrente, abortos, icterícia, hemoglobinúria, insuficiência renal. Marcha cambaleante, paralisias e mialgias, mucosas com tonalidade ictérica e petéquias, diarreia de curta duração, que é convertida em constipação com manifestações de cólica, oligúria, urina de coloração vermelha. Evolui como doença aguda ou crônica, individual ou de grupo de animais. A maioria das infecções apresenta caráter inaparente. MACROSCOPIA Figura 28 – Feto equino abortado por Leptospirose. Feto com a pele ictérica e placenta edemaciada, necrótica e coloração vermelho escuro. Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Feto-equino-abortado-apresentando-ictericia- da-pele-e-placenta-edemaciada_fig1_298732884 Bactérias Julieni Bianchi Morais MICROSCOPIA Figura 29 - Aspecto microscópico do fígado do feto apresentando necrose de hepatócitos (seta branca); hepatite acentuada (*); hemorragia (seta preta). Hematoxilina-eosina, Obj. 20x. Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Aborto-equino-por-Leptospira- sp-no-Rio-Grande-do-Norte-Aspecto-microscopico_fig2_298732884 DIAGNÓSTICO Exame histopatológico: método de impregnação pela prata que facilita a pesquisa histológica das espiroquetas nos órgãos avaliados, preferencialmente fígado e rim. Imunohistoquímica. Cultivo bacteriano: isolamento do agente de amostra de sangue, líquor ou urina, conteúdo estomacal de fetos abortados, conteúdo de rins, fígado e baço. Exame laboratorial: mais comum é a aglutinação microscópica rápida (AMR). PCR.
Compartilhar