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ENSINO FUNDAMENTAL 8º ANO _CIÊNCIAS_VOLUME 3 (PROFESSOR)

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8o. ano
Volume 3
ooo
Ciências
Livro do professor
Livro
didático
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de 
diversas formas. As ilustrações, os diagramas e as 
figuras contribuem para a construção correta dos 
conceitos e estimulam um envolvimento ativo com 
os temas de estudo. Sendo assim, fique atento aos 
seguintes ícones: 
Representação artística
Imagem ampliada
Fora de escala numérica
Escala numérica
Formas em proporção
Imagem microscópica
Coloração artificial
Coloração semelhante à natural
Fora de proporção
Livro do professor
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Reprodução e vida 25
6 Seres vivos 34
2
Por mais realista que 
pareça, a imagem retrata 
uma escultura. Nela, 
observamos uma idosa 
com um bebê. A vida de 
uma pessoa se caracteriza 
como um ciclo que se inicia 
com o nascimento e se 
encerra com a morte. A vida 
humana está em contínua 
renovação, graças à geração 
de descendentes.
1. Quais são as principais 
etapas do nosso ciclo de 
vida?
2. O que aconteceria se, de 
repente, não houvesse 
mais nascimentos na 
espécie humana?
3. Como ocorre a geração 
de descendentes em 
outras espécies de seres 
vivos?
Reprodução e vida
5
JINKS, Sam. Woman and child 
(Mulher e criança). 2010. 1 escultura 
em materiais diversos. Coleção 
particular.
Encaminhamento do tema da abertura do capítulo.1
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FP
3
A partir deste volume, serão iniciados os conteúdos relacionados à unidade temática Vida e Evolução, e você 
estudará assuntos relacionados à Biologia. 
Neste capítulo, serão explorados aspectos mais complexos das relações consigo mesmo e com os outros, 
com a natureza e com o ambiente. Certamente, você terá condições de protagonizar escolhas de posiciona-
mentos que valorizem as suas experiências pessoais e coletivas, o autocuidado com o seu corpo e o respeito 
com o do outro, enfatizando o cuidado integral à saúde.
Reprodução dos seres vivos
A imagem no início do capítulo, apesar de ser uma escultura, representa com grande exatidão várias de nos-
sas características físicas. Para alguns seres vivos, o aspecto físico pode ser importante, mas há também aquelas 
características que definem um ser vivo e que nem sempre são visíveis.
A organização celular, a presença de metabolismo, a necessidade de energia, a reação a estímulos, a presen-
ça de ciclo de vida e a reprodução são características essenciais presentes nos seres vivos.
Entre todas essas características, uma das mais im-
portantes para a continuidade da vida é a habilidade 
dos seres vivos de se reproduzirem e gerarem novos 
descendentes, ou seja, a capacidade de darem origem 
a outros indivíduos semelhantes.
Essa característica não está ligada apenas ao indi-
víduo, mas relacionada a um conjunto de indivíduos e 
à sua permanência ao longo do tempo.
A reprodução é essencial a todas as formas de vida. 
Há dois tipos principais de reprodução: a assexua-
da e a sexuada. 
Reprodução assexuada
Na reprodução assexuada, ocorre a participação de apenas um indivíduo. Nesse processo, ocorre a formação 
de indivíduos geneticamente idênticos àquele que lhes deu origem.
A reprodução assexuada, no entanto, não é muito vantajosa para a espécie, pois existe pouquíssima diver-
sidade genética e os novos indivíduos gerados são praticamente idênticos entre si. Se uma variação ambiental 
prejudicar um indivíduo, acabará prejudicando todos os demais, pois todos têm as mesmas características. Por 
isso, a variedade é importante, pois pode possibilitar melhores chances de sobrevivência no ambiente. 
A vantagem da reprodução assexuada é a de que ela é rápida e pode proporcionar um crescimento popu-
lacional bastante expressivo em um curto espaço de tempo.
São exemplos de reprodução assexuada a divisão simples, o brotamento, a partenogênese e a multiplicação 
vegetativa.
• Compreender os diferentes processos reprodutivos que ocorrem nos seres vivos.
• Analisar as principais mudanças que ocorrem nas diferentes fases da vida humana, com ênfase 
na adolescência.
• Justificar o papel do sistema genital do homem e da mulher na função de reprodução, com 
base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções.
• Comparar o modo de ação e eficácia dos principais métodos contraceptivos.
• Identificar os principais sintomas, modos de transmissão, tratamento e prevenção das princi-
pais infecções sexualmente transmissíveis.
Objetivos
A reprodução garante a perpetuação da espécie.
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Divisão simples 
Nos seres vivos unicelulares, a célula faz uma cópia de seu próprio material genético e, depois, divide-se ao 
meio, dando origem a duas células praticamente iguais à célula inicial, ou seja, de um único ser vivo, surgem 
dois outros. 
Também chamada de cissiparidade, bipartição ou fissão binária, a divisão simples ocorre em organis-
mos como bactérias, alguns fungos e protozoários. Como esses organismos são formados por uma única célula, 
basta que ela se divida em duas para gerar um novo indivíduo. 
Brotamento 
Em alguns animais, a reprodução assexuada ocorre por meio da formação de brotos superficiais no indi-
víduo, como é o caso de algumas espécies de esponjas, hidras e corais. Nesse caso, o pequeno broto cresce e 
depois se destaca, dando origem a um novo indivíduo.
O brotamento também pode acontecer em organismos unicelulares, como leveduras (tipo de fungo).
Alguns organismos multicelulares são capazes de 
se dividirem ao meio, originando dois indivíduos 
independentes e geneticamente iguais, seme-
lhante ao que ocorre na divisão simples. Esse 
processo ocorre em planárias.
Partenogênese 
A partenogênese (do grego parthenos, virgem; genesis, nascimento) é um processo reprodutivo assexuado 
em que não ocorre a fecundação. Nesse caso, as fêmeas dão origem a um novo indivíduo sem a participação do 
macho. Ocorre apenas a divisão do gameta feminino não fecundado, originando um novo indivíduo.
A partenogênese ocorre em abelhas para a formação do zangão. Ela também pode ocorrer em alguns crus-
táceos, lagartos, salamandras, peixes e aves. 
Possivelmente, a ocorrência de partenogênese na natureza seja uma forma de aumentar a população de 
animais em regiões onde a espécie esteja ameaçada, geralmente em ambientes degradados ou sujeitos a va-
riados tipos de impactos ambientais. Se as fêmeas não encontram machos para acasalar, acabam gerando os 
filhotes sozinhas.
Em A, hidra, animal de água doce com capacidade de produzir brotos, como podemos ver ao 
lado do animal. Em B, levedo de cerveja, um ser unicelular, realizando brotamento.
A B
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Célula-mãe
Multiplicação e 
divisão do núcleo
Divisão do 
citoplasma
Duas 
células-filha
• Esquema de divisão simples em organismo unicelular
8o. ano – Volume 34
Multiplicação vegetativa 
Certas partes das plantas são capazes de gerar novas plantas. O caule da batata-inglesa, por exemplo, pode 
gerar ramos e, depois, a planta toda. Outras plantas podem originar novas plantas a partir de brotos que surgem 
de suas folhas.
Brotos
A reprodução assexuada pode ser observada em algumas espécies de plantas. Há diversas maneiras pelas 
quais as plantas se reproduzem de modo assexuado. 
Podemos ver um exemplo disso realizando um experimento. 
Materiais: um vasinho de violeta africana; tesoura; copos; água; vaso com terra; palitos descartáveis.
Como fazer
1. Corte três folhas da violeta bem rente à terra, escolha as folhas mais velhas.
2. Coloque cada uma dessas folhas em um copo com água, presas com palitos, conforme a imagem.
Resultados
 1. Por que podemos dizer que essa é uma maneira de reproduzir uma planta assexuadamente? 
Porque ocorre, no processo, a participação de um único indivíduo e não ocorrerá variabilidade genética nos novos indivíduosgerados.
 2. Se a planta de onde foram retiradas as folhas tiver flores rosa, qual será a cor das flores das plantas-filha? 
As plantas-filha também produzirão flores rosa, porque elas apresentarão as mesmas características da planta-mãe.
 3. Podemos afirmar que nosso experimento produziu clones da planta inicial. Pesquise o que é um clone. 
Um clone é um indivíduo geneticamente idêntico a outro. Como as novas plantas foram originadas de uma única planta, todas serão
clones entre si.
3. Observe diariamente a ponta do pecíolo 
da folha. Quando houver raízes medindo 
cerca de 2 cm de comprimento, coloque 
essa folha na terra fofa de um vaso. 
4. Regue a terra (sem excessos), mantendo-
-a sempre úmida. Evite molhar as folhas. 
Coloque o vaso em lugar bem claro, mas 
longe da luz solar direta.
Fazendo Ciência
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• Reprodução assexuada 
na formação de brotos 
em uma folha e em 
uma batata-inglesa
 Ciências 5
Reprodução sexuada
Na reprodução sexuada, dois indivíduos produzem descendentes 
com características genéticas herdadas de ambos os progenitores. 
Fecundação interna 
Nesse tipo de fecundação, a união dos gametas 
ocorre dentro do corpo da fêmea. Os ovos são produ-
zidos em menor quantidade quando comparados à 
fecundação externa. 
A fecundação interna ocorre em insetos, raias, tu-
barões, répteis, aves e mamíferos.
• Representação artística do momento da união dos game-
tas, quando surge uma célula-ovo que dará origem a um 
novo indivíduo. 
É o tipo de reprodução mais comum entre os organis-
mos multicelulares, como os animais. Nesse processo, há a 
produção de células especiais chamadas células reprodu-
toras ou gametas. Quando os gametas de indivíduos de 
sexos diferentes se encontram, ocorre a fecundação. Dessa 
forma, o material genético das duas células se une, originando 
uma célula-ovo, ou zigoto, que se desenvolve, dando ori-
gem a um novo indivíduo geneticamente diferente dos pais. 
A união dos gametas na reprodução sexuada é chamada 
de fecundação, que pode ser externa ou interna.
Fecundação externa 
Nesse tipo de fecundação, o encontro dos gametas ocorre no ambiente, ou seja, fora do corpo. Na fecunda-
ção externa, é comum a produção de um número muito elevado de ovos para garantir que pelo menos alguns 
dos novos indivíduos cheguem à idade adulta, pois muitos ovos acabam servindo de alimento aos predadores.
Ocorre em anfíbios, na maior parte dos peixes e em diversos invertebrados. 
Os ovos de alguns anfíbios, como os sapos, desenvolvem-se 
em ambiente aquático, onde muitos servirão de alimento para 
outros organismos. Como proteção, eles ficam unidos numa 
grande massa gelatinosa.
Em grande parte dos anfíbios, a reprodução ocorre próximo a ambientes 
aquáticos. O macho abraça a fêmea (amplexo), estimulando-a a liberar os 
gametas no ambiente, sobre os quais são liberados os espermatozoides. 
A fecundação é externa porque ocorre no ambiente, fora do corpo.
• Ovos de anfíbio
• Macho e fêmea de pinguim 
se reproduzindo
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8o. ano – Volume 36
Como unidade fundamental da vida, a maioria das 
células nasce, desenvolve-se, reproduz (se divide) e 
morre, realizando um ciclo semelhante ao dos seres 
vivos. O processo de formação de novas células ocorre 
pela divisão celular.
No interior de todas as células, existe o material ge-
nético do organismo, responsável por determinar as 
suas características. Nas células eucarióticas, o material 
genético se encontra dentro do núcleo, é formado por 
DNA (ácido desoxirribonucleico) e está organizado na 
forma de filamentos denominados cromossomos. 
Cada espécie de ser vivo tem um número característico 
de cromossomos, que deve ser o mesmo para todos os 
indivíduos da espécie.
Nós, seres humanos, temos, em cada núcleo celular, 46 cromossomos (23 pares). Metade deles nós 
herdamos da nossa mãe; e a outra metade, do pai. 
Mas como isso é possível? Na fecundação, processo que também ocorre na formação dos seres hu-
manos, duas células sexuais (os gametas masculino e feminino) se unem. Cada uma dessas células tem 
23 cromossomos. Com a união dos gametas, o novo indivíduo passa a ter 46 cromossomos.
Para que o número final de cromossomos após a fecundação seja sempre 46, na produção dos ga-
metas ocorre um processo diferenciado de divisão celular, chamado de meiose. Nesse caso, no fim do 
processo, formam-se 4 células com a metade do número de cromossomos da célula original. A meiose 
também ocorre na formação dos gametas de todos os animais e também durante a produção das células 
reprodutivas das plantas.
As células que não são gametas, ou seja, não participam da fecundação, realizam outro tipo de divi-
são celular, pois não precisam reduzir o número de cromossomos, apenas mantê-lo. Mitose é o nome 
dado ao processo de divisão celular em que uma célula se divide em duas, originando duas novas células 
com o mesmo número de cromossomos. 
A mitose é o tipo de divisão mais comum nas células que formam o corpo humano. Ela é importante 
para as células que se desgastam rapidamente e morrem, como as que formam a pele, uma vez que 
possibilita um crescimento celular mais rápido.
7 mm
• Representação do desenvol-
vimento de uma nova planta 
a partir do embrião presente 
na semente
Reprodução sexuada nas plantas 
As plantas também produzem gametas e se reproduzem de 
forma sexuada. Nas plantas com flores, ocorre a produção de grãos 
de pólen, que são levados à parte feminina da flor, onde ocorre a 
fecundação. A semente é originada a partir da união dos gametas e 
abriga em seu interior o embrião de uma nova planta. 
+ Zoom
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DNA
Célula
Núcleo
• Representação esquemática da estrutura do DNA e seu 
enovelamento até a formação de um cromossomo
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 Ciências 7
 1. Complete as frases abaixo, que fazem referência à reprodução assexuada dos organismos. Depois, por 
meio de desenhos, represente essas formas de reprodução. 
a) Um organismo unicelular, como as bactérias 
e certas algas, pode se dividir em dois 
geneticamente iguais. É o processo da divisão 
simples .
b) Alguns organismos, como as hidras, podem se 
reproduzir assexuadamente por brotamento .
 2. Complete o quadro a seguir com as características gerais que diferenciam a reprodução sexuada e a re-
produção assexuada. 
Características Assexuada Sexuada
Qual o número de indivíduos 
envolvidos? 
Somente um Dois
Há variabilidade genética? Quase nenhuma Sim
Ocorre nos seres humanos? Não Sim
É muito comum em bactérias? Sim Não
Como ocorre essa forma de reprodução 
em plantas? 
Partes da planta podem dar origem a 
novos indivíduos.
O pólen chega até a parte feminina da 
flor, ocorre a fecundação e a formação 
do embrião.
Como ocorre essa forma de reprodução 
em animais?
Pode ocorrer por 
brotamento ou partenogênese.
Há participação de gametas que 
se unem, dando origem a um novo 
embrião.
 3. Considere que as formas representadas abaixo ilustram, esquematicamente, dois tipos de reprodução. Indique 
o nome do tipo de reprodução esquematizado e se é um exemplo de reprodução sexuada ou assexuada.
Nome do processo: fissão binária (divisão simples) 
Tipo de reprodução: assexuada 
Nome do processo: brotamento 
Tipo de reprodução: assexuada 
 4. Considerandoas principais características da reprodução assexuada e da sexuada, relacione as colunas a seguir.
( 1 ) Reprodução assexuada
( 2 ) Reprodução sexuada
( 2 ) Envolve a participação de gametas.
( 1 ) O ser gerado é igual ao ser que lhe deu origem.
( 2 ) Ocorre com seres humanos.
( 2 ) Envolve o processo de fecundação.
( 1 ) É comum em bactérias.
Atividades
8o. ano – Volume 38
 Vida humana: transformações e permanências
Para a formação de um novo ser humano, ocorre a reprodução sexuada, com a participação de gametas 
femininos e masculinos, que, após a fecundação, dão origem a uma célula-ovo, também chamada de zigoto, 
que sofrerá inúmeras divisões (mitoses) e formará um embrião. Após algumas semanas, o embrião passa a ser 
chamado de feto. O desenvolvimento embrionário humano ocorre dentro do útero materno e, normalmente, 
demora cerca de 40 semanas até o nascimento.
A espécie humana, assim como ocorre nos demais 
animais e em diversos seres vivos, apresenta um ciclo 
de vida que se inicia com o nascimento – os indivíduos 
nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Entre es-
ses acontecimentos, ocorrem muitas transformações 
na estrutura dos organismos, com diferenças no corpo 
bastante perceptíveis. 
Costumamos dividir os períodos da vida humana 
em fases, tais como: infância, adolescência, fase adulta 
e velhice.
Infância 
A infância é o período que se inicia com o nascimento e, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adoles-
cente (ECA), estende-se até os 12 anos de idade (incompletos). 
Os primeiros anos de vida de uma pessoa são fundamentais para o seu desenvolvimento. É nesse período 
que ocorrerá a maior parte do crescimento do corpo e o desenvolvimento da capacidade intelectual da pessoa. 
Por isso, é nessa faixa etária que observamos os maiores impactos provenientes da qualidade da alimentação, 
do acesso a saneamento básico, da educação de qualidade, bem como das influências culturais.
Até os 3 anos de idade, o cérebro atingirá cerca de 80% do seu tamanho quando adulto. Por isso, é neces-
sário que ele seja bastante estimulado nesse período, o que garantirá que se estabeleçam conexões nervosas 
adequadas. 
Ao longo da nossa vida, passamos por fases bastante distintas, cada uma 
delas marcada por características específicas.
Por compreender períodos bastante distintos durante os primeiros 12 anos de vida da pessoa, a infância foi dividida em 
fases: primeira infância – até 2 anos e 11 meses; segunda infância – dos 3 anos até 5 anos e 11 meses; e terceira infância – 
dos 6 anos até 11 anos e 11 meses. O período de pré-adolescência corresponde ao período entre 10 e 12 anos.
De acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, as crianças 
devem ter assegurada a sua proteção contra toda forma de discriminação ou 
castigo por causa da condição, das atividades, das opiniões manifestadas ou 
das crenças de seus pais, representantes legais ou familiares.
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Sugestão de atividade sobre a infância.2
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É importante que os alunos interpretem as modificações físicas e emocionais que acompa-
nham a adolescência, reconhecendo que elas podem ter impacto na autoestima e na segu-
rança de seu próprio corpo.
Adolescência 
A adolescência é a fase de transição entre a infância 
e a idade adulta. Há algumas controvérsias sobre a idade 
de sua abrangência. O ECA cita que a adolescência com-
preende o período dos 12 até os 18 anos. 
É na adolescência que ocorre a puberdade e seu iní-
cio varia entre os meninos e as meninas e de pessoa para 
pessoa, pois depende de fatores individuais como heran-
ça genética, alimentação, estresse, prática de atividades 
físicas, entre outros.
No início da adolescência, as transformações físicas, 
psicológicas e comportamentais ocorrem juntas e o cor-
po vai adquirindo uma nova forma. As transformações 
biológicas e as alterações na personalidade que ocorrem 
nessa fase são decorrentes da atuação do sistema nervo-
so e dos hormônios, incluindo os sexuais.
Sugestão de leitura.3
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera adolescência o período dos 10 aos 19 anos, e a 
Organização das Nações Unidas (ONU) considera como juventude o período entre 15 e 24 anos.
A ação dos hormônios sexuais voltará a ser estudada na abordagem dos sistemas genitais.
O que muda na adolescência 
Há muitas modificações físicas e emocionais que acompanham a adolescência e essas mudanças aconte-
cem mais cedo para as meninas.
Além de o corpo ir gradualmente se tornando apto a se reproduzir, os hormônios sexuais – progesterona, 
estrogênio e testosterona – também induzem outras modificações no corpo do adolescente, como o aumento 
da produção de suor e consequente aparecimento de odores. Como as glândulas estão mais ativas, suas secre-
ções podem servir de meio para a proliferação de bactérias na pele e ocasionar mau cheiro. Os fungos também 
podem aparecer principalmente nos pés, devido à umidade, ao calor e à proteção da luz, que ocorrem com o 
uso frequente de meias e de calçados fechados.
Região do 
sistema nervoso
Hipotálamo Hipófise
Envia estímulos 
para a glândula
Libera os hormônios 
LH e FSH
No homem
Na mulher
Produção do hormônio 
TESTOSTERONA pelos 
testículos
Produção dos hormônios 
ESTROGÊNIO e 
PROGESTERONA 
pelos ovários
Uma das primeiras mudanças que ocorrem nessa fase é o crescimento em estatura, com grande desenvol-
vimento ósseo e muscular. Como nessa fase o adolescente atinge a puberdade, ocorre a maturidade sexual, 
com o aparecimento das características sexuais relacionadas diretamente à reprodução: o desenvolvimento do 
pênis, dos testículos, dos ovários, do útero e da vagina.
Com o desenvolvimento dos testículos e dos ovários, também começam a aparecer os caracteres sexuais se-
cundários, que variam entre meninos e meninas. Nos meninos, ocorre mudança no timbre da voz, alargamento 
dos ombros, aparecimento de pelos no rosto, axilas e região pubiana, crescimento do pênis e testículos e pri-
meira ejaculação. Nas meninas, ocorre o desenvolvimento das glândulas mamárias, o alargamento do quadril, o 
aparecimento de pelos nas axilas e região pubiana e a primeira menstruação (menarca).
Todas essas mudanças na adolescência são desencadeadas pelo hipotálamo, uma região do cérebro que 
manda um sinal para a glândula hipófise, que libera os hormônios chamados gonadotróficos, os hormônios 
luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH). Nas meninas, esses hormônios agirão sobre os ovários, estimu-
lando a secreção de outros hormônios, o estrogênio e a progesterona. Nos meninos, o LH e o FSH estimularão 
a produção do hormônio testosterona e de espermatozoides nos testículos.
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8o. ano – Volume 310
A ação desses hormônios também pode provocar, em alguns adolescentes, o surgimento de acne (espi-
nhas) na pele do rosto e em outros locais do corpo, como nas costas, peito e ombros. 
A acne se forma quando a gordura produzida pelas glândulas fica acumulada e não consegue sair pelo poro, 
atraindo bactérias que ocasionam uma inflamação. 
Na fase inicial da adolescência, meninas e meninos tornam-se mais conscientes de seu corpo do que quan-
do eram crianças pequenas, podendo mudar o seu comportamento. 
Como a adolescência marca uma época de muitas mudanças no corpo do indivíduo, quando associadas às 
influências sociais, essas mudanças frequentemente são acompanhadas com constantes variações de humor e 
de comportamento. E emoções como felicidade, tristeza, agitação, preguiça e agressividade podem fazer parte 
de um único dia de um adolescente.
As mudanças no corpo são muito bruscas e aparentes 
e isso traz ao adolescente algumas inseguranças e neces-
sidade de autoafirmação. Também ocorre, na maioria dos 
adolescentes, a necessidade de fazer parte de um grupo 
com interesses comuns.
Intelectualmente, é durante a fase inicial da adoles-
cência que o lobo frontal do cérebro, região que governa 
o raciocínio e as tomadas de decisão, começa a se de-senvolver. O adolescente desenvolve um raciocínio mais 
rápido e eficaz em elaborações mais complexas, pode 
apresentar aumento na concentração e melhor seleção 
de informações, sua memória adquire melhor capacida-
de de retenção e a linguagem torna-se mais complexa 
com aumento do vocabulário e da expressão.
Bactérias se multiplicam dentro da 
glândula sebácea. O corpo pode reagir 
produzindo uma inflamação e a pele 
no local fica vermelha e com pus, 
caracterizando a espinha.
Epiderme
Glândula 
sebácea
Poro saudável Poro bloqueado Poro inchado e inflamado
• Formação da acne
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Conexões
ESPECIALISTA DÁ DEZ DICAS SOBRE MUDANÇA FÍSICA NA ADOLESCÊNCIA
1 – Alimentação
É muito importante que o jovem se alimente bem, com 
qualidade, pois a energia proveniente das refeições 
vai servir de combustível para o crescimento e demais 
mudanças no corpo. Uma pessoa desnutrida demora 
mais para entrar em puberdade.
2 – Sono
O GH (hormônio do crescimento) tem seu efeito mais 
pronunciado durante a noite. Portanto dormir pelo 
menos 8 horas por noite garante que esse hormônio 
possa atuar de maneira eficaz.
3 – Exercícios Físicos
O nosso corpo foi feito para o movimento. Nessa etapa 
da vida ele é fundamental [para] que ossos, músculos, 
tendões e demais estruturas possam crescer e se 
desenvolver de maneira saudável. Então largue o celular 
e vá se movimentar.
4 – Acne (espinhas)
Hoje existem tratamentos bem eficientes e específicos 
para cada grau de acne. Ninguém precisa sofrer com a 
pele cheia de espinhas. Procure um médico especialista.
5 – CC (cheiro do corpo)
As mudanças nos hormônios provocam novidades no 
corpo. Uma delas é relacionada ao cheiro que o corpo 
começa a exalar. Portanto caprichar no banho e usar 
desodorante é fundamental.
6 – Até quando eu vou crescer? 
A entrada na puberdade depende de vários fatores. 
Inclusive do fator genético. O médico hebiatra pode 
LIMA, Maurício de S. Especialista dá dez dicas sobre mudança física na adolescência. Disponível em: <http://g1.globo.com/como-sera/quadros/
adolescentes/noticia/2017/03/especialista-da-10-dicas-sobre-mudanca-fisica-na-adolescencia.html>. Acesso em: 2 ago. 2018.
E você, que mudanças físicas tem percebido em seu corpo? Tem cuidado da sua alimentação e realizado 
atividades físicas? Reflita sobre as suas mudanças e a maneira como está lidando com elas.
examinar você e se for o caso pedir alguns exames para 
responder essa questão.
7 – Ginecomastia puberal
É o aumento da glândula mamária nos meninos durante 
a puberdade. Cerca de 2/3 dos jovens apresentam algum 
sinal desse aumento. Na maioria dos casos, após 1 ano e 
meio a glândula mamária regride de tamanho. Se você se 
preocupa com essa mudança no seu corpo, procure um 
médico para te orientar.
8 – Pelos
Algumas pessoas querem ter pelos, barba e outras pessoas 
reclamam porque acham que têm pelos demais. Essa 
questão também pode ser avaliada por um especialista.
9 – Vacinas
Existem vacinas que são administradas na adolescência. 
É bom verificar se a carteira de vacinação está em dia. 
Procure um médico para conferir se os “carimbos” das 
vacinas estão em ordem.
10 – Menstruação
Após a primeira menstruação (menarca) muitas mudanças 
acontecem com o corpo da menina. É importante que ela 
seja orientada como agir nessa nova etapa da vida. Além 
disso, ninguém precisa sofrer com cólicas menstruais. 
Existe sempre uma opção para evitar dores decorrentes 
dessas mudanças.
http://g1.globo.com/como-sera/quadros/adolescentes/noticia/2017/03/especialista-da-10-dicas-sobre-mudanca-fisica-na-adolescencia.html
O médico hebiatra é o especialista que cuida da saúde do 
adolescente.
Infância e adolescência no Brasil
O Brasil possui uma população de 206,1 milhões de pessoas, dos quais 57,6 milhões têm 
menos de 18 anos de idade (Estimativa IBGE para 2016). Mais da metade de todas as crianças e 
adolescentes brasileiros são afrodescendentes e um terço dos cerca de 820 mil indígenas do país 
é criança. [...]
O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção da 
infância e da adolescência. No entanto, é necessário adotar políticas públicas capazes de combater e 
superar as desigualdades geográficas, sociais e étnicas do país e celebrar a riqueza de sua diversidade.
INFÂNCIA e adolescência no Brasil. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/activities.html>. Acesso em: 2 ago. 2018.
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8o. ano – Volume 312
Fase adulta 
A principal característica da fase adulta é a maturidade dos sistemas orgânicos. Apesar de o final da adoles-
cência se completar aos 18 anos, nem sempre o início da fase adulta se inicia exatamente nessa idade, pois ela 
depende do desenvolvimento de cada pessoa, das suas características físicas, psicológicas e do seu contexto 
social.
Na fase adulta, geralmente ocorre a estabilidade da pessoa, no meio familiar, social e profissional.
É a fase mais longa do indivíduo e muitas vezes a mais ativa socialmente. Considera-se que a fase adulta vá 
até, aproximadamente, 65 anos.
Velhice 
As pessoas, na velhice, são chamadas de idosas, e esse conceito depende do momento histórico, do grupo 
cultural e até de uma pessoa para outra. O aumento da expectativa de vida das populações tem aumentado o 
limite entre a fase adulta e a velhice, bem como a sua duração. O aumento na longevidade tem aumentado a 
quantidade de idosos pelo mundo.
A última fase da vida humana é caracterizada pelo envelhecimento do corpo, a pele perde a elasticidade e 
os cabelos ficam ainda mais brancos e ralos. Os sistemas podem apresentar problemas relacionados à idade. 
O envelhecimento do corpo como um todo se deve ao fato de as células morrerem e não serem substituídas, 
tornando as alterações físicas mais nítidas. Com a diminuição de células no organismo, os sistemas do corpo 
não realizam suas funções adequadamente.
Outro fator que pode afetar os idosos é a sua mudança de papel na sociedade, geralmente relacionada à 
diminuição de sua capacidade física. Alguns idosos podem ou não apresentar necessidades especiais para a 
realização das suas atividades diárias.
Cada vez mais, as pessoas idosas têm sido vistas como contribuintes para o desenvolvimento da população, 
sendo que suas habilidades devem ser utilizadas para melhorar suas vidas e das suas comunidades.
Leitura complementar sobre a fase adulta.4
Informações adicionais sobre a velhice.5 6 Calculadora de expectativa de vida.
Saiba +
No Brasil, temos o Estatuto do Idoso, que se destina a re-
gular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou 
superior a 60 anos. Em um dos seus artigos, ele afirma que:
BRASIL. Casa Civil. Lei n.º 10.741, de 1.º de outubro de 2003. Dispõe sobre o 
Estatuto do Idoso e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm>. Acesso em: 2 ago. 2018.
“Art. 3o. É obrigação da família, da comunida-
de, da sociedade e do Poder Público assegurar ao 
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do 
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educa-
ção, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à 
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e 
à convivência familiar e comunitária.”
O conhecimento 
dos idosos pode 
ser passado 
de geração a 
geração em 
momentos 
enriquecedores.
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 1. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.
Atividades
O nascimento de Pedro de Alcântara, no dia 2 de dezembro de 1825, foi muito comemorado 
pela população do Brasil Imperial. O menino, filho do imperador D. Pedro I, era herdeiro do trono 
brasileiro e, diferentemente do seu pai, havia nascido no Brasil. O menino se tornou órfão de mãe 
com apenas 1 ano de idade e aos 5, no ano de 1831, seu pai abdicou do trono brasileiro e retornou 
para Portugal. Pedro de Alcântaraficou no Brasil, mas não tinha idade para assumir o trono. No 
final da década de 1830, iniciaram-se as discussões sobre a possibilidade de D. Pedro de Alcântara 
assumir o trono, por meio da antecipação de sua maioridade. Em julho de 1840, realizou-se a apro-
vação de sua maioridade e sua coroação ocorreu no ano seguinte, em 1841. Em 1843, ele se casou, 
por procuração, com Teresa Cristina, pertencente à família real das Duas Sicílias. Até a Proclamação 
da República, em 1889, D. Pedro II foi o imperador do Brasil, tendo sido o governante que por 
maior tempo esteve à frente do governo: ao todo, 49 anos.
Em que fase da vida estava D. Pedro II quando
• tornou-se órfão? Infância. 
• teve a maioridade decretada? Adolescência. 
• foi coroado imperador do Brasil? Adolescência. 
• casou-se? Adolescência. 
• ocorreu a Proclamação da República? Final da fase adulta e início da velhice. 
 2. O texto a seguir é um trecho do livro O Pequeno Príncipe, ele diz respeito a uma fase de nossas vidas.
– Só as crianças sabem o que procuram, disse o principezinho. Perdem tempo com uma boneca 
de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando a gente toma... 
– Elas são felizes... disse o guarda-chaves.
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. São Paulo: Agir, 2006. p. 54. 
Cite o nome da fase da vida humana que fica evidenciada no trecho citado e explique por que ela é tão 
importante para o nosso desenvolvimento.
O trecho citado faz referência à infância. É nessa fase que ocorre a maior parte do crescimento do corpo e da capacidade intelectual 
das pessoas, por isso ela é muito importante para o nosso desenvolvimento.
 3. É atribuída ao escritor francês Victor Hugo (1802-1885) a seguinte frase:
“Quarenta anos é velhice para a juventude, e cinquenta anos é juventude para a velhice”.
Dê sua opinião sobre a primeira parte da frase. Você acha que Victor Hugo tinha razão? Relacione suas 
conclusões à afirmação de que a velhice é um conceito subjetivo e pessoal. Faça um pequeno texto dis-
sertativo explicando essa questão.
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que cada pessoa tem seu próprio critério para definir quem é idoso ou não. Para uma 
criança, uma pessoa de 30 anos pode ser considerada velha. Para um idoso, uma pessoa de 40 pode ser considerada jovem.
O contexto social em que as pessoas estão inseridas é muito importante nessa definição.
8o. ano – Volume 314
Vesícula seminal
Pênis
Ducto deferente
Uretra
Epidídimo
Testículo
Bolsa escrotal
Próstata
Ânus
Bexiga urinária
Sistema genital
As transições de cada etapa da vida dos seres humanos nem sempre são fáceis, pois, para cada mudança, 
há novas formas de pensar, acompanhadas de alterações físicas. Assim, estamos em constante transformação.
A partir da puberdade, ocorrem muitas mudanças no corpo dos meninos e das meninas e eles passam a 
apresentar características bem diferentes, como o desenvolvimento do sistema genital, que acentuam ainda 
mais as nossas diferenças anatômicas. 
Sistema genital do homem 
Na puberdade, o hormônio testosterona passa a ser produzido. Esse hormônio atua no desenvolvimento 
e na manutenção das características sexuais secundárias, como mudança na voz, crescimento do pênis e dos 
testículos, crescimento de pelos e produção de espermatozoides, as células reprodutivas masculinas.
Analise o esquema a seguir e acompanhe a descrição do sistema genital do homem.
Os órgãos que es-
tão marcados em 
fonte diferenciada 
não fazem parte do 
sistema genital do 
homem, mas, caso 
os alunos tenham 
dúvidas, é impor-
tante retomar o 
papel desses órgãos 
nos sistemas diges-
tório e urinário.
• Sistema genital do homem
Do epidídimo os espermatozoides passam pelos ductos deferentes, os quais permitem que eles cheguem 
à uretra, canal pelo qual são liberados ao exterior. Nesse percurso, os espermatozoides recebem as secreções 
produzidas pelas vesículas seminais (líquido seminal) e pela próstata (líquido prostático), formando-se, en-
tão, o sêmen ou esperma.
O pênis é um órgão que tem duas funções: a reprodutora e a uriná-
ria. No seu interior, há um canal, a uretra, que conduz os espermato-
zoides e a urina para fora do corpo. No pênis, encontram-se dois tipos 
de tecido, denominados corpo esponjoso e cavernoso. O corpo caver-
noso se enche de sangue quando há excitação, provocando a ereção 
do pênis, que, durante o ato sexual, permite sua entrada na vagina da 
mulher. Se houver aumento da excitação, pode ocorrer a ejaculação, 
que é a eliminação de sêmen. A extremidade do pênis recebe o nome 
de glande, uma região de grande sensibilidade. Por sua vez, a glande é 
protegida por uma prega de pele chamada prepúcio. Na higiene diária 
do pênis, é muito importante que se tenha o hábito de puxar bem o 
prepúcio e expor a glande, para evitar o acúmulo de resíduos.
Os testículos são dois órgãos 
onde são produzidos a testoste-
rona e os espermatozoides. Eles 
estão localizados na bolsa escro-
tal, fora da cavidade abdominal. A 
mobilidade da bolsa escrotal para 
cima e para baixo, afastando-se e 
aproximando-se do calor do corpo, 
gera uma temperatura adequa-
da para a produção dos esper-
matozoides. Sobre os testículos, 
encontramos os epidídimos, pe-
quenos tubos retorcidos, onde os 
espermatozoides amadurecem e 
desenvolvem a capacidade de se 
movimentar.
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Algumas vezes, o prepúcio assume 
uma forma que impede a passagem 
da glande durante a ereção do pê-
nis, dificultando ou impedindo o ato 
sexual. Esse problema, chamado de 
fimose, pode ser corrigido por meio 
de uma cirurgia que elimina parte 
do prepúcio. Entre os judeus e os 
muçulmanos, a cirurgia de retirada 
do prepúcio é um costume religio-
so e, nesse caso, ela é chamada de 
circuncisão.
 Ciências 15
Corpo do útero
Tuba uterina
Ovário
Bexiga urináriaCérvice uterina
Ânus
Vagina Lábio menor Lábio maior
Clitóris
Uretra
Sistema genital da mulher 
Assim como nos homens, o sucesso reprodutivo e o funcionamento adequado do sistema genital da mulher 
dependem da ação hormonal. A progesterona e o estrogênio são os principais hormônios sexuais da mulher, 
produzidos nos ovários. A progesterona prepara o útero para receber o embrião. Já o estrogênio é responsável 
pelas características sexuais secundárias, tais como acúmulo de gordura em áreas como os quadris e as pernas, 
desenvolvimento dos seios e surgimento de pelos nas axilas e na região pubiana.
Analise a imagem a seguir e acompanhe a descrição do sistema genital da mulher.
Saiba +
Os espermatozoides são formados por: cabeça, peça inter-
mediária e cauda. Na cabeça, encontra-se o material genético 
(DNA) com as informações que serão passadas do pai para o 
novo indivíduo. A peça intermediária contém muitas mitocôn-
drias, organelas que atuam na liberação de energia, que será 
utilizada principalmente para que eles se movimentem, por 
meio de batimentos da cauda (flagelo).
Em uma ejaculação humana, são expulsos de 200 
a 500 milhões de espermatozoides.
No interior do corpo da mulher, os esper-
matozoides duram, em média, três dias.
abeça, peça inter-
material genético 
das do pai para o 
m muitas mitocôn-
nergia, que será 
vimentem, por 
de 200 
Acrossomo 
Núcleo 
Cabeça
Mitocôndrias
Cauda (flagelo)
Peça
intermediária
• Principais partes de um espermatozoide humano
• Sistema genital da mulher
Na ilustração, os órgãos que estão marcados em fonte diferenciada não fazem parte do sistema 
O pudendo feminino, ou vulva, corresponde ao 
conjunto de órgãos genitais externos, onde se encontra 
o orifício da vagina. Ele também é formado pelos lábios 
maiores e menores e pelo clitóris, pequena saliência 
arredondada encontrada na junção superior dos peque-
nos lábios. Nessa região também há outro orifício, o da 
uretra, por onde sai a urina e que não faz parte do sistema 
genital, e sim do sistema urinário.
A vagina é formada por um canal muscular com cerca 
de 8 cm de comprimento que se estende desde o orifício 
vaginalaté o colo do útero. As paredes vaginais apresen-
tam grande elasticidade e contratilidade, possibilitando a 
eliminação do sangue menstrual e a saída do bebê duran-
te o parto natural. A aproximadamente 2 cm da abertura 
vaginal, existe uma membrana mucosa perfurada e vas-
cularizada, denominada hímen, cuja função é proteger a 
entrada da vagina. O hímen apresenta um orifício central 
que possibilita a saída do fluxo menstrual.
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O útero tem a forma de uma pera, com a parte menor virada para baixo, a qual se liga com a vagina. A partir 
da puberdade, praticamente todos os meses, o útero “se prepara” para abrigar uma nova vida. Se não ocorrer a 
gravidez, há a descamação do revestimento interno do útero, o endométrio, com a presença de sangue, o que 
caracteriza a menstruação.
genital da mulher, mas, caso os alunos tenham dúvidas, é importante retomar o papel desses órgãos nos sistemas digestório e urinário.
8o. ano – Volume 316
Os ovários são órgãos que produzem os hormônios sexuais e os 
ovócitos secundários, as células reprodutivas femininas. Até sofrer 
maturação e ser liberado, o ovócito fica retido no ovário dentro de 
um agregado de células chamado de folículo ovariano. Aproxima-
damente a cada mês, um ovócito é liberado de um dos ovários, pro-
cesso conhecido como ovulação. Cada ovário comunica-se com o 
útero por um canal chamado tuba uterina. É na tuba uterina que o 
ovócito se une ao espermatozoide. Se ocorrer a fecundação (fertiliza-
ção), a gravidez tem início. Caso contrário, o ovócito não fecundado 
se degenera.
O ciclo menstrual 
O ciclo menstrual inicia-se com o primeiro dia da menstruação. Ele é regulado pelos hormônios FSH (hor-
mônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que são produzidos pela hipófise, e pelos hormônios 
estrogênio e progesterona, que são produzidos pelos ovários. 
Usualmente, denomina‐se a célula 
liberada pelas mulheres durante a 
ovulação de “óvulo”, mas o termo 
correto é “ovócito secundário”, já 
que ele ainda não completou seu 
desenvolvimento. Após a fecunda-
ção pelo espermatozoide, ocorre a 
etapa final das transformações, ori-
ginando o óvulo.
O ciclo reprodutivo pode variar entre as mulheres, 
principalmente nos primeiros anos. Sendo assim, 
para mulheres de ciclos irregulares, a ovulação 
não corresponde exatamente ao 14.º dia.
• Representação das etapas do ciclo reprodutivo mostrando as alterações no revestimento uterino
Menstruação
Dias férteis
Em um ciclo de 28 dias, a 
ovulação ocorre no 14.º dia após 
o primeiro dia da menstruação.
Um ciclo dura, em média, cerca de 28 dias, e a ovulação – 
liberação do ovócito – ocorre por volta do décimo quarto dia. 
É nessa época que a mulher tem maior chance de engravidar, 
por isso o período da ovulação também é conhecido como 
período fértil, formado, normalmente, pelos três dias que 
antecedem a ovulação e pelos dois dias após ela ocorrer.
Nível elevado de progesterona mantém o 
endométrio espesso; se não houver 
fecundação, a concentração da progesterona 
diminui e ocorre uma nova menstruação.
endométrio espesso; se não houver 
fecundação, a concentração da progesterona 
diminui e ocorre uma nova menstruação.
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Menstruação
Menstruação
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Ovócito não fertilizado
Primeiro dia da menstruação.
 O ovócito não fecundado
se degenera.
O FSH inicia o
desenvolvimento
de um novo ovócito.
Níveis elevados de estrogênio e
LH ocasionam o aumento dos
vasos sanguíneos e a ovulação.
No período da ovulação, há maior produção de estrogênio e de hormônio luteinizante. O nível elevado de 
progesterona mantém o endométrio íntegro, preparado para uma possível gravidez. Na ausência da fecunda-
ção, a produção de progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, 
provocada por esse súbito declínio. É normal que haja variação na duração do sangramento, que pode durar 
entre 3 e 7 dias.
A nova menstruação marca o início de um novo ciclo, repetindo o processo. As ovulações ocorrem perio-
dicamente até a idade de 50 anos, aproximadamente, quando se inicia a menopausa, uma fase de grandes 
mudanças hormonais que marca o fim da fertilidade feminina com o fim das menstruações.
 Ciências 17
Fecundação, gestação e parto 
Durante a relação sexual, o homem libera espermatozoides na vagina da mulher. Esses espermatozoides se 
deslocam até a tuba uterina e, se encontrarem o gameta feminino, ocorre a fecundação. A fusão do esperma-
tozoide com o óvulo gera uma nova estrutura chamada célula-ovo ou zigoto. 
A partir da fecundação, inicia-se o desenvolvimento embrionário e o embrião con-
tinua se dividindo até o momento em que se desloca da tuba uterina em direção 
ao útero, com o auxílio de contrações musculares e do movimento de peque-
nos cílios existentes no interior da tuba uterina. A fixação do embrião no útero 
é chamada de nidação ou implantação. Para que a mulher não menstrue nesse 
período, o corpo aumenta a produção de progesterona, e um novo hormônio 
chamado HCG (gonadotrofina coriônica humana) começa a ser produzido pela 
placenta. Já acomodado no endométrio uterino, o embrião continua a sofrer 
divisões celulares que alteram o seu aspecto externo e interno. Durante a ges-
tação, o embrião se desenvolve, amadurece e passa a ser chamado de feto, até 
estar totalmente formado.
Saiba +
No período que antecede o início da menstruação, no qual há queda da concentração de estro-
gênio e progesterona, além da oscilação nos níveis de outros hormônios, muitas mulheres sentem 
um conjunto de sintomas conhecidos como tensão pré-menstrual (TPM). Elas podem sentir irrita-
bilidade, dores nas mamas, dores de cabeça, crises de choro sem motivo aparente, agressividade, 
compulsão por determinados alimentos, como chocolate, entre outros sintomas.
Depois da primeira menstruação, toda menina deve anotar quantos dias há de sangramento e 
em quais dias se iniciou uma nova menstruação. Esse controle é muito importante para entender 
o ciclo menstrual, além de ser uma importante informação para o médico ginecologista.
A mudança hormonal pode acarretar o surgimento de corrimentos vaginais. Corrimentos com 
cheiro, cor ou textura anormais devem ser investigados pelo médico, pois podem indicar infecção.
Durante o período menstrual, a higiene pessoal é ainda mais importante. Nesse caso, além do 
banho diário, recomenda-se o uso de um absorvente, o qual deve ser trocado, em média, a cada 
três horas (dependendo da quantidade de fluxo sanguíneo).
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No útero da mulher, no início da gestação, desen-
volvem-se algumas estruturas com funções exclusi-
vas de proteger e nutrir o futuro bebê: os anexos em-
brionários, que são a placenta, o cordão umbilical e 
a bolsa amniótica, que contém o líquido amniótico.
A gestação nos seres humanos dura aproximadamente 40 semanas, 
cerca de 9 meses. Durante todo o período gestacional, é muito im-
portante que a futura mãe receba acompanhamento adequado por 
meio de consultas médicas e exames pré-natais para avaliar a saúde 
materna e fetal.
No parto natural, fortes contrações uterinas empurram o feto 
pelo canal vaginal para fora do corpo materno. Algumas vezes, o 
parto natural pode trazer riscos à gestante e ao bebê, sendo reco-
mendado para esses casos a cesariana, na qual o bebê é removido 
do útero por uma cirurgia.
Gêmeos
Existem gestações em que há mais de um embrião, ocorrendo a formação de gêmeos. Os gêmeos podem 
ser de dois tipos: monozigóticos, univitelinos ou idênticos, e dizigóticos, bivitelinos ou fraternos. 
Gêmeos monozigóticos originam-se quando um único ovócito é fecundado por um espermatozoide, 
mas, durante a divisão celular, o zigoto se divide e ocorre a formação de dois (ou mais) embriões do mesmo 
sexo e geneticamente iguais (poliembrionia). 
Já nos gêmeos dizigóticos,há a liberação de mais de um ovócito durante a ovulação (poliovulação). As-
sim, cada ovócito poderá ser fecundado por um espermatozoide diferente e originar um embrião cada. Esses 
gêmeos podem ou não ser do mesmo sexo e são geneticamente diferentes.
Menino ou menina?
Durante a fecundação, o sexo da criança é determinado por um par de cromossomos. Os homens têm dois 
cromossomos sexuais, chamados X e Y. Como os espermatozoides carregam metade dos cromossomos, alguns 
espermatozoides carregarão o X; e outros, o Y. Nas mulheres, há dois cromossomos X, então todos os ovóci-
tos têm somente um X. Se o ovócito for 
fecundado por um espermatozoide que 
carregue o X, o embrião será menina (XX). 
Se o espermatozoide carregar um Y, será 
menino (XY). Portanto, é o espermatozoide 
o responsável pela definição cromossômi-
ca do sexo do bebê.
Conexões
Os dois embriões independentes 
darão origem a dois gêmeos 
diferentes, que podem ou 
não ser do mesmo sexo.
Gêmeos monozigóticos
1 ovócito e 
1 espermatozoide
Um único óvulo 
fecundado se divide
em duas células.
As divisões celulares 
continuam até determinado 
momento, quando o embrião
se divide em dois.
Formam-se dois embriões
e dois gêmeos idênticos
do mesmo sexo. 
Gêmeos dizigóticos 
2 ovócitos e
2 espermatozoides
Dois ovócitos são fecundados, 
cada um por um espermatozoide, 
e começam a se dividir. 
Os embriões continuam
 com as divisões celulares 
de forma independente.
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A determinação cromossômica do sexo de um bebê é realizada pelo espermatozoide.
 Ciências 19
Sexualidade humana 
O ciclo vital dos organismos inclui a reprodução. Mesmo antes de o bebê nascer, inicia-se a formação de 
uma importante parte da sexualidade do indivíduo: é a formação do sexo biológico – menino ou menina. A 
partir daí, a sexualidade vai se desenvolvendo com características específicas para cada uma das fases vitais, 
transformando-se até o fim da vida.
No caso dos seres humanos, esse processo envolve algo a mais se for comparado com outras espécies 
animais. Homens e mulheres manifestam afetividade entre os parceiros, troca de carinhos e diversas outras 
emoções que transformam o ato sexual em um evento que vai além do instinto e da necessidade de deixar 
descendentes.
O contato íntimo entre as pessoas é orientado por uma série de valores culturais, éticos, religiosos, familiares 
e sociais complexos, inexistentes entre os outros animais. Homens e mulheres têm necessidades afetivas que 
refletem experiências e sentimentos que são ativados quando se apaixonam ou sentem atração e necessidade 
de experimentar maior intimidade. 
O ser humano não necessariamente se apaixona e escolhe para ser pai ou mãe dos seus filhos os indivíduos 
mais belos ou fortes, como ocorre em outras espécies animais. Existem outros elementos que são importantes, 
como empatia pessoal, sensação de segurança, humor, postura diante da vida, comprometimento e outros que 
são levados em conta para um relacionamento entre duas pessoas.
Seria interessante que você parasse um momento 
e pensasse qual é o seu entendimento sobre o signifi-
cado de duas palavras: sexo e sexualidade.
Para você, elas têm o mesmo significado?
Na verdade, sexo e sexualidade não são a mesma 
coisa. O termo “sexo” refere-se às características bioló-
gicas que definem os seres humanos como machos 
e fêmeas, ou homens e mulheres, ou a concepção de 
masculino e feminino. O termo também está vincula-
do ao ato ou à atividade sexual em si. Sexualidade é 
algo muito mais amplo e diverso do que o ato sexual.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 
a sexualidade é vivida e expressa em desejos, crenças, 
atitudes, valores, comportamentos, práticas e relacio-
namentos, ainda que nem todas essas dimensões 
sejam sempre vivenciadas ou expressas. Ela faz parte 
da personalidade de cada um, é uma necessidade 
básica e um aspecto do ser humano que não pode ser 
separado de outros aspectos da vida (psicológicos, so-
ciais, econômicos, culturais, religiosos, espirituais, etc.), 
pois também é influenciada por eles.
Por se expressar em pensamentos, sentimentos, 
ações e interações, a sexualidade também influencia 
a nossa saúde física e mental. Sexualidade.7
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A sexualidade pode ser definida como algo que nos motiva a 
encontrar o amor, o contato e a intimidade; ela se manifesta em 
nossas ações e na forma como tocamos e somos tocados. 
8o. ano – Volume 320
 1. A imagem a seguir representa os órgãos isolados do sistema genital masculino, bem como a bexiga uri-
nária e os ureteres, estruturas do sistema urinário. Analisando as estruturas, indique o nome correto das 
regiões indicadas.
Atividades
 2. Além de produzir e amadurecer os gametas femininos (ovócitos secundários), o sistema genital da mu-
lher tem mais uma função especial: a gestação. Sobre esse sistema, relacione as colunas.
 3. A imagem a seguir é uma ilustração artística dos órgãos internos do 
sistema genital da mulher. Analise-a e responda às questões.
a) Explique o que são tubas uterinas e qual a relação delas com o 
processo da fecundação. Identifique-as na ilustração.
As tubas uterinas são canais que fazem a comunicação entre os ovários e o
útero. É nelas que acontece a fecundação.
b) Descreva o útero e cite suas funções. Identifique-o na ilustração.
O útero tem formato de uma pera invertida e é o órgão responsável por alojar o 
embrião e o feto durante a gestação.
c) Quais são as funções dos ovários? Indique na ilustração onde 
estão localizados.
Os ovários são os locais onde ocorrem a produção e o amadurecimento dos
gametas e hormônios.
Tubas uterinas
Ovários
Útero
 Ductos deferentes 
 Próstata 
 Epidídimos 
 Pênis 
 Testículos 
Ureteres
Bexiga urinária
Glândula bulbouretral
Vesículas seminais
As glândulas bulbouretrais produzem uma secreção que 
lubrifica a uretra durante a excitação sexual, protegendo 
os espermatozoides do contato com resíduos de urina.
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( 1 ) Vagina
( 2 ) Útero
( 3 ) Tuba uterina
( 4 ) Ovário
( 5 ) Pudendo feminino
( 3 ) Local onde ocorre a fecundação.
( 1 ) Canal por onde sai o fluxo menstrual e o bebê, no parto natural.
( 5 ) Região externa do sistema genital da mulher.
( 2 ) Órgão que elimina sua camada superficial, dando origem ao fluxo 
menstrual.
( 4 ) Local de produção e amadurecimento dos ovócitos.
 Ciências 21
 4. O corpo da mulher se prepara todos os meses para a gravidez. Se a fecundação não ocorrer, o corpo se 
prepara novamente e reinicia um ciclo conhecido como ciclo menstrual. Na espécie humana, esse ciclo 
se apresenta dividido em algumas fases.
a) Quais são as duas principais fases do ciclo menstrual?
Ovulação e menstruação.
b) Em qual fase, geralmente, ocorre a fecundação?
Ocorre na ovulação, no período fértil.
c) No caso de ocorrer a fecundação, que sinal do ciclo menstrual demonstra que uma mulher está grávida?
Ausência de menstruação.
 5. O que é tensão pré-menstrual e o que a ocasiona?
A TPM pode ocorrer em muitas mulheres e compreende um conjunto de sintomas, como irritabilidade, dores nas mamas, 
dores de cabeça, crises de choro, agressividade, entre outros. Ela é desencadeada pela queda da concentração de estrogênio e 
progesterona, além da oscilação nos níveis de outros hormônios.
 6. A incidência natural de gestação múltipla (gêmeos) é de uma para cada noventa gestações e é ainda 
menor considerando que os gêmeos sejam monozigóticos. Casos de nascimento de mais de dois bebês 
idênticos são muito raros. No entanto, na história da medicina, háregistros de até quíntuplos idênticos, 
sendo o caso mais famoso o das irmãs Dionne, nascidas em 1934.
 Considerando o exemplo apresentado, explique como ocorreu a 
formação dessas gêmeas monozigóticas.
Após a fecundação de um ovócito por um espermatozoide, houve a formação de 
um ovo ou zigoto. Esse único zigoto sofreu divisões originando 5 embriões idênticos 
que deram origem a cada uma das meninas, geneticamente idênticas.
 Que outros valores importantes você incluiria nessa lista? Explique.
Pessoal. Espera-se que os alunos evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana e citem outros valores pertinentes às 
suas relações pessoais e culturais.
Irmãs Dionne, quíntuplas idênticas nascidas no 
Canadá em 1934. Todas chegaram à idade adulta 
e, atualmente, duas delas ainda estão vivas.
 7. A sexualidade faz parte de nossa vida. Isso significa que valores e atitudes também devem estar presentes 
em nossa sexualidade. Observe a seguir alguns valores e atitudes que fazem parte de nossa vida e pense 
sobre o significado e a importância de cada um na sexualidade humana.
Autoestima Respeito Amor
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8o. ano – Volume 322
Métodos contraceptivos
Quando alguém inicia a sua vida sexual, também tem de estar ciente de que se iniciam inúmeras responsa-
bilidades e cuidados especiais, os quais devem ser tomados em sinal de respeito ao seu corpo e à própria vida.
Ser mãe ou pai adolescente pode representar a perda de algumas 
oportunidades na vida e pode adiantar responsabilidades esperadas 
apenas para a vida adulta. Ter um filho é, sem dúvida, um momento 
muito especial, por isso o ideal é que aconteça no momento certo. 
Além disso, com o início da vida sexual, também surgem preocu-
pações, pois há o risco de contágio de Infecções Sexualmente 
Transmissíveis, como a AIDS, hoje considerada uma epidemia.
Com o desenvolvimento da medicina e da indústria farmacêutica, foram criados diversos métodos contracep-
tivos (anticoncepcionais), que são utilizados para evitar uma gravidez não planejada e que nos ajudam a definir o 
momento ideal para gerar um filho. No entanto, é importante lembrar que nenhum dos métodos é totalmente 
eficaz e que alguns podem ocasionar problemas de saúde. Por isso, a escolha do método mais indicado para 
cada caso deve ser feita por meio de um aconselhamento médico.
É válido destacar que a responsabilidade na escolha e na utilização do método contraceptivo indicado pelo 
médico deve ser compartilhada entre o casal, pois a responsabilidade na prevenção de infecções sexualmente 
transmissíveis e de uma gravidez precoce ou não planejada é tanto do homem quanto da mulher.
Conheça, a seguir, os principais métodos anticoncepcionais.
Pílula anticoncepcional 
São comprimidos constituídos de hormônios sexuais, como o estrógeno (estrogênio) e a progesterona, que 
inibem a ovulação. 
Normalmente, a cartela de pílulas contém 21 comprimidos, um para cada dia do ciclo. Ao fim da cartela, há 
um período de descanso de 7 dias, momento em que deve ocorrer a menstruação. Passado os 7 dias, inicia-se 
uma nova cartela. 
A indicação da pílula correta deve ser feita pelo médico, que determinará o tipo mais adequado, consideran-
do a dosagem hormonal e a idade de cada mulher. Caso haja efeitos colaterais, o médico pode orientar a troca 
da pílula ou a mudança de método.
Sua eficácia é de mais de 90% e depende de que ela seja tomada 
todos os dias, sem esquecimentos. Também há injeções, adesivos e im-
plantes hormonais que funcionam como a pílula, com a vantagem de 
que não precisam ser tomados diariamente. Não protege contra IST.
DIU – dispositivo intrauterino 
É um pequeno objeto que é colocado por um médico no 
interior do útero. Pode conter cobre e prata, e alguns liberam 
hormônios gradativamente. O DIU age impedindo a fecunda-
ção, dificultando a mobilidade dos espermatozoides e alteran-
do a mucosa do útero. 
Uma vez implantado, o DIU pode ser mantido por até dez 
anos, dependendo da sua constituição, sempre com acompa-
nhamento médico.
Sua eficácia é de mais de 97%, mas não protege contra IST.
Informações adicionais sobre métodos contraceptivos.8
A terminologia Infecções Sexualmente Trans-
missíveis (IST) substitui a expressão Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DST), porque con-
sidera a possibilidade de uma pessoa ter e trans-
mitir uma doença, mesmo sem sinais e sintomas.
As taxas de eficiência dos métodos anticoncepcionais foram calculadas com 
base nas taxas de falha entre o primeiro ano de uso e do uso prolongado, 
disponíveis no manual de assistência familiar do Ministério da Saúde.
Tubas uterinas
Ovários
DIU
Útero
Canal vaginal
• DIU e o local no úte-
ro onde é inserido
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• Cartela de pílulas 
anticoncepcionais
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Segundo dados da OMS, quando não há erros na 
ingestão das pílulas, a eficácia chega a 99%.
 Ciências 23
Camisinha
A camisinha masculina é um dos métodos mais utilizados, 
por ter um custo baixo, por ser prático e por evitar as infecções 
sexualmente transmissíveis. A camisinha só deve ser colocada 
no pênis quando ele estiver ereto. Nesse momento, deve-se 
tomar bastante cuidado para deixar um pequeno espaço na 
ponta do preservativo, onde o sêmen ejaculado ficará.
A camisinha feminina é menos utilizada no Brasil. No en-
tanto, ela cumpre o mesmo papel da camisinha masculina. Ela 
deve ser alojada no fundo da vagina.
As camisinhas, tanto a masculina quanto a feminina, são 
descartáveis e podem ser consideradas um instrumento efi-
ciente na prevenção das infecções transmitidas por contato 
sexual.
Também chamadas de preservativos, apresentam uma 
taxa de eficácia de cerca de 97% para evitar uma gravidez não 
planejada, quando utilizadas de forma correta e regularmente.
Diafragma 
• Camisinha masculina
• Camisinha feminina
• Representação esquemática 
do método de tabelinha para 
um ciclo regular de 28 dias
Tabelinha
Esse método considera o período fértil do ciclo reprodutivo, em que as 
relações sexuais devem ser evitadas de três a quatro dias antes da ovulação, 
no dia da ovulação e de três a quatro dias depois. Isso considerando que a 
mulher produz apenas um ovócito em cada ciclo, que ele sobreviverá entre 
24 e 48 horas e que os espermatozoides podem sobreviver até 72 horas den-
tro do sistema genital da mulher.
É um método pouco seguro, pois variações hormonais podem influenciar 
a ovulação.
Ela só funciona em mulheres com ciclo regular, com uma taxa de eficiên-
cia de 80%. Como as adolescentes e jovens raramente têm um ciclo regular, 
esse método pode não ser eficaz. Além disso, não previne contra IST.
• Diafragma
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É uma peça feita de borracha flexível que deve ser introduzida no 
interior da vagina antes de cada relação sexual, evitando, assim, que 
os espermatozoides cheguem até o ovócito. Seu uso pode ser acom-
panhado da aplicação de cremes espermicidas, que dificultam a mo-
bilidade dos espermatozoides. Depois da relação, o diafragma deve 
ser retirado. Ao contrário da camisinha, o diafragma não é descartável 
e dura, em média, um ano. Não protege os parceiros sexuais de in-
fecções sexualmente transmissíveis, pois não evita o contato entre a 
vagina e o pênis.
Apresenta uma taxa de eficácia de cerca de 98%, quando utilizado 
regularmente. 
8o. ano – Volume 324
 Métodos cirúrgicos 
Podem ser realizados tanto em homens quanto em mulheres, mas, por envolverem intervenção cirúrgica e 
algumas vezes serem irreversíveis e definitivos, precisam ser bem avaliados. O princípio dos métodos cirúrgicos 
tanto em homens quanto em mulheres é o mesmo: interromper o trajetodos gametas e evitar a fecundação.
Nos homens, o método cirúrgico é a deferentectomia (vasectomia), no qual os ductos deferentes são in-
terrompidos, o que faz com que os espermatozoides não cheguem à uretra. O hormônio testosterona continua 
a ser produzido e a produção do líquido seminal se mantém, embora não contenha espermatozoides. A eficácia 
da deferentectomia é alta, e a taxa de falha é de apenas 0,1 a 0,15%.
Nas mulheres a cirurgia é chamada de ligadura tubária (laqueadura), que consiste em cortar as tubas 
uterinas para que não ocorra o encontro dos gametas. A mulher continua ovulando, mas não acontece a fe-
cundação, pois a ligação dos ovários com o útero foi interrompida. Como não ocorre alteração na produção de 
hormônios, a menstruação ocorrerá normalmente. Na ligadura tubária a taxa de falha é de 0,5%.
Os métodos cirúrgicos não evitam infecções sexualmente transmissíveis.
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Conexões
Breve histórico das pílulas anticoncepcionais 
Os primeiros experimentos que identificaram os próprios hormônios femininos como uma possível solução 
para impedir a gravidez ocorreram em 1921. 
Após muitos anos de estudos e pesquisas, na década de 1950, um cientista estadunidense conseguiu pro-
duzir uma combinação de hormônios sintéticos semelhantes aos produzidos naturalmente pelas mulheres, 
mas com efeito anticoncepcional. Assim, desenvolveu-se a pílula anticoncepcional, que passou a ser comercia-
lizada nos EUA em 1960, chegando às farmácias do Brasil em 1962.
A primeira pílula anticoncepcional desenvolvida apresentava uma concentração muito alta de hormônios – 
uma quantidade dez vezes maior do que a existente na maioria das pílulas atuais. Uma verdadeira “bomba” de 
hormônios sintéticos que provocava inúmeros efeitos colaterais, como retenção de líquido (inchaço), aumento 
de peso, depressão e trombose.
Para reduzir esses problemas, na década de 1970, a indústria farmacêutica desenvolveu a segunda geração 
de pílulas, com menos hormônios. Em 1990, surgiu a terceira geração, com uma formulação que também podia 
aliviar os sintomas da TPM e reduzir as acnes. 
As pílulas modernas têm uma quantidade muito menor de hormônios em comparação às antigas. Elas po-
dem apresentar composições hormonais variadas e causar muito menos efeitos colaterais.
Ductos
deferentes
Tubas uterinas
• Esquema ilustrativo 
da deferentectomia e 
da ligadura tubária
Taxas de eficiência e de falha dos métodos anticoncepcionais.9
 Ciências 25
 1. Há várias maneiras de prevenir a concepção. Considere os métodos estudados e responda às questões 
propostas.
a) Cite dois métodos anticoncepcionais que impedem a chegada dos espermatozoides ao útero. 
Diafragma, camisinha e vasectomia.
b) Cite um método que impede a ovulação. 
Pílulas anticoncepcionais ou anticoncepcionais em implante ou injetáveis.
c) Qual ou quais deles é ou são praticamente irreversíveis e por isso são considerados formas de 
esterilização? 
Ligadura tubária e deferentectomia.
d) De quem deve ser a responsabilidade de prevenção à gravidez não planejada e às infecções se-
xualmente transmissíveis, do homem ou da mulher? Por quê?
A responsabilidade deve ser compartilhada por ambos, pois tanto o homem como a mulher devem ser responsáveis pelos seus 
atos e suas consequências.
e) Escolha um dos métodos estudados e apresente uma vantagem em relação ao seu uso. 
Pessoal. Por exemplo: a camisinha tem a vantagem de também evitar as IST.
 2. Em uma conversa entre amigos, um dos participantes afirmou: “O método da tabelinha é conhecido por 
todo mundo. Portanto, deve ser um método contraceptivo bem seguro”. Essa ideia é correta? Explique.
Não, pois é um dos métodos menos eficientes, especialmente em adolescentes e mulheres que apresentam ciclos menstruais
irregulares.
 3. Ao verificar a concentração de testosterona no sangue, um homem diagnosticou que esse hormônio 
encontrava-se em quantidade abaixo do normal. Ele ficou preocupado e procurou um médico, pois havia 
realizado uma deferentectomia alguns meses antes e imaginou que essa fosse a causa do problema. 
 A preocupação do homem em considerar a deferentectomia como causa da baixa produção de testos-
terona é pertinente? Explique.
 4. (UFU – MG) A gravidez muitas vezes ocorre por falta de conhecimentos sobre os métodos contracepti-
vos, embora esta temática venha sendo abordada frequentemente em telenovelas e em filmes.
 Com base em estimativas clínicas médicas da população feminina sobre os métodos contraceptivos e o 
ciclo menstrual, marque, em relação às afirmativas abaixo, (V) Verdadeira, (F) Falsa.
a) ( F ) A ovulação acontece em média dois ou três dias antes do início do sangramento menstrual em 
mulheres em condições hormonais normais, e esse período é conhecido como período fértil.
b) ( V ) A menstruação é a descamação e o sangramento das paredes do útero que haviam engros-
sado, em função da multiplicação de tecidos e vasos sanguíneos, para acolher um possível 
embrião, caso houvesse ocorrido a fertilização.
c) ( F ) A pílula anticoncepcional tradicional é uma combinação de hormônios femininos em pas-
tilha, que, tomados regularmente, impedem a ovulação e evitam as infecções sexualmente 
transmissíveis.
d) ( V ) A camisinha é um método contraceptivo recomendado pelos médicos, pois, além de evitar 
gravidez, também previne a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis por con-
tato dos órgãos sexuais, ou por meio do muco vaginal ou sêmen.
Atividades
A preocupação não é pertinente, pois o seccionamento dos canais deferentes realizado no procedimento impede unicamente o 
transporte dos espermatozoides dos testículos para o pênis, não interferindo na 
produção e secreção da testosterona.
8o. ano – Volume 326
Infecções sexualmente transmissíveis
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) não escolhem aparência, condição financeira, idade, classe 
social, atividade profissional ou sexo. Elas podem atingir homens e mulheres que mantêm contato sexual sem 
a devida proteção e cuidado. Algumas dessas infecções podem não apresentar sintomas, o que as torna ainda 
mais perigosas, uma vez que o seu portador não sabe que está infectado e, ao manter uma relação sexual com 
outra pessoa saudável sem a devida proteção, pode transmitir a doença.
Existem IST que são facilmente diagnosticadas e curadas, já outras são mais graves e ainda não têm cura, 
como é o caso da AIDS.
A carência de informações sobre o próprio corpo e sobre as IST, o preconceito e a vergonha de esclarecer 
dúvidas sobre esse tema são os motivos pelos quais muitas pessoas acabam sendo infectadas.
Atualmente o único método que é eficaz na proteção contra as IST é o uso de camisinhas (preservativos), 
tanto masculina quanto feminina, durante as relações sexuais.
Acompanhe, a seguir, informações sobre algumas das principais IST.
Sífilis 
A sífilis foi responsável por uma verdadeira epidemia na Europa no início da Era Moderna. Ela se alastrou por 
todo o mundo moderno e foi considerada por muitos como uma “praga” ou castigo. A infecção só foi contro-
lada com a descoberta da penicilina, antibiótico eficaz no tratamento do agente causador da sífilis, a bactéria 
Treponema pallidum.
Trata-se de uma infecção grave, que pode ser transmitida sexualmente ou durante a gestação, de uma mãe 
contaminada para o feto. 
O primeiro sintoma da sífilis é uma ferida indolor, chamada cancro duro, no pênis, no ânus ou na vulva, que 
pode desaparecer em algumas semanas. No entanto, a bactéria permanece no organismo e a doença pode vol-
tar em alguns meses ou anos em uma forma mais grave, com manchas avermelhadas pelo corpo, lesões graves 
na pele e mucosas, além de problemas neurológicos e cardiovasculares.
Assim como ocorre com muitas IST, o portador de sífilis pode passar muitos anos transmitindo a bactéria 
sem saber que está infectado, pelo fato de a doença apresentar períodos em que não há sintomas evidentes. 
Por isso, é muito importante utilizarpreservativos durante as relações sexuais.
Condiloma acuminado 
Causado pelo papilomavírus humano – HPV –, que pode infectar a 
pele e as mucosas. A maioria das infecções é assintomática e, nos casos 
em que há sintomas, ocorre o aparecimento de verrugas (condilomas 
acuminados) nos órgãos genitais. Normalmente, essas infecções regridem 
espontaneamente, mas alguns tipos do vírus podem ocasionar lesões mi-
croscópicas, que, se não forem diagnosticadas, podem levar ao desenvol-
vimento de câncer, principalmente no colo do útero e no pênis. 
As maneiras mais eficientes de prevenir a infecção pelo HPV são o uso 
de preservativos e a vacinação.
Para saber mais sobre a sugestão do Ministério da Saúde para utilizar o termo IST em substituição à expressão DST, recomendamos 
a leitura deste texto O que são IST. Os dados para localização do texto estão disponíveis no Manual do professor, nas Referências.
• Vacina contra o HPV
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O Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra HPV para meninas de 9 a 
14 anos e meninos de 11 a 14 anos em duas doses e para mulheres vivendo com 
HIV na faixa etária de 9 a 26 anos em três doses. A vacina é gratuita e ofertada 
pelos postos de saúde em todo o Brasil.
 Ciências 27
Blenorragia 
Também conhecida como gonorreia, é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e a característica mais 
fácil de ser reconhecida nessa infecção é o corrimento com pus e ardor ao urinar. Nesse caso, os sintomas são 
percebidos mais facilmente no homem do que na mulher, em que a infecção pode ficar muito tempo assinto-
mática (sem sintomas).
Além da infecção local, a bactéria causadora pode se espalhar e atingir outras partes do sistema genital e do 
corpo, causando inflamações nas articulações e nos olhos. Se não for tratada a tempo, a gonorreia pode levar a 
pessoa portadora à esterilidade. 
A transmissão dessa doença também pode ocorrer de mãe para filho, durante a gestação ou no momento 
do parto.
O tratamento é feito sob orientação médica, com uso de antibióticos.
Herpes genital 
A herpes genital é causada pelo vírus herpes simplex tipo 2, principalmente. Em alguns casos, a pessoa é 
portadora do vírus e não manifesta sintomas. 
Quando a doença se manifesta, ocorre a sensibilização da pele, onde aparecem pequenas vesículas agrupa-
das, que formam feridas na região genital.
É uma infecção de difícil tratamento e o surgimento dos seus sintomas também está relacionado ao estresse. 
AIDS 
Dia Mundial de
Luta Contra aAIDSM di l d
Desde o início da epidemia (1980) até 31 de dezembro de 
2016, foram notificados, no Brasil, 316 088 óbitos tendo a 
AIDS como causa básica. Dados do Boletim epidemiológico 
HIV/AIDS 2017.
A síndrome da imunodeficiência adquirida – AIDS – é causa-
da pelo vírus HIV – vírus da imunodeficiência humana. 
Esse vírus ataca o sistema imunitário (de defesa) da pessoa, 
deixando-a vulnerável a outros tipos de vírus e bactérias, poden-
do desenvolver vários tipos de doenças, como gripe, pneumonia 
e tuberculose. Quando a pessoa apresenta os sintomas decor-
rentes da infecção pelo vírus HIV, ela tem AIDS.
De 1980 a junho de 2017, foram identificados, no Brasil, 882 810 casos de AIDS. Atualmente, existem diversos 
medicamentos que prolongam a vida do paciente com AIDS e melhoram sua qualidade de vida, diferentemente 
do que ocorria quando a doença foi identificada, no início dos anos 1980 – época em que receber o diagnóstico 
da contaminação era como uma sentença de morte. Embora ainda não tenha cura, alguns medicamentos ini-
bem a multiplicação dos vírus no corpo. O tratamento é gratuito, ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 
mas é complexo, necessitando de acompanhamento médico constante.
Ter o vírus HIV presente no corpo não é a 
mesma coisa que ter AIDS. Há muitas pes-
soas que têm o vírus HIV e vivem muitos 
anos sem apresentar sintomas ou desen-
volver a doença. Essas pessoas, muitas ve-
zes, não sabem que têm o HIV e, por isso, 
podem transmitir o vírus a outras pessoas 
pelas relações sexuais desprotegidas, pelo 
compartilhamento de seringas contamina-
das ou de mãe para filho. 
8o. ano – Volume 328
A infecção pelo HIV compreende vários estágios. Inicialmente, o organismo leva de 30 a 60 dias após a in-
fecção para produzir anticorpos. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre 
e mal-estar, reações normais do corpo em resposta à presença do vírus. Por isso, na maioria dos casos, os sinto-
mas passam despercebidos. Durante esse período, uma grande quantidade de HIV é produzida no corpo e, por 
isso, a capacidade de o paciente transmitir o vírus nessa fase é maior. Se realizado um exame de sangue nessa 
fase para detectar o vírus, a infecção pelo HIV pode não aparecer, devido ao tempo necessário para o sistema 
imunitário reagir ao vírus.
A próxima fase compreende a interação entre o sistema imunitário e os vírus, que vão sofrendo constantes 
variações. Esse período pode durar muitos anos e não apresenta sintomas característicos. Nessa fase, os vírus se 
encontram, geralmente, em menor concentração, mas é importante lembrar que o paciente é capaz de trans-
mitir o HIV durante essa fase, mesmo se ele estiver em tratamento.
Com o tempo, o sistema imunitário fica menos eficiente; e o organismo, cada vez mais fraco, apresentando 
poucos leucócitos (células de defesa). Nessa terceira fase, os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores 
noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas (que se apro-
veitam da fraqueza do organismo), caracterizando a AIDS. Nessa fase, a pessoa pode apresentar doenças como 
hepatites virais, tuberculose e pneumonia, que podem causar a sua morte. 
Além das relações sexuais sem o uso de camisinha, o vírus HIV pode ser adquirido com o uso de agulhas 
perfurantes por mais de uma pessoa; por transfusão com sangue contaminado; de mãe infectada para seu filho 
durante a gravidez, no parto e na amamentação; e por instrumentos que cortam ou furam não esterilizados e 
contaminados com o vírus. Informações complementares sobre AIDS/HIV.10
Caso perceba a presença de qualquer sinal ou sintoma de alguma das IST apresentadas, procure um profissional de saúde 
para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Evite a automedicação.
Como surgiu a AIDS?
Admite-se que o HIV tenha sua verdadeira origem no continente africano. Por meio da realização de extensa 
análise genética sobre o vírus HIV, cientistas conseguiram determinar a origem do vírus que atinge 90% dos 
afetados pela AIDS. Muito provavelmente, tudo teria começado na década de 1920, em Kinshasa, a capital da 
República Democrática do Congo.
O vírus HIV surgiu de outro vírus, chamado SIV, encontrado em chimpanzés e no macaco-verde africano. 
Pelo fato de esse vírus ser altamente mutante, teria originado o HIV. 
Possivelmente, a transmissão do vírus para os seres humanos tenha acontecido por volta de 1930, em tribos 
que caçavam ou domesticavam chimpanzés e macacos-verdes, por meio da manipulação de carnes, devido 
ao hábito que essas comunidades tinham de comer carne de macaco malcozida que poderia conter o vírus. A 
transmissão direta também é considerada e pode ter ocorrido por meio de arranhaduras e mordidas dos maca-
cos. Posteriormente, a doença foi disseminada para as pequenas comunidades e delas para o resto do mundo.
A AIDS foi reconhecida como doença em 1981, nos Estados Unidos da América, e, em 1982, foi confirmado 
o primeiro caso no Brasil.
Conexões
Leitura complementar: origem e disseminação do vírus HIV.11
 Ciências 29
 1. Desde 2014, a vacina para prevenir o HPV (papilomavírus humano) é oferecida às meninas entre 9 e 14 
anos nos postos de saúde e, a partir de 2017, também para os meninos de 11 a 14 anos.
a) Além do câncer de colo do útero, que outra doença é causada pelo HPV?
O condiloma acuminado.
b) Cite um método que pode impedir a contaminação por essa doença e, ao mesmo tempo, evitar

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