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ATIVIDADE INTEGRADORA - Anemias megaloblástica e hemolítica

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
PROBLEMA 2M2 – OPEREI, E AGORA? 
Eduardo tem 35 anos, portador de Síndrome Metabólica, pesando 142 kg com 1,70 m, hipertenso, com prejuízo do 
convívio social e da qualidade de vida, com realização de cirurgia bariátrica há 1 ano. Hoje comparece à consulta 
satisfeito com a perda de peso de 36 kg, com controle de níveis pressóricos sem uso de medicamentos. Contudo, 
desde a cirurgia relata intolerância a determinados alimentos, principalmente carne, e parou o acompanhamento 
com a nutricionista por falta de tempo. Durante a revisão de sistemas, informou que tem apresentado fadiga, 
fraqueza, irritabilidade e parestesias de MMII há alguns meses. Ao exame físico apresentava palidez cutânea 2+/4+, 
sensibilidade vibratória prejudicada, Romberg positivo. Os exames laboratoriais mostraram: Hb: 10 g/dL, Ht: 31%, 
VCM: 102 fL, HCM: 31 fL, RDW: 16%; Vitamina B12: 111 pg/ml; Ferritina: 57. Instrução: Qual é a anemia do caso 
exposto e os mecanismos fisiopatológicos envolvidos, bem como os fatores que levaram à gravidade do caso?
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM 
1. COMPREENDER A ANEMIA 
MEGALOBLÁSTICA E PERNICIOSA 
(CAUSAS, FISIOPATOLOGIA, QUADRO 
CLÍNICO-LABORATORIAL E 
TRATAMENTO). 
Anemias megaloblásticas resultam, na maioria das 
vezes, de deficiências de vitamina B12 e folato. A 
hematopoese ineficaz afeta todas as linhagens de 
células, mas, em particular, os eritrócitos. O 
diagnóstico geralmente baseia-se em hemograma 
completo e esfregaço periférico, que normalmente 
mostram anemia macrocítica com anisocitose e 
poiquilocitose, grandes eritrócitos ovais (macro-
ovalócitos), corpos de Howell-Jolly (fragmentos 
residuais do núcleo), neutrófilos hipersegmentados e 
reticulocitopenia. O tratamento é direcionado à 
doença subjacente. 
 
Megaloblastos são grandes precursores nucleados 
de eritrócitos com cromatina não condensada 
decorrente da síntese prejudicada de DNA. 
Macrócitos são eritrócitos aumentados (volume 
corpuscular médio > 100 fL/célula). Eritrócitos 
macrocíticos ocorrem em uma variedade de 
circunstâncias clínicas, muitas sem relação com a 
maturação megaloblástica. 
 
Anemias macrocíticas (i.e., VCM > 100 fL/célula) 
decorrentes de deficiência de vitamina B12 ou 
deficiência de folato são megaloblásticas. A 
macrocitose não megaloblástica ocorre em vários 
estados clínicos e nem todos têm explicação. A 
anemia pode ocorrer em pacientes com macrocitose 
devido a mecanismos independentes da macrocitose. 
Suspeita-se de macrocitose não megaloblástica nos 
pacientes com anemias macrocíticas, cujosexames 
excluem deficiência de vitamina B12 o deficiência de 
folato. 
 
Etiologia: 
As causas mais comuns dos quadros megaloblásticos 
são: 
• Deficiência de vitamina B12 
• Deficiência de folato 
A causa mais comum de deficiência de B12 é a 
anemia perniciosa decorrente do 
comprometimento da secreção de fator intrínseco 
(geralmente secundária aos autoanticorpos). A 
anemia perniciosa pode se desenvolver mesmo na 
ausência de idade avançada. 
Outras causas comuns são má absorção decorrente 
de gastrite, derivação gástrica ou teníase. 
A deficiência alimentar é rara, mas pode ocorrer em 
pacientes veganos. 
A deficiência de folato é extremamente rara em 
países em que os cereais e grãos são enriquecidos 
com ácido fólico. Entretanto, a deficiência de folato 
pode ocorrer em pacientes com dietas restritivas, 
consumo abusivo crônico de álcool ou anorexia. 
Doenças de má absorção como doença celíaca, 
espru tropical e síndrome do intestino curto são 
outras causas prováveis. Quando a necessidade de 
folato aumenta, inclusive durante a gestação e em 
pacientes com hemólise crônica (i.e., 
hemoglobinopatias), pode ocorrer deficiência de 
folato. 
Outras causas de megaloblastose são os fármacos 
que interferem na síntese de DNA (em geral 
antineoplásicos, como a hidroxiureia, ou 
imunossupressores) e os distúrbios metabólicos raros 
(p. ex., acidúria orótica hereditária). 
 
Fisiopatologia: 
Os estados megaloblásticos resultam da síntese 
defeituosa de DNA. 
A síntese de RNA continua, resultando em uma célula 
maior com núcleo maior. Todas as linhagens 
celulares têm dispoese, em que a maturidade 
citoplasmática é maior do que a maturidade nuclear; 
isso produz megaloblastos na medula antes que 
apareçam no sangue periférico. A dispoiese resulta na 
morte celular no interior da medula, tornando a 
eritropoiese ineficaz. Como a dispoiese atinge todas 
as linhagens celulares, ocorre reticulocitopenia e, na 
fase tardia, leucopenia e trombocitopenia. 
Macro-ovalócitos entram na circulação. 
A hipersegmentação dos neutrófilos 
polimorfonucleares é comum. 
Corpos de Howell-Jolly (fragmentos residuais do 
núcleo) geralmente estão presentes. 
Se há presença simultânea de deficiência de ferro ou 
utilização prejudicada de ferro, a macrocitose pode 
não se desenvolver. 
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
 
Macrócitos ovais e neutrófilos hipersegmentados na 
deficiência de vitamina B12. 
 
Sinais e sintomas: 
A anemia é insidiosa e pode não produzir sintomas 
até se tornar grave. As manifestações gastrointestinais 
são comuns, como diarreia, glossite e anorexia. As 
manifestações neurológicas, como neuropatia 
periférica e instabilidade da marcha, são exclusivas da 
deficiência de B12 e podem ser permanentes se 
prolongadas. Parestesias podem ser uma 
manifestação da deficiência de vitamina B12, mesmo 
antes da (ou na ausência de) anemia. 
 
Diagnóstico: 
• Hemograma completo, índices de eritrócitos, 
contagem de reticulócitos e esfregaço periférico 
• Níveis de B12 e folato 
Suspeita-se de anemia megaloblástica em pacientes 
anêmicos com índices macrocíticos. Também deve-se 
considerá-la em pacientes com fatores de risco com 
parestesias inexplicáveis e/ou uma alta amplitude de 
distribuição de eritrócitos (RDW). 
O diagnóstico normalmente baseia-se no esfregaço 
sanguíneo periférico. 
Quando franca, a anemia é macrocítica com MCV > 
100 fL/célula na ausência de deficiência de ferro, 
traços de talassemia ou doença renal. O esfregaço 
mostra macro-ovalocitose, anisocitose (variação no 
tamanho dos eritrócitos) e poiquilocitose (variação na 
forma dos eritrócitos). 
 
A RDW é alta. Corpos de Howell-Jolly são comuns. Há 
reticulocitopenia. A hipersegmentação dos 
granulócitos ocorre precocemente; a neutropenia 
ocorre mais tarde. Em geral, costuma haver 
trombocitopenia nos casos graves, e as plaquetas 
podem ter tamanhos e formas bizarros. Embora a 
deficiência de ferro possa mascarar a macrocitose, 
corpos de Howell-Jolly e hipersegmentação de 
granulócitos ainda devem estar presentes. 
 
Dosar os níveis de vitamina B12 e folato. Níveis de B12 
< 200 pg/mL (< 147,6 pmol/L) ou níveis de folato < 2 
ng/mL (< 4,53 nmol/L) geralmente diagnosticam a 
deficiência. Níveis de B12 entre 200 e 300 pg/mL 
(147,6 a 221,3 pmol/L) não são diagnósticos. 
 
Quando os níveis de vitamina B12 não são 
diagnósticos, deve-se verificar tanto os níveis de ácido 
metilmalônico (MMA) como os de homocisteína 
(HCY). Níveis séricos tanto de MMA como HCY estão 
elevados na deficiência de B12, enquanto apenas a 
elevação da HCY é deficiência de folato. Insuficiência 
renal eleva o nível de MMA. 
 
Se a deficiência de vitamina B12 for confirmada, deve-
se testar a existência de autoanticorpos ao fator 
intrínseco. 
 
Também deve-se realizar testes para determinar a 
causa da deficiência de vitamina. 
 
Tratamento: 
Suplementos vitamínicos apropriados. 
É necessário suplementos da vitamina indicada. 
Sempre excluir deficiência de B12 antes de usar 
suplementos de folato. Não fazer isso pode mascarar 
a deficiência concomitante de B12 e levar à 
progressão das complicações neurológicas. 
 
O tratamento da deficiência de folato, deficiência de 
vitamina B12 é discutido em outras partes. Pode ser 
necessário eliminar os fármacos que provocam 
estados megaloblásticos ou serem administrados em 
doses reduzidas. 
 
Também deve-se tratar a etiologiade qualquer 
deficiência vitamínica. 
 
Anemia perniciosa: 
A causa mais comum de deficiência de B12 é a 
chamada Anemia Perniciosa, doença hereditária que 
dificilmente se manifesta antes da idade adulta quase 
sempre em pacientes com mais de 35 anos de idade. 
Neste caso, ocorre lesão autoimune, gastrite atrófica 
e eventualmente pode haver outras alterações 
imunológicas, como a deficiência de IgA, insuficiência 
endócrina poli-glandular e deficiência de IgA. A 
doença tem influência hereditária e gastrite atrofica 
histológica está invariavelmente presente e resultado 
no teste da histamina mostra acloridria, estes 
pacientes têm risco aumentado de carcinoma 
gástrico. 
A primeira descrição da literatura foi de Addison em 
1849, a doença é mais comum em idosos, sendo que 
1,9% dos indivíduos com mais 60 anos: anemia 
perniciosa não diagnosticada, macroscopicamente é 
evidenciada pela perda de paredes da mucosa e 
afinamento da parede gástrica, pode ser dividida em 
dois tipos: 
• Tipo A: autoimune envolvem corpo e fundo 
gástrico e poupam antro. Os pacientes 
apresentam anticorpos anticélulas parietais e 
antifator intrínseco, que cursam com diminuição 
do pepsinogênio sérico e acloridria. 
• Tipo B: não autoimune relacionada à infecção 
pelo H.pylori e com baixa concentração de 
gastrina associada, envolve o antro, e cursa com 
hipogastrinemia. 
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hemat
ologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-
eritropoese-deficiente/anemias-
macroc%C3%ADticas-megalobl%C3%A1sticas 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes
/6299/anemia_megaloblastica.htm 
 
2. EXPLICAR O METABOLISMO DA 
VITAMINA B12 E FOLATO E SUA RELAÇÃO 
COM A FORMAÇÃO DA MOLÉCULA 
HEMOGLOBINA E CORRELACIONAR 
CIRURGIA BARIÁTRICA COM AS ANEMIAS 
CARENCIAIS, DISCUTINDO O TRATAMENTO 
DA ANEMIA PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA. 
A vitamina B12, ou cianocobalamina, faz parte de uma 
família de compostos denominados genericamente 
de cobalaminas. 
É uma vitamina hidrossolúvel, sintetizada 
exclusivamente por microrganismos, encontrada em 
praticamente todos os tecidos animais e estocada 
primariamente no fígado na forma de 
adenosilcobalamina. 
A fonte natural de vitamina B12 na dieta humana 
restringe-se a alimentos de origem animal, 
especialmente leite, carne e ovos. 
A deficiência dessa vitamina pode ocasionar 
transtornos hematológicos, neurológicos e 
cardiovasculares, restando ela diretamente 
relacionada com a hiper-homocisteinemia (HHcy), um 
fator independente de risco cardiovascular e de 
danos neuronais. 
Absorção: 
A vitamina B12 é liberada pela digestão de proteínas 
de origem animal, sendo capturada pela haptocorrina 
(transcobalamina I – Tc I ou holo-Hc), uma proteína R 
produzida na saliva e no estômago, sendo esse 
complexo posteriormente degradado pelas 
proteases pancreáticas com consequente 
transferência da molécula de vitamina B12 para um 
fator intrínseco gástrico (FI), uma glicoproteína de 
44kDa produzida pelas células parietais do estômago. 
A ligação da vitamina B12 ao FI forma na mucosa um 
complexo que deve resistir às enzimas proteolíticas 
da luz intestinal e que, posteriormente, adere-se a 
receptores específicos das células epiteliais do íleo 
terminal, onde a vitamina B12 é absorvida e ligada a 
um transportador plasmático e lançada na circulação. 
Várias horas são necessárias para a sua absorção. O FI 
não é absorvido pelo intestino, sendo expelido sem 
transformação. A vitamina B12, absorvida no íleo 
terminal, é então ligada à Tc II, adentra a circulação 
portal e é distribuída para as células que expressam 
receptores específicos, os quais internalizam a 
vitamina na forma de complexo Tc-vitamina B12. 
Qualquer alteração no processo da absorção leva à 
deficiência de vitamina B12. Na ausência de FI, a 
absorção da vitamina B12 é prejudicada e, finalmente, 
segue-se a deficiência de vitamina. Numa deficiência 
relativamente comum que ocorre mais em adultos, a 
falta de FI está associada à atrofia gástrica e à 
deficiência de muitas outras secreções gástricas. 
Ocorre ainda uma forma de deficiência congênita 
onde falta apenas o fator intrínseco. Ambas vão se 
traduzir em deficiência da vitamina e caracterizarão 
uma patologia denominada anemia perniciosa, na 
qual podem ser encontrados anticorpos anti-FI e 
anticélulas parietais. 
 
Transportadores plasmáticos: 
No plasma, a vitamina B12 circula ligada às proteínas 
transportadoras denominadas transcobalaminas, que 
são três. 
• A maior parte da vitamina B12 circula ligada à 
holoHc. 
• Uma outra porção é transportada pela holo-Tc, 
que representa aproximadamente 10% a 30% da 
fração circulante de vitamina B12, e 
• uma pequena fração de vitamina B12 circula 
ligada à transcobalamina III (Tc III). 
 
Funções metabólicas: 
No organismo humano funciona como um co-fator 
essencial para duas enzimas: metionina sintase e L-
metilmalonil-coA mutase, ambas direta ou 
indiretamente envolvidas no metabolismo da 
homocisteína (Hcy). 
A metionina sintetase promove a metilação da Hcy à 
metionina, tendo o 5-metiltetraidrofolato (5-MTHF) 
como doador de grupamento metil e a 
metilcobalamina como co-fator. Após a metilação da 
Hcy, a metionina formada é condensada com o 
trifosfato de adenosina (ATP), resultando na S-
adenosilmetionina (SAM). Em seguida, por uma 
reação de desmetilação, forma-se a S-adenosil-
homocisteína (SAH) com posterior hidrólise para 
liberar adenosina e Hcy, completando o ciclo. 
A metilação da Hcy serve para repor os estoques de 
SAM quando a metionina dietética estiver em baixos 
níveis. A SAM é o único doador de grupamentos metil 
para numerosas reações de metilação, incluindo 
algumas essenciais para a manutenção da mielina. 
Assim, além do aumento de Hcy, a deficiência de 
vitamina B12 causará diminuição da SAM e 
conseqüente redução de importantes reações de 
transmetilação do organismo, provocando defeitos 
desmielinizantes no sistema nervoso. 
Outro problema conseqüente à interrupção da 
conversão de Hcy em metionina é que o 5-MTHF, 
doador de grupamentos metil na reação, não pode 
ser convertido em tetraidrofolato (THF) 
eficientemente, ocasionando um seqüestro de folatos 
na forma 5-MTHF, ocorrendo, assim, deficiências de 
outros metabólitos dos folatos, como o 5,10- 
metilenotetraidrofolato, co-fator fundamental na 
síntese do ácido desoxirribonucléico (DNA). Desse 
modo, gerará um defeito na síntese de DNA, 
dificultando a divisão celular na medula, enquanto 
que o ácido ribonucléico (RNA) e a síntese de 
componentes celulares permanecem inalterados, 
produzindo macrocitose. Portanto, a interrupção da 
síntese de DNA na deficiência de vitamina B12 é 
secundária ao transtorno no metabolismo dos folatos. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-eritropoese-deficiente/anemias-macroc%C3%ADticas-megalobl%C3%A1sticas
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-eritropoese-deficiente/anemias-macroc%C3%ADticas-megalobl%C3%A1sticas
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-eritropoese-deficiente/anemias-macroc%C3%ADticas-megalobl%C3%A1sticas
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-eritropoese-deficiente/anemias-macroc%C3%ADticas-megalobl%C3%A1sticas
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6299/anemia_megaloblastica.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6299/anemia_megaloblastica.htm
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
3. CONCEITUAR HEMÓLISE E CLASSIFICAR 
AS ANEMIAS HEMOLÍTICAS, 
IDENTIFICANDO SEUS MECANISMOS, 
PRINCIPAIS ASPECTOS CLÍNICOS E 
LABORATORIAIS. 
Hemo = sangue; lyse = ruptura. 
Refere-se, principalmente, ao extravasamento de 
componentes intracelulares eritrocitários (glóbulos 
vermelhos) para o meio extracelular, devido ao 
rompimento das membranas celulares. 
Existemdois tipos de hemólise: a que ocorre in vivo 
(bem menos comum), própria de doenças sanguíneas 
(congênitas, adquiridas) ou de condições 
iatrogênicas, baseados em mecanismos extra ou 
intravasculares. Ela é independente da técnica de 
punção ou de outras vaiáveis pré-analíticas, sendo 
que as concentrações dos analitos presentes nos 
tubos de coleta correspondem às concentrações 
plasmáticas do paciente. 
 
Esse tipo de hemólise representa assim um enorme 
desafio aos Laboratórios Clínicos, já que nesse caso a 
hemólise e suas repercussões analíticas são quase 
inevitáveis e, potencialmente, instransponíveis. 
Alguns exemplos e categorização de causas in vivo de 
hemólise: 
 
Já quando uma hemólise é detectada, sem que exista 
uma causa subjacente in vivo que a justifique, deve-se 
sempre suspeitar da hemólise in vitro, a qual 
responde pela grande maioria das causas de 
hemólise encontradas no laboratório (cerca de 98% 
das amostras com hemólise). 
Ela ocorre quando há uma ruptura das membranas 
celulares durante a coleta da amostra, no seu 
armazenamento e/ou transporte, ou seja, na fase pré-
analítica. Os motivos das hemólises in vitro mais 
prevalentes são: 
 
 
Anemias hemolíticas: 
Grupo de doença em que a sobrevida das hemácias 
em circulação está acentuadamente reduzida e a 
medula óssea não é capaz de compensação. 
Essa destruição eritrocitária pode ocorrer de maneira 
intravascular (em que a hemoglobina é liberada no 
plasma) ou extravascular (em que há hemólise dentro 
do sistema reticuloendotelial, principalmente no 
baço). 
A doença pode não ser observada até 30 dias do 
início do quadro, pois, até esse momento, a medula 
óssea consegue realizar uma autorreparação 
anatômica que, associada com a hiperplasia de 
eritrócitos e com o aumento na produção de 
precursores eritroides, fica apta a aumentar inúmeras 
vezes sua produção e assim mascarar a doença. Dessa 
forma, a anemia só ocorre quando essa 
hiperprodução medular não for capaz de balancear a 
destruição celular. 
A membrana eritrocitária é composta por uma mistura 
de fosfolípides e colesterol, que são arranjados em 
forma de camada dupla, além de canais proteicos 
transmembrana e receptores. Todos esses 
componentes são fundamentais para a manutenção 
da forma bicôncava da flexibilidade da hemácia e 
para a sua sobrevivência na circulação. 
 
Aspectos clínicos: 
Observar se há relação entre o surgimento da doença 
e o uso de medicações, dieta ou comorbidades 
associadas que possam causar anemia hemolítica. 
Avaliar o grau de palidez e de icterícia do paciente. 
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
Após procurar exacerbações diversas, como 
esplenomegalia, adenomegalias, alterações cutâneas 
e ósseas (principalmente em crânio e face). 
De maneira geral, não costuma haver presença de 
bilirrubina na urina, mas essa pode se tornar escura 
por um aumento demasiado no urubilinogenio. 
 
Anemias hemolíticas hereditárias: 
• Esferocitose hereditária 
• Deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase 
(G6PD) 
Anemias hemolíticas adquiridas: 
• Anemia hemolítica autoimune (AHAI) 
• Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) 
 
https://pebmed.com.br/hemolise-quais-as-possiveis-
causas-e-como-identificar/ 
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7459/1/cap
%C3%ADtulo%2004.pdf 
 
4. CONHECER AS IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E 
OS ASPECTOS RELACIONADOS ÀS 
HEMOGLOBINOPATIAS. 
 Hemoglobinopatias são doenças genéticas que 
afetam a estrutura ou a produção das moléculas de 
hemoglobina. 
As moléculas de hemoglobina são formadas por 
cadeias de polipeptídeos cuja estrutura química sofre 
controle genético. Hemoglobinas diferentes, 
distinguidas pela mobilidade eletroforética, são 
alfabeticamente designadas na ordem de descoberta 
(p. ex., A, B, C), embora a primeira hemoglobina 
anormal a ser identificada, a hemoglobina falciforme, 
tenha sido designada hemoglobina S. 
A descrição padrão da composição de hemoglobina 
de um paciente inicia-se com a hemoglobina da maior 
concentração primeiro (p. ex., AS no traço falciforme). 
 
A molécula da hemoglobina em um adulto normal 
(hemoglobina A) é formada por 2 pares de cadeias 
designadas alfa e beta. O sangue normal em adultos 
também contém ≤ 2,5% de hemoglobina A2 
(composta pelas cadeias alfa e delta) e < 1,4% de 
hemoglobina F (hemoglobina fetal, composta por 
cadeias alfa e gama. 
A hemoglobina F predomina durante a gestação e 
diminui gradualmente após o nascimento, 
principalmente nos primeiros meses de vida; sua 
concentração aumenta em certas doenças da síntese 
da hemoglobina e na anemia aplástica e neoplasias 
mieloproliferativas. 
 
Algumas hemoglobinopatias resultam em anemias 
que são graves em homozigotos, mas leves em 
heterozigotos. Alguns pacientes são heterozigotos 
compostos para 2 tipos diferentes de 
hemoglobinopatia e têm anemia cuja gravidade é 
variável. 
 
O termo hemoglobinopatia refere-se à um grupo de 
doenças em que ocorre alteração na produção da 
hemoglobina. As hemoglobinopatias mais frequentes 
são representadas pela Doença Falciforme e, a seguir, 
a Talassemia. As outras hemoglobinopatias mais raras 
são representadas pelas HbC, HbE e HbD. 
A maioria dessas hemoglobinopatias causa anemia 
de leve a moderada intensidade. Em alguns casos, 
como na HbE, pode-se evoluir com anemia hemolítica 
mais intensa. 
• Anemia leve a moderada 
• Esplenomegalia discreta a moderada 
 
Definição e aspectos gerais 
A hemoglobina é a proteína responsável pelo 
transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos, 
pelos glóbulos vermelhos. Ela é o componente mais 
abundante destas células, responsável por sua 
tonalidade avermelhada. Qualquer redução da 
hemoglobina implica em uma perda da capacidade 
de transporte de oxigênio aos tecidos. Quando a 
quantidade de hemoglobina em um indivíduo cai 
abaixo dos valores que consideramos normais, temos 
o que chamamos de anemia. Uma das causas mais 
importantes de anemia são alterações nos genes que 
regulam a produção da hemoglobina. 
As hemoglobinopatias constituem um grupo de 
doenças de origem genética, em que mutações nos 
genes que codificam a hemoglobina levam a 
alterações nesta produção. Estas alterações podem 
ser divididas em estruturais ou de produção. As 
alterações estruturais são aquelas em que a 
hemoglobina produzida não funciona da forma 
adequada, o que leva a redução na vida útil dos 
glóbulos vermelhos e a outras complicações. As 
alterações de produção são aquelas que resultam em 
uma diminuição na taxa de produção da 
hemoglobina, o que leva a graus variados de anemia. 
A hemoglobinopatia mais frequente em nosso meio é 
a anemia falciforme. Nela, uma mutação no gene que 
codifica uma parte da hemoglobina resulta em uma 
alteração estrutural em que a hemoglobina produzida 
tem uma forte tendência a se polimerizar (algo como 
uma formação de agregados com outras moléculas 
de hemoglobina) sempre que o sangue é exposto a 
menores concentrações de oxigênio. Esta tendência é 
extremamente ruim para o organismo, pois leva a 
ciclos repetidos de polimerização e despolimerização 
cada vez que o sangue destes pacientes navega pelos 
capilares onde o oxigênio é entregue aos tecidos, e 
onde, por conseguinte a quantidade de oxigênio é 
naturalmente menor. Estes ciclos repetidos de 
polimerização e despolimerização levam a lesões na 
membrana da hemácia que, além de gerarem 
algumas hemácias em forma de foice, que dão o 
nome à doença, também interferem em sua 
capacidade de trafegar pelos capilares (vasos finos 
presentes em várias partes do corpo), favorecendo a 
ocorrência de bloqueios na circulação (vasoclusão). 
Além disso, estas hemácias têm uma vida útil muito 
reduzida, o que contribui tanto para a anemia quanto 
para o estabelecimento de um estado inflamatório 
crônico em consequência da necessidade de lidar 
com todos os produtos liberados quando da morte 
https://pebmed.com.br/hemolise-quais-as-possiveis-causas-e-como-identificar/
https://pebmed.com.br/hemolise-quais-as-possiveis-causas-e-como-identificar/http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7459/1/cap%C3%ADtulo%2004.pdf
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/7459/1/cap%C3%ADtulo%2004.pdf
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
precoce destas células. O resultado final é uma 
doença caracterizada por redução na oxigenação de 
todos os tecidos de forma lenta e progressiva, 
entremeada por períodos em que estes episódios de 
vasoclusão se tornam mais agudos, levando a dor, 
falta de ar e outros sintomas. 
 
Outra hemoglobinopatia frequente em nosso meio é 
a talassemia. Ao contrário da anemia falciforme, aqui 
não há defeito na estrutura dos glóbulos vermelhos, 
mas sim uma redução na sua produção. A gravidade 
desta redução varia conforme o tipo de mutação 
genética, assim como o número de cópias presentes 
destas mutações. Como é de conhecimento mais 
geral, a maioria de nossos genes possui duas cópias 
(uma em cada cromossomo), herdadas de nossos pais 
e mães respectivamente. No caso da talassemia, 
quando apenas uma das cópias possui a mutação, a 
cópia normal é suficiente para evitar uma anemia mais 
grave, e os pacientes são portadores de uma 
condição sem nenhuma gravidade conhecida como 
traço talassêmico. No entanto, quando as mutações 
estão presentes em ambas as cópias, a queda na 
produção da hemoglobina é mais intensa, podendo 
inclusive levar à morte caso o paciente não receba 
transfusões por toda a vida. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-
causadas-por-hem%C3%B3lise/vis%C3%A3o-geral-
da-hemoglobinopatias 
http://www.hemominas.mg.gov.br/104-
doacao/hematologia/doencas-do-
sangue/hemoglobinopatias/840-outras-
hemoglobinopatias 
https://www.hemocentro.unicamp.br/doencas-de-
sangue/hemoglobinopatias/ 
 
5. EVIDENCIAR NA ANEMIA FALCIFORME: 
A FISIOPATOLOGIA DA FALCIZAÇÃO 
DAS HEMÁCIAS. QUADRO CLÍNICO E 
LABORATORIAL, COMPLICAÇÕES E 
TRATAMENTO. 
A anemia falciforme (uma hemoglobinopatia) é uma 
anemia hemolítica crônica que ocorre quase 
exclusivamente em negros. É causada pela herança 
homozigótica do genes da hemoglobina (Hb) S. Os 
eritrócitos em forma de foice causam oclusão dos 
vasos e são propensos à hemólise, levando a graves 
crises de dor de forte intensidade, isquemia nos 
órgãos e outras complicações sistêmicas. 
Fisiopatologia: 
As moléculas de hemoglobina (hemoglobina) são 
formadas por cadeias de polipeptídeos cuja estrutura 
química sofre controle genético. A molécula da 
hemoglobina em um adulto normal (hemoglobina A) 
é formada por 2 pares de cadeias designadas alfa e 
beta. O sangue normal em adultos também contém ≤ 
2,5% hemoglobina A2 (composto de cadeias alfa e 
delta) e < 2% de hemoglobina F (hemoglobina fetal), 
que apresenta cadeias gama no lugar das cadeias 
beta (ver também Hemoglobinopatias na gestação). A 
hemoglobina F predomina durante a gestação e 
diminui gradualmente, principalmente nos primeiros 
meses de vida; sua concentração aumenta em certos 
transtornos da síntese da hemoglobina e na anemia 
aplástica e neoplasias mieloproliferativas. 
Na hemoglobina S, valina substitui o ácido glutâmico 
no 6º aminoácido da cadeia beta. A Hb S oxigenada é 
muito menos solúvel que a Hb A oxigenada; ela forma 
um gel semissólido que faz os eritrócitos se 
deformarem de modo falciforme nos locais com baixo 
PO2. Eritrócitos distorcidos e inflexíveis aderem ao 
endotélio vascular e entopem arteríolas e pequenos 
capilares, acarretando, assim, infarto. A oclusão dos 
vasos também causa lesão endotelial, que resulta em 
inflamação e pode levar à trombose. Como os 
eritrócitos falciformes são frágeis, o trauma mecânico 
da circulação causa hemólise. A hiperatividade 
crônica compensatória da medula deforma os ossos. 
 
Exacerbações agudas: 
As agudizações (crises) ocorrem de forma 
intermitente e muitas vezes não há causa conhecida. 
Em alguns casos, a crise parece ser precipitada por 
• Febre 
• Infecção viral 
• Trauma local 
A crise vaso-oclusiva (crise álgica) é o tipo mais 
comum; é causada por isquemia, hipóxia e infarto 
tecidual, tipicamente nos ossos, mas também em 
baço, pulmão ou rim. 
As crises aplásicas ocorrem quando a eritropoiese da 
medula diminui durante a infecção aguda pelo 
parvovírus humano, quando pode haver 
eritroblastopenia aguda. 
A síndrome torácica aguda resulta de oclusão 
microvascular pulmonar e é causa comum de morte, 
com taxas de mortalidade de até 10%. Ela ocorre em 
todos os grupos de idade, porém é mais comum na 
infância. Episódios repetitivos predispõem à 
hipertensão pulmonar crônica. 
Em geral, crise de sequestro esplênico ocorre em 
crianças cujo baço ainda não se tornou fibrótico 
devido a infarto esplênico repetido. O sequestro 
agudo das células falciformes no baço exacerba a 
anemia. 
O sequestro hepático pode ocorrer em crianças ou 
adultos, causando dor no quadrante superior direito. 
Pode ocorrer um aumento rápido do fígado. 
Priapismo, uma séria complicação que pode 
ocasionar disfunção erétil, é mais comum em homens 
jovens. 
 
Complicações 
A lesão esplênica crônica pode causar autoinfarto e 
aumenta a suscetibilidade à infecção, em particular à 
infecção por pneumococos e Salmonella (inclusive a 
osteomielite por Salmonella). Essas infecções são 
especialmente comuns no início da infância e podem 
ser fatais. 
A isquemia e o infarto recorrentes podem causar 
disfunção crônica de diferentes órgãos e sistemas. As 
complicações incluem acidente vascular encefálico 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/vis%C3%A3o-geral-da-hemoglobinopatias
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/vis%C3%A3o-geral-da-hemoglobinopatias
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/vis%C3%A3o-geral-da-hemoglobinopatias
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/vis%C3%A3o-geral-da-hemoglobinopatias
http://www.hemominas.mg.gov.br/104-doacao/hematologia/doencas-do-sangue/hemoglobinopatias/840-outras-hemoglobinopatias
http://www.hemominas.mg.gov.br/104-doacao/hematologia/doencas-do-sangue/hemoglobinopatias/840-outras-hemoglobinopatias
http://www.hemominas.mg.gov.br/104-doacao/hematologia/doencas-do-sangue/hemoglobinopatias/840-outras-hemoglobinopatias
http://www.hemominas.mg.gov.br/104-doacao/hematologia/doencas-do-sangue/hemoglobinopatias/840-outras-hemoglobinopatias
https://www.hemocentro.unicamp.br/doencas-de-sangue/hemoglobinopatias/
https://www.hemocentro.unicamp.br/doencas-de-sangue/hemoglobinopatias/
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
isquêmico, convulsões, necrose avascular dos 
quadris, comprometimento da concentração urinária, 
doença renal crônica, insuficiência cardíaca, 
hipertensão pulmonar, fibrose pulmonar e 
retinopatia. 
 
Sinais e sintomas da doença falciforme: 
A maioria dos sinais e sintomas só ocorre nos 
pacientes homozigotos e resulta de 
• Anemia 
• Eventos de oclusão dos vasos causando isquemia 
e infarto tecidual 
A anemia costuma ser grave, mas varia entre os 
pacientes estando geralmente compensada; é 
comum haver discreta icterícia e palidez. 
Hepatosplenomegalia é comum nas crianças, mas, em 
decorrência dos reiterados infartos e da fibrose 
subsequente (autoesplenectomia), o baço dos 
adultos quase sempre é atrofiado. Cardiomegalia e 
sopros da ejeção sistólica (fluxo) são comuns. 
Colelitíase e úlceras cutâneas em saca-bocado 
crônicas ao redor do tornozelo são comuns. 
As crises vaso-oclusivas doloridas provocam dor 
intensa nos ossos longos, mãos e pés, região dorsal e 
articulações. A dor no quadril pode resultar da 
necrose avascular da cabeça do fêmur. A dor 
abdominal intensa pode ocorrer com ou sem vômitos, 
e costuma ser acompanhada de dor lombar e 
articular. 
A síndrome torácica aguda caracteriza-se por início 
súbito de febre, dor torácica e infiltrados pulmonares. 
Pode acontecer após pneumoniabacteriana. A 
hipoxemia pode se desenvolver rapidamente, 
causando dispneia. 
 
Diagnóstico: 
• Teste de DNA (diagnóstico pré-natal) 
• Esfregaço periférico 
• Teste de solubilidade 
• Eletroforese de hemoglobina (ou focalização 
isoelétrica em camada fina) 
Triagem pré-natal; triagem para recém-nascidos, 
triagem e diagnóstico de crianças e adultos. 
 
Tratamento: 
• Antibióticos de largo espectro (para infecção) 
• Analgésicos e hidratação IV (para crise de dor 
vaso-oclusiva) 
• Transfusão, se necessária 
• Imunização, suplementação de folato e 
hidroxiureia (para manutenção da saúde) 
A conduta é adotar medidas regulares de 
manutenção da saúde, bem como fazer o tratamento 
específico das complicações, caso apareçam. O 
tratamento das complicações é de suporte. Não há 
fármaco antifalciforme efetivo in vivo disponível. 
Esplenectomia não tem valor algum. 
As indicações para hospitalização compreen-dem 
suspeita séria de infecção (incluindo a sistêmica), 
crises aplásicas, síndrome torácica aguda e, com 
frequência, dor intratável ou a necessidade de 
transfusão. Somente febre pode não ser razão para 
hospitalização. No entanto, pacientes que parecem 
gravemente enfermos e têm temperatura > 38° C 
devem ser internados para que seja feita cultura de 
áreas múltiplas e para que antibióticos IV possam ser 
administrados. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-
causadas-por-hem%C3%B3lise/anemia-falciforme 
 
DISPARADORES: 
https://www.youtube.com/watch?v=fIIJmg_1hv0 https://www.youtube.com/watch?v=btoEjcTughA 
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1267995 
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wpcontent/uploads/sites/10001/2019/10/082_ANEMIAMEGALOBL%C3%81S
TICA.pdf 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Figueiredo, MS. Hematologia - Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESPEPM. Manole, 2011. 
Stabler, SP.Vitamin B12 Deficiency. N Engl J Med368;2 January 10, 2013 
Mancini, MC. Tratado de Obesidade - 2ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2015. 
Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016 / ABESO. 4.ed. São Paulo, SP 
– Figueiredo, MS. Hematologia - Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP-EPM. Manole, 2011. 
Dayana V. P. Di Nuzzo, Silvana F. Fonseca. Anemia falciforme e infecções. J Pediatr (Rio J). 2004;80(5):347-54 
Elliott P Vichinsky, MD. Overview of the clinical manifestations of sickle cell disease. UpToDate, acesso em 
20/03/2017 
Dan L. Longo, MD. Hematologia e Oncologia de Harrison, AMGH Editora LTDA, 2a edição, Porto Alegre, 2015 
Ministério da Saúde. Doença falciforme: condutas básicas para tratamento.Brasília. Editora MS, 2ª Edição. 2012. 
Ministério da Saúde. Manual de eventos agudos em doença falciforme.Brasília. Editora MS, 1ª Edição. 2009. 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA. Manual de diagnóstico e tratamento de doenças falciformes. 
Brasília. ANVISA, 1ª Edição. 2002. 
 
IRAT: 
Questão 01 ___________________________________ 
Em relação a um paciente com hipótese diagnóstica 
de anemia, assinale a incorreta: 
a) A presença de parestesia em membros inferiores 
pode sugerir deficiência de vitamina B12. 
V - Uma deficiência grave de vitamina B12 pode 
lesionar os nervos, causando formigamento ou 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/anemia-falciforme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/anemia-falciforme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/anemia-falciforme
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
perda de sensibilidade nas mãos e nos pés, fraqueza 
muscular, perda de reflexos, dificuldade em andar, 
confusão e demência. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-
nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-
vitamina-b12 
b) Paciente com hábito alimentar vegano apresenta 
maior risco de anemia megaloblástica por 
deficiência de ácido fólico. 
F – a deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em 
veganos que não tomam suplementos ou em 
decorrência de um distúrbio de absorção. 
Uma das fontes de ácido fólico são as folhas verdes. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-
nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-
vitamina-b12 
https://ivi.net.br/blog/acido-
folico/#:~:text=Uma%20das%20fontes%20de%20%C
3%A1cido,possuem%20boas%20quantidades%20do
%20nutriente. 
c) Pacientes etilistas podem apresentar deficiência 
de mais de um nutriente e apresentar hemograma 
com VCM normal e RDW aumentado. 
V - O RDW elevado e o VCM normal, estão associados 
às seguintes condições: Deficiência precoce de ferro, 
vitamina B12 ou folato, hemorragia recente, doença 
falciforme, anemia dimórfica (por exemplo, 
deficiência de ferro e folato), doença hepática crônica, 
síndrome mielodisplásica. 
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-
resultado-alterado-no-exame-de-sangue-
hemograma-o-que-significa-e-para-que-
serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,d
oen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4ni
ca%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A
1sica. 
d) A presença de perda sanguínea aguda pode 
elevar reticulócitos e gerar anemia macrocítica. 
Uma das causas de anemia macrocítica é a reticulose 
- condição anômala do tecido sangüíneo, 
caracterizada pelo aumento na contagem dos 
reticulócitos circulantes, condição essa reputada 
entre os mais simples e os mais confiáveis sinais 
hematológicos da produção acelerada de eritrócitos. 
https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-
doencas/1336603/reticulocitose+conceito+causas+
diagnostico+e+tratamento.htm 
 
A vitamina B12 é proveniente dos alimentos de 
origem animal e a necessidade diária é de 3 a 5 mcg. 
O fígado contém 2.000 a 5.000 mcg de vitamina B12, 
estoque suficiente para pelo menos 3 anos. A 
principal causa de deficiência de ácido fólico é a 
alimentação inadequada, como ocorre em pacientes 
anoréticos, no alcoolismo e em pessoas que não 
consomem frutas ou vegetais crus. A necessidade 
diária é de 50 a 100 mcg e o estoque de folato é de 
aproximadamente 5.000 mcg, suficiente para 2 a 3 
meses. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3
410/anemias.htm 
 
Questão 02 ___________________________________ 
Dentre os vários fatores na gênese da anemia 
megaloblástica, o que NÃO pertence ao grupo de 
causadores é: 
a) anticorpo antiK + ATPase 
O anticorpo antiK + ATPase, também conhecido 
como anticorpo contra células parietais, é o 
responsável pela anemia perniciosa. Ele atinge as 
células parietais e agride a mucosa gástrica, levando 
a sua atrofia e redução da produção do fator 
intrínseco, necessário para a absorção da vitamina 
B12 pelo trato gastrointestinal. 
 https://adhara.online/node/1165391 
b) gastropatia do diabetes 
A anemia megaloblástica ocorre em casos de 
gastropatia do diabetes porque ocorre o 
desenvolvimento de uma gastrite atrófica, e 
consequentemente, também a dano da mucosa 
gástrica. 
c) ingestão de corrosivos 
A ingestão de corrosivos destrói a mucosa gástrica, 
danificando as células parietais. 
d) hipertireoidismo 
Hipertireoidismo não interfere em nenhum dos 
aspectos que vimos como causadores deste tipo de 
anemia. 
 
A anemia megaloblástica é um tipo de anemia 
macrocítica em que as hemácias na medula óssea 
"atrasam" em sua maturação do núcleo em relação ao 
citoplasma, por uma síntese defeituosa de DNA 
desencadeada por deficiência de vitamina B12 e/ou 
folato, por deficiência destes dois componentes, ou 
ainda por deficiências enzimáticas adquiridas, como 
por exemplo, no etilismo. 
https://adhara.online/node/1165391 
 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3
410/anemias.htm 
 
Questão 03 ___________________________________ 
Mulher de 68 anos queixa-se de dormência nos 
membros inferiores e dificuldade para deambular. 
Familiares referem que ela está irritada e com perda 
de memória nos últimos meses. Foi submetida à 
ressecçãoileal há 10 anos devido a complicação de 
doença de Crohn que, desde então, está sob 
controle. O hemograma evidencia anemia 
(hematócrito 28%) com hemácias macrocíticas (VCM 
110fL) e neutrófilos hipersegmentados no sangue 
periférico. Dentre as opções abaixo, qual é a causa 
mais provável das alterações clínicas e laboratoriais 
apresentadas pela paciente? 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://ivi.net.br/blog/acido-folico/#:~:text=Uma%20das%20fontes%20de%20%C3%A1cido,possuem%20boas%20quantidades%20do%20nutriente
https://ivi.net.br/blog/acido-folico/#:~:text=Uma%20das%20fontes%20de%20%C3%A1cido,possuem%20boas%20quantidades%20do%20nutriente
https://ivi.net.br/blog/acido-folico/#:~:text=Uma%20das%20fontes%20de%20%C3%A1cido,possuem%20boas%20quantidades%20do%20nutriente
https://ivi.net.br/blog/acido-folico/#:~:text=Uma%20das%20fontes%20de%20%C3%A1cido,possuem%20boas%20quantidades%20do%20nutriente
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://panoramafarmaceutico.com.br/rdw-com-resultado-alterado-no-exame-de-sangue-hemograma-o-que-significa-e-para-que-serve/#:~:text=O%20RDW%20elevado%20e%20o,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20cr%C3%B4nica%2C%20s%C3%ADndrome%20mielodispl%C3%A1sica
https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1336603/reticulocitose+conceito+causas+diagnostico+e+tratamento.htm
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https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3410/anemias.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3410/anemias.htm
https://adhara.online/node/1165391
https://adhara.online/node/1165391
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3410/anemias.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3410/anemias.htm
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
a) Deficiência de ácido fólico. 
Não causa envolvimento do sistema nervoso 
b) Má absorção de vitamina B12. 
Normalmente, a vitamina B12 é prontamente 
absorvida na última parte do intestino delgado (íleo), 
que se comunica com o intestino grosso. No entanto, 
para ser absorvida, essa vitamina tem que ser 
combinada com o fator intrínseco, a proteína 
produzida pelo estômago. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-
nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-
vitamina-
b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%2
0B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produ
zida%20pelo%20est%C3%B4mago. 
c) Perda intestinal crônica de ferro. 
d) Produção deficiente de fator intrínseco. 
Seria uma causa de má absorção de vitamina B12, mas 
como é uma pct que passou por ressecção ileal, o 
mais provável é que não tenha absorção devido a falta 
do íleo. 
 
Carências de folatos ou vitamina B12 – anemias 
megaloblásticas: 
Manifestações clínicas: 
A principal é anemia, apesar de plaquetopenia e 
neutropenia ocorrerem com frequência, 
sangramentos ou infecções secundárias à 
plaquetopenia são pouco comuns. 
A deficiência da síntese de DNA afeta a divisão celular 
em outros tecidos em que há rápida multiplicação, em 
especial dos epitélios do tubo digestivo, originando 
queixas de diarreia, glossite (ardência, dor e 
aparência vermelha da língua), queilite e perda do 
apetite. Pode ser encontrada discreta a moderada 
esplenomegalia. 
A deficiência de vitamina B12 determina ainda uma 
degeneração do cordão posterior da medula espinal. 
O quadro resultante – degeneração combinada 
subaguda da medula espinhal – inclui: 
• Sensações parestésicas dos pés, pernas e tronco 
– formigamento ou picada de agulhas 
• Distúrbios motores – dificuldades da marcha, 
redução da sensibilidade vibratória, 
comprometimento da sensibilidade postural, 
marcha atáxica, sinal de Romberg 
• Comprometimento das sensibilidades 
termoalgésica e dolorosa “em bota” ou “em 
luva” 
Pode haver envolvimento do cordão lateral, 
manifestando-se por espasticidade e sinal de 
Babinski. 
A tríade fraqueza, dor na língua e parestesias é 
clássica na deficiência de vitamina B12, mas os 
sintomas variam muito. 
São também comuns as manifestações mentais como 
a depressão e os déficits de memória, disfunção 
cognitiva e demência, além de distúrbios 
psiquiátricos graves como alucinações, paranoias, 
esquizofrenia. 
A deficiência de folatos não causa envolvimento 
do sistema nervoso, mas a deficiência durante a 
gravidez aumenta a incidência de defeitos de tubo 
neural em recém-nascidos. 
 
Referencia: tratado 
 
Anemia perniciosa, um subtipo da anemia 
megaloblástica, caracteriza-se pela deficiência de 
vitamina B12, que não é absorvida pelo organismo. É 
uma doença autoimune na qual “você tem anticorpos 
que atacam as células parietais e causam a gastrite 
atrófica e levam à diminuição do fator intrínseco e à 
deficiência da vitamina B12. Entre as doenças 
autoimunes que podem contribuir para o problema, 
estão a diabetes do tipo 1, vitiligo e as que afetam a 
tireoide. É necessária uma exposição ambiental para 
disparar a genética do indivíduo propenso a essa 
deficiência. Seu diagnóstico é feito com base nas 
dosagens sanguíneas de ácido metilmalônico e 
homocisteína, que se encontram elevadas em 98% 
dos casos. 
A deficiência do fator intrínseco é a responsável 
pela falta de vitamina B12. O fator intrínseco é uma 
molécula produzida pelo estômago que protege a 
vitamina B12 da degradação e permite que ela seja 
absorvida no final do intestino delgado. 
https://jornal.usp.br/atualidades/anemia-perniciosa-
doenca-autoimune-causada-pela-deficiencia-de-
vitamina-b12/ 
 
Questão 04 ___________________________________ 
Paciente, sexo feminino, foi encaminhada para o 
ambulatório para investigaçãode anemia. Trazia um 
hemograma com Hb: 9 mg/dl e VCM: 115. Após 
investigação completa, foi diagnosticada com Anemia 
Perniciosa. A respeito desse assunto, dadas as 
afirmativas: 
I. É a causa mais comum de deficiência de 
vitamina B12; 
II. É mais frequente antes dos 30 anos de 
idade; F 
III. Anticorpos anticélulas parietais e os 
anticorpos antifator intrínseco são os 
principais autoanticorpos; V 
IV. Não existe associação com câncer 
gástrico. F 
Verifica-se que estão corretas: 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) III e IV, apenas. 
d) I, II, III e IV. 
 
I – a deficiência de vitamina B12 pode resultar de: 
• Ingestão inadequada – pode ocorrer em 
vegetarianos e bebês alimentados por mães 
veganas. 
• Absorção inadequada – é a causa mais comum 
dessa deficiência. Em idosos, a absorção 
inadequada mais comumente resulta da 
diminuição da secreção ácida. Nesses casos, a 
vitamina B12 cristalina (como aquela disponível 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12#:~:text=Normalmente%2C%20a%20vitamina%20B12%20%C3%A9,a%20prote%C3%ADna%20produzida%20pelo%20est%C3%B4mago
https://jornal.usp.br/atualidades/anemia-perniciosa-doenca-autoimune-causada-pela-deficiencia-de-vitamina-b12/
https://jornal.usp.br/atualidades/anemia-perniciosa-doenca-autoimune-causada-pela-deficiencia-de-vitamina-b12/
https://jornal.usp.br/atualidades/anemia-perniciosa-doenca-autoimune-causada-pela-deficiencia-de-vitamina-b12/
 
10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
nos suplementos vitamínicos) pode ser absorvida, 
mas a vitamina B12 dos alimentos não é liberada 
e absorvida normalmente. Pode ocorrer absorção 
inadequada na síndrome da alça cega (com 
supercrescimento de bactérias) ou infestação de 
larvas de peixes – as bactérias ou parasitas utilizam 
a vitamina B12). A absorção pode ser inadequada 
se os locais de absorção no íleo forem destruídos 
por doença inflamatória intestinal ou removidos 
cirurgicamente. Causas menos comuns de 
absorção inadequada de vitamina B12 são 
pancreatite crônica, cirurgia gástrica ou bariátrica, 
síndrome de má absorção, aids, uso de certos 
fármacos (p. ex., antiácidos, metformina), 
exposição repetida ao óxido nitroso e doença 
genética que cause má absorção no íleo 
(síndrome de Imerslünd-Grasbeck). 
• Utilização diminuída 
• Uso de certos fármacos 
• https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
nutricionais/defici%C3%AAncia-
depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-
vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12 
 
II - A causa mais comum de deficiência de B12 é a 
chamada Anemia Perniciosa, doença hereditária que 
dificilmente se manifesta antes da idade adulta quase 
sempre em pacientes com mais de 35 anos de idade. 
Neste caso, ocorre lesão autoimune, gastrite atrófica 
e eventualmente pode haver outras alterações 
imunológicas, como a deficiência de IgA, insuficiência 
endócrina poli-glandular e deficiência de IgA. A 
doença tem influência hereditária e gastrite atrofica 
histológica está invariavelmente presente e resultado 
no teste da histamina mostra acloridria, estes 
pacientes têm risco aumentado de carcinoma 
gástrico. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes
/6299/anemia_megaloblastica.htm 
 
Anemia perniciosa é denominada pela carência do 
fator intrínseco na absorção de vitamina B12 no 
sangue o que pode levar sérios danos ao doente. Os 
sintomas variam entre diarreias, fadigas, falta de ar até 
confusão mental, depressão, etc. 
https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMA
GENS/biblioteca-
digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina
_b12/4.pdf 
 
III - As células gástricas parietais são responsáveis 
pela secreção do fator Intrínseco que se combina com 
a Vitamina B12 para permitir a absorção pelo íleo, e, 
embora as deficiências de vitamina B12 e ácido fólico 
sejam as mais comuns causas de anemia 
megaloblástica, a avaliação e a terapia subsequente 
dessa condição necessitam de um melhor 
entendimento para o diagnóstico diferencial das 
outras causas de macrocitose em pacientes com ou 
sem a presença de sintomatologia neurológica. Nas 
deficiências de vitamina B12, a detecção de anti 
células parietais, independente da presença de 
anticorpos contra o fator intrínseco e, em associação 
com a anemia macrocítica é considerada como 
diagnóstico de anemia perniciosa. 
https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-
1/anticorpos-anti---c%C3%A9lulas-parietais 
O fator intrínseco é uma glicoproteína produzida 
pelas células parietais gástricas. Os anticorpos anti-
fator intrínseco são usados na diferenciação de 
anemia perniciosa das outras anemias 
megaloblásticas, sendo a frequência do anticorpo alta 
em crianças e jovens com anemia perniciosa. Os 
anticorpos são de 2 tipos: Tipo I que impede a ligação 
do fator intrínseco com a vitamina B12, Tipo II que se 
liga tanto ao fator intrínseco livre quanto ao ligado à 
vitamina B12. O teste pode ser especialmente útil 
para detectar a má absorção senil da vitamina B12. A 
carência congênita de fator intrínseco causa uma 
absorção inadequada de vitamina B12 que se inicia 
mais ou menos aos seis meses de idade, enquanto 
que o tipo juvenil tende a se manifestar em idades 
superiores a 10 anos. Existe um padrão de genética 
autossômica recessiva sugerida na forma congênita 
da doença. A anemia perniciosa é a causa mais 
comum de deficiência de vitamina B12 em adultos. 
Esta patologia está associada com gastrite crônica 
atrófica. 
https://dnaclinic.com.br/exames-
laboratoriais/anticorpos-anti-fator-intrinseco-aafin 
Os anticorpos anticélulas parietais estão presentes 
em 90% dos pacientes, enquanto os anticorpos 
antifator intrínseco são encontrados em 60%, inibindo 
a ligação do FI com a vitamina B12. MEDCURSO 
hematologia pg 39 
 
IV - Anemia perniciosa é utilizada com frequência 
como sinônimo de deficiência de vitamina B12. Mas a 
anemia perniciosa refere-se especificamente à 
anemia resultante da deficiência de vitamina B12 
causada por gastrite atrófica metaplástica autoimune 
com perda do fator intrínseco. A anemia perniciosa 
clássica, mais comum em adultos jovens, está 
associada ao aumento do risco de câncer do 
estômago e do trato gastrintestinal. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
nutricionais/defici%C3%AAncia-
depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-
vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12 
 
Questão 05 ___________________________________ 
Homem, 34 anos de idade, sem comorbidades, 
queixa-se em consulta de fraqueza e astenia há cerca 
de três meses e dor abdominal em queimação há 
anos, fazendo uso de omeprazol 20mg. Nega uso de 
drogas. Etilismo social (2 copos de cervejano final de 
semana). Trouxe hemograma: Hb: 7,0; Ht: 20,9; VCM: 
106; HCM: 35,7; Leucócitos 2500; Plaquetas 104.000. 
Ao exame: pressão arterial: 100 x 70 mmHg; 
frequência cardíaca: 99 batimentos/minuto; saturação 
arterial: 94; frequência respiratória: 20 
movimentos/minuto; REG, alerta e orientado, 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6299/anemia_megaloblastica.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6299/anemia_megaloblastica.htm
https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/4.pdf
https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/4.pdf
https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/4.pdf
https://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/4.pdf
https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/anticorpos-anti---c%C3%A9lulas-parietais
https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/anticorpos-anti---c%C3%A9lulas-parietais
https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/anticorpos-anti-fator-intrinseco-aafin
https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/anticorpos-anti-fator-intrinseco-aafin
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12
 
11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
hipocorado 2+, anictérico. Aparelho cardiopulmonar 
sem alterações. Abdome: desconforto abdominal em 
região epigástrica. Quais os diagnósticos? 
a) Gastrite atrófica e anemia perniciosa 
b) Úlcera péptica e anemia ferropriva 
c) Dispepsia funcional e anemia mista 
d) Tumor neuroendócrino e anemia hemolítica 
 
Anemia perniciosa (AP) é a causa mais comum de 
deficiência de VitB12 que ocorre como consequência 
da deficiência de fator intrínseco (FI) produzido por 
células parietais do estômago. A AP, também 
conhecida como doença de Biermer ou anemia 
Addisoniana, é o último estágio da gastrite autoimune 
e, tipicamente, afeta pessoas com idade superior a 60 
anos. 
Na AP, a deficiência do FI é consequência da presença 
de gastrite crônica atrófica autoimune (ABG – atrophic 
body gastritis), com destruição da mucosa oxíntica e 
então, a perda de células parietais as quais produzem 
ácido clorídrico e FI. É considerada uma doença 
autoimune devido a presença frequente de 
anticorpos gástricos direcionado contra o FI (IFA) e as 
células parietais (GPC). 
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMA
GENS/biblioteca-
digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina
_b12/8.pdf 
 
Gastrite Atrófica Metaplásica Autoimune (GAMA), 
portanto, é um termo utilizado para descrever uma 
forma de gastrite crônica caracterizada por um ataque 
imunomediado às células parietais do estômago, 
culminando numa substituição destas por uma 
mucosa atrófica e metaplásica. 
A fisiopatologia é a ação de anticorpos contra as 
células parietais do estômago, comumente 
localizadas no corpo e fundo do estomacal. Essas 
células são responsáveis pela secreção de: a) ácido 
gástrico, responsável pela prevenção da colonização 
do estômago por bactérias e pela conversão de 
pepsinogênio em pepsina, enzima que auxilia na 
digestão proteica e de b) fator intrínseco, necessário 
para a absorção da cobalamina (vitamina B12). 
A destruição dessas células ocorre às custas da ação 
de anticorpos contra a H+, K+– ATPase, bomba 
essencial para a secreção do ácido estomacal. Esse 
fenômeno pode ser deflagrado, inclusive, pela 
infecção vigente pela H. pylori, cujos antígenos 
apresentam mimetismo molecular com essa bomba – 
ou seja, a produção de anticorpos contra a bactéria 
pode causar uma agressão às células parietais do 
próprio organismo. 
A destruição das células parietais, portanto, repercute 
da seguinte maneira: 
Hipergastrinemia: como a produção e secreção do 
ácido gástrico está prejudicada, ocorre um feedback 
positivo para a produção de gastrina pelas células G 
estomacais, hormônio estimulador da secreção ácida. 
Tendo em vista que uma das maneiras de estimular 
essa secreção é através do estímulo a células 
semelhantes a enterocromafins (ECL) – responsáveis 
pela produção de histamina, hormônio intensificador 
dos efeitos da gastrina nas células parietais. No 
contexto da GAMA, a hipergastrinemia crônica leva a 
uma hiperplasia das ECL. 
Deficiência de vitamina B12: conforme discutimos lá 
em cima, o fator intrínseco é importante para a 
absorção de vitamina B12 no íleo terminal. Com a 
destruição de células parietais, não há produção do 
fator intrínseco e, logo, instala-se uma deficiência de 
B12. Como essa vitamina participa da produção de 
hemácias, sua carência leva a uma anemia perniciosa, 
um subtipo de anemia megaloblástica. 
Deficiência de ferro: fisiologicamente, a acidez 
gástrica cria um mecanismo que converte a forma 
férrica do ferro (Fe3+) em sua forma ferrosa (Fe2+), 
que é mais facilmente absorvida. Como a destruição 
das células parietais leva a uma menor secreção do 
ácido gástrico (HCl), a absorção do ferro é 
prejudicada. Instala-se, assim, uma anemia ferropriva, 
uma vez que o ferro é também uma substância 
importante para a produção de hemácias. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Os pacientes com GAMA são majoritariamente 
assintomáticos do ponto de vista gastrointestinal e, 
quando sintomáticos, podem apresentar dispepsia e 
plenitude pós-prandial. A síndrome anêmica gerada 
pela deficiência de ferro e vitamina B12 é, nessa 
doença, a principal responsável por suas 
manifestações clínicas. 
 
Anemia ferropriva: predomina nas fases iniciais da 
doença, tendo como principais sintomas a fadiga, 
palidez, tontura e dispneia. Em estágios avançados, 
pode haver coiloníquia (unha côncava), queilose 
(lesões em ângulos da boca), glossite e picafagia 
(desejo anormal de ingerir material não alimentar). Se 
manifesta no hemograma como uma anemia 
microcítica e hipocrômica. 
 
Anemia perniciosa: predomina nas fases mais tardias 
da doença, desencadeando sintomas como fadiga, 
irritabilidade, declínio cognitivo e glossite. Pode 
desencadear ainda uma neuropatia por deficiência de 
B12 (beribéri seco), que se manifesta principalmente 
através da diminuição simétrica da sensibilidade 
vibratória e proprioceptiva, fraqueza em membros 
inferiores e ataxia sensitiva. 
 
https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-a-gastrite-atrofica-autoimune-colunistas 
 
Questão 06 ___________________________________ 
As anemias hemolíticas são caracterizadas por uma 
_____(1)_____ e frequentemente também observamos 
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/8.pdf
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/8.pdf
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/8.pdf
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_vermelha/anemia_vitamina_b12/8.pdf
https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-a-gastrite-atrofica-autoimune-colunistas
https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-a-gastrite-atrofica-autoimune-colunistas
 
12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
_____(2)_____ no sangue periférico dos pacientes. 
Esse último achado está relacionado ao _____(3)_____. 
a) Diminuída sobrevida eritrocitária (1), 
policromatofilia (2), ↑ do número de 
reticulócitos circulantes (3); 
b) Aumento da sobrevida eritrocitária (1), 
policromatofilia (2), ↓ do número de 
reticulócitos circulantes (3); 
c) Diminuída produção eritrocitária (1), 
macrocitose (2), diminuído nível de ferro 
sérico (3); 
d) Diminuída sobrevida eritrocitária (1), 
hipocromia (2), diminuído nível de ferro sérico 
(3). 
 
Anemias hemolíticas: 
A vida útil normal das hemácias é de 120 dias após a 
liberação pela medula óssea, assim como os 
reticulócitos. A destruição precoce dos glóbulos 
vermelhos é chamada hemólise. Assim, as anemias 
hemolíticas se caracterizam por uma sobrevida 
eritrocitária diminuída, que pode ocorrer tanto devido 
a fatores anormais no meio intravascular, quanto por 
defeitos nos próprios glóbulos vermelhos. As anemias 
hemolíticas também podem ser hereditárias ou 
adquiridas. 
Os achados laboratoriais mais frequentes comuns as 
anemias hemolíticas são: 
• Policromatofilia (reticulócitos aumentados): este 
aspecto reflete o aumento da produção de 
hemácias pela medula óssea na tentativa de 
compensar a hemólise 
• Aumento da bilirrubina indireta que é um produto 
da degradação da hemoglobina 
• Elevação da enzima LDH devido a liberação da 
enzima LDH eritrocitária 
• Diminuição da proteína haptoglobina. A 
haptoglobina capta a hemoglobina liberada pela 
hemólise e a transporta para degradação 
hepática 
https://controllab.com/pdf/pr_quest_he_09_09.pdf 
 
Questão 07 ___________________________________ 
Nos casos de anemia hemolítica, é frequente 
encontrar: 
a) Níveis séricos aumentados de Desidrogenase 
Lática (DHL) e diminuídos de haptoglobina. 
b) Aumento do nível sérico de haptoglobina ou 
redução do nível sérico de Desidrogenase 
Lática (DHL). 
c) Níveis séricos de Desidrogenase Lática (DHL) 
e haptoglobina aumentados. 
d) Níveis séricos de Desidrogenase Lática (DHL) 
reduzidos e sem alterações da haptoglobina 
 
A DHL é uma enzima intracelular, que catalisa a 
conversão do piruvato para lactato, e é liberada 
quando ocorre dano celular, como por exemplo a 
destruição das hemácias. Nas anemias hemolíticas 
geralmente a DHL sérica está aumentada. 
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/03/co
mo-saber-se-uma-anemia-e-
hemolitica.html#:~:text=Desidrogenase%20l%C3%A
1tica%20(DHL%20ou%20LDH,a%20DHL%20s%C3%
A9rica%20est%C3%A1%20aumentada. 
Na hemólise intravascular, há hemoglobinúria. Há 
outros exames também utilizados para caracterizar 
hemólise: dosagem da haptoglobina, que diminui, e 
da desidrogenase láctica, que se eleva muito. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes
/6051/anemias_hemoliticas.htm 
 
Questão 08 ___________________________________ 
Renata está na primeira consulta com pediatra da 
UBS. Evoluindo bem, com ganho de peso de 20 g/dia, 
boa aceitação de leite materno, sem alterações no 
exame clínico, sem queixas gastrointestinais. A mãe 
traz o Teste do Pezinho, cujo resultado na triagem de 
hemoglobinopatias é: presença de hemoglobinas F e 
S. Qual é o diagnóstico identificado no exame? 
a) Beta Talassemia 
b) Traço falciforme 
c) Doença falciforme 
d) Deficiência de G6PD 
 
Hemoglobinopatias: 
AA – hemoglobina normal. 
AS – traço falciforme. 
SS – anemia falciforme. 
Doenças hereditárias: 
 
SC, SD e SB = doença falciforme. 
Como interpretar o teste do pezinho? 
• Primeira letra: hemoglobina em maior 
concentração no sangue da criança – F fetal 
• Segunda letra: hemoglobina em concentração 
menor que a anterior. 
• Terceira letra: nem sempre está presente, sinal de 
alteração. 
FAS diferente de FSA. 
Exemplos: 
• FA – teste do pezinho normal 
• FAS – traço falciforme 
• FS, FSA, FSC, FSD – doença falciforme 
• FA indeterminada – hemoglobina indeterminada 
• FA Bart’s – alfa talassemia 
• Fa – baixa concentração de Hb A – 
prematuridade? 
• F0 – B talassemia 
https://controllab.com/pdf/pr_quest_he_09_09.pdf
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/03/como-saber-se-uma-anemia-e-hemolitica.html#:~:text=Desidrogenase%20l%C3%A1tica%20(DHL%20ou%20LDH,a%20DHL%20s%C3%A9rica%20est%C3%A1%20aumentada
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/03/como-saber-se-uma-anemia-e-hemolitica.html#:~:text=Desidrogenase%20l%C3%A1tica%20(DHL%20ou%20LDH,a%20DHL%20s%C3%A9rica%20est%C3%A1%20aumentada
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/03/como-saber-se-uma-anemia-e-hemolitica.html#:~:text=Desidrogenase%20l%C3%A1tica%20(DHL%20ou%20LDH,a%20DHL%20s%C3%A9rica%20est%C3%A1%20aumentada
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/03/como-saber-se-uma-anemia-e-hemolitica.html#:~:text=Desidrogenase%20l%C3%A1tica%20(DHL%20ou%20LDH,a%20DHL%20s%C3%A9rica%20est%C3%A1%20aumentada
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/03/como-saber-se-uma-anemia-e-hemolitica.html#:~:text=Desidrogenase%20l%C3%A1tica%20(DHL%20ou%20LDH,a%20DHL%20s%C3%A9rica%20est%C3%A1%20aumentada
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6051/anemias_hemoliticas.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6051/anemias_hemoliticas.htm
 
13 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
http://www.fepe.org.br/site/wp-
content/files/hemoglobinopatias.pdf 
 
Questão 09 ___________________________________ 
Menina, 2 anos, portadora de doença falciforme e 
sem história de internações prévias, apresenta quadro 
de febre seguida de dor abdominal difusa de início 
súbito há cerca de 3 horas. Exame físico: fácies de dor; 
palidez; taquicardia; taquipneia; temperatura axilar = 
39,1°C; peristalse presente; dor difusa à palpação 
superficial e profunda do abdome com maior 
intensidade no quadrante superior esquerdo; baço 
palpável na altura da cicatriz umbilical. O diagnóstico 
mais provável e a conduta mais adequada, 
respectivamente, são: 
a) sequestro esplênico / internação; 
monitorização hemodinâmica; solicitação de 
hemograma, reticulócitos e amostra de 
sangue para possível hemotransfusão 
b) crise álgica / analgesia parenteral; observação 
na emergência e, caso haja melhora, alta com 
analgesia oral e orientação de retorno em 48 
horas 
c) crise aplásica / internação; solicitação de 
hemograma, reticulócitos e amostra de 
sangue para possível hemotransfusão 
d) síndrome torácica aguda com repercussão 
abdominal / solicitação de radiografia de 
tórax; manejo ambulatorial com antibióticos 
de amplo espectro; orientação de retorno em 
36 horas 
 
Crises de dor: 
Os principais fatores desencadeantes da dor são o 
frio, os traumas, o esforço físico, a desidratação, as 
infecções e a hipóxia. A dor deve ser tratada, 
inicialmente, com analgésicos comuns (dipirona ou 
paracetamol), em doses habituais e fixas por via oral. 
Além disso, deve ser iniciada hidratação oral, com 
água e outros líquidos (1,5 a 2 vezes o valor das 
necessidades hídricas para a idade). É importante o 
tratamento imediato e eficaz da dor, mesmo quando 
inicialmente for de leve intensidade, pois a própria 
dor pode levar à piorada crise. 
Se não houver melhora da dor após essa abordagem 
inicial, o paciente deve ser internado para 
intensificação do tratamento. A dipirona venosa 
regular pode, então, ser introduzida. 
Não se observando resposta, associa-se codeína a 2% 
por via oral ou um anti-inflamatório não-esteroide, 
podendo-se optar por medicamentos que tenham em 
sua formulação a associação de paracetamol com 
codeína. Essa analgesia deve ser mantida regular, de 
6 em 6 horas ou até mesmo de 4 em 4 horas. Não 
havendo (por melhora ou constatando-se intolerância 
imediata exemplo, vômitos), deve-se manter o 
analgésico comum e substituir a codeína por outro 
opioide, como morfina (preferencialmente venosa) ou 
metadona. 
Fatores desencadeantes e mantenedores da dor, 
principalmente infecções, devem ser prontamente 
tratados. 
A dor abdominal pode simular abdome agudo 
cirúrgico. Deve ser tratada com analgesia e 
hidratação, como os outros episódios dolorosos. A 
observação contínua da evolução do quadro, com 
propedêutica adequada para abdome agudo, 
permite afastar outros diagnósticos. 
 
Infecções: 
 
 
 
Crise de sequestro esplênico agudo (SEA): 
Os sinais clínicos principais são: o aumento súbito do 
baço e a redução intensa da Hb, podendo evoluir 
para choque hipovolêmico. 
A hospitalização deve ser imediata. A correção da 
hipovolemia com soluções cristaloides pode ser feita, 
enquanto se aguarda a transfusão de hemácias. 
Normalmente, basta uma transfusão, pois a maior 
parte do sangue sequestrado retorna para a 
circulação à medida que a esplenomegalia regride. 
A esplenectomia deverá ser programada após duas 
crises de sequestro esplênico ou após um primeiro 
episódio grave. 
http://www.fepe.org.br/site/wp-content/files/hemoglobinopatias.pdf
http://www.fepe.org.br/site/wp-content/files/hemoglobinopatias.pdf
 
14 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
 
 
Crise aplásica: 
A principal causa de aplasia medular eritrocítica na 
doença falciforme é a infecção pelo parvovirus B19, 
que acomete principalmente crianças na faixa etária 
de 4 a 10 anos, devido ao seu tropismo pelas células 
precursoras eritropoiéticas. 
O quadro inclui febre variável, palidez e fraqueza, 
podendo evoluir para falência cardíaca em 
consequência da acentuação da anemia. Observa-se 
redução acentuada dos níveis de hemoglobina e da 
contagem de reticulócitos. Trata-se de um evento 
transitório. O tratamento consiste na estabilização 
hemodinâmica pela transfusão de hemácias com 
monitorização até a elevação dos reticulócitos. 
 
 
Síndrome torácica aguda: 
Pacientes com dor torácica, tosse, dispneia, 
hipoxemia, prostração e alteração radiológica recente 
do tórax provavelmente têm síndrome torácica aguda 
(STA). Devem receber tratamento hospitalar por se 
tratar de uma complicação multifatorial, com alto 
potencial de gravidade. A STA constitui a principal 
causa de morte, em qualquer faixa etária, 
principalmente em adolescentes e adultos. Sua 
fisiopatologia compreende pneumonia, infartos, 
atelectasias e falcização intrapulmonar. A 
propedêutica infecciosa está indicada, com realização 
de hemograma, dosagem de proteína C reativa, 
hemocultura e punção pleural se houver derrame. 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual
_eventos_agudos_doenca_falciforme.pdf 
 
Questão 10 ___________________________________ 
Adolescente, sexo masculino, 17 anos de idade, 
procedente de zona rural, procura atendimento 
médico pela primeira vez, queixando-se de dores 
ósseas e astenia, desde a infância. Refere ainda 
dispneia aos esforços, dores abdominais esporádicas 
em hipocôndrio direito e duas internações prévias por 
pneumonia. Ao exame físico, descorado ++/4, ictérico 
++/4, PA: 120x65mmHg, FC: 100bpm. À ausculta, 
apresenta ritmo cardíaco regular, bulhas 
normofonéticas, com sopro sistólico panfocal. Fígado 
palpável a 4cm do rebordo costal direito e espaço de 
Traube livre. Há ainda uma úlcera rasa em maléolo 
direito. Diante do caso apresentado, Identifique o 
tratamento farmacológico mais adequado para a 
principal hipótese diagnóstica: 
a) Sulfato ferroso. 
b) Anfotericina B. (antifúngico) 
c) Hidroxiureia. 
A hidroxiureia é um medicamento utilizado para o 
tratamento de algumas doenças hematológicas. A 
principal é a anemia falciforme, mas também pode ser 
administrado contra a leucemia mieloide crônica 
(LMC), policitemia vera (PV) e trombocitemia essencial 
(TE). 
https://revista.abrale.org.br/hidroxiureia-como-
funciona-e-quando-
usar/#:~:text=A%20hidroxiureia%20%C3%A9%20um
%20medicamento,e%20trombocitemia%20essencial
%20(TE). 
d) Complexo B e ácido fólico. 
 
Hemácias em foice e corpúsculos de Howell-Jolly – 
anemia falciforme. 
A doença falciforme pertence ao grupo de 
hemoglobinopatias, onde a hemoglobina S decorre 
de uma alteração no DNA, que troca uma adenina por 
tinina e consequentemente há a troca do sexto 
aminoácido da cadeia beta, do ácido glutâmico 
(GAG) por valina (GTG). É uma herança genética 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_eventos_agudos_doenca_falciforme.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_eventos_agudos_doenca_falciforme.pdf
https://revista.abrale.org.br/hidroxiureia-como-funciona-e-quando-usar/#:~:text=A%20hidroxiureia%20%C3%A9%20um%20medicamento,e%20trombocitemia%20essencial%20(TE)
https://revista.abrale.org.br/hidroxiureia-como-funciona-e-quando-usar/#:~:text=A%20hidroxiureia%20%C3%A9%20um%20medicamento,e%20trombocitemia%20essencial%20(TE)
https://revista.abrale.org.br/hidroxiureia-como-funciona-e-quando-usar/#:~:text=A%20hidroxiureia%20%C3%A9%20um%20medicamento,e%20trombocitemia%20essencial%20(TE)
https://revista.abrale.org.br/hidroxiureia-como-funciona-e-quando-usar/#:~:text=A%20hidroxiureia%20%C3%A9%20um%20medicamento,e%20trombocitemia%20essencial%20(TE)
https://revista.abrale.org.br/hidroxiureia-como-funciona-e-quando-usar/#:~:text=A%20hidroxiureia%20%C3%A9%20um%20medicamento,e%20trombocitemia%20essencial%20(TE)
 
15 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
autossômica recessiva, onde A1A1(normal), A1S 
(traço falciforme) e SS (anemia falciforme). 
 
 
 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3
410/anemias.htm 
 
AULA 
ANEMIAS CAUSAS: 
• Carenciais 
• Medulares 
• Hemoglobinopatias 
• Enzimáticas 
• Autoimunes 
• Microangiopáticas 
 
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA: 
Índices hematimétricos 
Morfologia à microscopia óptica 
• Microcíticas hipocrômicas – VCM baixo, HCM e 
CHCM baixos 
• Macrocíticas – VCM alto 
• Normocíticas normocrômicas – índice 
hematimétricos normais 
 
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA: 
• Falta de produção 
• Excesso de destruição 
• Perdas 
Importante: contagem de reticulócitos 
 
CASO 1: 
Identificação: GB, feminino, branca, 53 anos, natural e 
procedente de São Paulo, do lar. 
QP: fraqueza intensa há 1 mês. 
HMA: fraqueza e palidez progressivas há 1 mês com 
piora há 1 semana, acompanhadas de sensação de 
ardor na língua. Nega outros sintomas. Nega uso de 
medicamentos. Refere emagrecimento de 4kg neste 
período. Queixa-se formigamento dos pés. 
Exame físico: REG, descorada +++/4+, ictérica +/4+, 
FC = 96 bpm, PA = 120x80mmHg, língua lisa (sem 
papilas) e enantematosa MMII edema ++ ACV e AR 
ndn. 
Exames: 
Hb = 4,0 g/dl Ht = 14% GV = 1 200 000/mm3 VCM = 
117 fl HCM = 33 pg CHCM = 29 g/dl 
RDW = 21 % 
Leucócitos = 2800/mm3 (diferencial normal com 
presença de neutrófilos hipersegmentados) 
Plaquetas = 100.000/mm3 
 
 
 
Continuação caso 1: 
Rt = 2,0 % Rt corrigido= 7449/uL 
BR total = 2,1 mg/dl BR indireta = 2,0 
TGO = 18 TGP = 20 FA = 90 GGT = 45 DHL = 2880 UI 
TSH normal 
 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3410/anemias.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/3410/anemias.htm
 
16 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA 
 
 
Vitamina B12 sérica = 75 pg/ml (nl = 200 a 900) 
Folato sérico = 3,6 ng/ml (nl = 3 a 17) 
Investigar causa! 
 
Endoscopia EED – mucosa gástrica pálida 
evidenciando os vasos da submucosa

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