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Fisiologia do Exercício
Módulo A1- Enquadramento geral
Variabilidade humana: 
- Todos somos diferentes e, por isso, respondemos de forma também ela diferente aos vários estímulos e exigências impostas;
- Certas caraterísticas físicas e fisiológicas são influenciadas pela genética (+/- consoante a caraterística)
Isto irá determinar a predisposição para o desempenhar de determinadas atividades.
Fisiologia do Exercício: Ciência integrada que tem como objetivo a identificação e a interpretação dos mecanismos funcionais do organismo humano e a sua regulação quando submetido ao stress agudo e crónico. Proporciona o estudo de como as ações humanas são reguladas e integradas durante a prática de exercício físico em diferentes ambientes, analisando as funções integrativas do sistema nervoso, cardiovascular, respiratório e metabólico.
Homeostasia VS Estado estável
	- Capacidade de manutenção de um meio interno constante ou inalterado em condições de repouso ou sem stress externo, resultante de várias respostas reguladoras de compensação.
- Funcionamento coordenado de vários tecidos.
	- Ambiente fisiológico constante;
- Não significa que o ambiente interno encontra-se completamente normal! → Mas apenas que ele não se altera.
- Equilíbrio entre as demandas impostas e a respostas às mesmas.
Sistema de controlo biológico: Série de componentes interconectadas que servem para manter um parâmetro físico ou químico do corpo num valor quase constante.
Componentes gerais: ① Recetor → estímulo excita-o; É capaz de detetar alterações.
 ② Centro de integração → avalia a força do estímulo e envia a mensagem adequada ao efetor.
 ③ Efetor →envolvido na correção do distúrbio.
	Sistema de controlo biológico
	
Retroalimentação negativa
(Feedback negativo)
	- Maioria do controlo é feito neste sentido;
- Estímulo → Reação → Resposta (Regulação);
- Contribui para a estabilidade do sistema uma vez que contraria os desvios aos valores de equilíbrio, conduzindo à reposição dos valores iniciais/ adequados.
- Aumento da resposta → Diminuição dos efeitos do estímulo
(Exemplo: Regulação do CO2 no líquido extracelular do sistema respiratório)
	
	
Retroalimentação positiva
(Feedback positivo)
	- Aumenta o efeito do estímulo perturbador, fazendo com que as variáveis fiquem distantes dos valores normais;
- Menos frequente e muitas vezes associado a estados patológicos
(Exemplo: Parto- produção hormonal exagerada para facilitar a contração uterina)
Exemplos de controlo homeostático:
Regulação da pressão arterial (PA)
① Aumento da PA →② Recetores: Barorrecetores (Estimulação- envio de impulsos nervosos para…) →③ Centro de controlo cardiovascular (Bulbo cerebral) (Diminui o nº de impulsos transmitidos ao coração reduzindo a quantidade de sangue bombeado por ele- Pressão normal).
Regulação da glicemia
①Alimentação rica em HC (Aumento da glicemia) →② Recetor: Pâncreas (liberta insulina) → ③ Insulina promove a captação celular da glicose →④Diminuição da glicemia
Exercício: Um teste ao controlo homeostático: 
- A atividade muscular possui a capacidade de perturbar muitas variáveis homeostáticas;
- Por exemplo: 
Atividade alta intensidade → + produção de ácido lático → + acidez intra/ extra celular
 → + demandas de O2 e + produção de CO2 → + Freq resp e + fluxo sanguíneo
- Distúrbios severos da homeostasia → Fadiga
- No exercício submáximo, muitos sistemas de controlo mantêm um estado estável;
- No exercício máximo ou supramaximal prolongado num ambiente quente/ húmido, os sistemas de controlo podem não conseguir dar resposta às exigências impostas, sendo impossível manter um estado estável, gerando grandes distúrbios da homeostasia.
Equilíbrio térmico
Perda de calor Temperatura normal Ganho de calor
	- Radiação;
- Convecção;
- Evaporação;
- Condução.
	- Taxa metabólica basal (TMB);
- Atividade muscular;
- Efeito térmico dos alimentos;
- Alterações posturais;
- Meio ambiente.
					 
→ Regulação hipotalâmica
- Inicia respostas de proteção térmica (quer para o excesso quer para a perda de calor);
- Processos que ativam a regulação térmica: 
① Recetores térmicos localizados na pele que enviam mensagem nervoso ao centro de controlo;
② Modificações na temperatura do sangue que chega ao próprio hipotálamo e o estimula a responder.
Ajustes do organismo na exposição ao frio:
1- Ajustes vasculares
→Vasoconstrição periférica → Redireccionamento do sangue quente para zonas profundas (core)- Estimulação de recetores cutâneos sensíveis ao frio;
→Em ambientes extremamente frios, a circulação sanguínea junto da pele pode atingir valores perto de Oml/ min;
→Gordura subcutânea auxilia na conservação térmica (isolamento).
2- Atividade muscular
→Os tremores de frio, pelo trabalho muscular que induzem, ajudam no combate ao frio, no entanto, é a atividade física que desempenha um papel de maior destaque;
→É a temperatura interna que medeia a termorregulação, não a produção de calor per se;
→O exercício vigoroso não é capaz de evitar a ocorrência de tremores de frio se a temperatura interna for baixa;
→O frio induz por isso um maior consumo de O2, pela ocorrência de tremores, quando comparado com o exercício ao calor, em que este fenómeno não acontece;
→A fadiga induzida pelo exercício ao frio não é capaz de atenuar a ocorrência de calafrios.
3- Regulação hormonal
→ A libertação de 2 hormonas calorígenas (Epinefrina e Norepinefrina) aumenta a produção de calor durante a exposição ao frio;
→ A exposição prolongada ao frio estimula ainda a libertação de tiroxina, uma hormona produzida na tiroide que aumenta a taxa metabólica de repouso. 
Fenómenos de perda de calor
① Condução
- Transferência direta de calor de uma molécula para outra, entre líquidos, sólidos e gases;
- O que irá determinar o grau de calor perdido por condução será:
 1- as diferenças de temperatura entre a pele e o meio evolvente; 
 2- a condutividade térmica das superfícies. 
- A água absorve muito melhor o calor que o ar (entrar numa água a 28º é mais desconfortável do que simplesmente estar num local com a mesma temperatura).
② Convecção
- Transferência de calor pelo movimento de ar ou água (permuta);
- É efetuado ao nível da pele.
③ Radiação
- Como o sol;
- Não requer contacto molecular.
④ Evaporação
- Mecanismo que atua na defesa do organismo ao sobreaquecimento (como todos);
- Ocorre pela via respiratória ou através da pele;
- 1L suor = 580 Kcal transferidas para o meio externo;
- + suor = Esfriamento da pele/ sangue.
→Temperatura ambiente aumenta: + evaporação / - condução, convecção, radiação => Perda de calor
				 + condução, convecção, radiação => Ganho de calor
Pedra de calor em ambientes húmidos
Fatores que influenciam a taxa de evaporação 
1- Partes corporais expostas ao calor;
2- Temperatura e humidade relativa do ar;
3- Correntes de ar em torno do corpo (convecção).
Humidade relativa
- Desempenha um papel determinante na eficácia da evaporação como mecanismo de perda de calor.
 -Relação entre a água no ar envolvente (vapor de água), a uma temperatura particular, e a composição total do ar. (Por exemplo: 40% de humidade relativa = esse ar contém apenas 40% de vapor de água a essa temperatura específica). 
Humidades elevadas→ a perda de calor por evaporação diminui drasticamente, apesar de haver uma produção elevada de suor→ representa apenas um desperdício de água, já que não auxilia no processo de dissipação de calor para o meio externo, podendo conduzir à desidratação e sobre aquecimento. 
- Um aumento perigoso da temperatura corporal pode ocorrer em atletas que compitam por mais de 30min num ambiente quente (>35ºc) e com 60% de humidade relativa. 
É A EVAPORAÇÃO QUE PROMOVE O ARREFECIMENTO DO CORPO, NÃO O SUOR PRODUZIDO.
Exercício ao calor:
Ajustes circulatórios:
O exercício ao calor confronta o organismo com 2 demandas cardiovasculares concorrentes 
1- Necessidade de fornecimento de O2 (sangue arterializado) à musculatura ativa, no sentido de suprir as necessidadesmetabólicas;
2- O ambiente quente obriga ao desvio do sangue arterial para zonas periféricas (superfície cutânea) para a dissipação de calor, ou seja, não consegue levar O2 até à musculatura ativa.
→ Débito cardíaco: Igual ou semelhante 
DC= Vsistólico x FC 
Vsistólico → Diminui (redução do volume plasmático pela perda de água);
FC → Aumenta (compensa a redução do Vsistólico: pouco O2 de cada vez → leva + vezes).
Constrição/ Dilatação vascular
- Vasodilatação: Junto da musculatura ativa e pele;
- Vasoconstrição: visceral (profunda)→ Quando prolongada pode causar problemas renais e hepáticos (têm o seu trabalho condicionado pela falta de O2).
→ Como vimos anteriormente, como o O2, apesar de ir maioritariamente para os músculos, também vai, pela mão do sangue arterial, para junto da pele para que haja dissipação de calor.
Falta O2 aos músculos para a produção de energia pela via aeróbia
Maior dependência no sist anaeróbio → Acumulação de lactato/ Esgotamento das reservas glicolíticas
Este lactato não é utilizado porque: 1- Ñ é processado pelo fígado; 2- É enviado para longe dos músculos
→ Temperatura corporal durante o exercício
- A uma determinada % de trabalho muscular → Subida da temperatura corporal;
Dentro de limites fisiológicos, esta resposta não representa uma falha nos mecanismos de dissipação de calor → Muito pelo contrário: Representa uma resposta natural e até benéfica no caso do exercício em ambientes frios, otimizando as funções fisiológicas e metabólicas.
- Para uma determinada % de VO2máx: A temperatura será a mesma em qualquer indivíduo (bem treinados ou não treinados) (A 75% VO2máx a temperatura será de 38,5ºC para todos);
- Para o mesmo VO2máx absoluto: Pessoas bem treinadas → Temperatura corporal + baixa.
Fatores que modificam a tolerância ao calor
❶Aclimatação 
- A exposição sistemática ao calor durante o exercício melhora a capacidade física geral, conduzindo a um menor desconforto e esforço sentido durante esforços futuros em condições semelhantes. 
- A aclimatação induz no organismo um conjunto de adaptações fisiológicas que melhoram a tolerância ao calor em situações futuras. 
- A literatura refere que os efeitos da aclimatação são adquiridos após uma semana de exposição ao calor em contexto de exercício físico.
	Efeitos da aclimatação
	Efeito 
	Explicação 
	
1
	Melhor circulação sanguínea juntos da superfície cutânea
	Transporta o calor do core para a superfície- dissipação de calor otimizada
	
2
	Distribuição equilibrada do Vsistólico 
	Circulação sanguínea adequada- vai de encontro às demandas decorrentes da atividade muscular
	
3
	Maior produção de suor
	Maior perda de calor → Menor temperatura corporal → Atividade muscular otimizada
	4
	Limiar de produção de suor mais baixo
	Eficácia dos mecanismos
	
5
	Melhor distribuição da produção de suor pela superfície cutânea 
	Equilíbrio; Eficácia no arrefecimento corporal
	
6
	Menos sal excretado pelo suor
	Manutenção dos eletrólitos- atrasa a desidratação
	
7
	Diminuição da FC 
	Maior volume de sangue a chegar junto da musculatura ativa
	8
	Menor dependência nos HC durante o exercício
	Economia energética
- Os atletas que mais beneficiem deste tipo de estímulo são os mais experientes- Novo estímulo;
- Pode ser feita no próprio local de competição ou em ambiente controlado.
❷Nível de treino
- O exercício físico aumenta a temperatura corporal, que terá de ser mantido dentro de níveis aceitáveis do ponto de vista fisiológico- logo, os mecanismos de dissipação de calor serão tão mais eficientes quanto mais elevado for o nível desportivo;
-Estas adaptações de tolerância ao calor verificam-se após 8 a 12 semanas de treino.
-Isto faz com que atletas bem treinados consigam resistir às demandas impostas pelo exercício em condições de temperatura mais elevada;
- No entanto, estes estarão sempre em desvantagem face ao que se submetem a um protocolo de treino com exposição ao calor caraterístico da competição- Para alcançar uma maior performance, a submissão a um processo de aclimatação é de extrema importância e será tão mais importante quanto maior for a diferença entre as condições de treino habituais e as encontradas em contexto de competição.
❸Idade
- Com o avançar da idade, as funções de termorregulação vêm-se ligeiramente afetadas, mas não de forma significativa, mesmo com temperaturas elevadas.
❹ Género
-Mulheres e homens respondem da mesma forma, quando controlado o nível de treino e aclimatação;
- À mesma temperatura corporal, as mulheres tendem a suar mais.
❺ Gordura corporal
- Indivíduos com níveis mais elevados de MG, têm no exercício uma maior atividade metabólica que, como referido anteriormente, provoca uma subida da temperatura corporal;
- A somar a isso, pela maior espessura da camada adiposa, a dissipação de calor dá-se de forma mais custosa para o organismo, pelo isolamento que este dá.
Hidratação 
- A taxa de desidratação varia por influência de diversos fatores (os mencionados anteriormente), das condições ambientais e a taxa metabólica.
- Os valores de perda de fluidos variam entre 1L/h e 1,5L/h, mas em casos extremos poderá chegar a 2,5L/h;
- O principal eletrólito perdido através do suor é o sódio (sal). Para combater esta perda poderá ser necessária suplementação (pastilhas eletrólitos).
Principais recomendações para hidratação
1- Antes do treino/ competição, ingerir 6mL/kg de fluidos a cada 2-3h;
2- Beber durante o esforço, se possível;
3- Atletas que treinam ao calor têm maiores necessidades de sódio (A suplementação poderá ser necessária);
4- Variações no peso corporal e a cor da urina pode-nos dizer muito acerca do estado de hidratação do individuo- Perdas de massa corporal na ordem dos 1-2% comprometem a performance, sendo que ente 4-5% passa a comprometer a própria saúde.
5- Reidratação adequada → Beber entre 100 e 150% da massa corporal perdida, acompanhando com sódio, HC (facilita a absorção) e proteínas.
Refrigeração
- Estratégias de arrefecimento nos momentos anteriores a competições de duração prolongada provaram-se eficazes (ventoinhas, coletes, gelo nas costas, etc…)
Já antes de esforços de intensidade elevada → Não traz benefícios, podendo até trazer malefícios (diminuição do rendimento).
Módulo A2- Parte 1: Bioenergética
Anabolismo → Síntese de moléculas;
Catabolismo → Degradação de moléculas.
Metabolismo: Reações celulares que ocorrem no corpo.
Estrutura celular:
1- Membrana celular: Barreira protetora do interior da célula e do líquido extracelular;
2- Núcleo: Os genes aqui localizados regulam a síntese proteica;
3- Citoplasma (nos músculos- sarcoplasma): Porção líquida; Aloja entre outros organelos, a mitocôndria.
Reações químicas celulares
→ A transferência de energia no corpo ocorre por meio da libertação de energia contida nas ligações químicas (ATP por ex.);
→ A energia surge pela série de quebras nas ligações químicas (reações).
	Endergónicas
	Exergónicas
	Acopladas
	- Para que a série de reações prossiga é necessária a adição de energia;
- Assim sendo, os produtos contêm + energia que os reagentes.
	- Libertam energia (Degradação de ATP);
- Por ex., na respiração celular, em que ocorrem sucessivas quebras nas ligações químicas de uma molécula de glicose, há libertação de energia a cada quebra, o que faz com que estas reações sejam exergónicas. 
	- A libertação de energia pela reação exergónica ativa a endergónica;
- Ou seja, isto quer dizer que a energia é logo aproveitada para que ocorra outra reação, utilizando assim essa energia.
- Como uma engrenagem!!
Reações de Oxidação- ReduçãoEstas reações estão sempre interligadas
Uma molécula só pode ser oxidada quando doa eletrões
→ Oxidação: Remoção de eletrões;
→ Redução: Adição de eletrões. 
- O átomo/ molécula que doa eletrões é o agente redutor;
- O átomo/ molécula que aceita eletrões é o agente oxidativo.
→ Oxidação não significa que o O2 participa na reação → O O2 apresenta é uma tendência para aceitar eletrões, atuando assim como agente oxidativo.
→ Catalisadores das reações químicas;
Enzimas→ Não são responsáveis pela ocorrência das reações, mas sim pela regulação da velocidade a que estas se desenrolam;
→ Energia de ativação: energia necessária para iniciar reações químicas- as enzimas reduzem essa energia, facilitando e acelerando o processo;
→ A atividade enzimática está condicionada por 2 fatores: Temperatura e pH.
Substratos energéticos 
① Hidratos de carbono
- Fornecem 4Kcal/g;
- Existem sob 3 formas:
1- Monossacáridos: açúcares simples (glucose, frutose…);
2- Dissacáridos: combinação de 2 monossacáridos (por ex: glucose + frutose);
3- Polissacáridos: açúcares complexos (amido…).
- Glucose é armazenada sob a forma de glicogénio (polissacárido);
② Gorduras
- Fornecem 9Kcal/g;
- Existem sob 4 formas:
1- Ácidos gordos;
2- Triglicéridos;
3- Fosfolípidos;
4- Esteroides.
- Os ácidos gordos são armazenados sob a forma de triglicéridos.
→ Os ácidos gordos são a principal fonte de energia das células.
Adenosina Trifosfato (ATP)
“Moeda de troca energética”
Formado por: 1 Adenina + 1 Ribose (açúcar) + 3 grupos fosfato.
- Reservas de apenas 80 a 100g.
Quebra da ligação: ATP ----------------- ADP + Pi +Energia (REAÇÃO EXOENERGÉTICA)
 ATPase
União do fosfato: ADP + Pi ------------- ATP (REAÇÃO ENDOENERGÉTICA)
 + Energia
Formação do ATP→ Extração da energia potencial do alimento, conservando-a através das ligações ATP;
Clivagem do ATP→ Transferir (libertar) energia química contida na molécula para acionar o trabalho bio.
- O ATP é clivado quase instantaneamente (sem recurso a O2) → Transferência rápida de energia
Sistemas energéticos
① Via anaeróbia (citoplasma/ citosol)
1- Sistema ATP-Pcr (fosfocreatina) → Sistema anaeróbio alático
2- Glicólise anaeróbia → Sistema anaeróbio lático
② Via aeróbia (mitocôndria)
 ( Ciclo de Krebs, Cadeia transportadora de eletrões, Ciclo de Cori, Beta- oxidação…)
→ Sistema ATP-Pcr
- Doação de 1 grupo fosfato da ligação energética da creatina (Pcr) para a ADP, formando ATP;
- Reação catalisada pela enzima Creatina- quinase (CK);
- As células musculares armazenam quantidades reduzidas de Pcr;
- Produção de ATP em potência – Esforços curtos e intensos.
Recomendações para o treino do Sistema ATP-Pcr:
Tempo da tarefa: 5 a 10 seg; - Após o exercício há uma dívida de O2 → EPOC;
- A renovação da PCr dá-se à custa de ATP e, portanto, ocorre apenas durante a recuperação do exercício;
- Reservas muito limitadas.
Intensidade: Máxima;
Repetições: 1x10 até 2x10
Recuperação e/ séries: 2min
Frequência: 1 a 2x/ semana
→ Suplementação de Creatina 
- Um aumento da creatina plasmática poderia ser mantido mediante a ingestão de 2g/ dia;
	- Porém, o músculo tem um limite de concentração total de creatina no músculo.
- Indivíduos não treinados poderiam ter algum benefício;
- Atletas com as fibras hipertrofiadas não faz sentido- já atingiram a capacidade máxima.
→ Mesmo assim, só faria sentido para esforços curtos e intensos.
→ A ingestão de HC’s emparelhada com a toma de creatina → Aumenta a concentração plasmática e muscular da creatina.
→ Adaptações metabólicas ao treino
① Atividade enzimática
	- ↑ Creatina- quinase↑ Capacidade e potência do Sistema ATP-PCr
	- ↑ Mioquinase
② Conteúdo 
	- ↑ ATP
	- ↑ Fosfocreatina 
→ Glicólise anaeróbia
- Envolve a degradação da glicose ou glicogénio para formar 2 moléculas de Piruvato.
- Compreende 2 fases: 
1- Fase de investimento de energia: Requer 2 ATP (ou apenas 1 se for degradado glicogénio);
2- Fase de geração de energia: Produz 4 ATP 
- Por cada molécula de Piruvato forma-se: NADH + H+; 2 ATP; 1 H2O.
- Produzido o Piruvato, há O2?
	→SIM: Transporta os eletrões e moléculas de H+ para dentro da mitocôndria e continua a degradação do piruvato pela via aeróbia;
	→NÃO: O piruvato é degradado em ácido lático com auxílio da enzima piruvato-desidrogenase no citoplasma (citosol). Assim sendo, este processo é anaeróbio.
→ O lactato pode ser aproveitado para a produção de energia → Através do Ciclo de Cori (gluconeogénese) realizado no fígado; O EPOC SERÁ O RESPONSÁVEL POR ESTA CONVERSÃO.
→ Aumento da produção de lactato → Diminuição do pH intramuscular (acidose lática)
Inibição da contração muscular → Limitação da obtenção de energia por esta via metabólica
Mas, o lactato não é o responsável por isto! Está relacionado ao desequilíbrio na necessidade de ressíntese de ATP → A escassez de O2 leva a um acúmulo de NADH + H+ (acúmulo de iões H+) e de ADP + Pi → ACIDEZ → FADIGA
- Isto não exclui o lactato como marcador do exercício anaeróbio, visto que é produzido para suprir as necessidades anaeróbias.
→ Porque é que o lactato é formado?
	R: Para ressintetizar o NAD com vista à continuidade do processo glicolítico.
→ Quais são os esforços que utilizam, predominantemente, este sistema?
	R: Esforços submáximos de 30’’ a 3’.
→ Adaptações metabólicas ao treino
① Atividade enzimática
	- ↑ Enzimas glicolíticas↑ Capacidade e potência da via Glicolítica anaeróbia
	- ↑ Lactato- desidrogenase
② Produção 
	- ↑ Lactato
→ Produção aeróbia de ATP 
Caraterísticas principais:
1- É suportada pela presença de O2;
2- Produção de ATP dentro das mitocôndrias;
3- Pode produzir muito mais energia que as vias anaeróbias;
4- Essencial em eventos de longa duração.
Compreende 4 fases:
1- Glicólise (1ª fase): Formação de 2 moléculas de piruvato a partir de 1 molécula de glucose ou glicogénio;
2- Glicólise (2ª fase): Formação de 2 moléculas com 2 carbonos → Acetil- CoA;
3- Ciclo de Krebs: Oxidação do Acetil- CoA;
4- Fosforilação oxidativa: Formação do ATP na Cadeia Transportadora de Eletrões.
③ Ciclo de Krebs
Função: Remoção de H+ !!!
→ A Acetil- CoA leva à formação de: 2 ATP; CO2 e H+ → A cada volta (2 piruvatos – 2 Acetil- CoA – 2 voltas ao Ciclo de Krebs).
→ O H+ combina-se ao NAD+ e FAD+ e forma: 3 NADH + 1FADH (por cada volta) → Transportados para a cadeia transportadora de eletrões.
→ Forma-se Guanina Trifosfato (GTP), que pode transferir diretamente energia ao ADP para formar ATP.
Metabolismo das Gorduras
→ Os triglicéridos são degradados, formando-se Ácidos Gordos Livres (AGL) e Glicerol.
Ácidos Gordos Livres (AGL)→ Sofrem uma série de transformações para formar Acetil- CoA e, em seguida, entrar no Ciclo de Krebs → BETA- OXIDAÇÃO
Glicerol →Pode ser convertido num intermediário da glucose, mas não tanto no músculo esquelético, por isso, é pouco importante no exercício.
Metabolismo das Proteínas
- Pequena contribuição (2 a 15%);
- Dependendo dos aminoácidos presentes podem:
1- Ser convertidos em ácido pirúvico;
2- Ser convertidos em Acetil- CoA;
3- Ser convertidos em intermediários do Ciclo de Krebs.
④Cadeia transportadora de eletrões
Função: Uso da energia potencial disponível nos NADH e FADH para refosforilar ADP em ATP!
- Os eletrões removidos passam por uma série de transportadores de eletrões- Citocromos;
- No final da cadeia, o O2 aceita eletrões (como visto anteriormente), combinando-se com o H+ para formar H2O;
- O NADH e FADH passam por uma série de reações de oxidação- redução (transferência de eletrões) → Energia suficiente para formar ATP;
1 FADH → 1,5 ATP
1 NADH → 2,5 ATP
Rendimento da produção de ATP pela via aeróbia:
 
=
32 ATP
→ Adaptações metabólicas ao treino
① Atividade enzimática
	- ↑ Succinato desidrogenase
	- ↑ Piruvato- desidrogenase
	- ↑ Citrato cintase
② Músculo esquelético
	- ↑ Nº mitocôndrias e ↑ densidade;
	- Distribuição favorável de fibras musculares oxidativas (tipo I);
	- ↑ Disponibilidade de O2 no músculo e respetiva capacidade de captação (VO2máx);
	- ↑ perfusão e capilarização.
→ Controlo da Bioenergética
→ O metabolismo é regulado pelo controlo da atividade enzimática;
	→ O aumento do nº enzimas → Aumento da taxa de reações químicas
	→ A maioria das vias metabólicas possui uma enzima limitadora de velocidade no início do met.
→ A quantidade de ATP e ADP é responsável por estimular/inibir a ação enzimática presente em qualquer via- Retroalimentação negativa;
→ O pH estimula/ inibea glicólise: 
	- ↑ pH: Estimula
	- ↓ pH: Inibe (Pela acidose)
Capacidade e potência dos 3 sistemas energéticos
→Sistema ATP-PCr: ↑ Potência ( 36 Kcal/min) / ↓ Capacidade ( 11 Kcal disponíveis);
→ Glicólise: +/- Potência (16 Kcal/min)/ +/- Capacidade (15 Kcal disponíveis);
→ Oxidação: ↓ Potência (10 Kcal/min)/ ↑ Capacidade (167280 Kcal disponíveis).
Módulo A2- Parte 2: Bioenergética
Interação entre vias metabólicas
- À medida que a intensidade do exercício aumenta, verifica-se uma maior contribuição do substrato glicolítico como forma de obtenção de energia.
- Para a glicólise (anaeróbia ou aeróbia), será mais utilizado o glicogénio muscular, com uma relativamente curta contribuição da glicemia (glucose plasmática proveniente do fígado, ou seja, do glicogénio hepático);
- Para o metabolismo das gorduras, o substrato mais utilizado são os ácidos gordos livres (AGL), com uma modesta contribuição dos triglicéridos intramusculares;
→ Os principais determinantes da contribuição relativa das vias de geração de energia durante o exercício são a intensidade e a duração.
→ Fadiga neuromuscular: Incapacidade de o músculo gerar elevados níveis de força muscular;
	Associada ao:
1- Declínio da força muscular gerada durante e após o exercício submáximo e máximo;
2- À incapacidade de manter uma determinada intensidade de exercício no tempo;
3- Ao aumento do tempo de relaxamento muscular.
→ Produção de lactatos
	- Velocistas produzem entre 20 a 30% mais lactato que indivíduos não treinados durante um esforço máximo e curto;
	- Então… Mas o lactato não é mau??? R: Nem sempre deve ser visto dessa maneira!!!
 Isto poderá ser explicado por 3 fatores:
1- Motivação;
2- Reservas de glicogénio aumentadas p/ efeito do treino- Pode explicar a sua maior contribuição;
3- Aumento da atividade enzimática durante os processos glicolíticos por efeito do treino de endurance.
No entanto, aquilo que parece determinar a performance em modalidades de endurance é:
1- Genética;
2- Adaptações decorrentes do treino aeróbio promovem, por exemplo, uma menor produção de lactato;
3- Rapidez com que é removido o lactato.
→ Consumo de oxigénio
- Aumenta exponencialmente nos primeiros 3 minutos de exercício, atingindo depois um plateau, que é mantido relativamente estável com o decorrer do exercício (steady- state)- balanço entre a energia requerida pela musculatura ativa e produção de ATP pela via aeróbia. 
- Esta manutenção só poderá ser mantida se durante o exercício houver uma hidratação e/ou alimentação adequada, por forma a suprir as necessidades do organismo, caso contrário poderá ocorrer uma depleção do glicogénio, determinante de uma quebra no rendimento. 
- Diferentes pessoas têm diferentes níveis de consumo de 02 estáveis e é também isso que determina a capacidade para desempenhar atividades do tipo aeróbio. 
-Atletas de endurance do alto rendimento: ↑ Capacidade de transporte O2 aos músculos; 
				 ↑ Capacidade de captação de O2 pelos músculos.
 Estas são duas caraterísticas que podem ser alteradas e modificadas através de um processo de treino voltado para este tipo de esforços. 
 → Indivíduos bem treinados atingem o plateau de consumo de O2 mais cedo que os não treinados.
→ Défice de oxigénio 
- Em atividades de intensidade invariável com o decorrer do tempo, o expectável seria um consumo também ele invariável, no entanto, como sabemos, na transição do repouso para a atividade, aquilo que acontece é que existe também uma contribuição das vias metabólicas anaeróbias- Isto porque o organismo, ao inicio, não sabe que tipo de esforço irá desempenhar, então ativa todas vias quase como de uma emergência se tratasse. 
- Isto sugere-nos que, na fase inicial, ocorre uma dívida de O2→ Diferença entre o consumo total de oxigénio durante o exercício e o total que deveria ser consumido caso tivesse sido atingido estado estável no início. 
-Em casos extremos, poderá ocorrer uma depleção de PCr no início da atividade. Com o decorrer da atividade, esta dívida de 02 é “saldada” progressivamente. Regra geral, é errado pensar que existe apenas um sistema de obtenção de energia que suprime as necessidades do organismo, mas sim que existe, para um determinado tipo de atividade, a predominância de um relativamente aos demais, sendo que os outros contribuem conforme as solicitações metabólicas. 
→ Dívida de O2 em indivíduos bem treinados e não treinados
Como seria de esperar, indivíduos bem treinados atingem o estado estável de consumo de O2 primeiro que os outros → Pronta resposta do sistema cardiovascular (aumento imediato do débito cardíaco) e um maior transporte e captação da musculatura solicitada.
→ Consumo de oxigénio durante a recuperação
- Após o exercício, o organismo não volta instantaneamente a níveis de repouso;
→O organismo estará tão mais dependente da recuperação quanto mais intenso tiver sido o exercício. 
- Em atividades de baixa intensidade, a dívida de oxigénio poderá ser saldada relativamente rápido;
- Em atividades de intensidade média/alta requerem mais tempo para o retorno a níveis de repouso;
- Em esforços em que o atleta é levado à exaustão, existe uma maior predominância do sistema anaeróbio → Acumulação de lactato → Maior tempo de recuperação (o facto de não se chegar a um valor estável de consumo de oxigénio, torna difícil a tarefa de saber a real ordem do défice de O2);
EPOC (Excess PostExercise Oxygen Consumption) → Oxigénio consumido após o exercício;
→ Poderá ser controlado através do consumo após esforço, tendo em conta os valores de referência do repouso.
2 carateristicas importantes do consumo de oxigénio na recuperação:
- Após o exercício aeróbio de baixa intensidade e de curta duração, cerca de metade da recuperação é feita nos primeiros 30 seg, com recuperação efetuada a 100% em alguns minutos. Este declínio nas demandas de O2 segue uma curva exponencial denominada de “Fase Rápida” de recuperação do consumo de oxigénio;
- A recuperação após exercício extenuante dá-se de modo diferente, muita por culpa da acumulação de lactato sérico, elevada temperatura corporal e elevados níveis de hormonas termogénicas. Somando à fase anteriormente referida, existe também a “Fase lenta” que, dependendo da duração e intensidade do exercício pode durar até 24h, até que os valores de consumo voltem aos de repouso. Mesmo com o treino intervalado de elevadíssima intensidade e curta duração, o EPOC mantém-se elevado por 1h ou mais.
O que influencia o consumo de oxigénio após exercício
Primeiramente, achava se que a acumulação de lactato era a principal culpada deste consumo acrescido, sendo que este serviria para dois propósitos:
- Restabelecer as quantidades de reserva de glicogénio, sintetizando cerca de 80% do lactato no fígado (Ciclo de Cori).
- Degradar o lactato no Ciclo de Krebs. O ATP gerada iria, supostamente, potenciar a ressintese do glicogénio a partir do lactato.
O AUMENTO REGISTADO RELATIVAMENTE AO CONSUMO DE OXIGÉNIO APÓS ESFORÇO NÃO VEIO COMPROVAR A RELAÇÃO COM A ELEVADA CONCENTRAÇÃO DE LACTATO SÉRICO. Além disso, outras necessidades fisiológicas motivam essa subida do EPOC. Álias, após exercício conducente à exaustão, apenas uma pequena porção do oxigénio consumido é contribui para a ressíntese do glicogénio através do lactato.
As necessidades fisiológicas poderão residir na diminuição da temperatura corporal que, por exemplo, poderá subir cerca de 3ºc durante o exercício prolongado de elevada intensidade e permanecer várias horas elevada. A temperatura elevada desperta o metabolismo, no sentido de retornar a temperaturas fisiologicamente aceitáveis, aumentando para isso o consumo de O2. Outros fatores que influenciam:
- Transporte do sangue da musculatura ativa para os pulmões;
- Restabelecer os níveis de O2 nos diversos fluidos;
- A frequência cardíaca mantém-se elevada nos primeiros minutos e por isso requer tb o2
- Reparação dos tecidos e redistribuição do cálcio, potássio e sódio pelos músculos e restantes partes do corpo;
Mas, no fundo, o EPOC, reflete 2 fatores:
1- A contribuiçãodas vias anaeróbias no exercício;
2- As alterações no sistema respiratório, cardiovascular, hormonal, o equilíbrio iónico e térmico que alteram o metabolismo durante a recuperação.
Implicações do EPOC no próprio exercício e na recuperação 
Como vimos anteriormente, atividades aeróbias de intensidade baixa e, até mesmo, séries de curta duração (5-7 seg), não requerem um consumo de oxigénio elevado para suprir as necessidades fisiológicas do organismo e, por isso, não requerem um grande tempo de recuperação ativa (exercício leve) intra treino, não se justificando ainda a recuperação passiva (repouso). De referir que em modalidades que exijam mais das vias metabólicas anaeróbias produzem, como é óbvio, quantidades elevadas de lactato, com alterações ao nível de outros parâmetros fisiológicos. Nestes casos, a recuperação poderá levar algum tempo, sendo que em determinados esforços não chega a ser totalmente feita nos intervalos de recuperação entre esforços intra treino. No entanto, em modalidades em que isto é mais provável que aconteça, como basquetebol, futebol, ténis, etc… esta recup poderá mesmo ficar incompleta, uma vez que intervalos de recup intratreino que fossem de encontro ao desejado poderiam ter efeito negativo na performance.
Algumas estratégias de recuperação passiva têm sido aplicadas, como: massagens, banhos frios, crioterapia, posições corporais específicas e o consumo de bebidas frias.
Após o exercício intenso, faz sentido realizar atividade de intensidade baixa/moderada (recuperação ativa) no sentido de facilitar a recuperação, comparado com recuperação passiva
Um equilíbrio entre a relação trabalho- descanso potencia um aumento da intensidade do exercício, que não seria possível caso o exercício fosse desempenhado de forma contínua.
Segundo o Aldo, o consumo de O2 permanece elevado devido a:
- Restaurar os níveis de PCR intramusc;
- Remover o lactato (20%);
- Restaurar o O2 nos sangue e tecidos;
- Elevação da fc e freq resp, conduzem a aumentos de captação de O2;
- Temperatura corporal elevada (aumento da taxa metabólica);
- Aumento da adrenalina e noradrenalina após exercício 
Fatores que influenciam o EPOC
- Intensidade e duração do exercício;
- Massa musc envolvida no trabalho biológico;
- Nível de treino;
- Condiçõe ambientais;
- Fase do ciclo menstrual;
- Qualidade do sono da noite anterior;
Ressíntese da fosfocreatina 
- É processo bastante rápido, em 60-90 seg a ressíntese está totalmente completa;
- Está dependente do O2 (EPOC, logo, requer recup ativa ou passiva), e da capacidade oxidativa dos sujeitos (qnt maior a capacidade, mais rápida é a recup), isto pq o q carateriza este mecanismo é o transporte e captação de O2 pelas células musc, logo, se esta capacidade for melhorada, melhor tb será a capacidade de ressíntese da fosfocreatina.;
- A suplementação de creatina poderá aumentar os depósitos de fosfocreatina, como vimos anteriorm. 
Energia p o exercício físico
Esforços prolongados- Endurance
No exercício físico, a concentração da glicemia (glicose sang) diminui com o decorrer da atividade. A depleção ou ausência de glicose determina uma diminuição na capacidade de produção de força. Essa limitação pode ser combatida com a ingestão de HC durante o ex, no sentido de manter os níveis de força produzida por mais tempo, o que envidencia o efeito positivo da disponibilidade de glicose na contração muscular. A diminuição na produção de força por parte da musculatura solicitada poderá ter a sua origem nas ordens dadas pelo SNC, já que a atividade cerebral fica comprometida na ausência deste substrato, isto porque à menor produção de força estará associada uma menor utilização deste para o trabalho muscular.
Como vimos anteriorm, o consumo de O2 poderá atingir e manter um estado estável, claro que estando a recorrer ao metabolismo aeróbio, no entanto, isto não se verifica quando a atividade é realizada em ambientes quentes e/ou húmidos, variando também com a intensidade do exercício que, caso varie muito, irá causar também variações no VO2.
Conceitos importantes ao nível do metabolismo anaeróbio lático
1- Limiar aeróbio- 1º aumento sustentado do lactato sang acima da linha de base (repouso- 1 a 2 mmol/L)
2- Limiar anaeróbio- Representa um nível de exercício em q a hipoxia tecidual desencadeia um desequilíbrio entre a formação do lactato e a sua eliminação, com aumento do lactato sérico.
3- OBLA- lactato máximo em steady state- verifica-se aos 4mmol/L e representa a mais alta intensidade passível de ser mantida por um longo período de tempo com um lactato contínuo (estável).
4- Limiar lactato- ponto de acumulação de lactato.
O que explica esse aumento da produção de lactato?
1- Captação de 02 baixa;
2- Glicólise acelerada;
3- Recrutamento de fibras de contração rápida;
4- Taxa de remoção do lactato reduzida.
Observações relativamente ao met anaeróbio latico
- Os valores de lactato em repouso situam-se entre 1-2 mmol/L;
- Atletas de elite, poderão atingir valores de 25-27 mmol/L (> 20mmol/L são valores extremos);
- A eliminação do lactato é efetuada após o exercício, podendo ser convertido em glicogénio no fígado ou entrar no ciclo de krebs para formar ATP. 
- A velocidade de eliminação é de 0,5 mmol/L/min, quando se trata de concentrações > 5 mmol/L (para concentrações mais baixas a eliminação é mais lenta);
- Todo o lactato é eliminado num tempo máx de 3h!!!
Conceito de tolerância lática (ou tolerância à acidez)
- Representa a capacidade de continuar a contração muscular durante um determinado tempo, apesar da acidose musc;
- Esta capacidade não é igual para todos os indivíduos e, ainda que pouco, poderá ser treinada;
- Esta capacidade estará sobretudo associada à questão mental/ psicológica- indivíduos motivados aguentam mais tempo em situações de acidez muscular;
- A libertação de endorfinas por parte do SNC poder ajudar no atenuar da dor (importante).
Como vimos anteriorm, a recup ativa poderá ajudar na recuperação geral e, no caso da concentração do lactato sanguíneo, a eliminação do mesmo dá-se de forma bastante mais rápida quando a recuperação é efetuada entre 30-40% Vo2máx
Adaptações bioquímicas ao treino de endurance
- Cardiovasc, termorregulação, neuromusc (devido a alterações bioquímicas e estruturais no musc esq);
- Adaptações neurais, nos recetores neuro hormonais;
- As adaptações bioquímicas estruturais são mais evidentes que os aumentos no VO2máx (ligeiros).
- Aumento na qntd de mitocôndrias (até 4x em determinados tipos de fibras);
- Aumento das enzimas envolvidas no met oxidativo;
Energia- trabalho; está associada à capacidade de qualquer corpo produzir trabalho, ação ou mov. A energia obedece ao primeiro principio da termodinâmica (“Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”); Unidade do SI- Joule.
Energia cinética- corpos em mov;
Energia potencial- A forma de energia qd está “armazenada”, isto é, q pode a qlq momento manifestar-se, por exemplo, sob a forma de movimento.
Condições para que a força realize trab: 1- q haja deslocam; 2- q haja força ou componente da força na direção do deslocam.
W= FxD
P= WxT P=(FxD)/T
Medida do consumo energético:
Princípio (1ªlei da termodin/Principio da conservação de energia) - todos os processos metabólicos q ocorrem no corpo resultam na prod de calor; o metabolismo dos nutrientes (calor calórico) deveria equivaler à qntd de calor libertado pelo corpo.
Calorimetria direta- medição do metabolismo corporal por meio da libertação de calor pelo corpo; Ñ é representativo de um ambiente de vida normal (ñ ecológico); Engenharia complexa p a medição; Elevado custo financeiro, Constrangimentos pessoais à avaliação do processo.
Calorimetria indireta- Todas as reações q libertam energia, além de produzirem calor, dependem da utilização de 02, seja em repouso sejam em condições de exercício em ritmo estável. – Qntd de 02 consumido, poderá ser indiretamente calculado através do calor produzido pelo corpo (em Kcal). No entanto, o metabolismo dos diferentes substratos energéticos pode fazer variaresse valor. É por isso que recorre à espirometria, apesar de nunca podermos tirar conclusões sobre qual nutriente foi utilizado, isto porque é rara a utilização exclusiva de um nutriente apenas e porque a medição engloba o O2 e CO2 envolvidos da respiração. Porém, através do quociente respiratório (VCO2 (produzido)/VO2 (consumido)) podemos ainda assim ter uma ideia de quais os nutrientes foram catabolizados em exercício, se o teste tiver sido realizado neste contexto, ou em repouso.
QR para HC: A oxidação completa de uma molécula de glicose requer 6 moléculas de 02 e produz 6 moléculas de CO2 e água; Ora QR= 6/6=1,00 
QR para gorduras: A oxidação completa de uma molécula de gordura requer 23 moléculas de O2 e produz 16 moléculas de CO2 e de água; Ora QR= 16/23= 0,696
QR para proteínas: Não são oxidadas simplesmente em CO2 e H2O, no entanto, o QR é de 0,82
QR misto: Como dito anteriom, é quase impossível o QR refletir a oxidação de HC’s puros ou gorduras puras durante o exercício, isto porque recorremos a várias vias metabólicas em simultâneo. No entanto, no exercício aeróbio em “steady-state” regista-se um QR= 0,82 em maioria dos casos (com metabolismo de 40% de HC e 60% de gorduras), aplicando-se assim um equivalente calórico de 4,83kcal/L. A utilização deste valor tem um erro máximo associado de até 4%
Para chegar a estes valores podemos recorrer à ergometria, que nos permite a mensuração do trab realizado. O ergómetro permite-nos mensurar esse trabalho, especificando, de acordo com o equipamento utilizado, o trabalho específico.
Como referimos anteriorm, a espirometria permite-nos ter acesso ao volume de gás inspirado e expirado, podendo depois ser analisada quantidade absoluta e relativa de O2 consumido e e CO2 produzido. Auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação de distúrbios ventilatórios. A espirometria permite a análise da produção de calor (Calorimetria- quociente resp) e ainda a capacidade e potência do sistema cardiorrespiratório.
Espirometria:
Convencional- espirómetros de circuito aberto (ar do meio ambiente); avalia todos os vols e capacidades estáticas (capacidade vital forçada, tudo e mais alguma coisa)
- Vantagens: precisão dos valores obtidos, maior nº de variáveis mensuradas e com a vata oferta de ergómetros, conseguimos aplicar este método avaliativo em atletas de várias modalidades desportivas
Circuito fechado- respiração feita com recurso a um ar contido numa câmara, com 100% de O2; as diferenças entre a composição do gás inicial (100% O2) e do gás final, diz-nos qual o consumo de O2 no contexto em que foi aplicado. No entanto, isto tem várias limitações, como o facto de obrigar ao testado permanecer junto do espirómetro e de estes não aguentar com os volumes expirados pela pessoa em situação de exercício.
Para a análise calorimétrica indireta podem ser adotados procedimentos de espirometria recorrendo a: espirómetros portáteis, sacos de respiração (classic bag technique) e espirometria computorizada (usada em laboratório).
- Sacos de respiração (Sacos de Douglas): Válvula de alta velocidade e baixa resist; difusão dos gases pelo saco (para análise); valores médios p determinado tempo.
- Ergoespirometria: avalia o desempenho físico máx da pessoa e mede a resposta do sist cardiovasc, musc e pulmonar em situações de esforço físico.
- Espirómetro portátil: válvula resp bidirecional; mede o VO2 e o gasto energético; 
 Vantagens: peso e liberdade no mov.
V02- diferença entre o volume de gás inalado e o volume de gás exalado
VO2= (Vol inal x Concentração de O2 no gás inalado) - (Vol exal x Concentração de O2 no gás exalado) / Tempo
Distribuição do O2- 1- Pulmões (ventilação e trocas gasosas nos alvéolos); 2- Coração (Débito cardíaco, volume sistólico e freq cardíaca); 3- Circulação sanguínea.
Determinantes do VO2: O VO2 está relacionado com a capacidade de transporte de O2 no sangue e posterior captação do mesmo pelos tecidos.
VO2= Débito cardíaco x (Saturação de O2 no sangue arterial- Saturação de O2 no sangue venoso)
Sangue arterial- sangue que sai dos pulmões, vai para o coração e depois para os demais órgãos;
Sangue venoso- depois de servir os órgãos é redirecionado para os pulmões onde será carregado com O2.
Para a mensuração do custo energético:
- No exercício anaeróbio, é preciso determinar a contribuição das vias aeróbias e anaeróbias. Para isso, é medido o consumo de O2 (VO2) em: 1- repouso; 2- durante o exercício; 3- durante a recup.
- No exercício aeróbio, basta ser medido o consumo de O2 em: 1- repouso e durante o período de steady state.
Componentes do gasto energético:
GET (gasto energético total) = GER (gasto energético em repouso) + ETA (efeito térmico dos alimentos) + EGAF (energia gasta na atividade física)
 - Gasto energético repouso ou taxa metabólica de repouso (GER ou TMB):
	Qntd mínima de energia gasta para a manutenção dos processos biológicos vitais como a respiração, circulação, metabolismo celular, atividade hormonal e manutenção da homeostasia (temperatura,…)
	Representa entre 60 a 70% do gasto energético total;
	Depende do sexo, idade, dimensões corporais e massa magra;
	Importante para a elaboração de estratégias de controlo de peso (restrições alimentares com ou sem exercício)
Taxas metabólicas nos seres humanos
- As mulheres têm uma taxa metabólica basal mais baixa do que os homens (entre 5 e 10%), isto porque geralmente as mulheres possuem uma maior %MG dos que homens de estatura similar, o que determina a menor %MM. Como sabemos, a massa gorda exige uma menor atividade metabólica, pelo que o gasto energético em repouso será menor.
- A cada década de vida há um decréscimo de 2 a 3% da taxa metabólica de repouso para a homens e mulheres; Variações superiores a 10% em relação ao padronizado podem evidenciar patologias;
- O aumento da massa muscular (massa magra) determina o aumento da taxa metabólica basal
 (+1,3kg massa musc -> aumento da TMB em cerca de 7% e a necessidade calórica diária em 15%)
- Em repouso, 0,45kg de musc necessitam de 35kcal/ dia para a sua manutenção e, durante o exercício, esta necessidade aumenta drasticamente.
- Existem equações preditivas do gasto energético em repouso, envolvendo variáveis como a massa corporal, estatura e idade.
Fatores que influenciam o dispêndio energético:
 -> Atividade física:
- Responsável por 15 a 30% do gasto energético total diário;
- A sua influência dependerá do tipo de atividade, duração, freq, etc…
- Maioria das pessoas, aquando da sua submissão ao exercício contínuo que recrute grandes grupos musculares, como caminhadas, corrida, natação…, aumenta a taxa metabólica em aproximadam. 10x.
- Em atletas de alto rendimento, com treinos intensos de 3 ou mais horas o gasto energético diário total poderá duplicar.
· Efeito térmico dos alimentos:
- Alcança a sua intensidade máx dentro de 1h após a refeição;
- A magnitude do efeito térmico varia entre 10 a 30% da energia alimentar contida no alimento;
- Curiosamente, a prática de exercício parece reduzir o efeito térmico dos alimentos, sendo que em pessoas ativas, este efeito assume um pouquíssima importância.
· Clima:
- Ambiente quente: Aumenta o metabolismo em 5 a 20% (dimin do vol corrente), aumentando por isso o consumo de O2 em 5%.
- Ambiente frio: 
1- Depende da gordura corporal e eficácia térmica da roupa;
2_ Pode aumentar até 5x em situação de frio extremo (devido aos calafrios).
· Gravidez: Alteração da freq card e VO2 em ex com sustentação do peso corporal (corrida p.e.); Resulta do peso adicional e da menor economia do esforço.
Classificação das atividades físicas pelo dispêndio energético:
- Relação entre: Demandas energéticas de repouso VS Demandas da atividade 
Atividade leve -> Aumento do VO2 até 3x + que o de repouso
Atividade intensa -> Aumento do VO2 até 8x + que o de repouso
Conceito de equivalente metabólico (MET)
MET -> Qntd de O2 exigido/ min 
Em condições de repouso= 3,5 ml/ kg/ min de O2
Kcal/ min = (MET’s x 3,5 x Peso corporal)/ 200
1 MET = 3,5 ml/ kg/ min 
Conceito de custo bruto VS líquido
Custobruto-> totalidade de energia q foi consumida durante a atividade;
Custo líquido = Custo bruto – custo do repouso (3,5 ml/ kg/ min)
Estimação indireta do VO2máx com base em testes sub-máximos
- Protocolo de Balke: Inicia a 4,8km/h, 2,5% inclinação por estágio, 2min por estágio)
		 Medição da FC nos últimos 30 seg de cada estágio
Módulo B1- Transporte e dinâmica da ventilação pulmonar
- Respiração pulmonar: refere-se à ventilação e à troca gasosa (02 e CO2) nos pulmões;
- Respiração celular: refere-se à utilização de O2 e à prod de CO2 pelos tecidos.
Objetivos da respiração pulmonar:
1- Ventilação pulmonar- processo mecânico de mobilização do ar ( para dentro e para fora);
2- Difusão de gases ente sangue e alvéolos- pela diferença da pressão parcial de entre o O2 e CO2, dá se a difusão de O2 para o sangue (agora arterial) e CO2 para dentro dos alvéolos;
3- Transporte de gases através do sangue (O2 para os tecidos e CO2 para o exterior);
4- Regulação ácido- base durante o exercício (regulação do pH).
Função pulmonar:
- Prod de voz;
- Permite o olfato;
- Proteção- contra microorganismos, promovendo meios de prevenir a sua entrada ou de remoção dos mesmos das superfícies resp.
Estrutura do sistema respiratório:
· Zona de condução- Cavidade nasal/ Boca -> Faringe -> Epiglote -> Laringe -> Traqueia -> Brônquios -> Bronquíolos;
Circundada por ossos e cartilagem.
· Zona respiratória- Bronquíolos respiratórios -> Alvéolos
Árvore traqueobrônquica- toda a zona de condução serve para aquecer e humedecer o ar antes da sua chegada aos alvéolos. Este processo favorece a manutenção da temperatura corporal e impede que esta zona resseque.
- Como sabemos, os pulmões expandem para receber o ar inalado, sendo que assim que o mesmo chega aos pulmões, estes pela tendência que possuem para a sua retração, expulsam o volume de ar depois de ocorridas as trocas gasosas.
A pleura visceral (encostada ao pulmões) e a pleura parietal (encostada à grelha costal) têm entre si uma relação sinérgica, isto é, sempre que o pulmão expande, a grelha costal também expande e vice-versa, sendo que o que permite esta relação entre as duas pleuras é líquido contido no espaço pleural, que tem uma pressão negativa.
Mecânica resp
Em repouso: Pressão nos pulmões = Pressão atmosférica;
Músculos inspiratórios contraem, pulmões expandem: Pressão nos pulmões < Pressão atmosférica;
Inspiração: O ar entra para atingir uma pressão equilibrada nos pulmões;
Depois da inspiração-> Cavidade torácica expandida: Pressão nos pulmões = Pressão atmosférica;
Cavidade torácica retorna ás dimensões de repouso: Pressão nos pulmões > Pressão atmosférica;
Expiração: O ar sai para atingir uma pressão equilibrada nos pulmões E VOLTA Á SITUAÇÃO DE REPOUSO.
Músculos inspiratórios: Esternocleidomastoideu; escalenos; peitoral menor; intercostais externos; diafragma; 
Músculos expiratórios: Intercostais internos; abdominais.
RESUMO: 
- A principal função do sist pulmonar é promover as trocas gasosas;
- É constituído por um grupo de passagens (zona de condução) que filtra e humedece o ar inspirado e a zona respiratórias, onde ocorrem as trocas gasosas, ao nível dos alvéolos;
- O principal músculo inspiratório é o diafragma;
- Em repouso a respiração é passiva, podendo recorrer aos músculos abdominais em situação de esforço (auamento da frequência resp);
- A troca gasosa ocorre por efeito de massa;
- Os vols e capacidades pulmonares podem ser mensurados através da espirometria.
Ventilação pulmonar
- O vol de ar movimentado durante a fase de inspiração e expiração de ciclo respiratório é chamado de Volume Corrente (VC)- em condições normais oscila entre 0,4L e 1L;
- Nem todo o ar chega aos alvéolos e, por isso, nem todo participa na hematose pulmonar. Esse volume de ar é denominado de Volume de Espaço Morto;
- O que, de facto, chega aos alvéolos para depois fornecer O2 ao sangue, arterializando-o, é denominado de Volume Alveolar (Va)
Então: Volume Corrente (VC) = Volume Alveolar (Va) + Volume de Espaço Morto (Vd)
Ventilação Pulmonar Minuto 
Ve = VC (vol corrente) x FR (frequência respiratória)
· A ventilação pulmonar minuto pode ser excedida? Pode
- O vol total de ar q pode ser movimentado voluntariamente em cada ciclo respiratório (inspiração plena e expiração máxima- volume expirado, em manobra forçada, desde a capacidade pulmonar total até o vol residual), é designado de Capacidade Vital Forçada (CVF);
- A CVF é influenciada pela: Idade (à medida que a idade avança, a CVF tende a diminuir); Sexo (as mulheres possuem tendencialm uma menor CVF); Morfologia (volume da caixa torácica: maior-> maior CVF); Nível de atividade física (lógico q pessoas treinadas possuem uma mais elevada CVF).
Volume residual- vol de ar que nunca sai do nosso organismo e que corresponde a cerca de 1L. Nunca sai pq, caso contrário, as membranas alveolares colar-se-iam entre si, sendo depois mt difícil de recuperar desta situação e permite ainda a troca ininterrupta de trocas gasosas entre o sangue e os alvéolos, ou seja, este mecanismo permite salvaguardar a manutenção/ procura da homeostasia, sendo por isso, um mecanismo de defesa.
VR + CVF = Capacidade Pulmonar Total 
Ventilação alveolar 
- Cerca de 30% do ar inalado ñ penetra os alvéolos- vol de espaço morto alveolar;
- Estes 70% que participam nas trocas gasosas com o sangue, é relativamente pouco, no entanto, é isto que previne a ocorrência de mudanças drásticas na composição do ar alveolar e garante uma constância maior nos gases sanguíneos arteriais durante o ciclo resp.
- Esse volume de espaço morto alveolar tende a diminuir em situação de esforço, devido a uma maior demanda do ponto de vista respiratório, sendo que é altamente moldável nestas situações, enquanto que o volume de espaço morto anatómico (volume de ar retido na porção superior (de condução)) tende a ser mais estanque e não variar tanto em função das exigências do organismo.
Profundidade VS Freq Resp
- Os ajustes ao nível do vol corrente e freq resp são inconscientes para a eficiência da ventilação alveolar;
- Ajustes forçados (conscientes) ñ trazem benefícios em termos de desempenho: em repouso e em exercício, cada indivíduo deve respirar inconscientem (exceto no trab de força)
No trab de força: A respiração bloqueada ou semi bloqueada é usual em atletas experientes para o aumento da força máxima, no entanto, é necessário ter especial atenção ao aumento da pressão arterial, que poderá causar: redução do retorno venoso; colapso da veia cava inferior; 
Restantes exercícios: O recomendado é mesmo manter uma respiração passiva (expirar na fase concêntrica).
Pressão parcial de um gás- corresponde à pressão q este exerceria caso estivesse sozinho, à mesma temperatura da mistura ideal;
Lei de Dalton- a pressão total de uma mistura gasosa é igual à soma das pressões q cada gás exerce.
Difusão de gases- pode ser definida como o processo de migração de partículas de um meio com pressão mais elevada para um meio com pressão menor. A taxa de difusão de qlq gás será maior qd a área superficial para a difusão for grande, a pressão de propulsão dos dois lados for elevada e a espessura da membrana pela qual se faz a transferência de moléculas de um meio para o outro, que quanto maior for mais dificulta e vice-versa.
O peso molecular do CO2 é maior do que o do O2, pelo que passa mais facilmente através da membrana alveolar.
Fluxo sanguíneo para os pulmões 
- A circulação pulmonar é um sistema de baixa pressão com uma taxa de fluxo sanguíneo igual à da circulação sistémica (igual DC);
- A resistência vascular diminui ainda mais em situação de esforço físico, devido à distensão dos vasos e ao recrutamento de capilares não utilizados previamente.
Relação Ventilação- Perfusão
- Perfusão: Mecanismo q bombeia sangue nos pulmões;
- A troca gasosa eficaz entre o sangue e os pulmões exige que a rede capilar alveolar esteja devidamente prefundida para que haja um equilíbrio/ coordenação entre o fluxo sanguíneo e a ventilação. A razão entre a ventilação e perfusão,quanto mais perto tiver de 1, mais eficazmente decorrem as trocas gasosas e, por isso, mais O2 seguirá para os tecidos e mais CO2 é retirado do sangue.
Hipoxemia- insuficiência de O2 no sangue ( devido a uma menor perfusão dos capilares).
- O ápice é proporcionalmente mais ventilado do que profundido qd comparado com a base;
- Durante o exercício, existe um aumento na pressão arterial pulmonar, pelo que se observará uma melhor perfusão do ar, logo, a realção ventilação- perfusão do pulmão será melhor, por resposta ao exercício.
Transporte de O2 e CO2 no sangue
- Combinação química: o sangue é capaz de transportar + de 20ml de 02/100ml e de 60ml de CO2/100ml se sangue em combinações químicas q se dissociam prontamente (reversíveis) em função de pequenas alterações nas pressões parciais dos gases.
Hemoglobina e transporte de O2
- 99% do O2 no sangue encontra-se quimicamente associado à hemoglobina;
- 1 molécula de hemoglobina -> 4 moléculas de 02
- A concentração de hemoglobina determina a capacidade de transporte de O2 no sangue!!!
Deoxiemoglobina- pouco 02
Oxiemoglobina- quanto maior a saturação de O2 na hemoglobina, maior a transferência de O2 para os tecidos
Mioglobina- proteína que atua como transportadora de O2 da membrana celular até à mitocôndria; A qntd de mioglobina é distinta consoante o tipo de fibra musc.
Transporte de CO2 no sangue:
- Dissolvido no plasma (7 a 10%)
- Ligado à hemoglobina (carboxiemoglobina) (cerca de 23%);
- Sob a forma de ião carbonato (HCO3-) (cerca de 70%).
No alvéolo:
- No pulmão a libertação de O2 resulta numa libertação dos iões hidrogénio ligados á hemoglobina, promovendo a formação de H2CO3-;
- Em condições de PCO2 baixa no alvéolo, o H2CO3- é dissociado em CO2 e H2O.
Ventilação e equilíbrio ácido-base 
- Excesso de H+ (diminuição do pH) inibe a contração musc e formação de ATP;
- O aumento da ventilação promove a exalação de CO2, com consequente redução da PCO2 e da concentração de H+ (CO2+H2O <-> H2CO3 <-> H+ + HCO3-)
Respostas ventilatórias e dos gases sanguíneos ao exercício
- A ventilação aumenta abruptamente no início do exercício, seguido de uma elevação mais lenta (Contudo, PO2 sobe e PCO2 desce);
- O aumento da ventilação alveolar no início do exercício ñ é tão rápido quanto o aumento do metabolismo, embora tenda a estabilizar com cargas estáveis.
No exercício prolongado em ambiente quente:
- Durante o exercício prolongado num ambiente quente/ húmido, a ventilação aumenta por influência do aumento da temperatura corporal;
- Nota-se uma ligeira diferença no PO2 arterial, resultado do aumento da frequência ventilatória e da redução do volume de espaço morto (passando a volume corrente).
No exercício progressivo:
- O exercício progressivo tem um aumento linear até aproximadamente 50-70% do VO2máx. A partir daí, a razão entre o consumo de O2 e a ventilação pulmonar minuto fica desemparelhada, com um aumento exponencial da ventilação, fruto da acumulação de lactato sérico. 
- Esse ponto de inflexão designa-se de limiar ventilatório. 
- Atletas elite de resisitência apresentam uma queda acentuada na PO2 arterial durante o exercício intenso- Hipoxia induzida pelo exercício, no entanto, isto não parece influenciar negativamente o desempenho aeróbio destes atletas; Está relacionado com o tempo necessário para atingir o equilíbrio da PAO2 no alvéolo e sangue (perfusão- difusão) e com o débito cardíaco elevado;
Limitações respiratórias:
- Os músculos respiratórios contribuem para o consumo de O2 durante o exercício intenso (tb eles precisam de energia para a contração), no entanto, este não é um aspeto limitativo.
O treino reduz a resposta ventilatória:
- Embora o treino não altere a estrutura pulmonar, promove uma diminuição da ventilação (20 a 30%) durante o exercício submáximo (talvez pelo aumento da capacidade aeróbia da musculatura exercitada- menor prod de lactato, menor feedback negativo para estimular a respiração)
O VO2máx é uma caraterística altamente influenciada pela genética, sendo que 50% da capacidade de consumo de O2 por parte do indivíduo está já predeterminada por este fator.
Módulo B2- Regulação e respostas cardiovasculares ao exercício
- O sangue sai do coração através das artérias e retorna através das veias;
- Artérias: ramificam-se em arteríolas: ramificam-se em capilares;
- Veias: ramificam-se em vénulas;
Circulação:
1- Sangue oxigenado sai pela artéria aorta, seguindo depois pelas artérias e capilares;
2- Após trocas químicas com os tecidos, o sangue viaja pelas vénulas até às veias e retorna ao coração (lado direito).
Os objetivos do sistema cardiovascular são: 
1- Transporte de O2 aos tecidos e remoção dos metabolitos;
2- Transporte de nutrientes aos tecidos;
3- Regulação da temperatura.
Funções do lado direito do coração:
1- Receber o sangue proveniente de todo o corpo;
2- Bombear o sangue para os pulmões para este “arejar”, pela circulação pulmonar.
Função do lado esquerdo do coração:
1- Receber sangue oxigenado dos pulmões;
2- Bombear o sangue para o corpo todo, distribuindo-o através da artéria aorta (circulação sistémica).
Válvula tricúspide- aurícula direita -> ventrículo direito
Válvula bicúspide- aurícula esquerda -> ventrículo esquerdo
Válvulas semilunares- previnem o refluxo sanguíneo
Parede do coração é composta por: 1- epicárdio (camada externa); 2- miocárdio (central, responsável pelas contrações cardíacas); 3- endocárdio (camada interna, espessa, protetora)
Ciclo cardíaco:
1- Sístole: fase de contração;
2- Diástole: fase de relaxamento.
- A sístole demora menos tempo que a diástole no repouso, mas mais durante o esforço físico.
Pressão arterial: determinada pela qntd de sangue bombeado e pela resistência ao fluxo sanguíneo;
Pressão arterial sistólica: pressão gerada qd o sangue é bombeado pelo sangue;
Pressão arterial diastólica: relaxamento ventricular
Regulação intrínseca: Atividade elétrica do Coração
- Nódulo sinoauricular: Marca-passo cardíaco;
- Nódulo aurículo-ventricular: permite contrações desfasadas das aurículas e ventrículos.
Fatores que levam a um aumento da pressão arterial
- Aumento do vol sanguíneo;
- Aumento da freq cardíaca;
- Aumento do vol sistólico;
- Aumento da resistência vascular;
- Aumento da viscosidade sanguínea;
Regulação da pressão arterial: 
- Regulação aguda (espontânea e a curto prazo): realizada pelo SN simpático;
- Regulação a longo-prazo: realizada pelo SN parassimpático (sendo função dos rins).
Os barorrecetores localizados nas artérias são sensíveis ás alterações de pressão arterial. Um aumento por estes detetados faz com que estes enviem um impulso nervoso ao centro de controlo cardiovascular, que responde com uma diminuição da atividade simpática do sistema nervoso. Esta redução da atividade simpática, faz com que ocorra uma diminuição do débito cardíaco e/ou da resistência vascular, reduzindo assim a pressão arterial. Por sua vez, a diminuição da pressão arterial é detetada pela baixa atividade dos barorrecetores (menos impulso nervoso a ser enviado para o cérebro), o que faz com q o centro de controlo cardiovascular responda com um aumento do fluxo sanguíneo, o que gera um aumento na pressão arterial, trazendo-a para valores normais. (- pressão -> +FC e/ou vasoconstrição)
Circulação sanguínea nos capilares
- Em repouso, apenas alguns capilares são utilizados. Em situação de esforço físico, os capilares que servem a musculatura ativa “abrem” por forma a providenciar oxigénio e nutrientes à mesma. Dois fatores que fazem com que isto aconteça são: 1- O aumento da pressão arterial junto desses capilares mais o controlo neural associado; 2- A produção de metabolitos durante o exercício.
Resposta da pressão arterial ao exercício
· Exercício com resistências a vencer
A fase concêntrica (encurtamento) e/ou fase estática (isométrica) da ação muscular constringe (comprime) as arteríolas que irrigam os músculos ativos, o que irá reduzir a perfusão dos mesmos. Aliás, quanto maior for a força produzida, menor a circulação sanguínea no músculo. Na tentativa de recuperara circulação, ocorre um aumento da atividade simpática do sistema nervoso, um aumento tb do débito cardíaco e, obviamente, da pressão arterial média. A magnitude destes aumentos (resposta hipertensiva) está diretamente relacionada com a intensidade do exercício e com a quantidade de musculatura recrutada para o desempenhar da atividade. 
- Este aumento verifica-se devido a 2 fatores: 1- maior estimulação do sistema cardiovascular por parte região ativa do córtex motor; 2- Feedback negativo por parte do(s) músculo(s) em contração.
- Este tipo de exercício proporciona uma maior pressão sanguínea que as restantes atividades;
- Curiosidade: A pressão sanguínea intraocular aumenta consideravelmente durante este tipo de exercício, o que aumenta o risco de lesão ocular. Este efeito é ampliado quando sustida a respiração durante o levantamento de pesos (por ex.).
-> Exercício de intensidade constante
- Durante a atividade contrátil rítmica (por ex. jogging, natação, ciclismo), por efeito da vasodilatação junto da musculatura ativa, a resistência arterial diminui por forma a facilitar a circulação sanguínea; Aquando da contração alternada tb se poderá verificar este efeito;
- O aumento da circulação sanguínea, aumenta tb a pressão sistólica durante os primeiros minutos de exercício. À medida que o tempo de atividade avança a pressão diminui, porque as arteríolas junto dos músculos trabalhadores oferecem progressivamente uma menor resistência à passagem do sangue. A pressão diastólica permanece durante este tipo de esforços intacta, ou seja, sem variações causadas pelo mesmo. 
-> Exercício de intensidade progressiva
- Como é óbvio, a resposta do sistema cardiovascular à transição do repouso para o exercício físico provoca uma rápida subida na pressão sistólica, sendo que após pouco tempo passa a aumentar de forma linear e coordenada com as exigências da atividade. A pressão diastólica, como vimos anteriormente, mantém-se ou diminui até ligeiramente nas intensidades mais elevadas;
- Atingidas intensidades de exercício elevadas, pessoas saudáveis e ativas poderão atingir uma pressão sistólica de 200mmHG ou +, embora se verifique uma menor resistência à circulação. Esta subida da pressão sanguínea reflete o aumento do débito cardíaco em indivíduos com uma maior capacidade aeróbia.
· Exercício para o trem superior 
- Este tipo de esforço aumenta consideravelmente as pressões sistólicas e diastólicas, mais do que se verifica no exercício dos membros inferiores para a mesma %VO2máx à qual desempenham os esforços.
- Isto acontece porque existe uma maior resistência à circulação sanguínea, devido à menor massa muscular nesta região corporal.
· Na recuperação
- Após exercício, a pressão sanguínea desce para níveis abaixo dos verificados antes do exercício, por efeito de uma inexplicável vasodilatação periférica.
- Esta resposta hipotensa pode durar até 12h após o mesmo e acontece seja qual tiver sido o tipo de atividade;
- Isto bem apoiar a promoção da atividade física como tratamento da hipertensão.
· Transporte e captação de 02 pelo miocárdio
- O miocárdio, em situação de repouso, usa aproximadamente 70 a 80% do O2 transportado no sangue, por intermédio das veias coronárias;
- Em situação de esforço físico, a circulação sanguínea nestas veias aumenta consideravelmente, por influência do metabolismo ao nível do miocárdio que dilata as veias.
Sumário:
1- O coração é considerado a junção de duas bombas: uma recebe sangue do corpo todo e bombeia-o para os pulmões e outro recebe sangue oxigenado dos pulmões e bombeia-o para o corpo todo (circulação sistémica);
2- As alterações na pressão sanguínea verificadas durante o ciclo cardíaco ocorrem devido ao fecho e abertura das válvulas do coração por forma a prevenir o refluxo sanguíneo;
3- A contração ventricular após o seu enchimento gera a maior pressão sanguínea de todo o ciclo cardíaco. A pressão diastólica representa a menor pressão.
4- A densidade capilar providencia uma larga e eficaz área de trocas moleculares entre o sangue e os tecidos; Estes capilares possuem uma capacidade autorreguladora de ajuste do seu diâmetro e consequente resistência à circulação sanguínea conforme a atividade metabólica dos tecidos;
5- O sangue está contido, maioritariamente, nas veias, em contexto de repouso. A constrição das mesmas pouco contribui para a redistribuição do sangue durante o exercício;
6- A constrição e relaxamento das veias pela atividade muscular fornece energia capaz de facilitar o retorno venoso. Este mecanismo vem justificar a necessidade da recuperação ativa após exercício;
7- A hipertensão impõe stress cardiovascular que poderá eventualmente lesionar as artérias e conduzir a arteriosclerose, doenças coronárias, AVC, etc…
-> Débito cardíaco
- Produto da FC pelo Vol sistólico;
- Durante o exercício, o aumento do DC deve-se tanto ao aumento da FC como do VS.
Diferenças entre sexo e nível de treino:
- Regra geral: as mulheres apresentam um menor débito cardíaco, seja qual for a situação, devido às diferenças antropométricas;
- Em repouso: 
Homens e mulheres não treinadas têm um débito cardíaco igual a homens e mulheres treinadas, respetivamente. No entanto, aquilo que se verifica é que há uma diminuição da FC nos indivíduos treinados, que faz com que, para suprir as necessidades do organismo se eleve o VS, mantendo o DC igual, ou seja, estamos perante casos em que se verifica uma “economia cardíaca”, isto porque, mais sangue é bombeado com o menor trabalho cardiovascular;
- Em situação de esforço máximo:
É evidente que o DC será maior nos indivíduos treinados do que nos não treinados porque, apesar de se observar uma diminuição da FC (por adaptação fisiológica ao treino), por outro lado há um aumento do vol sistólico. Como dito anteriorm, como as mulheres têm geralmente um menor DC, nesta situação também o demonstram, de forma bem evidente.
Regulação da FC
- Durante o exercício, a qtnd de sangue bombeado para a circulação sistémica deve ir de encontro às necessidades de O2 do musc esquelético, isto é, a uma maior intensidade do exercício deverá ser correspondida um maior volume sistólico;
- A FC em situação de repouso é maioritariamente controlada pelo SN parassimpático, sendo que em situação de esforço físico, a partir de aproximadamente 60% do VO2máx, o controlo da FC passa a ser da responsabilidade do SC simpático.
Regulação do volume sistólico
O VS é regulado por 3 fatores:
1- Volume diastólico final (qnt maior for o retorno venoso- maior o VD e maior o VS);
2- Pressão aórtica média;
3- Força de contração ventricular. (LEI DE FRANK-STARLING).
Fatores que determinam o retorno venoso:
1- Volémia (qnt maior, maior o retorno venoso);
2- Pressão intratorácica negativa (+ débito ventilatório -> + retorno venoso) (aspiração do sangue);
3- Venoconstrição (regulada pelo SN simpático);
4- Ação muscular (o ciclo contração/ descontração comprime (massaja) as veias, facilitando o retorno venoso).
Recapitulando:
- O VS é regulado apenas pelo SN simpático, na resposta ao esforço, e a FC, pelo SN parassimpático e simpático, este último mais solicitado (maior evidência) em situação de esforço moderado- elevado 
Adaptações cardiovasculares ao treino
- A FCrepouso baixa com o treino;
- Aumento da FCreserva (diminuição FRrep e manutenção da FCmáx) -> MARGEM DE TRAB MAIOR;
- + vol de eritrócitos/ + vol relativo (expansão do vol plasmático) -> Isto indica uma menor concentração de hemoglobina no sangue, mas não uma menor qntd absoluta, muito pelo contrário, esta até aumenta;
- Dissociação de oxiemoglobina (a hemoglobina passa a libertar maiores qntds de 02 p os tecidos);
- Aumento do débito cardíaco (possibilita atingir ints + elevadas);
- A FC demora + a atingir valores maximais e baixa + rapidam em recuperação;
- Aumento do volume sistólico;
- Ventrículo esquerdo: em atletas de fundo passa a acomodar + sangue e ganha massa musc; em atletas de força e potência-> sístoles + potentes para fazer chegar rapidam sangue aos tecidos- há um aumento da massa musc miocardica, mas nãodo vol intracavitário;
- Com o treino aeróbio: + vol diastólico final e -vol sistólico final, ou seja, aumenta a fração de ejeção.
- Angiogénese- estimulação dos vasos/ capilares q servem os músculos ativos (protege de futuras situações de hipoxia no musculo).
Módulo B3- Músculo
Tipos de músculo:
1- Esquelético (estriado e de contração voluntária);
2- Cardíaco (estriado e de contração involuntária);
3- Liso (não estriado e de contração involuntária).
Funções do musc esquelético:
1- Gerar força para a produção de movs e respiração;
2- Gerar calor nos períodos de exposição ao frio;
3- Sustentação postural;
4- Proteção (absorventes de choques).
A possibilidade de mov depende do tipo de articulação;
- Músculos flexores: diminuem os ângulos articulares;
- Músculos extensores: aumentam os ângulos articulares.
Macroestrutura do músculo esquelético:
- Músculo> Feixe muscular> Fibra muscular> Miofibrila (sarcómero-> actina e miosina).
Fibra muscular:
- 1mm até 30cm;
- Células multinucleadas;
- Principais componentes: Sarcoplasma, retículo sarcoplasmático, miofibrilas e túbulos T.
Sarcoplasma
- Contém o retículo endoplasmático (canais tubulares interlaçados), túbulos T -> promovem a disseminação do potencial de ação da membrana externa da fibra para as regiões profundas da célula e regulam a libertação de iões Ca2+. 
Sarcómero
- Aspeto estriado (banda A- onde HÁ sobreposição da actina e miosina; banda I- onde NÃO HÁ sobreposição dos miofilamentos; linha M- centro de cruzamento dos miofilamentos; zona H- onde não são feitas pontes de ligação entre a miosina e actina).
Proteínas contráteis 
- Actina e miosina (84%);
- Tropomiosina (localizada na actina- 5%);
- Troponina (localizada na actina tb- 3%).
Actina: formada por duas cadeias em dupla hélica (tropomiosina- cordão; troponina);
Tropomiosina: molécula longa e fina, composta por duas cadeias polipeptídicas, enroladas uma na outra. 
Troponina: 3 subunidades- Troponina T (q se liga fortem à tropomiosina (cordão)), Troponina C (q tem gd afinidade com o Ca2+) e a Troponina I (q cobre o sítio ativo da actina, onde ocorre a ligação entre a actina e miosina). 
Contração muscular (sequência de eventos):
1- Propagação do potencial de ação muscular (sinal nervoso), pelos túbulos T;
2- O Ca2+ é libertado no retículo sarcoplasmático;
3- O Ca2+ liga-se à troponina e remove a ação bloqueadora da tropomiosina (compete pelo sítio ativo);
4- Movimento de ponte cruzada (com degradação de ATP);
5- Ca2+ captado pelo retículo sarcoplasmático;
6- A remoção do Ca2+ restaura a ação bloqueadora da tropomiosina.
Contração muscular
- Pontes cruzadas: qnt + pontes cruzadas formadas, + força de contração;
- Deslizamento dos filamentos: implica a formação e dissolução repetida de pontes cruzadas entre os filamentos de actina e miosina.
Junção neuromuscular: a placa motora
- Cada célula muscular esquelética está ligada ao ramo de uma fibra nervosa originária de uma célula nervosa- motoneurónios;
- Este motoneurónio e todas as fibras musculares que ele inerva formam uma unidade motora;
- A estimulação destes motoneurónios inicia o processo de contração;
- Placa motora: local onde o motoneurónio e a célula muscular estabelecem ligação;
Controlo da força muscular:
- A qntd de força muscular está relacionada com a qntd de pontes cruzadas, mas dependem de alguns fatores:
1- Qntd e tipo de unidade motora recrutada;
2_ Comprimento inicial do músculo esquelético;
3_ Natureza da estimulação nervosa das unidades motoras.
Qntd e tipo de unidade motora recutrada
- Uma unidade motora, como vimos anteriorm, é composta por um motoneurónio e todas as fibras musculares que este inerva.
- Estímulos fracos ñ ativam mts unidades motoras nem produzem gd força;
- Pelo contrário, estímulos + fortes recrutam + unidades motoras;
- O recurtam de + fibras rápidas conduz a uma maior produção de força muscular.
Força muscular e comprimento inicial
- Muito encurtado: sobreposição dos miofilamentos de actina;
- Comprimento ótimo de repouso: Cabeças da miosina contactam todas com a actina,
- Muito alongado: Algumas cabeças da miosina não estabelecem contacto físico com a actina.
Natureza da estimulação nervosa
- Os impulsos nervosos não chegam ao mesmo tempo, por isso, algumas unidades motoras são estimuladas (contração) enquanto outras ainda se encontram em relaxamento, resultando numa contração suave e adequada à sustentação de uma contração muscular coordenada;
- Um potencial de ação que chegue antes do final da contração vai fazer com que o sinal para a contração se sobreponha. Isto faz com q o músculo seja repetidamente estimulado, levando a uma maior produção de força (maior do que se fosse apenas realizada uma contração).
Propriedades bioquímicas do músculo
· Capacidade oxidativa depende de:
- Nº mitocôndrias;
- Nº capilares;
- Qtd mioglobina; (QUANTO MAIOR A QTD DE ESTES 3, MAIOR A RESIST À FADIGA)
· Atividade enzimática
- Maior atividade da ATPase -> maior velocidade de encurtamento.
Propriedades contráteis do músculo:
1- Produção de força máx,
2- Velocidade de contração (Vmáx);
3- Eficiência da fibra muscular (economia energética).
Princípio do tamanho- o recrutamento de fibras durante o exercício é determinado pela força/ intensidade e duração do exercício (na prática, isto quer dizer que as fibras lentas são recrutadas antes das fibras lentas por razões de eficiência energética. Isto tb permite um controlo motor otimizado em esforços leves).
Fibras tipo 1:
- Ricas em mioglobina (cor vermelha escura);
- Enervadas por fibras nervosas + peq;
- Atividade da ATPase lenta (contração/relaxamento lento, surgimento de fadiga mais tardio);
- Papel importante na manutenção da postura corporal (estas fibras são adaptadas para a execução de contrações prolongadas no tempo)
Fibras tipo 2:
- Adaptadas para contrações rápidas e descontínuas;
- Pouca mioglobina;
- Enervadas por fibras nervosas de grande diâmetro;
- Retículo sarcoplasmático mt desenvolvido, o q permite a libertação rápida de iões Ca2+;
- ATPases mt rápidas;
- Elevadas concentrações de glicogénio e poucas mitocôndrias;
- A produção de força máx específica das fibras tipo 2 é 10 a 20% superior do q a produzida pelas fibras tipo 1 (relacionada com o nº de pontes cruzadas- ligação forte- as fibras tipo 2 exercem + força por conterem + pontes cruzadas).
- Podem haver FIBRAS HÍBRIDAS.
- Tds os tipos de fibra mudam com o treino e isso acontece de forma rápida ( a qntd da alteração é controlada pelo tempo e intensidade da exposição);
- Qnt maior o nível de atividade/ desportivo, menor o nº de fibras híbridas (convertidas em fibras puras, para melhor servirem as necessidades).
Alterações do musculo esquelético relacionadas à idade 
Duas fases de perda de massa muscular:
1- Fase lenta (entre os 25 e os 50 anos)- perdas de 10%
2- Fase rápida (entre os 50 e os 80 anos)- perdas de 40%
- Perda de fibras tipo IIb (rápidas) e aumento de fibras I (lentas).
Causas da perda de massa muscular:
1- Inevitabilidade do envelhecimento;
2- Inatividade física (plasticidade do músculo).
SARCOPENIA- fenómeno de perda de massa muscular por efeito do envelhecimento.
O envelhecimento diminui a capacidade de adaptação do músculo esquelético?
R: NÃO, mas existe menos massa muscular, em particular de fibras tipo IIb, logo menor será a capacidade de produção de força máxima e explosiva. Existe maior probabilidade de lesão, quedas e inflamação.
Atrofia muscular- diminuição visível do tamanho ou nº de miofibrilas, sendo que a nível molecular verifica-se uma diminuição da síntese e um aumento da degradação proteica. Pode acontecer devido à inatividade ou, em caso de mobilização, pela perda de massa muscular.
Mais afetados- músculos extensores (posturais); músculos com fibras tipo I.
Tipos de contração muscular
- Involuntária (reflexa, tónica)
- Voluntária (isométrica, isotónica, concêntrica, e excêntrica, isocinética).
· Contração isométrica
- Não existe movimento ou deslocamento articular, trabalho estático,
- Não há alteração no comprimento do músculo,

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