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Oncologia Radiológica Epidemiologia do câncer 1. Homem: Próstata > Traqueia, Brônquios e Pulmão > Cólon e reto (incidências) a. Apesar da incidência menor, o câncer de traqueia, brônquio e pulmão mata mais que o de próstata 2. Mulher: Mama > Cólon e reto > Colo de útero (incidências) a. Câncer de colo de útero é evitável! (prevenção via citologia oncótica/Papanicolau) b. CA mama é a 1ª causa de mortalidade Obs: isso exceto os cânceres de pele não melanoma 3. Sobrevida x tempo de diagnóstico a. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a sobrevida. Pois, geralmente, a doença inicial ainda é local, facilitando o tratamento e impedindo que ocorram metástases a distância b. Câncer de traqueia, brônquios e pulmão, por não dar muitos sintomas, já é diagnosticado em estágios mais avançados e com sobrevida de 50% ao diagnóstico c. Linfoma: por ser um tumor essencialmente sistêmico, o diagnóstico precoce não tem impacto na sobrevida. Ao contrário, o tratamento adequado é o que determina a sobrevivência 4. Fatores de proteção contra o câncer a. Alimentação b. Atividade física 5. Fatores de risco – PREVENÇÃO PRIMÁRIA a. Tabagismo b. Etilismo c. Obesidade d. Radiação ionizante: energia suficiente para quebrar moléculas e produzir íons. Entre as moléculas quebradas estão proteínas reguladoras do ciclo celular e o DNA, com isso, os mecanismo de morte celular/apoptose, ficam prejudicados e surge a susceptibilidade ao câncer. · Métodos que envolvem radiação ionizante: RX, TC, PET-CT · Exposição x risco - Exposição aguda > 50 mSv* => risco aumentado - Exposição prolongada (soma das exposições) > 50-100 mSv* => risco aumentado - Quanto maior a exposição, maiores os riscos de desenvolver um câncer *mSv: miliSlvert = unidade de medida da radiação Papel da imagem em oncologia 1. Principais métodos: RX, mamografia (MMG), TC, PET-TC, ultrassom (US), ressonância magnética (RM), RM-difusão 2. Rastreamento (realização de exames dentro de uma população de risco, mas assintomática. Nesse caso o paciente tem o direito ao exame, sem que o médico precise fazer uma recomendação ‘encaminhamento’) – PREVENÇÃO SECUNDÁRIA a. Critérios para poder criar um programa de rastreamento · Problema de saúde pública · História natural bem conhecida · Necessidade de um estágio pré-clínico bem definido · Benefício da detecção precoce na sobrevida do paciente b. O ministério da saúde só recomenda o rastreamento dos cânceres de MAMA, COLO DE ÚTERO, CÓLON E RETO · Mama -> mamografia - Mulher 50-69 anos - A cada 2 anos - Benefício de exposição à radiação da MMG é SUPERIOR AO RISCO - BI-RADS: sistema de padronização dos achados da imagem aplicado no mundo inteiro · Colo de útero -> citologia oncótica/Papanicolau · Cólon e reto -> colonoscopia e sangue oculto nas fezes c. Em um programa de rastreamento, deve haver impacto na redução da mortalidade! 3. Câncer de pulmão a. Não existe diagnóstico precoce nem rastreamento bem estabelecido, pois os riscos de expor o paciente a um exame (TC porque o RX não identifica nódulos pequenos) que usa radiação são maiores que os benefícios b. Lung-RADS: sistema de padronização dos achados da imagem aplicado no mundo inteiro · De 0 a 4 de acordo com o padrão da imagem · Usado muito nos EUA 4. Diagnóstico a. Câncer de próstata · O rastreamento não é indicado (riscos > benefícios – história natural variada) · Investigação: US de abdômen · Comportamento: a maior parte dos tumores surgem na zona periférica posterior, o que permite a palpação ao toque retal · PSA (antígeno prostático específico): alto valor preditivo, porém não permite diferenciar um tumor benigno de um maligno (o mesmo vale para o toque retal). · Biópsia guiada: ultrassom trans-retal para guiar a direção da agulha - No mínimo 18 fragmentos da base até o ápice e bilateralmente · RM - Classificação do nódulo PI-RADS - Estadiamento da extensão local - Contraste entra e sai rápido (padrão) Estadiamento 1. Definição de prognóstico e conduta/tratamento 2. Imagem a. Etiologia (confirmada pela histologia) b. Topografia c. Extensão 3. Vias de disseminação: a. Contiguidade b. Hematogênica: pelo estímulo da angiogênese, células tumorais podem ganhar a circulação sistêmica c. Linfática: capilares em dedo de luva, mais permeáveis/menos seletivos a moléculas e células maiores (daí ser uma importante via para disseminação de células tumorais) 4. Sistemas a. Tumores sólidos -> TNM · T: tamanho do tumor - 0: pequeno ou inexistente · N: linfonodos regionais - 0: sem linfonodos regionais - 1: poucos linfonodos regionais - 2: linfonodos regionais e alguns a distância · M: metástase a distância - 0: sem metástase - 1: com metástase · Com base no TNM se estabelece os estádios - Qualquer tipo de tumor com M1 é estádio 4 b. Tumores hematológicos/Linfomas -> Ann Arbor (antiga) ou Lugano (mais atual e detalhada) · I – 1 região acima do diafragma · II – 2 ou mais regiões do mesmo lado do diafragma · III – 2 ou mais regiões acima e abaixo do diafragma, ou dois lados · IV – múltiplos órgãos extra-linfáticos Acompanhamento (no início, durante e no fim do tratamento) 1. Métodos anatômicos (RX, US, TC, RM) 2. Métodos funcionais (com base no funcionamento do órgão e uso de radiofármacos) 3. Métodos híbridos (PET-CT, RM de corpo inteiro - difusão) a. Tumores de alta celularidade restringem a difusão Neoplasias de sistema linfático Capilares -> vasos coletores -> troncos -> ductos linfáticos direito e esquerdo -> Vv. Subclávias 1. Órgãos linfáticos primários: medula óssea e timo 2. Órgãos linfáticos secundários: linfonodos, baço, placas linfoides e outros 3. Linfomas a. Hodgkin: segue a distribuição das cadeias linfáticas · Sobrevida maior · Sintomas B: perda de peso, febre e suor noturno · Células de Reed-Sternberg: linfócitos B derivados do centro germinativo do linfonodo · Extensão: principal fator prognóstico b. Não-Hodgkin: massas, geralmente, fora do sistema linfático · + 40 subtipos · Pode ter o metabolismo reduzido · Agressivo, e com menor sobrevida · Tipo celular: principal fator prognóstico Referências: https://drpixel.fcm.unicamp.br/conteudo/intervencao-prostatica DANIEL LUCIO WILLING – TURMA 86 – UNIFESP/EPM @danielwilling.med
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