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Teoria Organizacional A1

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14/12/2020 Ead.br
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TEORIASTEORIAS 
 ORGANIZACIONAISORGANIZACIONAIS
Douglas Murilo Siqueira
I N I C I A R
14/12/2020 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/34
introdução
Introdução
Você já parou para re�etir sobre a importância de saber quanto a história da sua
família? E sobre sua origem? E da empresa em que trabalha? Quais são os valores
do fundador que prevalecem na organização desde a sua fundação?
Estudar a história ajuda o Homem a compreender sua evolução, a evitar que erros
do passado voltem a acontecer e a entender a contemporaneidade. Além disso,
também nos auxilia para que vivamos com maior plenitude e a desenvolvermos um
olhar criterioso e assertivo sobre os acontecimentos do presente. Foi pensando
nisso que produzimos esta disciplina.
Nosso objetivo, aqui, é fornecer uma visão ampla sobre os principais fatores que
in�uenciaram a formação da Ciência da Administração, e, a partir deles, as
principais propostas e teorias desenvolvidas. Com isso, você irá perceber que,
apesar de referenciarmos fatos que ocorreram séculos antes de Cristo (a.C.) —
passando pela primeira Revolução Industrial —, muitos conceitos dos primeiros
teóricos ainda estão presentes nas organizações de hoje.
Sendo assim, vamos iniciar nossa viagem com os fatores fundamentais que
in�uenciaram a administração para que, posteriormente, possamos compreender
as primeiras teorias propostas por Taylor e Fayol.
Agora, é momento de entramos no túnel do tempo e voltarmos alguns anos. Boa
viagem e bons estudos!
14/12/2020 Ead.br
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Há séculos o Homem utiliza os processos administrativos em seu cotidiano. Para
entendermos isso, basta que conheçamos um pouco mais sobre o Egito ou sobre as
Pirâmides, construídas sem o arsenal tecnológico disponível atualmente. Conforme
Chiavenato (2005, p. 26), “[...] os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.C. já
indicam a importância da organização e da administração da burocracia pública no
Antigo Egito”. Temos, ainda, outros exemplos, como o planejamento militar, que,
séculos antes de Cristo, já era utilizado pelos exércitos chineses. Essas ocorrências
históricas demonstram a importância da administração, que, como ciência, tem
pouco mais de 100 anos de existência. Aliás, é pouco tempo se consideramos outras
áreas do conhecimento.
Por ter agregado contribuições de outras ciências (antropologia, psicologia,
�loso�a, biologia, física etc.), além de estadistas, empresários, Igreja Católica e
organização militar; vários foram os fatores que in�uenciaram a formação das
teorias e a evolução da administração como ciência. A partir de agora, vamos
destacar algumas dessas in�uências.
Primórdios daPrimórdios da
Administração: In�uênciaAdministração: In�uência
dos Filósofos, da Igreja, dados Filósofos, da Igreja, da
Organização Militar e daOrganização Militar e da
Revolução IndustrialRevolução Industrial
14/12/2020 Ead.br
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A�inal, qual É Motivo de Aprendermos a
Teoria?
Ao considerarmos que a teoria é a representação da realidade, e que a prática testa
a teoria, compreendê-la passa a ser fundamental para entendermos um
determinado fato. Sem a teoria, não se produz estudos cientí�cos, e, se isso
ocorresse, não seria possível entender o porquê de fazermos o que fazemos e como
o fazemos. Assim, nesse contexto, teoria e prática caminham juntas.
Segundo Bothamley (2004), a teoria se apoia em um corpo de evidências cientí�cas,
que, por sua vez, explica os fatos que estão sendo observados. Um dos motivos
relevantes para estudarmos as teorias, as atividades e as práticas organizacionais é
a realização de decisões mais efetivas e assertivas.
Mas, a�nal, o que é teoria?
Para Stoner e Freeman (1994, p. 22), teoria é o “[...] conjunto coerente de
suposições, elaborado para explicar a relação entre dois ou mais fatos observáveis
e prover uma base sólida para prever eventos futuros”. Os autores ainda
complementam que o estudo das teorias é uma representação do ambiente em que
ela foi produzida, considerando os fatores sociais, econômicos, políticos e
tecnológicos presentes em um determinado tempo e local. Dessa forma, podemos
dizer que não existe uma teoria melhor do que a outra, nem uma teoria geral que
abarque todas elas. Essa é uma das belezas da Ciência da Administração: permite
uma abordagem eclética e exige uma mente �exível e aberta por parte do
administrador, haja vista que uma teoria pode “pegar emprestado” princípios de
outras, dependendo do momento em que ela foi desenvolvida. Com isso, a teoria é
uma forma de entender o fato, possibilitando uma melhor comunicação, ou seja,
permitindo “falar a mesma linguagem”.
Por �m, vale destacarmos que a teoria também possibilita o aprendizado constante
sobre o mundo. Isto é, apresenta um pedaço do mundo observável. Isso porque
podemos encontrar diversas teorias para o mesmo fenômeno, o que abre um
grande leque de perspectivas.
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Sendo assim, entendida a importância do estudo das teorias, nosso próximo passo é
compreender o que é a administração. Vamos estudar melhor sobre isso com o item
a seguir.
Entendendo os Conceitos de
Administração e de Organização
Primeiro, vamos fazer o seguinte exercício: anote em uma folha em branco as
principais rotinas que você realiza, a partir do momento em que acorda até o
momento em que vai descansar, no �nal do dia. Por exemplo: tomar banho, tomar
café na padaria, ir para o trabalho de carro ou outro tipo de condução, trabalhar, ir
almoçar etc. Sendo que cada pessoa possui sua própria rotina, registre a sua.
Em seguida, vamos fazer uma re�exão e anotar em qual atividade sua rotina não
depende de alguma organização para que ela seja realizada. Por exemplo: tomar
banho depende do Saneamento Básico da região onde você mora, assim como
tomar café depende da existência da padaria ou da empresa que fez o pão.
Agora, seu terceiro passo é fazer uma breve comparação com um colega para
avaliar se as atividades que não dependem de uma organização são as mesmas que
você anotou.
Nesse exercício, você deve ter percebido que dependemos, em praticamente tudo,
das organizações. Mas, o que é uma organização? Para responder esse
questionamento, Stoner e Freeman (1994) mencionam que a organização existe
quando duas ou mais pessoas trabalham de forma estruturada para atingir um
objetivo. Dessa forma, podemos inferir que uma igreja, um time de futebol,
instituições públicas, empresas, associações, cooperativas e escolas são tipos
diferentes de organizações, pois possuem objetivos distintos. Uma igreja, por
exemplo, tem como objetivo o bem-estar espiritual, enquanto que uma empresa
almeja resultados �nanceiros.
Assim, uma organização pode ser formalmente constituída, como são os sindicados
e empresas; ou informalmente, como é o caso do time de futebol do seu bairro, que
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se reúne aos �nais de semana para uma partida entre amigos. Em nossos estudos,
daremos foco nas organizações formais e, mais especi�camente, nas organizações
do tipo empresa.
Independentemente do tipo, todas as organizações dependem, para sua
sobrevivência, de uma ótima administração. Mas, o que é a administração?
Do latim, a palavra “administração” pode ser subdivida em Ad (direção ou
tendência) + minister (subordinação ou obediência). Contudo, esse signi�cado —
que denota a subordinação de uma pessoa em relação a outra para a execução de
alguma tarefa — sofreu profundas mudanças, vistoque, atualmente, a principal
tarefa da administração é a compreensão dos objetivos da organização para
transformá-los em ações que gerem resultados. Segundo Chiavenato (2005), isso
ocorre por meio de quatro pilares: planejamento, organização, execução e controle.
Como podemos perceber, a administração é vista como um processo, ou seja, algo
contínuo, formado por etapas e sequências, cujas decisões são interligadas. Nesse
contexto, encontramos a �gura do administrador, responsável pelas tomadas de
decisões para a geração dos resultados, que devem permear e serem bené�cos
Figura 1 - Os quatro pilares que formam a função da administração. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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para todos que são impactados pela organização. Maximiano (2017) nos lembra
que todos aqueles que administram um determinado conjunto de recursos são
administradores, quer seja sua formação, título ou cargo. No entanto, no sentido
mais restrito, a pro�ssão de Administrador busca dirigir um grupo de pessoas de
uma determinada organização, como um corpo organizado de conhecimentos.
Esses conhecimentos, por sua vez, são sistematizados e relativamente recentes.
A Administração, enquanto disciplina, desenvolveu-se a partir do século XIX, há
pouco mais de 100 anos. Note, porém, que o estudo da administração como ciência
é recente, mas a administração em si sempre existiu.
Agora, chegou a hora de iniciarmos nossos estudos sobre as teorias da
Administração. Vamos começar compreendendo alguns fatos que in�uenciaram
essa ciência.
saiba mais
Saiba mais
Peter Drucker, considerado o pai da
administração moderna, prestou uma
contribuição inestimável para essa ciência. Foi
professor, pesquisador, consultor e escritor.
Nasceu na Áustria, em 19 de novembro de 1909,
e faleceu em 11 de novembro de 2005. Foi um
dos principais pensadores sobre a globalização e
suas implicações nas organizações. Ele é o
responsável por diversos conceitos sobre a
administração. Conhecer as principais obras e
conceitos do autor com certeza fará a diferença
para qualquer Administrador.
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Fatores que In�uenciaram a
Administração Enquanto Ciência
Entre os diversos eventos que foram precursores da evolução da administração
enquanto ciência, podemos destacar a transição da sociedade europeia do antigo
regime para a modernidade, tendo como marcos a Revolução Francesa (1789) e a
Revolução Industrial (início da década de 1760). O quadro a seguir nos detalha
sobre essa transição.
No quadro anterior, é possível visualizarmos as grandes transformações históricas
que estavam ocorrendo no mundo — principalmente na Europa —, culminando em
grandes mudanças na sociedade. O Homem vivia em um ambiente
predominantemente rural e familiar, sem mobilidade social, cujos meios produtivos
estavam alicerçados na agricultura e no artesanato. Suas relações eram pessoais e
as pessoas congregavam uma única religião. Contudo, com alguns processos
históricos, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, a mudança cultural
para um universo laico (diversas religiões) e a migração das pessoas do campo para
as cidades; a sociedade passou a viver em um mundo de incertezas, mas também de
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oportunidades, que prometia maior mobilidade social. Ou seja, um mundo onde as
relações pessoais e familiares foram substituídas pelo distanciamento e maior
impessoalidade. Um mundo onde os meios produtivos artesanais foram
substituídos pela produção em massa e padronizada, o que abriu portas para
pesquisas e estudos que pudessem otimizar a produção das fábricas.
Até o �nal do Antigo Regime, o estudo da administração não tinha todos os
ingredientes necessários para sua evolução. A Reforma Protestante (1517 – 1648),
que passou a considerar que o acumulo de capital não era pecado, mas, sim, a forma
mundana de gastar esse capital; as ideias liberais, com destaque para as propostas
de Adam Smith (1723-1790) e o conceito da “mão invisível”, que autorregula o
mercado; e, principalmente, o advento da Revolução Industrial (1736 -1819),
desencadeada pela máquina à vapor, de James Watt (1736- 1819), que
revolucionou a forma de produção devido a uma série de invenções,
proporcionando o aumento acelerado do ritmo produtivo nas fábricas; foram
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alguns dos fatores que aceleraram os estudos sobre a administração nas
organizações.
Nesse contexto, a administração sofreu diversas in�uências, uma delas se deu
pelos �lósofos, os quais podemos citar:
1. Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.): entendia a administração como uma
habilidade pessoal separada das habilidades técnicas e da experiência;
2. Platão (429 a.C. – 347 a.C.) – Discípulo de Sócrates: expõe na obra “A
República” a forma democrática de governo e de administração;
3. Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) – Discípulo de Platão: deu impulso inicial
à �loso�a. Na obra “Política”, que fala sobre a organização do estado,
Aristóteles apresenta três formas de administração pública, sendo a
Monarquia (governo de um só), a Aristocracia (governo de elite) e a
Democracia (governo do povo);
4. Francis Bacon (1561 – 1626): tinha um método experimental e indutivo,
em que a importância era separar experimentalmente o essencial do
acidental ou acessório;
5. Thomas Hobbes (1588-1679): escreveu “Leviatã”, em que o povo renuncia
aos seus direitos naturais em favor de um governo que impõe ordem,
organiza a vida social e garante a paz;
6. Jean Jacques Rousseau (1712-1778): desenvolveu a teoria do Contrato
Social, que representa um acordo entre os membros da sociedade. Para o
�lósofo, os homens são bons, mas a vida em sociedade os deturpa;
7. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1920-1895): tinham o
Manifesto Comunista, ou seja, a história da humanidade é uma história de
luta de classes.
É válido destacarmos, ainda, a in�uência de René Descartes (1596 – 1650), físico,
�lósofo e matemático francês, considerado o fundador da �loso�a moderna. Ele
escreveu suas propostas no livro “O Discurso do Método”. Descartes, inclusive,
propõe quatro princípios que repercutiram em várias ciências além da
administração, e tiveram in�uência marcante nas teorias da Administração
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Cientí�ca de Taylor, na teoria Clássica e Administrativa de Fayol e teoria
Neoclássica, conforme vemos no quadro a seguir.
Temos, também, a in�uência da Igreja Católica com o conceito da formação de sua
estrutura hierárquica de autoridade, incluindo a presença de um Estado Maior que
representa o conceito de Assessoria. A organização hierárquica — montada de
forma simples — representa a e�ciência do processo, tendo no Papa a �gura do
líder principal, ou seja, analogicamente, o presidente da organização (também
denominado de Chief Executive Of�cer – CEO).
Além da igreja, podemos citar a organização militar, que teve forte in�uência nas
teorias da Administração, trazendo à tona alguns conceitos, como a unidade de
comando única (um único chefe para o liderado); a hierarquia; o organograma
(originário do exército prussiano no século XVIII), proposto por Frederico O
Grande (1712-1786), que dividiu a organização em Estado Maior (staff), o�ciais de
Assessoria (planejamento) e o�ciais de Linha (executavam); o princípio de direção
(cada um sabe o que se espera dele), a centralização do comando e descentralização
da operação; bem como o pensamento estratégico.
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A Revolução Francesa, por sua vez, contribuiu com as ideias liberais, todavia, foi a
Revolução Industrial que mudou radicalmente a sociedade e seu conceito de
consumo. A substituição do trabalho artesão pelo trabalho especializado e a
migração das pessoas para as cidades obrigaram um novo aprendizado da vida, uma
vez que as comunidades — antes ligadas por um parentesco e laços sanguíneos —
�caram fragmentadas. Dessa forma, o indivíduo passou a ter mais experiências, e a
tomada de decisões ocupou espaço frequente em seu dia a dia.
Ademais, com o advento das fábricas movidas a carvão, houve maior necessidade
de investimento na Administração Pública, pois não era previsto um crescimento
abrupto. Assim, surgiram na Europa problemas de saúde, habitação, higiene e
desemprego. Devido, principalmente, à inexistência de uma regulamentação
trabalhista, em que homens, mulheres e crianças trabalhavam de 14 a 16 horas,
também foram criados os Sindicatos. Podemos perceber, então, que foi uma época
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de fortes transformações, a�nal, com o surgimento das fábricas e da concorrência,
os estudos para a melhoria dos processos produtivos foram alavancados.
Nesse contexto, vamos iniciar nossos estudos sobre as teorias, partindo da
Administração Cientí�ca, idealizada por Frederick Winslow Taylor.
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Para que possamos entender melhor os conceitos que veremos a partir de agora, é
importante pensarmos na época em que o autor viveu. Era um momento de grandes
transformações da sociedade, como a transição do campo para as cidades, pessoas
em busca de mobilidade social, recursos naturais abundantes e grande necessidade
por produtos manufaturados. Por outro lado, existia muito desperdício de matéria-
prima, retrabalhos, perda de tempo para a realização das atividades e fadiga dos
trabalhadores. É nesse ambiente que surgem as propostas de Taylor.
Quem foi Taylor?
Frederick Winslow Taylor nasceu na Filadél�a, em 1856, e faleceu em 1915.
Considerado o pai da Organização Cientí�ca do Trabalho — também entendida
como Organização Racional do Trabalho —, abandonou seus estudos aos 18 anos
para ingressar em uma o�cina mecânica como ajudante. Em 1878, foi empregado
Abordagem Clássica: asAbordagem Clássica: as
Premissas daPremissas da
Administração Cientí�caAdministração Cientí�ca
de Taylor Quanto àde Taylor Quanto à
Racionalização doRacionalização do
Trabalho e E�ciência naTrabalho e E�ciência na
ProduçãoProdução
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em uma indústria metalúrgica de construção de máquinas. Demorou somente seis
anos para passar pelos estágios de
Operário, Contador, Torneiro, Mestre de Tornos, Chefe de Seção, Contramestre,
Chefe de O�cina e, por �m, chegar ao de Engenheiro Chefe.
Na época de Taylor, o ambiente organizacional estava coberto por uma nuvem
negra do medo do desemprego. Nas indústrias — onde os trabalhadores eram
remunerados conforme a quantidade de peças e/ou tarefas que produziam —,
acreditava-se que, se houvesse mudança nos processos, ocasionando maior
produção com a mesma quantidade de trabalhadores (ou seja, aumento da
produtividade por meio de métodos mais e�cientes), poderia ocorrer um número
maior de desempregados. 
Portanto, ao apresentar suas propostas de melhoria da e�ciência nos processos
produtivos, procurando obter agilidade na elaboração dos produtos acabados,
Taylor sofreu pressão contrária de seus colegas da fábrica. Para não entrar no jogo
de disputas, Taylor iniciou um processo de mudança, demitindo os mais resistentes,
reduzindo o ganho por peça dos que permaneciam contrários às suas propostas e
incentivando a contratação de novos operários com promessas de melhoria. Essas
ações, ainda comuns nos dias de hoje, trouxeram vários problemas, principalmente
de sabotagem por parte dos operários (CHIAVENATO, 2005).
Figura 2 - Etapas da remuneração por tarefas em um ambiente de desemprego. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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Diante do fracasso de suas primeiras medidas, Taylor resolveu investigar quais
seriam os interesses comuns dos trabalhadores da época e como eles operavam na
empresa (movimentos, uso de ferramentas, fadiga etc.). Foi a partir dessas
observações, com somente 23 anos, que Taylor desenvolveu suas propostas, cujo
objetivo central era a melhoria da e�ciência dos processos produtivos. Aliás,
segundo suas observações, e considerando o contexto histórico, o ponto comum e
fator motivacional entre as pessoas era a vontade em possuírem um rendimento
�nanceiro cada vez maior. Com isso, o conceito humano da teoria �cou conhecido
como “Homo Econômicos”. (CHIAVENATO, 2005).
Agora que já conhecemos um pouco sobre Taylor e o momento histórico em que ele
viveu, vamos aprender sobre suas propostas com o subtópico a seguir.
Propostas da Administração Cientí�ica
De acordo com Chiavenato (2005), a Organização Racional do Trabalho (ORT) —
proposta por Taylor e outros engenheiros — tinha como meta substituir os métodos
empíricos e rudimentares pelo que o autor chamou de “métodos cientí�cos”. Taylor
observou que os operários aprendiam olhando seus colegas, contudo, esse método
poderia trazer problemas, pois não incentivava a padronização e a e�ciência. Além
disso, as diversas formas de realizarem uma mesma atividade e a utilização de
distintas ferramentas eram fatores geradores de gastos desnecessários de tempo e
de recursos. Dessa maneira, tendo isso como base, Taylor passou a analisar os
tempos e movimentos, que propiciou forte impacto no aumento da e�ciência na
produção, mas que, por outro lado, gerou uma mecanização das atividades do
operário.
Chiavenato (2005), Maximiano (2017) e Oliveira (2008) destacam os principais
pontos das observações realizadas por Taylor:
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: consiste em
dividir e subdividir todos os movimentos necessários para a execução de
uma determinada tarefa. Isso deveria ser realizado por meio de uma
observação metódica da execução da tarefa, a �m de decompô-la em uma
séria ordenada de movimentos simples e eliminar os movimentos inúteis,
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simpli�cando ao máximo. O estudo dos tempos e movimentos deve
considerar o tempo médio que um operário comum leva para realizar uma
tarefa, incluindo os tempos adicionais de refeição, lanche, conversas, ida
ao banheiro etc.
Estudo da fadiga humana: Taylor percebeu que a diminuição da
produtividade e da qualidade do trabalho, bem como da e�ciência, estava
diretamente relacionada com a fadiga humana. Esse fato ocasionava
perda de tempo, aumento da rotatividade de pessoal, doenças e
acidentes, além da diminuição da capacidade de esforço. Convém
ressaltar, contudo, que estamos falando de uma época fabril, em que a
necessidade do esforço físico para a realização das atividades era grande.
Assim, Taylor avaliou, então, que esse redutor de e�ciência poderia ser
minimizado se os movimentos fossem economizados (reduzidos), sejam
eles relativos ao corpo humano, ao arranjo do material de trabalho e ao
desempenho de ferramentas e equipamentos.
Desenho de cargos e tarefas: para Taylor, as tarefas eram realizadas pelo
trabalhador e o cargo representava o conjunto de tarefas executadas de
forca repetitiva. Um cargo simples é aquele que tem somente um tipo de
tarefa (como o operário braçal), enquanto que um cargo complexo é
constituído de várias atividades diferentes. Assim, as vantagens da
simpli�cação do desenho de cargos propiciaram admissão de funcionárioscom quali�cações mínimas e salários menores, reduzindo os custos de
produção e de treinamento, bem como a redução de erros na execução do
trabalho. Esses fatores, inclusive, aumentaram a e�ciência do trabalhador
e da produtividade.
Incentivo salarial e prêmio de produção (Homo Economicus): Taylor
procurou conciliar os interesses da empresa e dos operários. De acordo
com suas ideias, a empresa quer um custo de produção reduzido, maior
produtividade e melhores retornos �nanceiros. O operário, por sua vez,
quer um salário mais elevado. Nesse contexto, Taylor pensou na
possibilidade de remunerar o operário conforme sua produção, uma vez
que o homem é economicus, mesquinho, preguiçoso e trabalha somente
para manter sua sobrevivência. Dessa forma, é in�uenciado por
recompensas salariais, econômicas e materiais.
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A seguir, vamos analisar um caso para entendermos melhor sobre essas propostas
de Taylor na prática. 
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reflita
Re�ita
Uma consultoria foi contratada para rever o processo de
atendimento da empresa XPTO. Analisando os dados, identi�cou
que os clientes tinham diversos canais de comunicação com a
empresa (telefone, e-mail, vendedores, redes sociais e aplicativos),
porém, mesmo com toda essa proximidade, haviam muitas
reclamações: os pedidos não eram devidamente registrados e,
quando o funcionário para quem o cliente demandou não estava
presente,  a solicitação �cava parada, ou, até mesmo, perdida.
A proposta da consultoria foi a compra de equipamentos
(hardwares e softwares) para a implantação de um Call Center
interno, centralizando todos os pedidos em um único ponto. João,
experiente gestor de atendimento ao cliente, foi contratado para
essa implantação.
O primeiro passo foi fazer uma pesquisa com os atendentes sobre
quais eram as queixas mais comuns e qual seria a melhor solução.
Depois, João investigou o tempo que demandaria para dar um
retorno para o cliente, conforme o problema levantado. Assim, a
partir desses parâmetros, desenhou scripts para as questões mais
comuns, delimitando um tempo padrão   de resposta. Para agilizar
o atendimento, mediu o tempo que cada atendente realizava e
tirou uma média. Avaliou, também, quanto tempo cada um
demandava para fazer uma  ligação, desde a digitação do número
até a ligação ser completada. Investiu, além disso, em
equipamentos que agilizassem o tempo de ligação e diminuísse o
tempo médio de atendimento, reduzindo, assim, o tempo do
cliente na �la de espera.
Podemos perceber que a solução encontrada para resolver a
ine�ciência do atendimento foi alicerçada, em grande parte, nos
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Taylor e os engenheiros da ORT também se preocuparam com ações que
auxiliassem na melhoria das condições de trabalho, visando o aumento da
e�ciência por meio da otimização dos tempos e movimentos. Entre as
preocupações, podemos destacar:
adequação das ferramentas, instrumentos e equipamentos de produção
para minimizar o esforço e a perda de tempo na realização da tarefa;
arranjo físico das máquinas e equipamentos para otimizar o �uxo
produtivo;
melhoria do ambiente físico, ruído, ventilação e iluminação, buscando
evitar a redução da e�ciência do trabalhador e sua fadiga;
desenvolvimento de instrumentos e equipamentos especí�cos, conforme
o cargo e tarefa, para reduzir movimentos desnecessários.
Na busca incessante pela máxima e�ciência, Taylor e os Engenheiros da ORT
procuravam transformar essas preocupações em ações. Para tanto, prescreveram
vários princípios, os quais detalharemos na sequência.
Princípios da Administração Cientí�ica
conceitos da Administração Cientí�ca. A presença da
padronização dos processos e a análise de tempos e movimentos
estão presentes na centralização do atendimento em um único
ponto, na utilização de ferramentas adequadas  para a redução do
tempo de ligação para o cliente e do tempo de espera para ser
atendido (no caso, investiu em estações de trabalho), na criação
de scripts (mesma resposta para questões semelhantes) e na
mensuração do tempo para se efetuar uma ligação. Todas essas
alterações resultaram no aumento da e�ciência do setor de
atendimento da organização.
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Podemos entender os princípios como uma prescrição de receita para orientar
como algo deve ser realizado. De fato, os adeptos da teoria da Administração
Cientí�ca — e, de forma geral, da Escola Clássica da Administração — buscam
prescrever normas de como o administrador deverá conduzir uma organização.
Entre elas, Chiavenato (2005) destaca quatro:
o princípio do planejamento, que busca substituir o trabalho do
improviso e empírico (ou seja, com base na experiência) por métodos
cientí�cos;
o princípio do preparo, que busca selecionar, cienti�camente, os
trabalhadores conforme suas aptidões, e prepará-los para que possam
produzir com a maior e�ciência possível. Para Taylor, um trabalhador que
tivesse aptidão para atuar com força física não seria apto para atividades
administrativas. Dispor racionalmente os equipamentos, ferramentas e
móveis no ambiente físico também faz parte desse processo;
o princípio do controle, que busca certi�car se o trabalho está sendo
realizado conforme o método cientí�co estabelecido e no plano
estipulado. Em caso de não conformidade, deve ser ajustado;
por �m, o princípio da execução, que rege a distribuição das atividades e
responsabilidades para que sejam realizadas com disciplina.
As propostas de Taylor trouxeram para a sociedade a oportunidade de consumirem
produtos e serviços que antes eram somente para quem tinha maior poder
aquisitivo. A e�ciência dos processos e a produção em escala acarretaram na
redução dos custos e, portanto, do preço �nal para o consumidor. Por outro lado, a
falta de visão de que o operário é um ser humano ocasionou a desmotivação das
pessoas no ambiente de trabalho, uma vez que estavam niveladas como se fossem
componentes que formavam máquinas.
A alta especialização dos funcionários e a visão da empresa como se fosse máquina
ainda acarretaram críticas às ideias tayloristas. Uma delas foi a visão da empresa
como se fosse um sistema que não depende do meio para sua sobrevivência, isto é,
um sistema fechado em si mesmo. 
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Para facilitar a compreensão sobre o pensamento sistêmico, vamos iniciar com um
exemplo. Pense no seu corpo: ele é um grande sistema, formado por vários
subsistemas (circulatório, nervoso, respiratório etc.). Para que seu organismo
funcione corretamente, todos os subsistemas que o compõe devem estar alinhados
e saudáveis. Perceba, também, que para termos saúde, nosso organismo faz uma
troca constante com o meio externo. Por isso, devemos nos alimentar
adequadamente, respirar ar puro, fazer exercícios e manter uma vida equilibrada.
Ao ingerirmos um alimento, por exemplo, nosso corpo o transforma em energia e
despreza para o ambiente aquilo que não serve. 
A Organização Vista comoA Organização Vista como
um Sistema Fechado:um Sistema Fechado:
Análise Crítica daAnálise Crítica da
Administração Cientí�caAdministração Cientí�ca
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Com esse exemplo, podemos entender que nosso corpo é o caso de um sistema
considerado aberto. Um sistema aberto, portanto, é aquele que troca com o meio.O tipo fechado, por outro lado, não apresenta essa troca, ou seja, não in�uencia e
não sofre in�uência do meio. De acordo com Chiavenato (2005), a visão da
Administração Cientí�ca prega que as organizações são sistemas
predominantemente fechados, o que signi�ca dizer que funcionam como se fossem
entidades autônomas que não dependem do meio externo para sobreviver. Nesse
tipo de sistema, as organizações analisam as ocorrências somente sob a
perspectiva das variáveis internas conhecidas. Contudo, vale destacarmos que os
teóricos da ORT estavam enganados, visto que as organizações funcionam como o
nosso corpo, isto é, são sistemas predominantemente abertos, pois recebem seus
inputs (entradas) do meio externo. 
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Apesar da melhoria contínua dos processos com os ajustes dos tempos, dos
movimentos, das ferramentas e da forte padronização de ferramentas, por
exemplo, as críticas ao modelo se tornaram evidentes. A seguir vamos sintetizar as
principais.
Crítica à Administração Cientí�ica
Chiavenato (2005) nos explica a apreciação crítica referente à teoria da
Administração Cientí�ca, incluindo:
Mecanicismo: foco nas tarefas, no cargo e na função. Dá pouca
importância para o ser humano dentro da organização, ou seja, operários
passivos que executam o trabalho e recebem ordens. Concilia patrão x
empregado, mas somente pelo dinheiro. Ademais, a organização é vista
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como uma máquina, ou seja, formada por peças que, juntas, criam um
mecanismo estático e rígido, daí o termo “organização mecanicista”.
Superespecialização do operário: segundo os críticos da teoria, a
superespecialização viola a dignidade humana, pois priva os operários da
satisfação no trabalho.
Visão microscópica do Homem: vê a individualidade e não considera o
Homem como um ser social (pessoas são preguiçosas e ine�cientes). O ser
humano é visto como sendo um processo acessório da máquina.
Abordagem de sistema fechado: trabalha as organizações como se
fossem entidades autônomas, sem qualquer in�uência vinda de fora delas.
Ausência de comprovação cientí�ca: apesar de pregar a visão cientí�ca,
não analisa o porquê de a ação do operário e não faz abstrações sobre os
resultados mensurados.
Abordagem incompleta da organização: limita-se aos aspectos formais
da organização (cargos, tarefas, ferramentas, funções, divisão de classes
etc.) e não considera a informalidade e o aspecto humano.
Limitação do campo de atuação: se restringe ao ambiente de produção,
não avaliando os aspectos da vida �nanceira, comercial ou logística. O
desenho de cargos �ca restrito ao conceito do Homo Economicus.
Abordagem prescritiva e normativa: se preocupa em prescrever normas
que pensam ser aplicadas em todas as situações.
A teoria da Administração Cientí�ca de Taylor faz parte da chamada Escola Clássica
da Administração, que agrega outro importante nome, o qual contribuiu com sua
teoria para a evolução dessa ciência: Henri Fayol, que conheceremos a seguir. 
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Henri Fayol, engenheiro francês, nascido em 1841, experimentou as consequências
da Revolução Industrial. Vivenciou a Primeira Grande Guerra edesenvolveu sua
carreira em uma única empresa metalúrgica e carbonífera, alcançando o cargo
máximo. Fayol publicou sua teoria em 1916, no livro “Administração industrial e
geral”, em que enfatizou o papel dos executivos na administração dos bens da
empresa.
Enquanto que as propostas de Taylor e os engenheiros envolvidos com a teoria da
Administração Cientí�ca tinham na produção o centro de suas atenções para que
fossem cada vez mais e�cientes, Fayol partiu do todo organizacional. Para o autor, a
e�ciência deveria vir de toda a organização, e não somente da produção, em “[...]
uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma
abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem
analítica e concreta de Taylor”. (CHIAVENATO, 2005, p. 80).
Vamos nos aprofundar sobre isso a partir de agora.
Abordagem Clássica: asAbordagem Clássica: as
Premissas da TeoriaPremissas da Teoria
Clássica de Fayol quanto àClássica de Fayol quanto à
Ênfase na EstruturaÊnfase na Estrutura
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Características da Teoria de Fayol
Fayol (2009) propõe que as empresas, em síntese, são compostas por seis funções:
Funções técnicas, relacionadas a fabricação de bens e serviços;
Funções comerciais, relacionadas a compras, vendas e trocas;
Funções �nanceiras, relativas ao capital e a �nanças da empresa;
Funções de segurança, relacionada a proteção patrimonial e de pessoa;
Funções contábeis, relativas aos balanços, a preci�cação, aos inventários
e as estatísticas;
Funções administrativas, relacionadas em prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar.
As funções administrativas abarcam e controlam todas as outras. De acordo com
Chiavenato (2005), Fayol de�ne que administrar é prever (visualizar o futuro e
projetar ações), organizar (mobilizar corretamente os recursos físicos e humanos),
comandar (dirigir as pessoas), coordenar (missão de harmonizar os atos da
empresa) e controlar (fazer com que as regras sejam cumpridas). Fayol propõe,
ainda, a existência de uma proporcionalidade das funções administrativas em
relação as outras. Para ele, essas funções não são privilégio da alta cúpula da
empresa, mas presente em todos os níveis hierárquicos.
Ainda para o teórico, quanto menor o nível hierárquico, menor as funções
administrativas e maior a proporção das demais funções. Assim, em outras
palavras, quanto maior for as funções administrativas, maior será o nível conceitual
exigido de quem ocupa esses cargos. Em contrapartida, as atividades que envolvem
as demais funções exigem menos conceitos e maior nível operacional.
Em relação ao administrador, Fayol (2009) também estabelece algumas funções,
decorrentes das funções da empresa:
Previsão: prever o futuro e prover recursos para mitigar imprevistos;
Organização: saber proporcionar e alocar tudo o que for necessário para
o funcionamento da empresa, seja no aspecto material, seja no aspecto
social;
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Comando: procura obter o máximo de retorno de todos os funcionários
em relação à proposta do negócio da empresa;
Coordenação: deve “[...] harmonizar todas as atividades do negócio,
facilitando seu trabalho e sucesso” (CHIAVENATO, 2005, p. 81);
Controle: avalia se tudo ocorre conforme o programado. Caso aconteça
erros e fraquezas, procede ajustes e ações para que estes não sejam
frequentes.
Assim como na teoria da Administração Cienti�ca, a administração clássica de
Fayol apresentou seus princípios e leis, que estão explicitados no próximo item.
Princípios da Proposta de Fayol
Para Fayol, tudo dentro de uma empresa é questão de “[...] ponderação, medida e
bom senso. Os princípios são universais e se adaptam a qualquer tempo, lugar ou
saiba mais
Saiba mais
Agora que você já conhece as propostas de
Taylor e Fayol, vale a pena ler o artigo
“Conceitos  de Gestão e Administração: uma
revisão crítica”, de Emerson de Paulo Dias. Com
ele, é possível elaborar uma visão crítica e
conhecer a diferença entre gestão e
administração. Além disso, a revisão
bibliográ�ca do autor ajudará no entendimento
dessas diferenças, à luz de diversos autores,
incluindo Drucker. Acesse o artigo na íntegra
com o link:
ACESSAR
http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rea/article/view/160/16
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circunstâncias” (CHIAVENATO, 2005, p. 83). Assim, ele delimita 14 princípios da
Administração, conforme delineado no quadro a seguir.
Assim como um médico que prescreve uma receita — ou seja, indica qual é o
remédio mais indicado e como ele deve ser administrado —, as teorias clássicas de
Taylor e Fayol possuem característica prescritiva, orientando como o administrador
deve atuar.
Proposta da Divisão do Trabalho e da
Especialização
Tendo como base a in�uência da Igreja Católica e das organizações militares, as
teorias clássicas mantiveram a proposta de uma organização estruturada em um
formato piramidal e hierárquico, dentro de um modelo linear de autoridade,
segmentado por departamentos. Nesse contexto, é possível perceber que a
fragmentação em departamentos também tem in�uência do princípio da
decomposição de Descartes.
Quadro 3 - Os 14 princípios da teoria clássica de Fayol. 
Fonte: CHIAVENATO, 2005, p. 83.
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Nesse tipo de organização, a supervisão ou autoridade linear é centrada na unidade
de comando (representado na �gura anterior pelos números de 1 a 4), em uma
estrutura piramidal. Assim, cada departamento possui um gestor, e o funcionário
deve subordinação somente a ele. Para que os gestores possam focar em suas
tarefas, órgãos de apoio são utilizados, formando uma autoridade de staff ou
assessoria. Esses órgãos (representados por consultorias, aconselhamentos,
recomendações etc.), por sua vez, não fazem parte da linha hierárquica e não
possuem o poder de comando, pertencente somente à autoridade linear. Nesse
sentido, diferencia-se da autoridade de linha, cujo poder formal está instituído para
dirigir e controlar os funcionários.
A autoridade de staff tem o direito somente de aconselhar, prestar consultoria e
orientar (CHIAVENATO, 2005; MAXIMIANO, 2017). Em síntese, a organização
linear tem as seguintes características:
estrutura em forma piramidal;
incidência de supervisão linear (autoridade linear);
baseada na unidade de comando (em oposição à supervisão funcional da
Administração Cientí�ca);
cadeia escalar (hierarquia);
Figura 4 - Organização piramidal linha x staff 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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autoridade de staff para apoiar os órgãos especialistas;
autoridade de linha atribuída aos gerentes em forma de poder formal para
dirigir e controlar os subordinados imediatos.
Apesar de que, hoje em dia, muitas organizações estão sendo mais �exíveis na
forma de organizar suas estruturas, muitos dos princípios que vimos da Escola
Clássica podem ser encontrados ainda nas empresas, mesmo que com outra
roupagem. É o caso da melhoria da e�ciência dos processos, da estrutura de cargos
de salários e da organização linear, por exemplo.
O importante, com tudo isso, é que você tenha conseguido voltar no tempo ao
longo deste capítulo e entender o momento histórico em que viveram os autores
saiba mais
Saiba mais
No artigo “Administração Cientí�ca e Clássica: a
visão dos homens que construíram a base da
gestão organizacional moderna”, Velcemiro
Ignácio Maia faz uma revisão sobre a história e
sobre as contribuições que Taylor e Fayol
trouxeram para a administração, inseridos em
um contexto capitalista ainda incipiente, que
surgiu a partir da transição do Antigo Regime
para a Modernidade. O autor insere a presença
do Fordismo, como uma evolução das ideias
tayloristas, e apresenta o Taylorismo como mais
do que uma teoria, ou seja, uma ideologia
capitalista. Aproveite para consolidar e ampliar
seus conceitos e sua visão crítica lendo o artigo
por completo:
ACESSAR
http://periodicos.fapam.edu.br/index.php/synthesis/article/view/36/33
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mencionados e suas teorias. Isso, como já comentamos, auxilia a dar sentido às
teorias e suas implicações na contemporaneidade.
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conclusão
Conclusão
Neste capítulo, você pôde compreender a importância em estudar as teorias e a
origem da administração, pois somente assim é possível entender a evolução dessa
ciência e sua in�uência nas organizações e na sociedade. Não tivemos a pretensão
em esgotar os assuntos, mas, sim, mostrar as principais contribuições e críticas que
cada teoria trouxe para o crescimento da administração.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
entender a importância do estudo das teorias;
conhecer o conceito do que é uma teoria e sua importância para o
desenvolvimento da ciência e dos modelos;
entender o conceito de administração e de organização;
compreender o que é a administração e seus quatro pilares, bem como
seu uso dentro das organizações;
compreender a importância dos �lósofos na evolução da ciência da
administração, com destaque para as ideias de Descartes;
observar que os princípios de Descartes tiveram forte in�uência em
diversas áreas do conhecimento e, inclusive hoje, somos in�uenciados por
suas ideias;
analisar a in�uência da Igreja Católica e da Organização Militar na
sociedade e na estrutura e das organizações;
entender a in�uência da Revolução Francesa (ideias liberais) e da
Revolução Industrial (surgimento das máquinas a vapor) que mudaram a
sociedade mundial.
compreender a teoria da Administração Cientí�ca de Taylor, bem como
seus conceitos, seus princípios e suas principais críticas da Administração
Cientí�ca;
entender a teoria Administrativa (também chamada de teoria clássica) de
Henri Fayol, bem como suas características.

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