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LICEU BRAZ CUBAS TATIANE DOS SANTOS SILVA TÉCNICAS DE PRODUÇÃO Mogi das Cruzes – SP 2020 LICEU BRAZ CUBAS TATIANE DOS SANTOS SILVA TÉCNICAS DE PRODUÇÃO Trabalho para alunos de DP e adaptação do Curso Técnico em Mecânica como requisito para obtenção de notas bimestrais. Orientador: Prof. Jorge Alberto Figueiredo. Mogi das Cruzes – SP 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 3 2.1. Linhas de produção e balanceamento .......................................................................... 3 2.1.1. Linha de produção .................................................................................................... 3 2.1.2. Balanceamento de linhas de produção ................................................................. 4 2.1.3. Estudo de tempos, movimentos e métodos .......................................................... 6 2.1.4. Indicadores de balanceamento de linha .............................................................. 10 2.1.5. Plano mestre de produção ..................................................................................... 10 2.1.6. Layout ....................................................................................................................... 11 2.2. Um exemplo de linha de produção .............................................................................. 13 3. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 19 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 21 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Etapas e parâmetros para o estudo de tempos e métodos ......................... 7 Figura 2 - Etapas e parâmetros para o balanceamento de uma linha de produção .... 8 Figura 3 - Exemplo de Gráfico de balanceamento de operações ................................ 9 Figura 4 - Indicadores e métricas de balanceamento ................................................ 10 Figura 5 - Papel higiênico Neve 4 rolos ..................................................................... 14 Figura 6 - Exemplo de máquina de conversão de papel higiênico ............................ 15 Figura 7 - Paletização automática ............................................................................. 17 1 1. INTRODUÇÃO Segundo Slack (2009), o Sistema Toyota de Produção abordou o lean em meadas da década de 40 para satisfazer a demanda com alta qualidade enfatizando o prevenção das perdas. Esta prevenção possibilita entregar produtos e serviços de alta qualidade e custo menores, em um curto tempo, utilizando amplamente recursos e atendendo satisfatoriamente às necessidades dos clientes. A base para o pensamento enxuto é formada por catorze princípios, dentre os quais se destaca a adoção de um fluxo contínuo para as áreas fabril e administrativa. Esse fluxo oferece visibilidade aos problemas e exerce papel essencial na redução do lead time, além de melhorar a qualidade e segurança; aumentar a flexibilidade, produtividade e eficiência; melhorar a utilização do espaço e dos recursos; reduzir o estoque e incentivar a melhoria contínua. (LIKER, 2005) Conforme Oliveira (2006), entre os séculos XVIII e início do XX, houve um grande desenvolvimento industrial que acarretou em grandes avanços tecnológicos. As ferrovias se expandiram, as grandes corporações surgiram, impulsionadas pela larga escala produtiva, gerando uma crescente demanda pelos produtos e serviços. Com isso, os gestores precisavam estar ainda mais capacitados para gerir os processos de produção. Por conta disso, Pitondo (2016) afirmou que o mundo está cada vez mais globalizado e competitivo, fazendo com que as empresas necessitem desenvolver sistemas mais eficazes, para elevar ao máximo seus rendimentos e alcançar uma parcela significativa de clientes no mercado. As que não seguem esse caminho, são consequentemente esmagadas pelas concorrentes, perdendo seu espaço no mercado. É importante que as micro e pequenas empresas permaneçam competitivas e invistam em novidades do mercado em que atuam para aumentarem suas presenças na economia em questão, visto que em 2016, respondiam por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. (SEBRAE, 2016) Para Wagmann e Araújo (2014), o cenário atual implica na adoção de técnicas com a finalidade de aumentar a capacidade produtiva das empresas, 2 como por exemplo o balanceamento de linha de produção, ferramenta que possibilita a adequação do fluxo de produção à mão de obra, reduzindo ociosidades, identificando gargalos e, consequentemente, equilibrando as etapas do processo produtivo. Battisti, Weise e Patias (2017) consideram que aplicar a Gestão da Produtividade nas empresas é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do negócio, sendo um meio de se colocar à frente da concorrência, utilizando estratégias para ganho de mercado. Dentre as estratégias, a mais comum é a otimização dos recursos necessários, através do balanceamento e dimensionamento do processo. Para efetuar o balanceamento e dimensionamento de uma linha ou um processo, é preciso analisar o local onde as atividades estão sendo executadas. Nessa análise são feitos mapas das tarefas da linha ou processo, aplicação dos tempos cronometrados para dimensionamento da linha, estudos das melhorias tanto para a empresa como para os colaboradores, e quando possível colocar os resultados em prática. A partir dessa perspectiva, se formou a ideia de produzir como trabalho para obtenção de notas bimestrais do curso técnico em Mecânica do Liceu Braz Cubas uma pesquisa para a disciplina Técnicas de Proução. Esse trabalho tanto poderá ser útil para desenvolvimento do aluno, como poderá ser utilizado como referência para outras pesquisas referentes ao tema. 3 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Linhas de produção e balanceamento 2.1.1. Linha de produção Segundo Germano (2011), os métodos artesanais dominavam a atividade industrial até o início do século XX e com isso, um carro era fabricado de forma semelhante à que ainda hoje se constrói uma casa. Produzir artesanalmente geral alto custo e demanda muito tempo, o que se torna um gargalo em absorver grande fatia do mercado que anseia por uma grande quantidade de produtos de baixo custo e produzidos rapidamente. Esse problema impulsionou a produção de um mesmo item em massa, por Henry Ford. Assim, ele dividiu a produção em partes executadas por operadores distintos, de modo que a fabricação de peças e componentes seja padronizados e com a mesma qualidade. De acordo com Rocha (2019), Frederic W. Taylor inventou a fabricação de produtos em série e este conceito de linha de produção foi difundido por Henry Ford, sobretudo para ajudar no andamento industrial das unidades do o Ford T, o carro mais famoso da época, em 1913. Desde então, este fluxo de trabalho passou a ser uma constante nas indústrias de pequeno a grande porte e virou sinônimo de uma gestão de qualidade. Nas linhas de produção, cada operador, seja por meio de máquinas ou não, faz uma parte do produto. Assim é possível fazer muito mais produtos prontos para expedição do que se somente um operador fizesse todas as etapas, denotando a eficiência da linha de produção. Para Germano (2011), desde 1912, o conceito de linha de montagem, sem mecanização, foi aplicado à fabricação de motores, radiadores e componentes elétricos, onde o operador fica fixo na estaçãopara executar uma tarefa única e o produto se movimenta ao longo da linha, em um sequenciamento de tarefas, passando pelos vários operadores para sua montagem. Rocha (2019) ainda ressalta que com todas as partes da produção feitas com mais cuidado e experiência, o produto final apresenta maior qualidade. Além https://blog.cetroloja.com.br/3-dicas-para-criar-padrao-de-qualidade-em-sua-empresa/ 4 disso, as linhas de produção aumentam a produtividade da empresa, facilitam a fabricação, e ofertam como vantagens: Menor custo com treinamento, pois cada operador só precisa conhecer a sua função na linha produtiva; Não é necessário montar uma estação de trabalho com tanto espaço para locomoção de trabalhadores, porque grande parte das tarefas são executadas diretamente no local; Cada operador faz muito bem a sua tarefa e não precisa se preocupar com outros pontos relacionados à fabricação. O Fordismo e a administração científica, foram absorvidos rapidamente por outras empresas de diversos ramos e países. A internacionalização de muitas empresas foi impulsionada quando os europeus colocaram a ideia da linha de montagem de Ford em prática. (GERMANO, 2011) 2.1.2. Balanceamento de linhas de produção Segundo Monden (2015), criar um fluxo contínuo em linhas de montagem é importante para se obter a eficiência de uma linha produtiva, com fornecimento de um produto com preço competitivo, atendendo de forma rápida as variações do mercado e as suas demandas. Nesse sentido, para Gerhardt (2005), o balanceamento de linha é amplamente empregado para minimizar o tempo ocioso total dos operadores, acarretando em melhor utilização dos recursos produtivos. Diante disso, Peinado e Graeml (2007) ressaltam que as linhas de produção possuem tamanhos variados, dependendo das operações necessárias para confeccionar o produto, mas a rotina é simples e altamente repetitiva. Em geral, o comprimento da linha determina a quantidade de postos de trabalhos e o sequenciamento das tarefas é definido e imposto pelo produto a ser fabricado. Para Rocha (2013) ao realizar o balanceamento de uma linha, é indispensável se adequar a demanda, utilizando ao máximo os seus postos de trabalho, a fim de unificar o tempo unitário de execução do produto em suas sucessivas operações. 5 Conforme Sahoo (2008), abordar o mapeamento da linha como passo inicial, é seguido da determinação dos tempos de ciclo, takt time, tempos de paradas e de movimentação de materiais. O balanceamento é feito com esses dados, objetivando a distribuição de tarefas de maneira que os operadores trabalhem no ritmo do takt time, eliminando a ociosidade. Segundo Carravilla (1988) as linhas que possuem balanceamento equilibrado, apresentam fluxo suave e contínuo de trabalho, visto que os colaboradores realizam as atividades no mesmo ritmo, com maior grau de aplicação possível da mão-de-obra e dos equipamentos. Entretanto, a maior dificuldade no balanceamento de uma linha é a formação de tarefas, ou conjuntos destas, que durem o mesmo tempo. As tarefas longas no processo, podem ser divididas, ou as tarefas curtas podem ser agrupadas. Entretanto, para Dwivedi (2012), a grande dificuldade é unir tarefas distintas em postos de trabalhos individuais, garantindo que a soma dos tempos de ciclo em cada uma das estações não ultrapasse o takt time. Rother e Harris (2002), complementam com a ideia de que uma tarefa é definida como o menor desdobramento de trabalho que pode ser difundido para outra operador. Com isso, em uma linha com vários postos de trabalho, cada operador executa uma cadeia de pequenas tarefas, que quando somadas resultam na tarefa aplicada à cada operador. O trabalho absoluto da linha de montagem equivale à soma de todas as tarefas executadas pela operação. O balanceamento guiado pela metodologia lean deve seguir cinco princípios, sendo eles: alto valor agregado pela ótica do cliente, eliminação de perdas ao longo da cadeia de valor, fluxo contínuo e estável, produção puxada e busca da perfeição. É indispensável o uso de indicadores de balanceamento para complementar os propostos pela metodologia e auxiliar na identificação de lacunas de melhorias necessárias no processo, viabilizando a obtenção de resultados ótimos na realização de um balanceamento de operadores. (WOMACK; JONES; 1998) Segundo Assis (2011), um conjunto de postos de trabalho com posição fixa e sequenciamento lógico das sucessivas operações a serem realizadas e descritas formam uma linha produtiva. Os postos de trabalho podem ser constituídos por um único ou por vários operadores que efetuam operações manuais, ás vezes com o auxílio de ferramentas ou pequenos equipamentos. 6 Balancear uma linha de produção equivale à distribuir a carga das várias operações o mais uniformemente possível pelos vários postos de trabalho. Para o autor, no início do fabricação de um novo produto, a Engenharia de Processo inicia também o estudo das operações necessárias para o executar, estimando sua duração considerando a precedência das operações. 2.1.3. Estudo de tempos, movimentos e métodos Segundo Peroni (1985), o estudo e cronometragem dos tempos são realizados com a finalidade de diminuir ociosidades e racionalizando fadigas dos operadores, pois diminuindo essas falhas, a produção será otimizada. Sendo assim, estudar tempos e métodos garante dados estatísticos reais e é um método que busca alcançar níveis elevados de produtividade, melhorando a execução de tarefas realizadas pelos operadores e a organização em geral. Barnes (1977) complementa a ideia com a análise de que ao se estudar os tempos e os métodos, se estuda também os materiais, ferramentas e equipamentos empregados na produção. Isso possibilita uma padronização dos métodos de trabalho, além de avaliar qual a melhor maneira de execução e os tempos necessários para realizar de maneira eficiente. A cronoanálise é um método comumente utilizado para medir e controlar estatisticamente a tarefa a ser realizada num nível de comportamento operacional ótimo, através do cálculo do tempo padrão, que por sua vez, determina qual a capacidade produtiva da linha. O tempo padrão também considera a fadiga do e as necessidades fisiológicas do operador, a velocidade do mesmo para execução da tarefa e seu rendimento, com tolerâncias em porcentagem, além de quebras de maquinário. (PEINADO; GRAEML, 2007) De acordo com Taylor (1995), em 1881, Frederick Winslow Taylor utilizou um cronômetro e desenvolveu o Estudo de Tempos e Métodos, que ainda é utilizado nas empresas. Ainda segundo Barnes (1977), a cronometragem do tempo deve ser realizada quando um operador qualificado e treinado estiver executando as tarefas em ritmo normal de trabalho, do início à conclusão da tarefa, geralmente com a coleta de dez observações, como recomendado na literatura. Também é possível utilizar a filmagem para cronometragem, pois este 7 método permite obter tempos exatos, auxilia no esclarecimento de dúvidas e no entendimento do processo, além de viabilizar a visualização de perdas no processo, eliminando tarefas sem valor agregado. Mortimer (2006) afirma que além de ser fundamental para determinar o balanceamento de linha, a cronometragem possibilita identificar e determinar as oscilações das atividades dos operadores, as quais geram variações no fluxo produtivo, ou seja, a linha de produção não produzirá com um fluxo contínuo. A Figura 1 apresenta as etapas preparatórias e metodológicas para a utilização da cronoanálise. Figura 1 - Etapas e parâmetros para o estudo de tempos e métodos Fonte: Balanceamento de linha aplicado à produção de um produto termoformado (2017, pg. 7) De acordo com Peinado e Graeml (2007), o balanceamento de uma linha de produção é dividido em etapas, sendo: 1. Separar as operações do posto de trabalho,de modo a serem analisadas individualmente. 2. Cronometrar o tempo de cada operação da estação de trabalho. 3. Elaborar o sequenciamento das operações; 8 4. Elaborar um diagrama com as etapas das operações; 5. Calcular o tempo de ciclo, determinando a quantidade de estações de trabalho necessárias; 6. Definir logicamente a sequência das operações de cada estação de trabalho. 7. Fazer o balanceamento da linha, a fim de uniformizar a carga de trabalho em cada estação; 8. Verificar tempos ociosos e a eficiência da linha de produção. O balanceamento de linha pressupõe a determinação de alguns parâmetros que servirão como base para todo o processo, assim como o estudo de tempos, sendo descritos na Figura 2. Figura 2 - Etapas e parâmetros para o balanceamento de uma linha de produção Fonte: Balanceamento de linha aplicado à produção de um produto termoformado (2017, pg. 7) Para Gori (2012), durante o desenvolvimento do balanceamento de uma linha de produção, precisam ser identificadas as atividades que agregam valor; as que não agregam valor e que por serem desnecessárias, gerarem desperdícios, devem ser eliminadas; e as atividades necessárias para manter a produção, mas que não agregam valor ao produto não agregam valor ao produto. 9 A eliminação dos desperdícios gera um fluxo contínuo, ininterrupto, sendo considerados como desperdícios o tempo de espera, a movimentação e o transporte. Conforme Torres e Lemos (2014), o gráfico de balanceamento de operador, também conhecido como gráfico Yamazumi, representado na Figura 3, auxilia a retratar a situação real do balanceamento de uma linha de produção, identificando os postos de trabalho ociosidade ou gargalos, sendo comum em balanceamentos com tempos determinísticos e favorecendo o nivelamento das cargas o mais próximo possível ao takt time. Figura 3 - Exemplo de Gráfico de balanceamento de operações Fonte: Lean Share Cafe Com o gráfico Yamazumi, Sihombing (2011), afirma que também é possível analisar as etapas individualmente, possibilitando a redução do tempo de ciclo através da identificação e eliminação de tarefas sem valor agregado. Salleh (2012) complementa que neste gráfico é possível verificar as perdas do processo, podendo ser realizados kaizens para a eliminação de desperdícios ou de tarefas sem valor agregado, redução das tarefas necessárias, mas sem valor agregado. A cada transformação da linha, o autor recomenda um novo balanceamento. https://leansharecafe.wordpress.com/ 10 2.1.4. Indicadores de balanceamento de linha Alguns indicadores, comuns à literatura, são utilizados para quantificar as melhorias obtidas, comparar os estados de passado e atual da linha e verificar a eficiência do balanceamento, descritos na Figura 4. Figura 4 - Indicadores e métricas de balanceamento Fonte: Balanceamento de linhas de montagem: integrando a perspectiva lean e indicadores tradicionais de balanceamento (2000-2019, p8) Para Slack (2009), além dos indicadores citados no quadro, é possível utilizar indicadores como estoque em processo, que mede a quantidade de produtos que estão aguardando ou em processamento, e a produtividade por operador, calculada através da divisão da produção diária pela quantidade de operadores. Outro indicador possível é o lead time, que mede o tempo gasto desde a chegada do item na linha até a saída do produto pronto e está diretamente relacionado ao tempo de resposta da linha às variações do mercado e ao tempo decorrido desde o pedido até a entrega do produto pronto. 2.1.5. Plano mestre de produção Segundo Vilaça (2010), diversas áreas estão envolvidas com a produção e consequentemente, com o plano mestre de produção, utilizando essa 11 ferramenta para a tomada de decisões ou como ferramenta de gestão. Um bom planejamento e controle da produção não são suficientes para se manter competitivo no mercado, sendo necessário aprimorar a utilização de recursos, os custos de produção, os tempos de trocas e solicitações não atendidas. O plano mestre é uma declaração estratégica do que deve ser produzido juntamente com o quadro de trabalhadores necessário em um curto e médio prazo. Para as pequenas empresas, o plano mestre pode ser feito com base na experiência e conhecimento dos processos, mas para empresas de médio a grande porte, com grande diversidade de produtos e diversas linhas de produção, o plano mestre precisa de muita eficiência. (VIEIRA; SOARES; JUNIOR; 2002) 2.1.6. Layout Segundo Lee (2006), o emprego do uso das instalações industriais é antigo e deu origem ao layout, sendo representado, precocemente, na Idade Média, por homens que fabricavam artesanalmente suas armas. Entretanto, somente em meados do século XX é que esse conceito começou a ser amplamente quando as fábricas começaram a se preocupar com a otimização dos processos. Carravilla (1998), define layout como sendo o posicionamento no espaço de departamentos ou estações de trabalho, a fim de minimizar custo e satisfazer um conjunto de restrições. A distribuição dos recursos pelos departamentos, o nível de stocks utilizados, o número e a produtividade dos operários, as relações entre os operários e a comunicação entre grupos, tem grande influência na eficiência de uma empresa, sendo fatores considerados na alteração ou construção de um novo layout. Para Rocha (1995), a disposição de equipamentos e máquinas, postos de trabalho, funcionários e outros fatores que ocupam o espaço físico, aumenta a funcionalidade do processo produtivo e otimiza o ambiente de trabalho, sendo uma definição de layout. 12 Conforme Carravilla (1998), o volume de produção e os tipos de produto e processo produtivo são fatores determinantes para a construção do layout. Já os critérios de decisão para a criação ou modificação do layout são as minimizações de custos de manuseamento de materiais, da distância percorrida pelos clientes e pelos empregados; e a maximização da proximidade de departamentos relacionados. No entanto, se deve considerar as limitações de espaço; a necessidade de manter localizações fixas para certos departamentos; os regulamentos de segurança, principalmente os relativos à incêndio. Há ainda vantagens descritas por Corrêa e Corrêa (2008), como a redução dos custos de manuseio e movimentação interna de materiais, facilitando entradas e saídas; o apoio ao uso eficiente da mão-de-obra, para que não se movimente desnecessariamente; a facilidade de comunicação entre as pessoas envolvidas na operação; a redução dos tempos de ciclo; o atendimento às medidas de qualidade e às exigências legais de segurança no trabalho; a melhora do aspecto visual. De acordo com Carravilla (1998), existem vários tipos de layout oriundos da mistura entre os quatro tipos básicos, sendo eles: Layout fixo: é o mais básico e adequado quando uma atividade é realizada apenas uma vez, como por exemplo, na construção de edifícios, de barragens e de navios etc. Os custos de manuseio de material se tornam altos, sendo que somente os materiais mais utilizados são alocados nas proximidades dos postos de trabalho. Como vantagem, oferece melhor planejamento e controle do trabalho, dado que tudo está orientado para um único objetivo e como desvantagens, podem haver altos custos de deslocação de pessoal especializado; falta de estruturas de apoio, tais como energia elétrica e água; utilização de equipamentos caros, que não são totalmente aproveitados. Layout de fluxo contínuo: são amplamente utilizados na indústria de processos, como por exemplo na indústria de cimentos, n produção de produtos químicos e na produção de eletricidade. São instalações com um elevado investimento de capital, pois em sua maioria, são altamente automatizadas e projetadas de modo a funcionarem como uma unidade, sendo o layout diretamentevoltado ao processo, e consequentemente, à estrutura básica da fábrica. 13 Layouts de processos intermitentes: as pessoas ou máquinas que têm a mesma função são agrupadas e cada produto passa por alguns departamentos e não por todos, dependendo das necessidades. Esse layout é utilizados para dividir as áreas em hospitais e os departamentos na indústria metalúrgica. Como vantagens, este é um tipo mais flexível quando se pretende produzir bens ou realizar serviços que sejam muito variados e permite fazer grandes investimentos em equipamento especializado e com elevada produtividade. As desvantagens são os maiores custos de manipulação do material; a necessidade de trabalho mais especializado (menos flexível); dificuldade de controle da produção, pois cada produto tem que ser seguido individualmente ao longo da linha; a necessidade de disponibilizar para cada produto, todos os desenhos e as ferramentas dedicadas, considerando todos os tempos de preparação. Layouts em linha: conhecido popularmente como linha de produção, nesse tipo, as pessoas e equipamentos são agrupados de acordo com uma sequência pré-definida de operações a realizar num produto e normalmente são utilizados transportadores automáticos para minimizar o transporte de material. São empregados na montagem de automóveis, na produção de alimentos e na fabricação de embalagens. Durante a sua definição, não se altera a direção do fluxo do produto, mas sim a eficiência da linha e as tarefas destinadas aos operários individuais. Como vantagens, esse tipo apresenta resultados muito eficientes; menores custos de manipulação do material; operações muito simplificadas, que permitem a utilização de mão-de-obra pouco qualificada; pequenos estoques intermediários; e simplificação do controle da produção, apenas se baseando na taxa de produção. Já as desvantagens são a baixa flexibilidade; efeitos colaterais graves em termos de aborrecimento dos operários e de absentismo; alta dependência entre as diversas operações, podendo parar a produção se um equipamento quebrar; necessidade de alta eficiência no balanceamento. 2.2. Um exemplo de linha de produção 14 A empresa estudada é uma multinacional de grande porte, com mais de 500 colaboradores diretos e indiretos na unidade de Mogi das Cruzes. Atua no segmento de papel tissue, produzindo papel higiênico, lenços de papel, guardanapos e papel toalha. Dentre a diversidade de produtos que essa empresa produz, o foco desse estudo foi em uma linha de produção de papel higiênico dedicada ao pacote com quatro rolos, demonstrado na Figura 5. Figura 5 - Papel higiênico Neve 4 rolos Fonte: https://www.bifarma.com.br/produto/papel-higienico-neve-folha-dupla-neutro-com-4- rolos-19479 Esse item é produzido em uma linha de conversão, que é uma máquina de grande porte, dividida em tubeteira, rebobinadeira, cortadeira, embaladeira, enfardadeira e paletização, exemplificada na Figura 6. A célula de paletização é robotizada, podendo receber produtos de outra linha ao mesmo tempo, efetuando paletizações diferentes. 15 Figura 6 - Exemplo de máquina de conversão de papel higiênico Fonte: Cia Canoinhas A tubeteira produz os tubetes, que são armazenados em uma caixa e enquanto isso, as bobinas já estão sendo convertidas na rebobinadeira, de onde sai um grande rolo de papel. Este fica armazenado no acumulador e posteriormente entra na cortadeira, de onde saem os rolos no tamanho próprio para venda. Os rolos seguem por uma esteira até a embaladeira. Os pacotes já lacrados, seguem por uma próxima esteira que termina na enfardadeira. Dela, saem os fardos com as quantidades de pacotes programada. Estes, por sua vez, seguem por outra grande esteira, até outro departamento, o Cross Docking, onde são paletizados pelos robôs e posteriormente são encaminhados para o estoque ou expedição direta pelas empilhadeiras. Como a linha de produção foi desenvolvida para a fabricação desse único produto, o pacote de quatro rolos, o arranjo físico utilizado é único e dentro da sequência citada anteriormente, se tem algumas estações de trabalho, sendo elas: 16 Operador de tubeteira: responsável por abastecer a máquina com a cola e a cartolina que fazem o tubete. Também auxilia o operador da rebobinadeira no recebimento dos demais insumos e troca de bobina. Operador de rebobinadeira: responsável por abastecer e operar a rebobinadeira, efetuando os ajustes necessários para se garantir a qualidade do produto. Esta parte do equipamento precisa de maior atenção e habilidade operacional, visto que os problemas causados podem afetar diretamente o custo, tempo e qualidade do produto final, gerando grandes desperdícios, como produtos não-conformes que não podem ser recuperados. Operador de cortadeira/embaladeira/enfardadeira: este se desdobra em três postos de trabalho que atuam simultaneamente. Isso porque são partes da linha que não têm velocidade tão alta, porém não possuem estoque, como a caixa de tubetes e o acumulador nas partes precedentes. Uma parada em qualquer uma dessas três etapas finais possibilita que tubeteira e rebobinadeira continuem produzindo por determinado tempo. Porém, a parada delas impede o envio de produtos terminados para o estoque. Operador de paletização: responsável por garantir o funcionamento dos robôs, bem como controlar os parâmetros e realizar o abastecimento com insumos, como o plástico film que envolve o produto paletizado para que o mesmo não se desmonte durante o transporte e armazenagem. Vale lembrar que aproximadamente dez anos atrás, essa mesma linha de produção possuía seis postos de trabalho, sendo tubeteira, rebobinadeira, cortadeira, embaladeira, enfardadeira e por fim, a paletização, que era manual. Posteriormente, ocorreram estudos de processo e de balanceamento de linha, sendo possível obter como resultado, a otimização dos postos de trabalho, os reduzindo para quatro. Tal balanceamento permaneceu até meados de 2015, quando novos estudos e análises geraram como resultado, a redução de mais duas estação de trabalho, com um operador sendo responsável pelos três equipamentos finais da linha, que precedem a paletização que ainda era manual. No estudo de 2015, a engenharia de processos utilizou cronômetros, filmadora, folhas de observação e software para cálculo. Foi seguida a sequência: (1) Análise do processo produtivo; (2) Divisão da linha por postos de trabalho; (3) Filmagem da linha produtiva; (4) Divisão das atividades por posto 17 de Trabalho; (5) Divisão das atividades por operador; (6) Pré-cronometragem do estado atual; (7) Realização do estudo de tempo do estado atual. Com a automatização da paletização, um posto de trabalho foi substituído em 2018 e permanece dessa forma até os dias atuais. O auxiliar que antes paletizava manualmente foi substituído por um operador de paletização. Entretanto. Este operador não é dedicado à essa linha, pois a paletização automática ocorre em duas linhas de produção diferentes ao mesmo tempo. Um sistema de paletização automática similar ao da empresa é retratado na Figura 7. Figura 7 - Paletização automática Fonte: Mecalux Brasil O fluxo de operações dessa linha leva à uma produção de 350 fardos por hora, cada um contendo 8 pacotes com 4 rolos. Por isso, todas as estações de trabalho devem seguir o fluxo balanceado, evitando interrupções na produção. Sendo assim, o tempo de ciclo da linha é de 10,3 segundos. Essa linha de produção opera de domingo à segunda, em três turnos de oito horas cada, sem paradas de máquina para refeição (é realizado um rodízio entre os operadores). Portanto, ela consegue atender à uma demanda diária de 8400 fardos, levando em consideração o tempo cheio, sem paradas para troca, manutenções ou por outros motivos, o que na realidade não ocorre ante as18 intempéries diárias. Nessa consideração literal de 8400 fardos diários, o takt time seria de 8 segundos. 19 3. CONCLUSÃO Esta pesquisa evidenciou a importância da análise de balanceamento entre as estações de trabalho, pois a distribuição inadequada gera gargalos, desperdícios e ociosidade no processo. As metodologias utilizadas no balanceamento possibilitam demonstrar na prática os pontos que necessitam de correção, bem como o tempo gasto em cada posto de trabalho, verificando o que agrega ou não valor e padronizando as tarefas, mesmo que sejam executadas por diferentes operadores. Não menos importante, os indicadores de balanceamento têm papel fundamental no seu estudo e na prática, após sua implementação. São eles quem possibilitam analisar se os resultados esperados estão sendo alcançados, se comparados ao estado anterior. No caso da empresa descrita no item 2.2, os balanceamentos realizados ao longo da última década possibilitaram adequações dos postos de trabalho, do takt time e de outros indicadores. Apesar de não estar explícito, é possível observar que essas alterações na linha geraram ganhos para a empresa, e não foram conquistas apenas com o balanceamento, mas sim com um conjunto de melhorias realizadas ao longo dos anos, com o auxílio de outros setores que dão apoio à produção. Com relação à automatização da paletização, o alto investimento em equipamentos, instalações prediais e mão-de-obra especializada terá retorno com o decorrer do tempo e o projeto se pagará. Nota-se que com a automatização de processos, em alguns casos, a mão-de-obra é reduzida ou até substituída por máquinas. Mesmo assim, quem continua à frente dos equipamentos necessita de mais habilidades e conhecimento técnico do que na produção manual, como era o caso da paletização. Certamente, estudos futuros buscarão novos balanceamentos para atender a demanda produtiva, os investimentos e assim, fazer com que a empresa continue competitiva no mercado. Por conclusão, se tem que, os princípios básicos do lean manufacturing estão cada vez mais presentes e enraizados nas empresas que buscam uma fatia maior do mercado, baixo custo de produção, maior qualidade, maiores 20 lucros e demais vantagens que a utilização da melhoria contínua gera ao ser incorporada como cultura. 21 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Rui. Balanceamento de uma Linha de Produção. 2011. Disponível em: <http://www.rassis.com/artigos/ Operacoes/Balanceamento.pdf>. Acesso em 01 de Outubro de 2020. BARNES, R. M. Estudo de movimentos e de tempos: projeto e medida de trabalho. São Paulo: Edgar Blucher, 1977. BATTISTI, J. F; WEISE, A. D; PATIAS, J. Balanceamento de Linha Produção em uma Indústria de Lácteos. Rev. FSA, Teresina, v.14, n.6, art.7, p. 125-144, nov./dez. 2017. CARRAVILLA, Maria Antónia. Layouts e Balanceamento de Linhas. 1998. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/574/2/41077.pd f>. Acesso em 01 de Outubro de 2020. CORRÊA, H. 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