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MACROLÍDEOS

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MACROLIDIOS.
- apresentam diversos anéis lactônicos aos quais se ligam um ou mais desoxiaçúcares. 
- podem ser bactericidas ou bacteriostáticos, dependendo da concentração, tamanho do inoculo e micro-organismos infectantes. São bactericidas apenas quando em altas concentrações e a organismos suscetíveis.
- a eritromicina, claritromicina e azitromicina são os derivados mais novos do grupo dos macrolideos. 
- Efeito pós-antibiótico: é prolongado, o que permite a sua administração em um intervalo de doses mais espaçado. A duração desse efeito é maior para cocos Gram-positivos do que para H. influenzae, e maior para estreptococos do que para estafilococos. Os níveis terapêuticos da eritromicina perduram por 6h, da claritromicina por 12h e da azitromicina por 5 dias ou mais após o término do tratamento.
- o efeito pós antibiótico é definido como a persistência da atividade inibitória de um antimicrobiano sobre um microorganismo por um período de tempo após a concentração plasmática do fármaco estar abaixo da MIC. 
- A claritromicina tem maior excreção renal, a eritromicina e azitromicina tem mais excreção biliar. 
A claritromicina é ligeiramente mais potente do que a eritromicina contra cepas sensíveis de estreptococos e estafilococos e exibe atividade modesta contra H influenzae e N gonorrhoeae.
Geralmente, a azitromicina é menos ativa do que a eritromicina contra microrganismos gram-positivos e é ligeiramente mais ativa do que a eritromicina ou a claritromicina contra H influenzae e Campylobacter spp.
INDICAÇÃO: Infecções do trato respiratório. Os macrolídeos e cetolídeos são fármacos apropriados para o tratamento de diversas infecções do trato respiratório em virtude de sua atividade contra Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e patógenos atípicos (Mycoplasma, Chlamydophilia, Legionella). A azitromicina e a claritromicina são escolhas adequadas para o tratamento de pneumonia adquirida na comunidade de natureza discreta a moderada entre pacientes ambulatoriais. Em pacientes hospitalizados, um macrolídeo é comumente adicionado a uma cefalosporina para cobertura de patógenos respiratórios atípicos. Macrolideos, fiuoroquinolonas constituem fármacos de escolha para tratamento de pneumonia causada por Chlamydia pneumoniae ou Mycoplasma pneumoniae. A eritromicina foi considerada o fármaco de escolha para tratamento da pneumonia causada por L. pneumophila, L. micdadei ou outras espécies de Legionella. 
Os macrolídeos também são agentes alternativos apropriados para o tratamento de exacerbações agudas de bronquite crônica, otite média aguda, faringite estreptocócica aguda e sinusite bacteriana aguda. Azitromicina ou claritromicina é geralmente preferida em relação a eritromicina para tais indicações em razão de seu espectro mais amplo e tolerabilidade superior.
1. ERITROMICINA. 
Pode ser empregada na forma de base, sal (gluceptato, lactobionato e estearato) ou esteres (estolato, etilcarbonato, etilsuccinato e laurilsulfato). 
FARMACOCINETICA. 
Absorção.
VO: base, estearato, estolato e etilsuccinato. 
IV: lactobinato e gluceptato
A eritromicina base é adequadamente absorvida pelo trato gastrointestinal, mas é inativada pelo suco gástrico. Para proteger do suco gástrico e aumentar a biodisponibilidade, são administrados em drágeas com revestimento entérico protetor ou capsulas revestidas para dissolução no duodeno. Quando tem alimentos no estomago, aumenta a acidez e retarda a absorção. 
Os ésteres da eritromicina base (estearato, estolato e etilsuccinato) são usados para aumentar a estabilidade da droga em meio ácido e facilitar a absorção. 
- estolato: é menos suscetível à ação rápida, comparado à base, mais bem absorvido que as outras formulações, e sua biodisponibilidade não é muito alterada pela presença de alimentos. O estearato de eritromicina se dissocia no duodeno, liberando a eritromicina sob a forma de base. O estearato é acidorresistente, mas a alimentação interfere em sua absorção gástrica.
- As concentrações plasmáticas máximas são obtidas em meia hora a 4 horas, de acordo com o sal e a dose empregados.
- Elevadas concentrações plasmáticas através da administração venosa.
- A eritromicina distribui-se eficazmente a todos os tecidos corporais, inclusive fluido prostático e ouvido médio.
- Atravessa facilmente a barreira placentária, produzindo concentrações plasmáticas no feto correspondentes a cerca de 5% a 20% das da circulação materna. Não passa barreira hematoencefálica. 
- volume de distribuição 0,78 ± 0,44 L/kg.
- ligação proteica é 84%. 
- meia-vida 0,7 h via oral. é prolongada nos pacientes anúricos, 5 horas. Embora a meia-vida da eritromicina possa estar prolongada em paciente anúricos, não se recomenda o ajuste de doses em pacientes com insuficiência renal.
Excreção.
- A eritromicina se concentra no fígado, é excretada pela bile em elevadas taxas. Parte da droga sofre desmetilação hepática.
- A droga pode ser excretada pelas fezes, bile, urina e leite materno. A excreção pelas fezes corresponde em parte à eliminação biliar, e parte do antibiótico que não é absorvida elimina-se pela urina, em forma ativa, apenas 2% a 5% da dose oral e 12% a 15% da dose intravenosa. As concentrações no leite materno também são significativamente elevadas e correspondem a cerca de 50% das do plasma.
MECANISMO DE AÇÃO. 
- inibe a síntese proteica bacteriana ligando-se à subunidade 50S ribossômica, impedindo o crescimento da cadeia peptídica em microorganismos sensíveis.
- Alternativamente, os macrolídios podem causar uma alteração conformacional, modificando a síntese proteica por interferência indireta na peptidação e translocação.
ESPECTRO DE AÇÃO.
Tem amplo espectro com atividade contra bactérias gram-positivas, gram-negativas, micoplasma, clamídia, treponemas e riquétsias. 
Gram +. 
- estreptococos dos grupos A, B, C e G Streptococcus pneumoniae. 
- estafilococos são, em geral, sensíveis.
- Corynebacterium diphtheriae e Listeri monocytogenes.
Gram -. 
- Neisseria gonorrhoeae, Campylobacter jejuni, Bordetella pertussis, Legionella pneumophila, Pasteurella multocida e Moraxella catarrhalis.
Outros: 
- Mycoplasma pneumoniae, Ureaplasma urealyticum, Chlamydia, Treponema pallidum.
- Os anaeróbios, como Bacteroides .fragilis, são, geralmente, resistentes à eritromicina.
Aproximadamente 40% das cepas de Haemophilus influenzae são resistentes à eritromicina. As Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella e Enterobacter) são também resistentes.
INDICAÇÃO CLINICA.
- pneumonia causada por Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, L. micdadei, Chlamydia pneumoniae e Chlamydia trachomatis.
- infecções por Chlamydia, especialmente durante a gravidez.
- gastroenterites causadas por Campylobacter jejuni. Dose 250 a 500 mg administrados 4 vezes ao dia durante 7 dias. Embora as quinolonas sejam superiores nessas indicações.
- infecções por Corynebacterium diphtheriae. 
- tosse convulsa causada por Bordetella pertussis. 
- Em pacientes com tétano e alérgicos à penicilina, a eritromicina pode ser recomendada para erradicação do Clostridium tetani, na dose de 500 mg administrados por via oral a cada 6 horas, durante 10 dias. 
- cancro mole por Haemophilus ducreyii.
- na sífilis e no linfogranuloma venéreo, pode ser uma alternativa para os pacientes alérgicos à penicilina. 
- Em pediatria, a eritromicina pode ser usada no tratamento de otites e sinusites causadas por H. influenzae e S. pneumoniae.
- A eritromicina pode aumentar a ação hipoprotrombinêmica da varfarina.
- A eritromicina parece potencializar a ação do astemizol, carbamazepina, ciclosporina, digoxina, corticosteroides, alcaloides do ergot, teofilina, terfenadina, triazolima, valproato e varfarina.
TOXICIDADE.
A eritromicina é considerada um antibiótico de baixa toxicidade. Altas doses podem estar associadas a desconfortos epigástricos, cólica abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. A eritromicina age como agonista no receptor da motilina, estimulando a motilidade gastrointestinal. As reações alérgicas não são muito comuns e geralmente envolvemfebre, eosinofilia e exantemas. A hepatite colestática constitui um dos efeitos mais graves e ocorre quase sempre com o estolato de eritromicina, causando náuseas, vômitos, cólicas abdominais, icterícia, febre. Tais reações em geral regridem após a suspensão da droga. Surdez transitória pode também ocorrer com doses elevadas de eritromicina, nos pacientes idosos. 
- O uso parenteral de lactobionato e de gluceptato de eritromicina pode estar associado ao aparecimento de tromboflebite, podendo ser parcialmente evitada pela diluição da droga e infusão lenta, de preferência em veia periférica calibrosa ou central.
POSOLOGIA. 
A dose recomendada de estolato e de estearato de eritromicina para adultos é de 250 a 500 mg a cada 6 horas, ou 500 mg de 12 em 12 horas.
O etilsuccinato é administrado para adultos na dose de 400 mg a 800 mg a cada 6 horas, ou 600 mg de 8 em 8 horas, ou ainda 800 mg de 12 em 12 horas.
Alimentos devem ser evitados imediatamente antes ou depois da administração oral de eritromicina base ou estearato, não sendo necessária essa precaução na administração do estolato ou do etilsuccinato.
A dose oral de eritromicina para crianças é de 30 a 50 mg/kg/dia em intervalos de 6 em 6 horas. Nas infecções graves, essa dose pode ser duplicada.
O estolato e o etilsuccinato de eritromicina são as preparações mais recomendadas para crianças porque são insípidas e estão disponíveis em suspensão. Alguns estudos sugerem que em crianças o estolato de eritromicina apresenta biodisponibilidade superior à do etilsuccinato.
VIA PARENTERAL
A administração intramuscular não é recomendada em virtude da dor no local da injeção. A administração intravenosa deve ser reservada para o tratamento de infecções graves. O gluceptato e o lactobionato são os sais de eritromicina disponíveis para aplicação intravenosa.
A dose recomendada para administração intravenosa é de 0,5 a I g de 6 em 6 horas. Nos pacientes com insuficiência renal leve ou moderada, não é necessária a modificação da posologia. Porém, na insuficiência renal grave, ajustar a dose ou prolongar o intervalo entre as doses para 8 ou 12 horas. A eritromicina deve ser evitada em pacientes com doença hepática grave em virtude do metabolismo hepático da droga.
2. AZITROMICINA.
- maior espectro que a eritromicina, maior penetração nos tecidos e meia vida mais longa. 
FARMACOCINETICA.
Absorção.
- rapidamente absorvida após a administração oral. É mais estável que a eritromicina no pH ácido do estômago. 
- 37% da dose é absorvida. 
- O uso concomitante de antiácidos pode reduzir a absorção, e os alimentos reduzem a biodisponibilidade oral da droga em torno de 43%. A administração oral concomitante de azitromicina e antiácido reduz as concentrações plasmáticas máximas, porém não afeta a absorção global.
- administrar em jejum, pelo menos 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições.
- O pico de concentração plasmática após uma dose de ataque de 500 mg é de aproximadamente 0,4 flg/mL, e, quando seguida de uma dose de manutenção de 250 mg, 1 vez ao dia, durante 4 dias, fornece uma concentração plasmática de equilíbrio (steady-state) de 0,24 flg/mL.
- se distribui amplamente nos tecidos e fluidos corporais, a concentração na maioria dos tecidos excede a concentração sérica. Concentra-se preferencialmente os leucócitos polimorfonucleares, monócitos, macrófagos alveolares e fibroblastos. 
- meia vida tissular 2 a 4 dias. A longa meia-vida de eliminação de 40 horas reflete a sequestração tissular da droga.
- ligação às proteínas plasmáticas é 51%.
- azitromicina parece não interferir no metabolismo hepático da teofilina e de outras drogas. 
Excreção. 
- metabolismo hepático e excreção biliar. 6,5% da droga é excretada de forma inalterada na urina.
MECANISMO DE AÇÃO. 
A azitromicina inibe a síntese proteica pela ligação à subunidade 50S dos ribossomos de micro-organismos sensíveis, de modo similar à eritromicina.
ESPECTRO DE AÇÃO. 
Gram-positivas, algumas gram negativas, micoplasma, clamídias e alguns espiroquetas. 
- A azitromicina é menos ativa que a eritromicina contra estafilococos e estreptococos. A maioria das cepas de S. aureus resistentes à metilciclina é resistente à eritromicina e à azitromicina. 
- A azitromicina é mais ativa que a eritromicina contra H. influenzae, M. catarrhalis e Campylobacter e é bastante ativa contra Pasteurella multocida, Mycoplasma pneumoniae, L. pneumophila, N. gonorrhoeae, Chlamydia, B. burgdorferi e Fusobacterium. toxoplasma gondii, Cryptosporidium e Plasmodium.
- atividade limitada contra diversos gram-negativos. Klebsiella, Enterobacter; Citrobacter; Proteus, Providencia, Morganella, Serratia sp., Pseudomonas aeruginosa, P. cepacea e Xanthomonas multophila são comumente resistentes.
INDICAÇÃO CLINICA. 
A azitromicina é recomendada somente para uso em pacientes com mais de 16 anos de idade, uma vez que a segurança e a eficácia da droga em crianças ainda não foram estabelecidas.
- alternativa para o tratamento de faringite/tonsilite aguda causada por S. pyogenes em pacientes alérgicos à penicilina e com intolerância gastrointestinal à eritromicina.
- Nas infecções não complicadas de pele e de tecidos moles causadas por S. pyogenes, S. aureus e S. agalactiae (celulite, furunculose, etc.). 
- na exacerbações agudas de bronquite causadas por H. injluenzae, M. catarrhalis ou S. pneumoniae com DPOC. 
- Nas pneumonias de gravidade moderada causadas por S. pneumoniae ou por H. influenzae em pacientes ambulatoriais. Não deve ser utilizada com essa finalidade em pacientes com bacteriemia ou que necessitem de hospitalização e terapia endovenosa. 
- Os pacientes idosos, debilitados ou imunocomprometidos geralmente não são candidatos ao tratamento ambulatorial com azitromicina.
- nas infecções por Chlamydia. A uretrite não gonocócica e a cervicite causada por Chlamydia trachomatis podem ser eficazmente tratadas com uma dose única de 1 g de azitromicina por via oral.
- nas infecções por Mycobacterium avium e toxoplasmose em pacientes aidéticos e no tratamento da doença de Lyme. Doses elevadas de 500 mg.
- A diarreia por Cryptosporidium, frequente em pacientes com AIDS, responde bem ao tratamento com azitromicina e claritromicina.	
TOXICIDADE.
- os efeitos adversos são diarreia, náuseas, vômitos. 
- as reações alérgicas são exantemas e raras. 
- pode ter aumento nos testes de função hepática. 
POSOLOGIA. 
- suspensão contendo 200 mg/5 mL e comprimidos de 250 mg para uso oral. 
- Recomenda-se a utilização da droga por via oral em jejum (1 hora antes das refeições ou 2 horas depois), com uma dose única de ataque de 500 mg no primeiro dia, seguidos de 250 mg 1 vez ao dia nos dias subsequentes, durante um período de 5 dias.
- Para o tratamento de uretrite ou cervicite não gonocócica causadaspor C. trachomatis, recomenda-se uma dose única de 1 g.
3. CLARITROMICINA. 
FARMACOCINETICA.
- bem absorvida pelo trato gastrointestinal. Não é inativada pela acidez. 
- tem metabolismo de primeira passagem pelo fígado, causando reduzida biodisponibilidade oral, de 50% a 55%. 
- ingestão de alimentos não reduz a biodisponibilidade da droga. 
- Ela pode ser administrada com ou sem alimento, porém a forma de liberação prolongada, tipicamente dada 1 vez/dia em uma dose de 1 g, deve ser administrada com alimento para melhorar sua biodisponibilidade. 
- pico de concentração plasmática 2 horas após a administração oral da droga. 
- distribui amplamente nos tecidos, incluindo pulmões, rins, fígado, mucosa nasal e amígdalas, e alcança concentrações intracelulares elevadas. 
- ligação às proteínas plasmáticas 40% a 70% e é dependente da concentração. 
- volume de distribuição 2,6 L/kg. 
- A claritromicina é amplamente metabolizada no fígado, transformando-se em um metabólito ativo.
- meia-vida de 3 a 7 horas. 
- eliminada por vias renal e não renal, 20% a 40% da claritromicina é eliminada de forma inalterada pela urina, 2% a 4% é recuperada nas fezes. 
MECANISMO DE AÇÃO E ESPECTRO DE ATIVIDADE.
- inibe a síntese proteica bacteriana pela ligação à subunidade 50S dosribossomos. 
- é um antibiótico de largo espectro, ativo contra bactérias gram-positivas,
algumas gram-negativas, micoplasma e algumas micobactérias. 
- é mais potente contra S. aureus, S. pyogenes e S. agalactiae sensíveis à eritromicina.
- tem modesta atividade contra H. influenzae, N. gonorrhoeae e anaeróbios.
- não é ativa contra as enterobacteriáceas.
- boa atividade contra Mycoplasma pneumoníae, M. homínís, M. catarrhalis, Helicobacter pylori, Toxoplasma gondii, L. pneumophíla, B. burgdorferí, M. avíum, M. fortuítum, M. chelonei, Chlamydía sp., Ureaplasma urealytícum e Cryptosporidíum.
USOS CLÍNICOS.
- tão eficaz quanto a penicilina no tratamento da faringite estreptocócica. Pode ser uma alternativa para os pacientes alérgicos à penicilina, do mesmo modo que outras opções mais baratas como a eritromicina, a clindamicina e a cefalexina.
- tão eticaz quanto a penicilina e a amoxicilina no tratamento da sinusite maxilar aguda.
- tratamento de exacerbações agudas de bronquites· crônicas causadas por S. pneumoniae, M. catarrhalís e H. influenzae, embora outros agentes mais convencionais e mais baratos sejam igualmente ativos, como amoxicilina, sulfametoxazol-trimetoprima. 
- tem atividade aumentada em patógenos em pneumonia, incluindo H. injluenzae, S. pneumoníae, L. pneumophila eM. pneumoníae, e ainda em pacientes com pneumonia atípica e que não toleram doses elevadas de eritromicina oral, a claritromicina apresenta-se como uma alternativa bastante útil para tratamento ambulatorial. 
- tratamento de pneumonia por Chlamydia pneumoníae.
- alternativa para infecções da pele e tecidos moles causadas por S. pyogenes e S. aureus, a claritromicina, nos pacientes alérgicos às cefalosporinas da primeira geração ou naqueles com intolerância gastrointestinal à eritromicina.
- tratamento de encefalites associadas à toxoplasmose, nas infecções disseminadas por Mycobacterium avi um e na diarreia por Cryptosporídíum que geralmente acometem os pacientes com AIDS/SIDA. 
- tratamento de infecções por H. pylori associadas à úlcera péptica.
A claritromicina apresenta interação com a teofilina, a carbamazepina, a terfenadina e o astemizol (Hismanal).
TOXICIDADE.
Os efeitos colaterais mais comumente observados com o uso da claritromicina ocorrem ao nível do trato gastrointestinal, diarreia (3%), náuseas (3%), sabor desagradável (3%), dispepsia (2%) e dor ou desconforto abdominal.
- Doses elevadas de claritromicina usadas no tratamento de infecções por M. avium provocaram perda de audição.
- foram realizados estudos adequados com a claritromicina em gestantes, com a finalidade de estabelecer o risco potencial para o feto, devendo evitar-se o uso nesse período. 
POSOLOGIA. 
- é comercializada no Brasil em suspensão oral contendo 125 mg/5 mL e em comprimidos revestidos de 250 mg.
- Para adultos, 250 mg de 12 em 12 horas, durante 7 a 14 dias, e para infecções mais graves (pneumonias) ou causadas por agentes mais resistentes (H. injluenzae) utilizam-se 500 mg, VO, de 12 em 12 horas, por igual período.
- Para o tratamento de infecções causadas por Mycobacterium avium em pacientes com AIDS/SIDA, 1 g VO,12 em 12 horas.
- Para crianças com idade inferior a 12 anos, 7,5 mg/kg/dia, VO dividida em 2 tomadas.
AÇÃO ANTIINFLAMATORIA. 
- apresentam propriedades anti-inflamatórias e antivirais. Os principais efeitos imunomodulatórios dos macrolídeos são:
- inibição da síntese e secreção de citocinas pró-inflamatórias;
- aumento da secreção de citocinas anti-inflamatórias;
- inibição da migração dos neutrófilos para os locais de inflamação;
- inibição da degranulação dos leucócitos;
- aumento da apoptose de neutrófilos, linfócitos e eosinófilos;
- efeito da imunidade adaptativa através da regulação de células T e da apresentação de antígenos.
RESISTÊNCIA. 
As bactérias criam resistência aos macrolídios com pelo menos três tipos de alterações mediadas por plasmídios.
- redução na permeabilidade da droga através da membrana bacteriana, como ocorre com o S. epidermidis.
- produção de uma enzima metilase que modifica o alvo ribossômico, causa redução da ligação da droga.
- hidrólise de moléculas do macrolídio por esterases produzidas pelas Enterobacteriaceae.
- efluxo da droga por um mecanismo ativo de bombas. 
Já outro mecanismo de resistência aos macrolídios é através de mutações cromossômicas que alteram a proteína ribossômica 50S, local de ligação da droga. 
USO DOS MACROLIDIOS EM DOENÇAS PULMONARES.
O seu espectro de ação estende-se desde a produção de mediadores inflamatórios até o controle da hipersecreção de muco e a modulação de mecanismos de defesa do hospedeiro.
O uso em longo prazo de macrolídeos deve ser limitado a situações altamente selecionadas, especialmente em pacientes com bronquiectasias. 
Tem ação na modulação da síntese de citocinas inflamatórias, expressão de moléculas de adesão, atividade e sobrevida de células inflamatórias e do epitélio respiratório, além de efeitos nas secreções das vias aéreas.
Os macrolideos podem ser área sobre a curva/concentração dependente (azitromicina) ou tempo dependentes (eritromicina, claritromicina). Azitromicina se dá uma vez ao dia, tem maior meia vida. Claritromicina dar duas vezes ao dia. eritromicina 6/6h. eritromicina comprimido é diferente do composto de solução. 
Efeito pos antibiótico: efeito continuado após o antibiótico diminuir sua concentração abaixo da MIC. 
Risco na gestação: B. 
Não ultrapassam a barreira placentária. Logo, toxoplasmose gestacional não deve ser tratada com espiramicina. Só usar espiramicina quando tiver confirmação de que o bebe não foi infectado. Se o bebe está infectado, dar sulfadiazina. 
Também se usa macrolideos para tratar pertussis, pneumonia comunitária em pacientes ambulatoriais. Nos pacientes internados por pneumonia usar B lactâmico + macrolideo (pois tem baixa concentração no sangue e muito nos tecidos). 
Gonorreia: Azitromicina + ciprofloxacino. Infecção no primeiro trimestre tem menor transmissão, mas se ocorrer é mais grave. Se o IgG do bebe está caindo após o nascimento, é porque eram maternos. Tratar bebe com sulfa. As sulfas agem no mecanismo do PABA, tanto na bactéria quanto no hospedeiro. Inibe a primeira enzima que transforma o acido fólico no PABA. Não usar sulfas no primeiro trimestre de toxo gestacional, interfere na formação do tubo neural. 
Sulfadiazina inibe síntese do acido fólico. Pode dar acido fólico ou acido folinico.
A falta de acido fólico ou folinico diminui hemoglobina, causando anemia macrocitica ou megaloblástica. Anemia megaloblástica por falta de vitaminas, como acido fólico, causada por uso antibióticos sulfas. Outra anemia megaloblástica é a falta de vitamina B12 (como tem falta de hemoglobina, tenta compensar aumentando o tamanho das hemácias). 
Sulfa trimetropim inibe transformação de acido fólico em folinico (o trimetrompim inibe). Não pode dar acido fólico para gestante, dar direto acido folinico. 
SULFAS.
Os microorganismos sensíveis as sulfas são aqueles que precisam sintetizar o seu próprio acido fólico. Inibem o metabolismo do acido fólico, por competição. 
O trimetropim, que pode ser associado a sulfa, inibe a formação do metabolito ativo, o acido folinico. É mais bacteriostático, inibe replicação bacteriana, até a bactéria morrer, sendo bactericida. 
São absorvidos no trato gastrointestinal, tem boa penetração nos tecidos, alta ligação as proteínas, atravessam a barreira placentária, são metabolizados no fígado e excreção fetal. 
Uso de sulfa no inicio e final da gestação não é recomendado. No final da gestação, pode deslocar a bilirrubina da albumina, impregnando nos núcleos da base (tratamento precoce com fototerapia) e causando kernicterus. Todos bebes expostos a sulfa tem que ter controle de bilirrubina e avaliar icterícia. No inicio da gestação, interfere na formação do tubo neural e não pode ser usado. 
Bebe ictérico, com mãe que usou sulfadiazina para tratar toxoplasmose na gestação, investigar o kernicterus. 
Efeito colateral relacionado a alterações da concentração acido folinico: anemia.Pode também causar hepatite e insuficiência renal (cristaluria). Controle com hemograma, TGP, creatinina. 
Tratamento de pneumocistose, é causado pelo fungo pneumocistis, que deve ser tratado com antibióticos. Causa inflamação nos alvéolos, impedindo as trocas gasosas. Isso causa dispneia, tosse seca. 
Tratamento de paracococcidiomiose, também é fungo. 
Sulfadiazina. 
- malária. 
- toxoplasmose. Associado a pirimetamina.
- sulfadiazina de prata tópico usado para queimaduras.
- pode diminuir efeito de anticoncepcional. 
Resistência bacteriana.
- alteração na enzima que utiliza o PABA.
- destruição e inativação da droga.
- diminuição da permeabilidade bacteriana e efluxo ativo da droga.