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Aldeídos e Cetonas Nomenclatura Os aldeídos alifáticos recebem nomes substitutivamente trocando-se a terminação - o do nome do alcano correspondente por -al. Os nomes comuns são mostrados entre parênteses. As cetonas alifáticas recebem o nome substitutivamente trocando-se o final -o do nome do alcano correspondente por -ona. Os nomes comuns são mostrados entre parênteses. Propriedades físicas O grupo carbonila é um grupo polar, consequentemente os aldeídos e cetonas têm pontos de ebulição mais altos do que hidrocarbonetos de mesma massa molecular. Entretanto, aldeídos e cetonas não podem ter ligações de hidrogênio fortes entre as suas moléculas, portanto, eles têm ponto de ebulição mais baixos do que os álcoois correspondentes. O átomo de oxigênio da carbonila permite que as moléculas de aldeídos e cetonas formem ligações de hidrogênio fortes com moléculas de água. Assim, os aldeídos e as cetonas com baixas massas moleculares apresentam consideráveis solubilidades em água. A acetona e o acetaldeídos são solúveis em água em todas as proporções. Síntese de aldeídos Aldeídos por oxidação de álcoois primários Álcool primário com oxidante forte em meio aquoso sempre leva até o ácido carboxílico, não sendo possível parar no intermediário aldeído. Aldeídos por redução de cloretos de acila Os cloretos de acila podem ser reduzidos a aldeídos por meio do tratamento com LiAlH[OC(CH3)3]3, hidreto de tri-terc-butoxialumínio e lítio, a -78ºC. Aldeídos a partir de ésteres e nitrilas Tanto os ésteres quanto as nitrilas podem ser reduzidos a aldeídos pela utilização de DIBAL-H (hidreto de diisobutil-alumínio). Redução de éster a aldeído: Redução de nitrila a aldeído: Síntese de cetonas Cetonas a partir de arenos e álcoois secundários Cetonas aromáticas podem ser feitas por acilação de Friedel-Crafts a partir de arenos: Cetonas podem ser feitas a partir de álcoois secundários por oxidação: Cetonas a partir de alquinos A hidratação Markovnikov de um alquino dá inicialmente um álcool vinílico (enol) que se rearranja rapidamente para uma cetona (ceto). Cetonas a partir de nitrilas O tratamento de uma nitrila com um reagente de Grignard ou um reagente de organolítio, seguido por hidrólise, produz uma cetona. Apesar de uma nitrila ter uma ligação tripla, a adição do reagente de Grignard ou de lítio ocorre apenas uma vez, pois se ocorresse duas vezes colocaria uma carga negativa dupla sobre o nitrogênio. Adição nucleofílica à ligação dupla carbono-oxigênio Os aldeídos e cetonas são especialmente suscetíveis à adição nucleofílica pelos seguintes motivos: • o arranjo triangular plano dos grupos em torno do átomo de carbono da carbonila significa que o átomo de carbono da carbonila está relativamente aberto ao ataque por cima ou por baixo do plano do grupo da carbonila; • a carga positiva parcial no átomo de carbono da carbonila significa que ele é suscetível ao ataque nucleofílico; • pares de elétrons não compartilhados no oxigênio permitem protonação para fazer o carbono da carbonila mais eletrofílico sob condições ácidas. Adição de um nucleófilo forte a um aldeído ou cetona Adição nucleofílica catalisada por ácido a um aldeído ou cetona Reatividade da carbonila Fatores estéricos: aldeídos tem um grupo substituinte grande ligado a C=O, enquanto as cetonas tem dois; além do ataque do nucleófilo ser mais difícil nas cetonas, os intermediários tetraédricos das cetonas são menos estáveis devido ao impedimento estérico. Fatores eletrônicos: cetonas tem mais grupos alquilas ligados a C=O, portanto, maior estabilização indutiva do C eletrofílico. Os grupos alquila doam elétrons mais fortemente do que o hidrogênio, portanto, quanto mais substituída a carbonila, menor a deficiência eletrônica do carbono e menor a eletrofilicidade. Mecanismo geral da adição nucleofílica à carbonila em meio básico Mecanismo geral da adição nucleofílica à carbonila em meio ácido Adição de água A adição de água a aldeídos e cetonas leva à formação de dióis geminais, também chamados de hidratos. Mecanismo em condições ácidas: Mecanismo em condições básicas: Adição de álcoois Formação de hemiacetais As características estruturais essenciais de um hemiacetal são um grupo -OH e um grupo -OR ligados ao mesmo átomo de carbono. O hemiacetal resulta da adição nucleofílica do oxigênio de um álcool ao carbono da carbonila do aldeído ou da cetona e a formação é catalisada por ácidos e bases. Hemiacetais cíclicos com anéis de cinco ou seis membros são formados muito facilmente e podem ser isolados, ao contrário dos hemiacetais acíclicos. Formação de acetais Acetais possuem dois grupos -OR ligados ao mesmo átomo de carbono. Um acetal se forma quando um aldeído ou uma ccetona é tratado com um excesso de álcool na presença de um catalisador ácido. Embora um hemiacetal seja um intermediário, geralmente não pode ser isolado porque ele progride para tornar-se um acetal. Se colocarmos um acetal na água e adicionarmos uma quantidade catalítica de ácido, todas as etapas se invertem. Sob excesso de água, o equilíbrio favorece a formação do aldeído. O acetal sofre hidrólise: A formação de acetal cíclico é favorecida quando uma cetona ou um aldeído é tratado com um excesso de um 1,2-diol e traços de ácido: Acetais cíclicos são muito utilizados como grupos protetores de aldeídos e cetonas com o uso de diol. Adição de aminas primárias e secundárias Os aldeídos e cetonas reagem com aminas primárias formando iminas, compostos com ligação dupla carbono-nitrogênio, e com aminas secundárias formando enaminas, que possuem um grupo amino unido a uma ligação dupla carbono-carbono. Formação de iminas Adição nucleofílica de hidrazinas: reação de Wolff- Kirshner O tratamento de um aldeído ou cetona com hidrazina, H2NNH2 e KOH converte o composto a um alcano. Formação de enaminas Adição de cianeto de hidrogênio: formação de cianoidrinas O cianeto de hidrogênio é adicionado aos grupos carbonila de aldeídos e da maioria das cetonas para formar cianoidrinas. Adição de ilídeos: reação de Wittig Aldeídos e cetonas reagem com ilídeos de fósforo produzindo alcenos. Ilídeos são moléculas neutras com cargas positivas e negativas adjacentes. Adição de nucleófilos de carbono Preparação de compostos organo-lítio É feita pela adição de lítio a um haleto de alquila em éter etílico ou hexano. Reagentes de Grignard São preparados pela reação de um haleto orgânico com magnésio metálico em um éter anidro como solvente: As reações sintéticas mais importantes com reagentes de Grignard e compostos organo-lítio são aquelas em que eles reagem como nucleófilos e atacam um carbono instaturado – especialmente o carbono de um grupo carbonila. Resumo de reações de adição de aldeídos e cetonas
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