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PROJETOS 
CULTURAIS
CAPACITAÇÃO DE 
AGENTES CULTURAIS
ESTRATÉGIAS DE CULTURA E ARTE PARA O FUTURO
ESSA P
UBLICA
ÇÃO
NÃO P
ODE S
ER
COME
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 1
Copyright © 2020 Fundação Demócrito Rocha
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
João Dummar Neto
Presidente
André Avelino de Azevedo
Diretor Administrativo-Financeiro
Marcos Tardin
Gerente Geral
Raymundo Netto
Gerente Editorial e de Projetos
Chico Marinho
Gerente TV O POVO
Aurelino Freitas, Emanuela Fernandes e Fabrícia Góis
Analistas de Projetos
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Viviane Pereira
Gerente Pedagógica
Marisa Ferreira
Coordenadora de Cursos
Joel Bruno
Designer Educacional
CURSO CAPACITAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS
Raymundo Netto 
Coordenador Geral, Editorial e Estabelecimento de Texto
Daniele Torres 
Coordenadora de Conteúdo
Emanuela Fernandes 
Assistente Editorial
Andrea Araujo
Projeto Gráfico e Edição de Arte
Carlos Weiber
Designer Gráfico
Guabiras
Ilustrador
Lílian Martins
Roteirista, Locutora e Mediadora (radioaulas)
Luísa Duavy
Produtora
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148
fdr.org.br 
fundacao@fdr.org.br
C977
Coleção Capacitação de Agentes Culturais: Estratégias de Cultura e Arte para o 
Futuro / vários autores ; organizado por Raymundo Netto ; ilustrado por Guabiras. - 
Fortaleza, CE : Fundação Demócrito Rocha, 2020.
192 p. : il. ; 25,5cm x 29,5cm. - (Coleção Capacitação de Agentes Culturais ; 12v.).
ISBN: 978-65-86094-49-7 (Coleção)
ISBN: 978-65-86094-47-3 (Fascículo 1)
1. Cultura. 2. Projetos Culturais. 3. Captação de Recursos. 4. Marketing Digital. 5. 
Direitos Culturais. 6. Mecanismo de Financiamento. I. Netto, Raymundo. II. Guabiras. 
III. Título. IV. Série.
CDD 306.0951
2020-2472 CDU 316.7
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD 
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410 
Índice para catálogo sistemático:
1.Projetos Culturais 306.0951
2.Projetos Culturais 316.7
Este fascículo é parte integrante do projeto Estratégias de Cultura e Arte para o futuro: capacitação de agentes culturais, em 
decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria Municipal de Cultura de 
Fortaleza (SecultFOR), sob o nº 02/2020.
2 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
APRESENTAÇÃO
A escrita de um projeto é como contar uma história: tem come-ço, meio e fim, e passa uma men-sagem para um público específi-
co, sendo que o conteúdo e gênero é você 
que escolhe. Pode ser história de terror, de 
amor e romance, ou documentário históri-
co, e você pode comunicá-la por meio de 
livro, espetáculo de dança, show de músi-
ca, peça de teatro, web série, entre tantas 
outras possibilidades. 
Outro ponto importante é que a ela-
boração de uma ideia em forma de texto 
também pode ter diferentes motivações e/
ou finalidades: o lançamento de um edital 
para sua área artística, a inscrição em uma 
lei de incentivo fiscal, a comemoração de 
5 anos de um coletivo artístico na qual 
haverá um festival celebratório, um novo 
número circense a ser criado, a necessi-
dade de conferir expressão a um grupo de 
artistas ou a um grande artesão de uma 
comunidade em situação de vulnerabili-
dade social ou somente porque esta ideia, 
esta história acabou de “aparecer” e agora 
precisa sair do mundo dos pensamentos e 
materializar-se em papel. 
Agora, independentemente do seu 
porquê, está na boa elaboração de um 
projeto a base para o sucesso de sua 
posterior execução e suas chances de 
continuidade. E todas realizações de 
ideias, todas as contações de histórias, 
vão gerar um impacto, pois têm um pro-
pósito. As execuções de projetos devem 
trazer resultados, devem ter força para 
mudar o cenário, a realidade, devem im-
pactar positivamente a sociedade.
Com isso em mente, o nosso convite para 
você é o seguinte: nas próximas páginas po-
derá encontrar um roteiro básico, uma série 
de passos práticos, para poder contar a sua 
história, ou seja, elaborar o seu projeto, cha-
mando-lhe a atenção para pontos específi-
cos da sua narrativa, como a importância 
de escrever de forma objetiva e coeren-
te com o contexto, e ter sempre em mente 
para quem você quer contar a sua história, 
ou seja, quem é o seu público. 
Claro que não existe um padrão único 
para escrita da sua ideia, mas o intuito 
deste fascículo é preparar um caminho, 
mostrar coordenadas e dicas básicas para 
que seja possível seguir em frente com a 
elaboração de maneira equilibrada, com 
organização e tempo.
Este é apenas um fascículo introdutório, 
pois escrever projetos implica seguir estu-
dando sobre a produção e a gestão cultural, 
os mecanismos de financiamento, a capta-
ção de recursos e contrapartidas, relatórios 
e prestação de contas, e assim por diante. 
Quem começa nessa área tem sempre a 
sede do saber, do buscar mais, de experi-
mentar, de se qualificar sempre e, importan-
te, de trocar ideias e estar antenado com o 
que os colegas, independentemente da lin-
guagem artística, estão aprontando por aí.
O estudo e compreensão de uma parte 
significa a revisão e potencial melhoria do 
todo, e isso se aplica à escrita. Assim, retor-
ne a esse fascículo sempre que necessário, e 
se atente às notificações de continuidade de 
temas que seguirão. Desejamos a você uma 
ótima leitura, bons estudos e sucesso, pois a 
sua jornada começa aqui!
1
PARA REFLETIR
Todo projeto tem 
que apresentar 
os resultados 
esperados, ou seja, os 
benefícios concretos 
após a sua realização. 
Esses resultados 
são consequências 
diretas e tangíveis 
das atividades 
de seu projeto e 
são relacionados 
diretamente a seus 
objetivos específicos.
3 
PROJETOS 
CULTURAIS
O QUE SÃO PROJETOS
2
D iferentes autores sugerem que a palavra projeto deriva do latim projectus, que significa “projetar para frente, lançar 
para frente”. Em Aurélio, encontramos que 
é “a ideia que se forma de executar algo no 
futuro, um plano, um empreendimento”. 
É possível definir que projetos são instru-
mentos técnicos, pensados para ter co-
meço, meio e fim, e que são a projeção de 
ações que devem acontecer em um tempo 
futuro. São ideias que serão executadas 
a partir de um ponto de vista, cumprirão 
com objetivos em um prazo determina-
do, e que, portanto, tem um custo espe-
cífico. O projeto é uma ferramenta de co-
municação da sua ideia a se realizar, é uma 
maneira de contar sua ideia mostrando ao 
leitor da sua história como e por que você 
pretende colocá-la em prática.
Assim, a elaboração de planos futuros 
não é algo apenas do mercado (ou indús-
tria) cultural, mas, sim, das mais diversas in-
dústrias, como a automobilística, que pode 
desenvolver um projeto de um carro elétri-
co; da indústria farmacêutica, que pode ter 
a ideia de pesquisar um novo medicamento 
para doenças cardíacas; da construção civil, 
que pretende construir um prédio energeti-
camente autossustentável etc. O que todas 
essas indústrias têm em comum é o intuito 
de comunicar uma ideia de um empre-
endimento futuro, um planejamento de 
algo que se busca realizar. Projetar ideias 
para o futuro e pretender que elas se reali-
zem é algo inerente ao ser humano, que en-
controu na forma de projetos a condição de 
comunicar essas ideias.
Há uma nomenclatura referente à es-
crita no mercado cultural de leis de incen-
tivo, editais e prêmios que normalmente 
se repete. São as palavras: objetivos, jus-
tificativa, cronograma, ficha técnica, 
orçamento, público-alvo e contraparti-
das. Isso, porque para traçar o “começo, 
meio, fim” da ideia (a sua história) a ser 
executada existe uma organização, um 
roteiro. E esse roteiro quer respostas às 
seguintes perguntas: 
a) O que será realizado? 
b) Quandoacontecerá? 
c) Quem são os responsáveis pela exe-
cução? 
d) Quanto custa realizar essa ideia? 
e) Que tipo de benefícios a concreti-
zação dessa ideia oferecerá para as 
pessoas e para a sociedade?
Saber que existe um roteiro básico de 
perguntas que cria uma organização da 
sua ideia é o 1º passo da escrita, e a pala-
vra-chave aqui é organização.
PARA REFLETIR
Não existe modelo 
único de projeto 
cultural. Os projetos, 
conforme diversos 
fatores ou fins, 
dependerão de muitos 
aspectos, entre 
eles, do produto, do 
serviço ou do bem 
a ser produzido, 
além de seu 
tamanho, extensão, 
complexidade e do 
público que será 
beneficiado por ele. 
Bom mesmo é 
você aprender o 
conceito, pois assim 
estará preparado 
para preencher 
qualquer formulário, 
independentemente 
de sua origem. Por 
isso, estamos aqui.
PARA REFLETIR
Você já elaborou um 
projeto alguma vez? 
Se sim, faça o teste: 
leia o texto de seu 
projeto e veja se nele 
você respondeu às 
perguntas do roteiro: 
O que será realizado? 
Quando acontecerá? 
Quem executará? 
Quanto custa? Quem 
serão os beneficiados?
SAIBA MAIS
A Secretaria Especial 
da Cultura do 
Ministério do Turismo 
difere Proposta de 
Projeto Cultural.
Para que você, usuário 
e proponente, possa 
receber os benefícios 
da Lei Federal de 
Incentivo à Cultura, 
deverá apresentar 
uma proposta 
cultural. Ela será 
encaminhada para a 
fase de admissibilidade 
e poderá receber 
diligências solicitando 
esclarecimentos sobre 
ela. Apenas quando 
essa fase é concluída 
e sua proposta 
receber o número de 
registro no Programa 
Nacional de Apoio à 
Cultura (Pronac), é 
que ela é convertida 
em projeto cultural.
4 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
3
ETAPAS: OS 4 P´S DA 
ELABORAÇÃO DE 
PROJETOS
A lém de um roteiro pré-determinado de perguntas a serem respondidas (que é a sua organização básica), a escrita da sua ideia, aquela que vai ganhar corpo em seu projeto, também exige a dedicação do seu tempo 
em 4 etapas, a saber: 
a) Pesquisa; 
b) Planejamento; 
c) Processo de escrita; e
d) Pós-produção e ao público do seu projeto. 
3.1. Pesquisa
É importante, antes de qualquer coisa, que você se dedique a 
pesquisar (primeiro “P”) quais outros projetos da mesma área 
ou linguagem artística já existem, como eles foram escritos, 
que resultados tiveram, quais as suas dificuldades, entre outras 
características que podem contribuir bastante para a escrita de 
seu projeto. Pode e deve ler essas e outras histórias. A leitura 
e estudo de outros projetos proporciona um melhor entendi-
mento da sua própria ideia, pois lhe fornecerá uma base de 
dados comparativos que despertarão a sua reflexão e crítica, e 
que, portanto, gerará questionamentos positivos, como: será 
que devo realizar meu projeto em espaço aberto ou fechado? 
Lembrei de colocar os cachês de ensaio no meu orçamento? 
Contabilizei o tempo de ensaios no meu cronograma? Como 
posso fazer para conseguir alcançar melhores resultados na mi-
nha ação? Entre tantos outros questionamentos auxiliados pela 
experiência desses projetos e pela sua própria.
Um dos objetivos por trás da pesquisa é a busca por inspi-
ração por outras possibilidades para o seu projeto. A partir de 
pontos de vista distintos, seja do seu segmento artístico ou não, 
poder estudar e entender as diversas oportunidades que exis-
tem de realização da sua ideia.
Note que, por mais que a ideia seja sua, e por isso autêntica, 
ou seja, é a sua história que vai ser contada, já existiram outras 
pessoas que contaram histórias semelhantes, às vezes utilizan-
5 
PROJETOS 
CULTURAIS
do outras técnicas, outros meios, e é po-
sitivo e necessário que se debruce sobre 
esses projetos, os conheça, assim como 
essas outras histórias.
Fazer pesquisa para elaborar seu pro-
jeto significa aprender com os acertos e 
erros de outras pessoas, e, dessa forma, 
não cometer e prevenir os mesmos erros 
e potencializar os acertos e, por consequ-
ência, os seus resultados e impactos.
Nesta etapa é necessário questionar 
o tema do seu projeto. Por exemplo, se 
for um projeto de natureza musical, para 
poder iniciar a pesquisa é preciso defi-
nir se será sobre música popular autoral 
ou tratará de regravação de sucessos de 
outro gênero. Outros questionamentos 
possíveis: se deterá à música instrumen-
tal ou cantada? Contemporânea ou, por 
exemplo, da chamada época de ouro do 
samba? E por aí vai... Assim, com essas re-
flexões, é possível encontrar projetos se-
melhantes e estabelecer as conexões e se 
aprofundar no tema escolhido. Acredite: 
questionar-se ao longo da elaboração de 
um projeto é fundamental.
3.2 Planejamento
O nosso segundo “P”, o de planeja-
mento, é o momento em que se inicia 
o estudo de viabilidade do projeto, ou 
seja, quando você organiza as informa-
ções da sua pesquisa, feita em primeiro 
plano, juntamente com o que já pensou 
sobre essa ideia/tema para entender 
como pode ser viável a sua execução.
Nesta fase, novos questionamentos 
deverão acontecer, e desta vez serão para 
o aprofundamento sobre o que realmente 
será realizado, sobre como e qual a me-
lhor maneira de concretizar a sua ideia 
(estratégias de ação). Serão perguntas 
sobre qual o propósito da execução des-
te empreendimento? Ou seja, você passa 
a entender o que você fará e o porquê de 
se fazer, os objetivos do seu projeto co-
meçam a ser desenhados, assim como a 
sua justificativa e, consequentemente, a 
noção do público (alvo, estratégico) que 
será beneficiado por ele.
O meio pelo qual você contará a sua 
história também deve ser tema de inda-
gação: será através da publicação de um 
livro, por uma web série, um documen-
tário? Serão apresentações de dança ou 
por realização de um festival multilingua-
gens? Quem sabe por meio de um curso 
a distância, hein? A(s) resposta(s) a essa 
pergunta é o que melhor se encaixa para 
assumir o posto de produto cultural re-
sultante da realização de seu plano.
Saber quais são os objetivos do pro-
jeto, qual o produto (ou ativo) cultural 
resultante e o público (alvo, estratégico) 
a ser contemplado por ele o(a) levará, au-
tomaticamente, a refletir sobre as formas 
de comunicação da ideia, ou seja, quais 
são as maneiras mais eficazes de divulgar 
essa(s) ação(ões) para as pessoas, princi-
palmente, claro, aquelas que pertencem a 
seu público. Essa comunicação se dará pe-
las redes sociais, por anúncios de jornais, 
rádio e/ou TV ou com carros de som e 
distribuição de panfletos em bairros espe-
cíficos? Atualmente temos muito mais op-
ções do que antigamente, inclusive muitos 
meios gratuitos e de grande alcance.
Entretanto, outros questionamentos 
anteriores se fazem necessário. 
Ora, se você já sabe o que vai fazer, 
como e para quem, deve reunir recursos 
para concretizar seu plano, entre eles, os 
recursos humanos, ou seja, os profissio-
nais (equipe técnica) que executarão o 
seu projeto. Vamos lá: Já tenho o contato 
de um designer e/ou de um editor? Quan-
to custa o serviço de uma assessoria de 
imprensa na minha cidade? Quanto tem-
po um marceneiro levará para construir a 
maquete? E a costureira para confeccio-
nar os adereços de figurino? Que outros 
profissionais eu irei precisar em todas as 
etapas da execução de meu projeto? 
Importante mencionar que ao se pla-
nejar para responder às perguntas da-
PARA 
CURIOSOS
A base de dados 
pública da Lei 
Rouanet é um ótimo 
espaço virtual para 
pesquisa. 
Acesse www.versalic.
cultura.gov.br e 
procure em “projetos” 
as ideias de outras 
pessoas que já foram 
aprovadas para 
tentar a captação de 
recursos. 
Lembre-se de 
pesquisar pelo tema 
(música instrumental, 
dança popular, festival 
de artes cênicas etc.). 
Não é objetivo fazer 
plágio de textos, essa 
pesquisa é para se 
inspirar, conhecer 
novas ideias, observar 
padrões de escrita, 
fontes de dados, 
entre outros.
Viabilidade
Realizável, 
característica daquilo 
que pode ter êxito e/
ou bom resultado.
6 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
quele roteiro doqual falamos anterior-
mente, você deve decidir se você mesmo 
escreverá todo o projeto, cumprindo 
todo o roteiro exigido, ou se convidará 
outras pessoas para fazê-lo com você. De 
qualquer forma, é recomendável contar 
com outras pessoas para ler a sua histó-
ria antes de submetê-la aos leitores finais 
(pareceristas, técnicos, analistas etc.). E 
nesse momento, além de iniciar os con-
tatos com os integrantes de sua equipe 
técnica, fazendo os convites para que 
façam parte do projeto, é possível pedir 
que o leiam para compreenderem bem a 
sua ideia (o que é, como vai ser feito, para 
quem é feito e onde você quer chegar) e, 
talvez, contribuírem com sugestões, críti-
cas e intervenções, afinal, o que importa 
é prevenir o máximo de erros e alcançar o 
sucesso de seu empreendimento.
Até aqui você já deve ter percebido que 
planejar e ver adiante, é prever o futuro, 
é lançar o seu olhar do início ao final de 
tudo. É preciso imaginação, objetividade e 
segurança (pés no chão). Claro, um pouqui-
nho de experiência facilita tudo, mas mes-
mo quem hoje tem essa experiência (experti-
se) precisou começar um dia do ZERO.
O planejamento, note bem, novamen-
te está ligado à sua organização, e significa 
quanto tempo você precisará para pesqui-
PARA REFLETIR
Uma vez que você já 
sabe que precisará de 
tempo para pesquisar, 
planeje espaços 
de tempo na sua 
rotina para iniciar a 
pesquisa e a posterior 
escrita do seu projeto. 
Crie uma rotina, 
determine um tempo 
diário ou semanal 
para pesquisar. Por 
exemplo: ler 2 projetos 
do seu segmento 
artístico por semana 
para encontrar 
inspirações ou mesmo 
se atualizar do que 
acontece no mercado. 
Junto com o 
planejamento 
e pesquisa é 
muito importante 
estabelecer seu 
material de trabalho. 
É importante que 
tenha atualizado 
seu portfólio, seu 
currículo, documentos 
principais digitalizados 
(RG, CPF, comprovante 
Portfólio
É um documento 
(importante o 
seu efeito visual e 
design) que reúne 
os seus projetos ou 
de sua empresa/
organização. Com 
ele, sendo físico ou 
digital, o apoiador 
consegue imaginar 
o potencial de sua 
ação, a credibilidade, 
a sua capacidade 
de execução.
É importante que seja 
sucinto, que traga as 
informações relevantes 
Clipagem
Coleção de recortes 
e/ou sinopses de 
matérias publicadas 
em jornais e revistas 
a respeito de seu 
trabalho ou do 
trabalho de sua 
organização. Aqui 
também vale guardar 
posts de eventos nos 
quais participou, 
fotos nesses eventos, 
vídeos, atestados de 
capacitação técnica, 
certificados, entre 
outras comprovações.
de endereço, 
clipagem etc.)
Lembre-se que hoje 
em dia a maioria das 
inscrições de projetos 
se dá por meio digital: 
são formulários on-
line com limites de 
caracteres e exigências 
de envio de arquivos 
em formatos e 
tamanhos específicos 
(ex.: arquivos de até 
5MB, extensões ou 
formatos aceitos .pdf., 
.jpg, .doc etc.). Assim, 
o recomendado é 
que você escreva seu 
projeto em arquivo 
separado, e não 
diretamente nos 
formulários on-line, 
pois a conexão com 
a internet pode cair e 
você pode perder todo 
o trabalho já feito. 
Crie e nomeie 
uma pasta no seu 
computador a partir 
do ano de elaboração 
do seu projeto, por 
exemplo, 2020_Projeto 
Festival Artes, e 
nesta pasta tenha os 
arquivos de texto e as 
planilhas de orçamento 
e cronograma, 
juntamente com 
todas as suas fontes 
de pesquisa.
7 
PROJETOS 
CULTURAIS
sar, fazer análise do que encontrou, con-
centrar-se em pontos específicos e realizar 
a escrita do projeto respondendo a um ro-
teiro de perguntas/questões. E nesta fase, 
ao juntar a pesquisa com o planejamento, 
o tópico oportunidades de financiamen-
to para execução do plano (traduzido para 
“quem vai pagar a conta?”) também deve 
lhe surgir. Isso porque a pesquisa também 
apresentará para você os diferentes meca-
nismos de financiamento (editais, leis de 
incentivo federais, estaduais, municipais 
etc.) e, a partir da análise entre “tema do 
projeto versus financiamento”, é possível 
você ter mensurar quais mecanismos me-
lhor se encaixam para custear o seu pro-
jeto/empreendimento.
O tema dos diversos mecanismos de 
financiamento será tratado mais profun-
damente em um próximo módulo, mas 
mantenha-se vigilante sobre os poten-
ciais financiadores do projeto quando es-
tiver realizando o planejamento. Aliás, no 
futuro, mais experiente, quando você esti-
ver pensando em um novo projeto, acre-
dite, o patrocinador/financiador/apoiador 
aparece automaticamente na sua cabeça.
3.3. Processo de escrita
O 3º “P” é o do Processo de escrita. 
É importante que você se prepare para 
responder às perguntas do roteiro e crie 
uma metodologia (estratégia de ação) 
para tal tarefa. Note que aqui você utiliza-
rá os documentos de textos e planilhas 
criadas para seguir com sua escrita. 
E quais são as perguntas básicas 
do roteiro que você deve se preparar 
para responder?
O QUÊ? POR QUÊ? | ONDE? | QUANDO? 
QUANTO? | QUEM FARÁ?
PARA QUEM (PÚBLICO)? | COMO AVALIAR?
QUEM FINANCIARÁ?
8 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
VAMOS DETALHAR UM POUCO MAIS:
O QUE será realizado? 
Responda quais são os objetivos (geral e 
específicos): Por exemplo, realizar um festival 
de literatura infantil exclusivamente com 
autoras brasileiras.
POR QUÊ? 
Inicie a escrita da justificativa do seu projeto, 
ou seja, por que é importante realizar um 
festival de literatura infantil e por que apenas 
com escritoras brasileiras? Por que nesse 
momento? Existe alguma data comemorativa 
(efeméride: dia da literatura infantil, dia do 
escritor, data de nascimento de uma escritora 
brasileira de relevância)? E por que deve ser 
financiado através de determinado mecanismo 
(que você já deve ter pensado)?
ONDE?
Refere-se ao local/sede de realização do 
projeto. Pode ser um ou pode ser vários, em 
forma de circuito, por exemplo. Lembre-se 
que mesmo que seja para realização on-line, é 
necessário responder a essa pergunta, pois ela 
é crucial para a elaboração do seu orçamento e 
do detalhamento de sua produção/execução. 
QUANDO? 
Trata-se do cronograma do seu projeto. Por 
meio dele, o analista/parecerista saberá o 
tempo/prazo de realização de seu projeto 
(ex.: 3 meses de pré-produção e 2 semanas de 
realização). O período em que vai ser realizado 
pode favorecer muito o apoio a seu projeto. 
Por exemplo, ações que serão realizadas em 
datas festivas, que atraem público diverso, 
como apresentações de Maracatu no Carnaval, 
festival de quadrilhas nas Festas Juninas, 
corais em período natalino ou, como nos 
exemplos acima, poderia ser um festival 
realizado no mês de março, para ser celebrado 
no Dia Internacional da Mulher.
QUANTO custa? 
É o orçamento do seu projeto, ou seja, é 
a realização precisa de todas as rubricas 
necessárias para a execução de sua ideia/
projeto, juntamente com seus respectivos 
custos, valores unitários, parciais e total: 
recursos humanos (equipe técnica), serviços 
de terceiros (pessoa física ou pessoa jurídica), 
materiais (de consumo ou permanente e 
equipamentos), entre outros.
QUEM fará? 
É a ficha técnica do projeto, ou seja, 
os profissionais que você convidará e 
contratará para dar vida ao seu projeto. Na 
ficha técnica você não precisar nomear e 
colocar o currículo de todos que trabalharão 
nele, mas deve demonstrar que o núcleo 
principal (curadores, coordenadores de 
produção, de programação, de designer – 
identidade visual/projeto gráfico/campanha 
–, consultores, artistas etc.) da execução já 
foi estabelecido. Uma atenção necessária: 
caso o projeto dependa de algum profissional 
específico, é importante ter, no momento da 
proposição dele para seu potencial apoiador, 
uma Carta de Anuência desse profissional, 
que será anexado ao projeto. 
Usando o exemplo do festival acima citado, a 
de autoras brasileiras: supondo que a autora 
brasileira Ruth Rocha será homenageada e 
convidada a dar uma palestra em seu festival. 
Para poder citar o nome dela na ficha técnica 
é preciso comprovarque ela tem ciência do 
convite e está disposta a participar de sua ação. A 
Carta de Anuência, assinada pelo(a) profissional 
citado(a), é um instrumento importante, pois 
além de comprovar o conhecimento dela a 
respeito de seu projeto e a disposição em 
participar, pode conferir um peso maior para a 
sua proposta, tornando-a mais atrativa. 
Claro, se isso não acontecer pode ser 
péssimo para você.
PARA QUEM será feito? 
Desde o início você deve saber quem serão 
os beneficiados do seu projeto. Muitas vezes 
os denominamos de público-alvo ou público 
estratégico. Esse público é a razão principal 
de seu projeto. O projeto existe para eles. 
Podem ser crianças, jovens e/ou adultos. 
Segmentados por faixa etária, por ocupação, 
por localização, linguagem artística ou não. 
Pode se resumir a determinada comunidade 
ou classe. Enfim, saber responder a essa 
pergunta é crucial para a elaboração e a 
execução de seu projeto, afinal de contas, sem 
público não há projeto.
COMO AVALIAR 
a execução do seu projeto? 
O propósito de elaborar um projeto é realizá-
lo! Nada mais triste do que um projeto 
mofando em gavetas... Por outro lado, o que 
comprova a sua realização é a prestação de 
contas, a etapa final do seu projeto.
Junto com a prestação de contas, que 
pode ser física-financeira (recolhimento e 
apresentação de notas fiscais, contratos etc.) 
ou apenas de execução do objeto do projeto 
(fotos, vídeos, folhas de frequência, pesquisa 
de satisfação, matérias de jornais referentes 
ao seu projeto, por exemplo), é importante 
avaliar como foi a execução, criar indicadores 
qualitativos e quantitativos. 
Essas 2 etapas ocorrem durante a chamada 
pós-produção do projeto ou, simplesmente, 
para nós, o “P” que faltava.
Por se tratar da finalização do projeto, a 
pós-produção é, por vezes, negligenciada 
no cronograma e no orçamento, mas não 
pode ser assim, pois é uma etapa de grande 
relevância que pode ser o diferencial para 
uma renovação de patrocínio, a continuidade 
do projeto em novas edições ou uma grande 
dor de cabeça futura.
Indicadores
Peter Drucker já afirmava: “O que pode ser 
medido pode ser melhorado”. Os indicadores 
são ferramentas utilizadas para medir o 
desempenho e processo de gestão e de 
execução de seu projeto, seja de maneira 
quantitativa (avaliação numérica) ou 
qualitativa (avaliação de qualidade). Esses 
indicadores, portanto, indicam o que pode 
ser melhorado nos processos para assegurar 
melhores resultados e cumprimento de metas.
9 
PROJETOS 
CULTURAIS
3.4 Atenção ao público
Saber com precisão qual o público de 
seu projeto é de extrema importância duran-
te a sua escrita, não só por que a maioria dos 
editais e leis de incentivo questionam esse 
item, mas por que é o elemento de ligação 
entre todas as perguntas/roteiro do projeto. 
Note que quando você cria os objeti-
vos, naturalmente você descreve a quan-
tidade de público e o especifica. Na justi-
ficativa, você deve explicar o porquê de o 
projeto beneficiar tal público, qual a sua 
importância para ele, uma vez que a exe-
cução da ideia só acontecerá plenamente 
se tiver pessoas presentes ou beneficia-
das e que serão impactadas positivamen-
te pela ação que propõe.
No seu cronograma, o público reflete se 
o projeto é mais longo ou mais curto, pois 
para alcançar o número de público descrito 
no objetivo se faz necessário mais ou menos 
tempo. A quantidade de público também 
afeta a ficha técnica, uma vez que a equi-
pe precisará ser maior ou menor de acordo 
com o volume de pessoas envolvidas, além 
de funções específicas que podem ser ne-
cessárias. Por exemplo, um projeto de for-
mação de público em escolas do Ensino 
Fundamental I pode precisar de duplas de 
arte-educadores para cada 10 alunos, e es-
sas funções devem ser previstas dentro dos 
recursos humanos para realização da ideia. 
Podemos ver que todo o orçamento é 
vinculado ao público. Por exemplo, o nú-
mero de apresentações de um espetáculo 
de teatro está intimamente ligado ao es-
paço onde será apresentado, que, por sua 
vez, tem um público frequente e número 
específico de assentos.
Perceba que conhecer, quantificar e 
qualificar o seu público está intimamen-
te ligado a conhecer melhor sobre toda a 
cadeia de realização do projeto. 
Perguntar qual o seu público significa 
poder responder sobre o local de realização, 
compreender as necessidades específicas 
(como a contratação de seguros ou a loca-
ção de banheiros químicos, por exemplo), o 
tempo de execução, o tamanho e as funções 
da equipe e, principalmente, sobre os im-
pactos da realização, pois, ao final, o obje-
tivo é atender as necessidades deste público 
específico e beneficiá-lo da melhor maneira 
possível com o seu produto cultural.
Novamente a atenção ao público sig-
nifica fazer questionamentos sobre o pro-
jeto. Serão perguntas cada vez mais es-
pecíficas e detalhadas que irão contribuir 
com todas as respostas do roteiro básico 
de elaboração. 
3.5. Pós-produção
A pós-produção, acredite, é um item 
extremamente subestimado e que pre-
cisa ser mais valorizado, uma vez que a 
continuação de um projeto depende de 
uma boa prestação de contas, da entrega 
de relatórios objetivos e da comprova-
ção da presença de público e, principal-
mente, de sua satisfação. Além disso, é 
o momento de poder mensurar todos os 
demais resultados positivos do projeto, 
como os impactos sociais e econômicos 
da execução do empreendimento. 
Agora, se não for dada a devida aten-
ção à pós-produção na hora da elabora-
ção do projeto e desde o início de suas 
atividades (ela deve acontecer paralela-
mente à execução), o resultado é que não 
haverá tempo no cronograma ou verba 
no orçamento para realizá-la.
Por isso é que dizemos que esses são 
os 2 “Ps” que precisam de mais atenção 
quando da revisão durante a elabora-
ção do projeto: certifique-se de contem-
plar itens orçamentários para realizar a 
pós-produção, atentar a produção de to-
dos os itens comprometidos, bem como 
saiba especificamente quem é o público 
que se beneficiará das ações do projeto 
e quais são os meios pelos quais você po-
derá avaliar a sua satisfação.
SE LIGA!
O projeto só é 
realmente dado 
por finalizado após 
a APROVAÇÃO DE 
SUA PRESTAÇÃO 
DE CONTAS. Ela é 
definitiva e deve 
ser levada a sério e 
pensada desde as 
primeiras atividades 
de pré-produção.
Lembre-se que o 
seu projeto pode 
ser o melhor do 
mundo, mas o 
analista o avaliará 
racionalmente e 
não emotiva ou 
sentimentalmente. 
Caso não sejam 
cumpridas as regras 
estabelecidas de 
Prestação de Contas 
de seu apoiador/
financiador, você 
pode ter problemas. 
Mas para prevenir 
é fácil: leia os 
regulamentos, editais, 
manuais e guias de 
prestação de contas. 
As regras são claras 
e pré-estabelecidas. 
Basta cumprir o 
solicitado da forma 
exigida. Simples!
10 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
Quadro de Resumo 4 Ps 
da Elaboração de Projetos
1. PESQUISA 
 5 Leia e estude sobre outros projetos da mesma área artística para ter inspiração;
 5 Através de perguntas, defina especificamente o tema do projeto.
2. PLANEJAMENTO
 5 Inicie o estudo de viabilidade, entendendo como responder a perguntas sobre o 
produto cultural, seus objetivos, plano de comunicação, recursos humanos etc.
3. PROCESSO DE ESCRITA
 5 Responda às perguntas do roteiro;
 5 Crie sua metodologia de escrita;
 5 Revise os textos.
4. PÚBLICO E PÓS-PRODUÇÃO
 5 Defina o público beneficiário do projeto (idade, hábitos de lazer, 
de comunicação);
 5 Lembre-se de planejar o tempo e a verba necessários para realizar a pós-produ-
ção do projeto.
PARA REFLETIR
Quando pensamos no 
público de um projeto, 
devemos pensar na 
sua ACOLHIDA. Assim, 
para entender qual o 
público, comece por 
entender o local de 
realização: é espaço 
aberto ou fechado? O 
público ficará sentado 
ou em pé? O que o 
local precisa oferecer 
para ACOLHER BEM as 
pessoas? Banheiros? 
Internet wi-fi? Água e/
ou café? Um coffe-
break? Conhecendo 
seu público, você 
saberá de suasnecessidades nos 
momentos antes e 
depois do seu evento/
ação e o acolherá 
da melhor forma. 
Por isso, pesquise os 
comportamentos e 
necessidades desse 
público desejado, os 
hábitos e as formas 
de comunicação. É de 
extrema importância 
esse conhecimento 
também para 
montar a estratégia 
de comunicação 
do seu projeto.
11 
PROJETOS 
CULTURAIS
4
PARA REFLETIR
A partir da elaboração 
dos objetivos do 
projeto é possível 
começar a entender 
os riscos possíveis 
durante a realização 
do projeto. Isso porque 
o entendimento 
sobre o público 
vai se tornar mais 
específico. Utilizando 
o exemplo acima, da 
apresentação de circo: 
o projeto será realizado 
em uma praça, para 
100 pessoas por 
apresentação, o que 
significa que é em 
espaço público, aberto, 
e que a autorização 
de seu uso pelo órgão 
municipal responsável, 
o quantitativo 
de cadeiras/
arquibancadas, 
banheiros químicos, 
equipe de segurança e 
outras necessidades de 
execução do projeto e 
da acolhida do público 
devem ser providas 
pelo projeto. 
Além disso, o espaço 
público tem a 
circulação não apenas 
dos beneficiários 
pretendidos, mas 
também de todos 
que estiverem de 
passagem pelo local. 
Então, ao saber em 
que local o projeto 
será realizado, 
inicia-se o estudo das 
condições do espaço 
de realização, o que 
por sua vez trará à 
tona os riscos e, 
consequentemente, 
as providências 
(planejamento de 
mitigação de riscos) 
que devem ser 
tomadas para uma 
realização eficiente e 
segura do evento.
PARA REFLETIR
Para a escrita da 
justificativa do seu 
projeto encontre 
fatos de fontes 
confiáveis, como 
agências de pesquisa 
e dados, portais 
da transparência, 
legislação, entre 
outros. 
O lema para a 
elaboração de 
sua justificativa é: 
“Contra fatos não há 
argumentos.”
Lembre-se: justificar 
o projeto significa 
trazer dados que 
embasem a realização 
da sua ideia.
A maioria dos editais, das leis de incentivo e das chamadas pú-blicas ou privadas à inscrição de projetos exigem o preenchimen-
to de algum tipo de formulário ou campos 
de informações preliminares. Esses formu-
lários representam, no todo, a organização 
das perguntas do que denominamos, des-
de o começo desse fascículo, de roteiro (O 
quê? Onde? Quando? Quanto? etc.). 
A sequência desse roteiro é:
a) Descrição (ou identificação/resu-
mo de seu projeto)
b) Objetivos (geral e específicos)
c) Justificativa
d) Cronograma
e) Orçamento
f) Público-alvo
g) Democratização de Acesso e Acessi-
bilidade (pode aparecer ao lado ou 
como “Contrapartidas Sociais”)
h) Plano (estratégias) de Comunicação. 
Outras sequências você irá encontrar, 
certamente, mas tomaremos esse roteiro 
como modelo explicando o que deve ser res-
pondido em cada uma dessas etapas:
Descrição
Usualmente, a descrição é o resumo 
do que o projeto vai realizar. Quando for 
o caso, limite-se a descrevê-lo em até 5 
linhas (o que significa no máximo 2 pará-
grafos – ou 500 a 800 caracteres com espa-
ROTEIRO BÁSICO 
DA ESCRITA
ço). Você, claro, vai seguir o que o formu-
lário permitir. Alguns solicitam um resumo 
mais extenso e descrevem o número de 
caracteres máximo.
Outra possibilidade é que a descrição 
seja o momento de descrever todas as 
atividades principais para a execução da 
sua ideia. Se esta for a situação, faça um 
texto em prosa, explicando quais ações 
serão realizadas (5 e 8 parágrafos, entre 
1.500 a 2.000 caracteres).
Uma dica importante: deixe para se 
deter à descrição (identificação/resumo) 
apenas após o preenchimento dos obje-
tivos, da justificativa e da metodologia 
de seu projeto, ou seja, quando a sua exe-
cução e finalidades estiverem bem firme 
em sua cabeça, de maneira a resumi-la 
de forma mais assertiva. Lembre-se que 
essa apresentação é a porta de entrada 
de seu projeto e pode ser o item que, “por 
nocaute”, pode deixar acesa a curiosida-
de de seu analista/financiador.
Objetivo(s)
Geralmente esses objetivos vêm dividi-
dos em “objetivo geral” e “objetivos específi-
cos”. O que se deve responder aqui são quais 
ações o projeto pretende realizar. Ou seja, 
são verbos, pois serão colocados em prática 
durante a realização do plano. São verbos 
que serão conjugados quando da execução 
da ideia, são ações que serão colocadas em 
movimento quando o projeto for executado. 
E os objetivos contém as metas, e, portanto, 
devem ser quantificáveis. Por exemplo: rea-
lizar 5 apresentações do espetáculo circen-
12 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
OBJETIVO DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES PARA REALIZAÇÃO DO OBJETIVO PESSOAS ENVOLVIDAS FASE DO PROJETO
se “Nas Alturas” para 100 pessoas na praça 
Francisco José do Nascimento, totalizando 
500 pessoas beneficiadas (lembre-se da 
importância do “P” de Público!). 
Uma metodologia possível é fazer uma 
lista dos objetivos, iniciando pelos quan-
tificáveis e tangíveis, para depois enume-
rar os mais subjetivos, que serão também 
os mais genéricos, como: fomentar a arte 
circense brasileira, valorizar a cultura cir-
cense, estimular o surgimento de novas 
gerações de artistas etc.
Para saber qual o objetivo geral, olhe 
para a lista e pergunte-se: sem qual ob-
jetivo não há projeto? A resposta a essa 
questão é o objetivo geral.
Em relação a quantificar os objetivos, 
portanto, em relação às metas, lembre-se 
da sigla ESMART, pois as metas devem ser 
ESpecíficas, Mensuráveis, Atingíveis, Re-
levantes e Temporais.
Justificativa
Justificar o porquê da necessidade de re-
alização do projeto significa oferecer dados 
concretos para que o analista/parecerista/
patrocinador/apoiador entenda a relevân-
cia da história que você está contando. 
Significa explicar, de maneira objetiva, e 
bem argumentada, a ligação entre a reali-
zação do empreendimento e os benefícios 
para o público estratégico (alvo). 
A intenção é criar um texto que de-
monstre a necessidade da sua realiza-
ção, trazendo argumentos que sejam 
embasados em estudos e/ou fatos, e 
não apenas a sua opinião.
Por exemplo, se a execução do projeto 
vai gerar 100 empregos para jovens entre 23 
e 35 anos em um bairro com alto nível de de-
semprego/vulnerabilidade socioeconômica 
para essa faixa etária, essa é uma justifica-
tiva plausível, baseada em um fato. Perceba 
que é um benefício específico e mensurá-
vel para uma parcela da população também 
definida, isto significa que está sendo consi-
derado o público, os beneficiários (diretos e 
indiretos). Além de buscar dados concretos e 
argumentar a favor do público que será be-
neficiado, a justificativa deve estar alinhada 
aos objetivos do mecanismo de financia-
mento escolhido. 
Por exemplo: a Lei Federal de Incentivo à 
Cultura, também conhecida como Lei Rou-
anet, diz em seu texto, na letra da lei, que 
um de seus objetivos, através do inciso 
III é a “preservação e difusão do patrimô-
nio artístico, cultural e histórico, mediante 
item d) proteção do folclore, do artesanato 
e das tradições populares nacionais”. Por-
tanto, se você pretende desenvolver um 
projeto de publicação de uma coletânea de 
literatura de cordel, pode argumentar que 
a justificativa de pleitear o financiamento 
por meio da referida lei é a de cumprir o 
exigido em seu inciso III. Ou seja, sua ideia 
não é apenas porque você adora cordel, 
por que acha que as pessoas deveriam ler 
mais, mas, sim, por que a lei exige! Que 
ótimo argumento, não é?
Cronograma
O cronograma do seu projeto reve-
la em quanto tempo os objetivos se-
rão cumpridos. 
Para elaborar esse cronograma você 
criará uma linha do tempo lógica, inician-
do pela pré-produção (tudo aquilo que 
antecede a realização do objetivo princi-
pal, como a pesquisa de campo, a contra-
tação de equipe), seguida da produção 
propriamente dita (a realização das ativi-
dades vinculadas ao objetivo principal, a 
operacionalização, como a realização de 
apresentações, oficinas, palestras etc.), en-
cerrando com a pós-produção (período de 
elaboração da prestação de contas, entre-
ga de relatórios, de clipagem etc.).
Para a maioria das leis deincentivo, edi-
tais e chamamentos públicos, é importante 
montar o cronograma sem nomear me-
ses (janeiro, fevereiro, março...), pois isso 
é pouco prático e atrapalha a avaliação do 
projeto (o próprio tempo destinado à ava-
liação e análise já deixa o seu cronograma 
“caducar”). Então, a DICA é separar os pe-
ríodos de pré-produção, produção e pós-
-produção em mês 1, mês 2, ou semana 1, 
semana 2, e assim por diante. 
Aliás, já na elaboração do cronograma, 
podemos criar um Plano de Trabalho. Basta 
elencar as atividades para realização de cada 
objetivo, ao lado da pessoa responsável por 
realizá-la, e assim criar uma tabela, como 
esta, a seguir (rodapé da página):
Orçamento
O orçamento do projeto deve refletir to-
dos os custos para alcançar as metas esta-
belecidas nos objetivos e no prazo previsto 
no cronograma. Por isso, é de extrema im-
portância que sejam enumerados todos os 
recursos humanos, financeiros e materiais 
necessários para realizar os objetivos do 
projeto em todas as suas etapas. Lembre-
-se do aluguel de arquibancadas e/ou da 
sede do evento, do cachê dos artistas, do 
seguro-viagem, hospedagens, alimenta-
ção, remuneração da equipe técnica, dos 
assistentes administrativo, jurídico e/ou do 
contador. Para auxiliar na organização do 
orçamento, siga as divisões do cronograma 
e trabalhe por etapas: pré-produção, pro-
dução e pós-produção. 
Importante mencionar que a maioria dos 
editais trabalha com um valor máximo de 
orçamento, ou seja, você encontra descrito 
no texto do edital um limite do custo total do 
projeto para a inscrição, enquanto algumas 
leis de incentivo normalmente trabalham 
com porcentagens máximas para algumas 
etapas, como custos administrativos, divul-
gação e captação de recursos. 
Outro ponto é que, quando se trata de 
inscrição do projeto junto a um investidor 
13 
PROJETOS 
CULTURAIS
PARA REFLETIR
Pré-produção: 
todos os serviços e 
atividades iniciais 
que darão suporte à 
execução do projeto;
Produção: atividades 
associadas à sua 
execução; 
Pós-produção: 
todas as atividades 
necessárias para 
a avaliação, a 
consolidação dos 
resultados alcançados 
e o encerramento 
do projeto.
ATENÇÃO!
O orçamento deve 
ser apresentado em 
forma de planilha 
(tabela/itens) e 
nunca em texto 
corrido. Deve conter: 
item, valor unitário, 
quantidade e valor 
total, entre outros.
direto, o orçamento se parece mais como 
uma proposta comercial, com a parte fi-
nanceira bem explicada, em forma de um 
plano de cotas e contrapartidas, e sem o 
detalhamento de rubricas. 
Assim, o mais importante, como já cha-
mamos atenção, é que LEIA bem o edital, a 
lei, o chamamento público, pois as regras do 
jogo estão lá. É certo que muitos são desclas-
sificados ou inabilitados, simplesmente, por 
não lerem o que está escrito.
Público-Alvo ou Público Estratégico
Essas são as pessoas que serão bene-
ficiadas pela realização da sua ideia. Esse 
público é que define, ao final, se seu projeto 
tem resultados e/ou impactos exitosos.
O número de envolvidos, ou seja, os 
fatores quantitativos, é muito importante, 
pois revela dados sugestivos ao seu rela-
tório. Mas não devemos tratar apenas de 
quantidade. É necessário também qualifi-
car esse público, ou seja, definir especifica-
mente de qual parcela da população você 
está se referindo. Por isso não basta dizer 
que será “toda a população de uma cida-
de ou de um bairro”, e, sim, de identificar 
para qual faixa etária é destinada a ação, de 
qual localidade específica, qual a sua rea-
lidade socioeconômica e/ou cultural, entre 
outras características que caracterizem, 
com a máxima precisão, que beneficiários 
são esses. Quanto mais específica for essa 
caracterização sobre o público contempla-
do (alvo), mais precisa será a definição da 
melhor metodologia a ser empregada para 
alcançar suas metas e resultados.
Democratização de Acesso, 
Acessibilidade e 
Contrapartidas Sociais
Uma parte muito importante dessa 
sua “história contada” é explicar como 
o público esperado terá acesso ao ativo 
cultural, ou seja, ao produto do projeto. 
Por vezes, essa parte dos formulários é 
chamada de “democratização de acesso” 
ou de “contrapartidas sociais”. Não são 
necessariamente as mesmas coisas, mas 
em alguns formulários podem ser vistos as-
sim. Para a Lei Federal de Incentivo à Cultura 
(Rouanet), por exemplo, são coisas distintas.
Democratizar o acesso é, simplesmen-
te garantir o acesso a um maior número de 
pessoas, o que pode acontecer em ativida-
des ou disponibilizações gratuitas ou por 
meio de preços populares. Contrapartida, 
em si, é algo que se dá em troca de algu-
ma coisa. Assim, uma contrapartida social 
pode ser vista, a grosso modo, como aquilo 
que você oferece à sociedade (uma recom-
pensa, garantia) em troca do apoio ao seu 
projeto. Muitas vezes essas contrapartidas 
são pontos-chaves para a aprovação do 
projeto apresentado.
Sabendo disso, continuemos: quando 
estiver preenchendo seu formulário de 
inscrição de projeto, responda às ques-
tões que garantam o acesso do público-
-alvo ao produto cultural. 
Digamos que esse produto seja um show, 
a gratuidade do ingresso é vista como uma 
característica facilitadora, mas isso não bas-
ta, uma vez que é necessária uma comunica-
ção efetiva, pois de nada adianta o show ser 
gratuito se o público não souber disso, não 
é? Ações de atração/aproximação do públi-
co devem ser inseridos durante a criação de 
seu projeto. Os ensaios abertos, debates e 
palestras com artistas (ações formativas cul-
turais destinadas principalmente para co-
munidades e/ou grupos em vulnerabilidade 
social, assim como para estudantes da rede 
pública) também devem estar elencados 
nessa parte. Pense em todas as atividades 
do projeto que signifiquem a aproximação 
e a oportunidade do público de contato 
com os realizadores ou com os artistas, por 
exemplo. Oficinas de qualificação profissio-
nal e capacitação também são atividades de 
democratização de acesso (assim como po-
dem ser contrapartidas sociais), juntamente 
com todas as outras oportunidades de expe-
rimentar o objeto do projeto, de aproximar o 
público da experiência cultural.
Outra questão extremamente impor-
tante a ser lembrada durante a elabora-
ção do projeto é a Acessibilidade. Ora, se 
14 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
SAIBA MAIS 
Você que se inscreveu 
em nosso curso, 
fique bem atento 
aos próximos 2 
fascículos que irão 
detalhar a elaboração 
de cronogramas e 
orçamentos. E nos 
fascículos sobre editais 
e captação de recursos, 
a diferença entre 
orçamento, plano de 
cotas e contrapartidas 
será especificada. 
Não perca tempo e 
estude bem. Vem 
com a gente!
PARA REFLETIR
Falar de público-alvo 
é falar de dados, 
portanto, utilize a 
pesquisa e os fatos 
levantados para 
a elaboração da 
justificativa para 
entender sobre as 
pessoas beneficiadas 
(os beneficiários) e 
oferecer informações 
específicas sobre elas.
o projeto visa a atender à sociedade, ele 
também se obriga a acolher àqueles que 
apresentam mobilidade reduzida ou de-
ficiências (intelectual, visual e/ou aditi-
va). Assim, é importante que seu projeto 
contemple (hoje, cada vez mais, isso é 
exigido) medidas de acessibilidade (físi-
ca e de conteúdo), ou seja, que garantam, 
com segurança, que essas pessoas pos-
sam usufruir dos bens e serviços culturais, 
principalmente, quando essas ações são 
financiadas com recursos públicos.
O importante é se questionar se, por 
exemplo, o local de realização possui ram-
pas de acesso, banheiros adaptados, ele-
vadores, espaço reservados para idosos ou 
para cadeiras de rodas na plateia, eliminar 
ao máximo a presença de obstáculos, en-
tre outros, pois é necessário dar condições 
a essas pessoas de serem incluídas so-
cialmente. Você pode ir ainda mais longe: 
como uma pessoa surda poderia experien-
ciar o seu show de música ou a um espe-
táculo de teatro? Que tal disponibilizar 
intérpretes de LIBRAS? Pode usar equipa-
mentos de legendagem ou audiodescriçãode cenários, figurinos e de personagens? 
Textos em Braile? É um mundo de possibi-
lidades. Procure conhecê-las. 
Plano de Comunicação
Uma vez que o projeto só acontece com 
a presença ou a participação (mesmo que 
não presencialmente) de um público, 
conseguir que os potenciais beneficiários 
compareçam ou participem de seu projeto é 
uma necessidade básica para a plena reali-
zação do projeto. Sendo assim, após definir 
qual o público a ser beneficiado, é possível 
também estruturar o plano de comunica-
ção do seu projeto. 
Nesse plano, serão definidos os meios 
mais efetivos para se chegar (comunicar-se) 
a esse público. Questões relacionadas ao uso 
de mídias digitais (Com impulsionamento? 
Apenas Orgânico? Pelo Instagram, Twitter, 
Facebook? etc.), cartazes, carros de som, fo-
lheteria (folders, panfletos), newsletter, convi-
te eletrônico, adesivos, hotsites, banners (digi-
tais e/ou físicos), busdoor, outdoor, anúncios 
em rádios (spots), revistas ou em TV (teaser), 
blimp, entre outros, surgirão nesse momento 
da escrita. É importante lembrar-se de con-
sultar profissionais da área, como assessores 
de imprensa/marketing, criadores de conte-
údo e designers, social media, entre outros, 
que podem ser decisivos na sua tomada de 
decisão nesse âmbito.
Referências
AURÉLIO, Dicionário: Disponível em: < https://
www.dicio.com.br >. Acesso em: 12/10/2020.
Brant, L. Mercado Cultural: panorama crítico e 
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DRUCKER, Peter. O essencial de Drucker: uma 
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Brasil/Sebrae. Brasília, 2014.
TEIXEIRA, H.J.; SALOMÃO, S. M.; TEIXEIRA C.J. 
Fundamentos da Administração: a busca do 
essencial. Editora Elsevier, 2010.
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PROJETOS 
CULTURAIS
Larissa Biasoli (Autora)
É bacharel em Artes Cênicas (Unicamp) com especialização em Gestão Cultural e Políticas 
Culturais pelo Goldsmiths College – University of London. Teve diferentes experiências em 
produção, que incluem trabalhos com Les Commediens Tropicales, Boa Companhia e o Grupo 
Matula Teatro, além de trabalhos com produção de eventos corporativos. Desde 2013 está à 
frente da Sorella Produções Artísticas e atua em diferentes frentes, como produtora executiva, 
gerente de projetos culturais e sociais, além da coordenação de programas e festivais de 
teatro. Trabalhou com o Grupo Barracão Teatro de Campinas, Alecrim Produções Artísticas 
e Instituto Bem Cultural do DF, Bons Ventos Produtora de Campinas, Zózima Trupe e Labor 
Educacional. Desde 2017 é captadora de recursos para o Centro Cultural Aliança Francesa de 
São Paulo, e, desde 2018, trabalha com o Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais 
(Promac) da cidade de São Paulo.
Guabiras (Ilustrador)
É cartunista, autor de histórias em quadrinhos e de muitos personagens. Publicou mais de 
5 mil tirinhas em veículos como jornais, fanzines, livros (antologias), revistas (MAD-SP, Gibi 
Quântico-SP, Tarja Preta-RJ, entre outras) e na web, entre eles, no jornal EXTRA de Nova York 
(EUA) e na obra Marcatti 40 (Ugra/SP). Recebeu, em parceria, 3 troféus HQMIX e o Troféu Ângelo 
Agostini de “Melhor Cartunista de 2016”, as maiores comendas de quadrinhos do país. 
REALIZAÇÃOAPOIO
CAPACITAÇÃO DE 
AGENTES CULTURAIS
ESTRATÉGIAS DE CULTURA E ARTE PARA O FUTURO

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