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Como obter segurança e confiabilidade dos resultados laboratoriais? Através da adoção e desenvolvimento de sistemas de controle qualidade. Porquê? 1- Os resultados laboratoriais estabelecem prognóstico, diagnóstico e tratamento para pacientes. 2- Orienta decisão médica . O que é Controle de qualidade? É um sistema dinâmico e complexo que envolve direta e indiretamente todos os setores do laboratório, com intuito de melhorar e assegurar a qualidade do produto final Objetivo: - Identificar e eliminar erros laboratoriais. O que envolve o Controle de qualidade ? Seleção de : • Métodos • Equipamentos • Reagentes, • Pessoal Onde? É um conjunto de procedimentos pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos realizados nos pacientes e /ou em suas amostras. Como é formado o controle de Qualidade? 1- Controle interno da qualidade - controle intralaboratório. São procedimentos estabelecidos nas etapas pré- analíticas, analíticas e pós-analíticas 2- Controle externo da qualidade - controle Inter laboratório Através de Teste de proficiência Controle alternativo: Controle interlaboratorial Controle interno da qualidade Objetivos do Programa 5S ANTES Aplicação do controle de qualidade interno – de acordo RDC n. 302/2005 Nos procedimentos das etapas: • pré-analíticos • analíticos • pós analíticos Qualidade da fase pré-analítica O objetivo desta fase é garantir que as amostras e materiais tenham a representatividade desejada e mantenham a integridade de sua composição e funcionalidade. Para garantir a qualidade pré-analítica deve-se: Investir em treinamento Padronização dos procedimentos Registro das atividades Erros na etapa pre-analitica • Troca de amostras • Paciente não preparado corretamente • Uso de anticoagulante errado • Volume de amostra inadequado para os exames • Presença de hemόlise e lipemias • Transporte e armazenamento incorreto • Contaminção da vidraria (tubos, beckers, pipetas volumétricas) Erros na etapa Analitica • Troca de amostras • Erros de pipetagem: pipetas não aferidas, molhadas, volume incorreto • Vidrarias mal lavadas • Reagentes e padrões: mal conservados, validade vencida, erros no preparo, concentração errada • Equipamentos: não calibrados, erros no protocolo de automação, comprimento de onda incorreto, ajuste incorreto do zero, fonte de energia • Temperatura de reação não adequada, tempo de reação errado • Erro nos cálculos de concentração • Nao considerar a diluição feita. Como realizar Controle de Qualidade da fase pré-analítica? Mecanismo de estudo de causa e solução de erros Pedido médico Preparo do paciente Coleta e obtenção da amostra Identificação da amostra Transporte da amostra Critérios de rejeição da amostra Estabelecer procedimentos operacional padrão: POPs Manual da Qualidade • Introdução • Descrição do Laboratório Clínico • Política da Qualidade • Treinamento do pessoal • Garantia da Qualidade • Controle da documentação • Registros e arquivamento • Acomodações • Insumos e equipamentos • Listagem completa de Pop’s • Segurança de dados e formatação do laudo • Validação e Controle da Qualidade • Tratamento de reclamações • Auditorias POPs • Instruir os funcionários da existência do Pop e sua localização. • Ter Pop do Pop, Pop de seções, reações, técnicas de exames, manuseio de aparelhos, limpeza, digitaçao, coleta, recepção e demais atividades desempenhadas. • Deve constar: nome, numeração, número total de páginas, versão, data da realização, revisão, etc. • Não pode haver diferença entre a forma escrita e a executada. Planilhas • Ter planilhas padronizadas para documentar atividades respectivas de todas as fases analíticas: • Controle de temperatura (banho-maria, ambiente, geladeiras, estufas, caixas térmicas) • Controle de funcionamento de aparelhos • Manutenções dos equipamentos • Controle da água reagente Água Reagente • Fazer periodicamente o controle da água reagente (análise química e microbiológica). • Deve ser produzida no momento do uso. • Deve ser usada para enxágue de vidraria, preparo de soluções, de corantes, padrões, e abastecer equipamentos. Purificadores de água reagente Osmose reversa Purificador milli - Q Destilador Deionizador Eficiência dos processos de purificação de água Sistema de ultra purificação de água Classificação da água reagente • Atualmente, o CLSI (antigo NCCLS) classifica a água reagente em: • Clinical laboratory reagent water (CLRW); • Special reagent water (SRW); • Instrumental feed water (IFW). • CLRW ( água reagente para laboratório clínico), substitui a antiga classificação de água tipo I e tipo II. Não permite bactérias, materiais inorgânicos e orgânicos e nem partículas e coloides.. • SRW ( água reagente especial), é uma água livre de DNAses e RNAses, utilizada nas técnicas de biologia molecular. • IFW ( água para alimentação instrumental), é utilizada em equipamentos automatizados, para banhos aquosos, diluições, enxagues, dentre outros. Arquivo Todos os setores devem manter uma relação de toda a documentação que está sob a sua responsabilidade, como: POPs/Manuais, bulas de kits, manuais de equipamentos, listas mestras dos POPs. Arquivar toda a documentação gerada por no mínimo 5 anos, “ A informação deve ser correta, completa, útil, e em tempo hábil.” Lixo – Resíduo RDC 306/2004 – PGRSS Fazer o descarte adequado do lixo/resíduo, utilizando os recipientes adequados para lixo comum, resíduo biológico, material pérfuro-cortante e resíduo químico. 1-Segregação; 2-Acondicionamento; 3-Identificação; 4-Transporte interno; 5-Armazenamento temporário; 6-Tratamento; 7-Armazenamento externo; 8-Coleta e transporte externo; 9-Destinação final; Descarte adequado Rótulos • Todos os Kits de análise adquiridos devem ter registro na ANVISA. Água reagente Álcool Conservantes Corantes Reagentes Soluções Tampões Devem ser identificados com Nome Data de Preparo Data de Validade Quem preparou Concentração Risco Lote Identificação e controle dos equipamentos 1. Patrimônio 2. Fabricante 3. Marca 4. Modelo 5. Número de série 6. Data de recebimento e instalação 7. Local de instalação 8. Estado de recebimento 9. Manual em português 10. Validação 11. Planilha de manutenção 12. Pop de Procedimento 13. Registro na ANVISA 14. Assistência técnica Referências Motta, Valter Teixeira. Bioquímica Clínica para o laboratório – princípios e interpretações. 5ª ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2009, cap. 4. MS -Ministerio da Saude .Agencia Nacional de Vigilância Sanitária –ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada –RDC n. 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Diário Oficial da União n. 198, de 14 de outubro de 2005. MS -Ministerio da Saude .Agencia Nacional de Vigilância Sanitária –ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada –RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União. ADRIANO PALHARI DOS SANTOS1 , GERSON ZANUSSO JUNIOR2*CONTROLE DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS. Revista Uninga, Vol.45,pp.60-67 (Jul - Set 2015). Disponivel em: http://www.mastereditora.com.br/uninga . Acesso em 02 fev. 2019. http://www.mastereditora.com.br/uninga