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Diretoria de Ciências Exatas Aplicação do método de análise e solução de problemas para redução da sucata na Indústria do Aço Cortado e Dobrado Fernando Nascimento da Cruz – RA 2014200053 São Paulo Setembro / 2020 Fernando Nascimento da Cruz – RA 2014200053 Aplicação do método de análise e solução de problemas para redução da sucata na Indústria do Aço Cortado e Dobrado Projeto do Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à Universidade Nove de Julho – UNINOVE, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro de Produção. Orientador: Prof. M.e Francisco Sinderlan dos Santos São Paulo 2020 RESUMO Atualmente, o setor da construção civil com várias alternativas para o fornecimento de aço, dentre outras vem se destacando a indústria do aço cortado e dobrado. Esse tipo de solução traz com benefícios o aumento da produtividade e reduz a zero o desperdício de material (aço) no canteiro, isso porque o material chega na obra de acordo com as especificações de cada projeto com qualidade e precisão. O corte e dobra de vergalhões é realizado em um parque de máquinas bastante específicos e tem como objetivo fornecer o material dentro das normas brasileiras regulamentadoras. Durante essa manufatura, são gerados resíduos que são divididos em duas partes, matéria prima aproveitável “pontas de processo” e não aproveitável “sucata” que impacta diretamente nas metas e no custo de produção do material em uma unidade industrial. Para controlar essa perda é utilizado o indicador denominado perda metálica (kg/t), onde mede-se a quantidade de sucata (kg) gerada para cada tonelada de material produzido. Para fundamentar o trabalho, foi aplicado o método de análise e solução de problemas (MASP) com objetivo de reduzir o índice de perda metálica em uma indústria de aço cortado e dobrado. Com a formação da equipe do projeto, todos os 8 passos foram seguidos, especialmente, identificação do problema, observação, análise, plano de ação, verificação e padronização. Finalmente, ao fim do projeto, foi concluído que com trabalho baseado em resultados pode ser alcançado com relativa simplicidade através da implementação de melhorias planejadas usando indicadores de perda de metálica para avaliar o ganho de produtividade. PALAVRAS-CHAVE: construção civil, aço cortado e dobrado, sucata, perda metálica e MASP. ABSTRACT Currently, the construction sector has several alternatives for the supply of steel, among others has been highlighting the cut and folded steel industry. This type of solution brings benefits to increase productivity and reduce to zero the material waste (steel) in the construction, because the material arrives at work according to the specifications of each project with quality and precision. The cutting and bending rebar is done in a very specific machine park and aims to provide the material within the Brazilian regulatory standards. During that manufacture, wastes have been generated and they are divided into two parts, usable and not usable materials wich directly impacts the goals and cost of production in an industrial unit. To control such loss is used an indicator called metal loss (kg / t), which measures the amount of scrap (kg) generated for each ton of material produced (t). To support the work, the method of analysis and troubleshooting was applied (MASP) in order to reduce the metal loss rate in a cut and folded steel industry. With the formation of the project team, all 8 stages of MASP were followed, specially problem identification, observation, analysis, action plan, verification and standardization. Finally, at the end of the project, had concluded that work based on results can be achieved with relative simplicity through implementation of planned improvements using metal loss indicators to evaluate the gain of productivity. KEYWORDS: civil construction, cut and bent steel, scrap metal loss and MASP. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Sucata de aço do processo de corte e dobra ............................................ 11 Figura 2: Oito etapas do MASP ................................................................................ 14 Figura 3: Origem do MASP ...................................................................................... 15 Figura 4: Modelo de Diagrama de Ishikawa (ou Diagrama de Causa e Efeito) ........ 22 Figura 5: Exemplo de Padronização do Processo .................................................... 27 Figura 6: Exemplo do rolo de 12,5 mm CA-50 ......................................................... 29 Figura 7: Conjunto de roletes endireitador máquina Mini Syntax ............................. 30 Figura 8: Navalha de corte da máquina Mini Syntax ................................................ 30 Figura 9: Prato dobrador da máquina Mini Syntax ................................................... 31 Figura 10: Máquina Mini Syntax ............................................................................... 32 Figura 11: Máquina Cut Line .................................................................................... 32 Figura 12: Baia de ponta improvisada ...................................................................... 37 Figura 13: Matéria prima dentro das caçambas de descarte.................................... 38 Figura 14: Caçambas de sucata sem identificação .................................................. 38 Figura 15: Diagrama de causa e efeito .................................................................... 39 Figura 16: Treinamento de perda metálica ............................................................... 42 Figura 17: Caçambas e balanças da UI ................................................................... 43 Figura 18: Estoque de MP em barra ........................................................................ 43 Figura 19: Baia de pontas de processo da UI .......................................................... 44 Figura 20: Arquivos da gestão a vista ...................................................................... 44 Figura 21: Gestão a vista da PM .............................................................................. 45 Figura 22: Política de reconhecimento ..................................................................... 45 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Exemplo de Diagrama de Pareto. ............................................................ 25 Gráfico 2: Gráfico do IC da perda metálica .............................................................. 36 Gráfico 3: Cronograma do projeto ............................................................................ 36 Gráfico 4: Resultado da PM do ano 2019. ............................................................... 47 LISTA DE TABELA Tabela 1: Método de Análise e Solução de Problemas. ........................................... 17 Tabela 2: Folha de Verificação. ................................................................................ 20 Tabela 3: Exemplo de Plano de Ação baseado no modelo 5W2H. .......................... 24 Tabela 4: Plano de ação ........................................................................................... 40 Tabela 5: Acompanhamento da PM ala 1 antes das ações do projeto. .................... 46 Tabela 6: Acompanhamento da PM ala 1 após as ações do projeto. ....................... 47 LISTA DE ABREVIATURAS ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas IC: Item de Controle MASP: Método de Análise e Solução de Problemas PCP: Planejamento e Controle da Produção PM: Perda Metálica RC: Reclamação do Cliente SCI: Sistema de Capacitação Interno TQC: Total Quality Control UI: Unidade Industrial SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 10 1.1 Descrição do problema ................................................................................ 11 2 OBJETIVO ................................................................................................... 12 2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 12 2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 12 3 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 13 3.1 Origem do MASP ......................................................................................... 14 3.2 Oito etapas do MASP ................................................................................... 17 3.3 Conclusão do MASP .................................................................................... 28 3.4 Processo de Produção do aço Cortado e Dobrado ...................................... 29 3.4.1 Máquinas de corte e dobra ........................................................................... 31 4 METODOLOGIA .......................................................................................... 34 5 RESULTADOS ............................................................................................ 35 5.1 Identificação do problema ............................................................................ 35 5.2 Observação do problema ............................................................................. 37 5.3 Análise do problema..................................................................................... 39 5.4 Plano de ação .............................................................................................. 40 5.5 Ação ............................................................................................................. 41 5.6 Verificação ................................................................................................... 46 6 CONCLUSÃO .............................................................................................. 48 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 49 10 1 INTRODUÇÃO Com o atual crescimento da sociedade, é impossível idealizar o mundo sem o uso do aço. A produção desse material é um forte índice do estágio de crescimento econômico de uma nação, pois seu consumo aumenta proporcionalmente à construção de edifícios, fabricação de veículos, instalação de meios de comunicação, implantações de fontes de energias e produção de equipamentos domésticos e industriais. Esses produtos já se tornaram comuns em nosso cotidiano, mas para fabricá-los devemos escavacar novas técnicas todos os dias. O mercado atual vive um período de grande avanço tecnológico, que exige que as empresas mantenham alto nível de flexibilidade e de inovação em seus processos. As exigências do mercado aliadas ao aumento da concorrência fizeram com que o ciclo de produção tenha em uma das suas premissas a redução de custos e com que a atividade das empresas seja sustentável dos pontos de vista financeiro, social e ambiental. Para serem competitivas, as empresas investem em ativos permanentes, buscando aumentar seu volume de produção (SHINODA,2008). Os indicadores de produtividade e custos, são monitorados nas organizações, a análise e monitoramento dos dados são muito importantes, pois focam na obtenção de resultados expressivos para a unidade industrial. Neste contexto, qualquer esforço que se tome para alavancar a produtividade e reduzir os custos serão bem quisto dentro que qualquer organização. A partir do desenvolvimento de práticas sustentáveis em seus processos industriais, as empresas investem continuamente em ações para reduzir o impacto de sua atividade no meio ambiente. Em várias empresas o conceito da reciclagem está presente em distintas etapas do ciclo de produção, contribuindo para redução do consumo de recursos naturais (GERDAU, 2019). Com as mutações no processo de planejamento de atividades e metas das empresas visando competitividade e baixos custos, tornou-se mais relevante o acompanhamento de indicadores em busca de resultados positivos. As indústrias vêm inovando, investindo continuamente em ações para reduzir o impacto de suas atividades no meio ambiente. Um projeto que reduz a sucata na indústria de cortado e dobrado é visto com bons olhos não apenas em relação a redução de custo, mas também por causar menor impacto ao meio ambiente. Com a 11 aplicação do método de análise e solução de problemas esperasse reduzir o volume de sucata nas indústrias de aço cortado e dobrado. 1.1 Descrição do problema Atualmente, a competitividade exige que soluções diferenciadas sejam aplicadas com mais brevidade. A solução de aço cortado e dobrado produzido de acordo com as especificações de cada projeto com qualidade e precisão vem se destacando nesse mercado. Durante a produção de vergalhões cortados e dobrados em parques de máquinas específicos existe perdas, que é denominada “sucata”. A geração desse resíduo deve ser controlada, pois a “sucata” é considerada material nobre (material prima) sendo desperdiçado. A sucata de aço é toda sobra de material no processo cujo comprimento não foi utilizado e deve ser descartada nas devidas caçambas. Exemplo de amarrilhos de matéria prima, material oriundo de regulagem de máquina, devoluções de cliente mediante a abertura de um registro (RC), pontas de processo abaixo do comprimento mínimo, dentre outros. O indicador utilizado pela indústria para mensurar esse sobejo é o de perda metálica (Kg/t), que é a quantidade de sucata gerada para cada tonelada de material produzido, esta é a geração de dobras de material no processo cujo comprimento não é aproveitado e deve ser descartado nas caçambas. Este índice de mensuração mensal é utilizado para comparação entre o valor planejado e o valor obtido em relação ao mês ou ano anterior. Figura 1: Sucata de aço do processo de corte e dobra 12 2 OBJETIVO 2.1 Objetivo geral Reduzir o volume de sucata gerado tanto nos equipamentos da indústria de aço cortado e dobrado, quanto em seus processos, utilizando o método de análise e solução de problemas, buscando novas habilidades, conhecimentos e procedimentos para a equipe de produção. 2.2 Objetivos específicos Estudar do MASP; reduzir o volume de sucata gerada durante o processo produtivo em uma indústria de aço cortado e dobrado; demonstrar os benefícios da aplicação do MASP para soluções de problemas; desenvolver novas habilidades, conhecimentos e procedimentos para a equipe de produção. 13 3 REVISÃO DE LITERATURA O método de análise e solução de problemas (MASP) é um caminho ordenado, composto de passos e sub-passos pré-definidos para a escolha de um problema, análise de suas causas, determinação e planejamento de um conjunto de ações que consistem uma solução, verificação do resultado da solução e realimentação do processo para a melhoria do aprendizado e da própria forma de aplicação em ciclos posteriores. O MASP prescreve como um problema deve ser resolvido e não como ele é resolvido, contrapondo dois modos de tomada de decisão que Bazerman (2004) denomina de “modelo prescritivo” e “modelo descritivo”. O MASP segue o primeiro modelo e por esse motivo é também definido como um modelo racional. Partindo também do pressuposto de que toda solução há um custo associado, a solução que se pretende descobrir é aquela que maximize os resultados, minimizando os custos envolvidos. Portanto, um ponto ideal para a solução, em que se pode obter o maior benefício para o menor esforço, o que pode ser definido como decisão ótima (BAZERMAN, 2004). O Métodode Análise e Solução de Problemas ("QC Story'') é um procedimento para solução de problemas. De acordo com esta metodologia tem-se a seguinte definição de problema: "Um problema é o resultado indesejável de um trabalho." Solucionar um problema é melhorar o resultado ruim até um nível razoável, ou então superar as melhores práticas existentes, ou seja, tornar-se o “Benchmark”. As causas do problema são investigadas levando-se em consideração os fatos e a relação de causa e efeito é analisada com bastante precisão. Decisões sem fundamento baseadas na imaginação ou em teorias de gabinete devem ser totalmente evitadas, pois tentativas de resolver problemas baseando-se nesse tipo de decisão leva a direções erradas causando fracasso ou atraso na melhoria. O ataque ao problema deve ser planejado e implementado de maneira a impedir o reaparecimento dos fatores causadores do problema. (SCI GERDAU, 2019) Este procedimento forma uma espécie de "história" ou "enredo" onde se conta como um problema foi resolvido (por isso também é chamado no Japão de "QC Story"). 14 Os oito passos seguintes devem ser dados para resolver um problema: Figura 2: Oito etapas do MASP Fonte: Sistema de capacitação interna Gerdau (2019) Se estas oito etapas forem entendidas e executadas nesta ordem, as atividades de melhoria terão consistência lógica e as vantagens serão cumulativas. Este procedimento às vezes parece ser um longo e tortuoso caminho na solução de problemas, mas a longo prazo esta é a rota mais curta, correta e segura. 3.1 Origem do MASP Tudo começa na revolução científica entre os séculos XVI e XVIII quando eclodiu na Europa a revolução científica que lançou as bases do método científico que conhecemos hoje. Pensadores como Copérnico, Kepler, Descartes, Bacon e, principalmente, Galileu descreveram métodos para a observação da natureza, medições precisas e indução de novas teorias com base em experimentos. Tais preceitos serviram de alimento para a inspiração de tendências filosóficas diversas como o racionalismo, o empirismo e o pragmatismo (Claudemir Oribe, 2012). 15 Figura 3: Origem do MASP Fonte: Claudemir Oribe, 2012 Na década de 30, o americano Walter Shewhart criou o ciclo, inspirado na sequência de produção de três etapas de Taylor e nos filósofos pragmatistas americanos. Para eles o valor do conhecimento depende de sua contribuição como meio para a obtenção de um resultado concreto e prático para a vida. A inserção da ideia de um ciclo foi inspirada no trabalho de John Dewey e foi Shewhart que inseriu a ação como parte do processo. Esse modelo, denominado ciclo de Shewhart, é levado por Deming ao Japão em 1950 mas, embora bem recebido, foi alvo de objeções e, incorporando o verdadeiro propósito de see – ver, os japoneses adaptaram o ciclo de Shewhart e criaram o ciclo PDCA que, no Japão é também denominado de ciclo de Deming (Claudemir Oribe, 2012). Preocupados com o desenvolvimento do aprendizado entre os supervisores, engenheiros e operários, os japoneses criaram um roteiro para a documentação e apresentação do histórico do trabalho de melhoria, daí denominado QC-Story. Por abordar fatos passados, o QC-Story teve originalmente um caráter descritivo, destinado a orientar o relato simples e inteligível de como as melhorias eram feitas. Posteriormente verificou-se que o roteiro poderia ser utilizado também de forma prescritiva. Yoshio Kondo relata que “[...] as pessoas perceberam que eram um procedimento efetivo para realmente resolver problemas, e ele tornou-se amplamente defendido para esse propósito”. Assim, o QC-Story passou de um método de relato, focado nas pessoas, objetivando, portanto, a comunicação e o aprendizado, para um método de solução, focado nas organizações. Visando sobretudo melhorias e a 16 obtenção de ganhos. O caráter de aprendizado não foi perdido. Para compensar essa transposição o metodológico, foram incluídas atividades e regras de funcionamento que permitiram ao método manter suas características educativas (Claudemir Oribe, 2012). Na década de 80, Hitoshi Kume descreve com muito mais detalhe e precisão o método QC-Story. O autor desdobra um processo de solução de problemas em passos menores, dando mais distinção a cada atividade. Esse cuidado permite compreender melhor o que deve ser feito em cada etapa, e as ferramentas que precisam ser utilizadas em cada situação (Claudemir Oribe, 2012). No Brasil, a introdução do QC-Story na literatura foi feita por Vicente Falconi Campos que publicou em um apêndice de seu livro TQC no Estilo Japonês as tabelas formatadas contendo uma síntese da descrição do método de Kume. As tabelas foram elaboradas por engenheiros da Cosipa, conforme descrito no livro. O método apresentado pelo autor é denominado Método de Solução de Problemas – MSP – mas ele se popularizou como Método de Análise e Solução de Problemas – MASP. O MASP contém oito etapas e, tal qual o método de Kume, também se subdivide em passos. Não há dúvida que o MASP deriva do QC-Story. Embora não ressalte as diferenças nos passos ou sub-passos das abordagens, Vicente Falconi Campos afirma que o Método de Solução de Problemas apresentado por ele “[...] é o método japonês da JUSE (Union of Japanese Scientists and Engineers) chamado “QCStory” (Claudemir Oribe, 2012). Assim, o MASP é um método prescritivo, racional, estruturado e sistemático para o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente organizacional, visando solução de problemas e obtenção de resultados otimizados. O MASP se aplica aos problemas classificados como estruturados, cujas causas comuns, as soluções sejam desconhecidas e que envolvam reparação ou melhoria, ou performance e que aconteçam de forma crônica. Pode-se perceber que, para serem caracterizados da Coluna do MASP - Revista Banas Qualidade ARTIGO 1 Qualypro Claudemir Oribe - 2012 Página 3 de 3 forma acima, os problemas precisam necessariamente apresentar um comportamento histórico. Devido a esse fato, o MASP se vale de uma abordagem reativa (Claudemir Oribe, 2012). O MASP é, sem dúvida o melhor e mais estruturado método de resolução de problemas em ambiente técnico-organizacional. Sua fundamentação é extremamente 17 sólida, pois por trás dessas etapas estão mais de 350 anos de história de desenvolvimento científico (Claudemir Oribe, 2012). 3.2 Oito etapas do MASP O método de solução de problemas é constituído por oito importantes processos, onde cada uma das etapas contém diversas "tarefas". Tabela 1: Método de Análise e Solução de Problemas. MAPS - Método de Análise e Solução de Problemas 1 Identificação Escolha e detalhe o problema que se deseja resolver. 2 Observação Observe bem o problema, quando acontece e quando não. Anote tudo que puder. 3 Análise Analise e compare tudo que você observou. Quanto mais esforço você dedicar a essa parte, maiores as chances de sucesso. 4 Plano de Ação Faça um plano para que o que causou o problema não volte a ocorrer. 5 Ação Execute o seu plano. 6 Verificação Volte a observar o problema, se ele continuar ocorrendo, volte para o passo 2. 7 Padronização Tento resolvido o problema, transforme o novo método de fazer em um hábito ou uma rotina, assim, o problema não ocorrerá mais. 8 Conclusão Reflita sobre o que aconteceu e tente lembra- se de outros problemas que podem ser evitados com a mesma ação. Fonte: Campos, 2004. Etapa 1 – Identificar o Problema: Essa etapa deve definir claramente o problema e reconhecer sua importância, elaborar o histórico do problema e como ele chegou a este ponto, fazer o levantamento termos concretos somente os resultados indesejáveis de baixo desempenho. Demonstrar qual é a perda de desempenho nas condições atuais e quanto precisa ser melhorado. Designar de forma oficial uma pessoa para encarregar-se do problema. 18 Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: Usar o maior número de dados possíveis para identificar o problema mais importante. Justifique com as razões que levaram à sua escolha agregando valor à necessidade de resolvê-lo; esclarecer a importância da solução deste problema escolhido para que as pessoas reconheçam e trabalhem com seriedade para resolvê-lo, pois do contrário elas dedicarão esforços parciais ou até abandonarão o processo no meio do caminho; jamais tentar descrever as causas e propor ações corretivas durante a etapa de Identificação do Problema, isto será feito mais tarde durante a etapa de Análise. Procure descrever os resultados do problema (efeitos) e a sua relação com a perda de desempenho ou a perda monetária em geral associada; estabelecer bases ou valores-alvo reais e tangíveis que possam ser alcançados até mesmo de forma parcelada (em etapas). Por exemplo uma fração defeituosa de 0% em um processo industrial é cientificamente impossível de ser alcançado; definir metas econômicas (ou ganhos) na solução do problema é de extrema importância para a organização, pois vivemos nosso dia-a-dia graças aos recursos financeiros disponíveis. A economia mensal resultante da solução de um problema reverterá em recursos para investir em melhores condições de trabalho e tecnologia ao seu processo; caso for necessário divida o problema em parcelas que possam ser tratadas eficazmente, onde, às vezes, podemos encontrar facilidade em resolvê-las. A motivação gerada na solução de uma parte do problema dará um impulso forte na condução do trabalho evitando que as pessoas dispersem do foco da solução; estabelecer uma data-limite para solução do problema e a partir desta, um cronograma claramente definido. A falta destas referências temporais indicará 19 que não há prioridade em resolver o problema, ou seja, de nada adiantou esclarecer a importância da sua solução. Etapa 2 – Observar o Problema: Nessa etapa a equipe do projeto deve investigar as características especificas do problema utilizando de uma visão ampla inicialmente sob quatro pontos: tempo, local, tipo e sintoma. Em seguida deve-se observar outros pontos outros pontos de vistas para descobrir variações nos resultados. Toda essa observação deve ser realizada no local. Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: Investigue o problema sob vários pontos de vista e tenha um entendimento completo de todas as suas características. Nesta etapa, não se deve atentar para as causas da ocorrência do problema, deve-se apenas olhar o problema como ele se apresenta. À primeira vista, isto parece a etapa anterior (problema). É comum confundir estas duas etapas, mas seus objetivos são totalmente diferentes. O objetivo da etapa 1, identificação do problema, é reconhecer a importância do problema; o objetivo da etapa 2, observação, é descobrir fatores que são causas do problema; as pistas para resolução de um problema estão no próprio problema. A variação em um resultado em geral é seguida pela variação nas causas e há a possibilidade de existir uma relação entre elas; independente de qual seja o problema deve-se observá-lo através das quatro visões importantes: Tempo, Local, Tipo e Efeito. Ainda assim estes enfoques não são o suficiente, deve-se buscar mais alternativas e jamais se contentar com as possibilidades esgotadas em relação aos resultados e seus efeitos; especial atenção deve ser dada aos dados e estes devem ser buscados no local de origem. Esqueça a postura de resolver problemas no escritório e vá ao local colher dados, falar com as pessoas, observar a ocorrência no exato momento que estão acontecendo. 20 Tabela 2: Folha de Verificação. Componente: Conjunto ABC Seção: Linha de Montagem Processo de trabalho: montagem Data da Produção: 30/03/19 Quantidade Produzida: 1000 peças Inspetor: Tipos de Defeitos Freq. Do Item Class % Individual % Acumulada Parafuso Solto 68 1º 33,5% 33,5% Sujeira 41 2º 20,2% 53,7% Riscos 29 3º 14,3% 68,0% Solda 21 4º 10,3% 78,3% Junção 15 5º 7,4% 85,7% Alinhamento 12 6º 5,9% 91,6% Trinca 10 7º 4,9% 96,6% Rebarba 6 8º 3,0% 99,5% Bolhas 1 9º 0,5% 100,0% Totais 203 - 100% Fonte: SCI, GERDAU 2019 Etapa 3 – Analisar o Problema: Esta etapa se divide em estabelecer as hipóteses (selecionando as causas mais prováveis) e testar as hipóteses (deduzindo as causas principais entre as mais prováveis). Na primeira, devemos elaborar um diagrama de Causa e Efeito que contenha todos os elementos que pareçam ter relação com o problema de tal maneira a coletar todo o conhecimento relativo às possíveis causa, para isso vamos utilizar informações obtidas na etapa 2, observação, e descartar os elementos que seja, claramente não relevantes. Na segunda, devemos testar os elementos que tenham grande possibilidade de serem causas, novos planos para apurar o efeito que esses elementos têm sobre o problema, através da obtenção de novos dados ou por meio de experiências. Se possível, reproduza intencionalmente o problema. Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: Esta etapa é dividida em duas partes, sendo a primeira a formulação da hipótese e a segunda a verificação da hipótese; 21 um diagrama de causa e efeito deve ser usado para formular as hipóteses, ou seja, todas as causas que forem levantadas neste momento serão hipotéticas e sem fundamento científico; a formulação das Hipótese deverá ser conduzida com a participação de todos através da discussão das informações obtidas, utilizando as técnicas de geração espontânea de ideias, Brainstorming. Devem ser rejeitadas informações apresentadas de forma arbitrária, pois em geral estão erradas e certamente serão derrubadas na etapa de verificação; reconhecidas as hipóteses, é necessário colher dados a seu respeito, neste caso podem ser criadas folhas de verificação que permitem colher e registrar ordenadamente os mesmos; neste momento, baseados nos dados coletados a partir de experimentos ou levantamentos, é necessário verificar as hipóteses, observando que a coleta de dados tenha sido feita de acordo com um planejamento eficiente e organizado; verificar as hipóteses é investigar se realmente existe uma relação entre as causas e os seus efeitos e também quantificar baseando-se em ferramentas como a análise de correlação, diagrama de Pareto, dentre outros; deve-se evitar decidir sobre as causas principais através de votação ou até de uma escolha arbitrária. A causa principal é um ou diversos elementos que tem a maior influência sobre o resultado, conclusão está obtida na aplicação das ferramentas de análise; como um grande número de elementos pode influenciar o resultado de uma maneira ou de outra, em maior ou menor grau, os elementos que requerem atenção maior são aqueles que influenciam fortemente o resultado e não aqueles que influenciam pouco o resultado; as ações corretivas devem ser focadas nestes elementos que atuam fortemente, justificando a necessidade de se investigar bem durante esta fase de análise das hipóteses; 22 é possível encontrar evidências das causas pela reprodução intencional do defeito. Entretanto tal reprodução deve ser bem planejada quanto à sua execução, pois existem razões de natureza humana, social ou prática que podem comprometer a veracidade destes resultados. Figura 4: Modelo de Diagrama de Ishikawa (ou Diagrama de Causa e Efeito) Fonte: Campos, 2004 Etapa 4 e 5 – Plano de Ação e Ação: Uma perfeita distinção precisa ser feita entre as ações tomadas para curar o efeito (remoção do sintoma) e as ações tomadas para eliminar os fatores causadores (prevenção contra oreaparecimento ou bloqueio). Devemos nos certificar que as ações não produzam outros problemas (efeitos colaterais). Se isso ocorrer, adotaremos outras ações ou procure sanar os efeitos colaterais. Idealizar diferentes propostas de ação, examinar as vantagens e desvantagens de cada uma e selecionar aquela que for definida por consenso da equipe envolvida na solução do problema. 23 Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: Existem dois tipos de ação. Uma é a ação que atua sobre os efeitos, enquanto a outra é a ação tomada para evitar o reaparecimento do fator causador do resultado. Se nós produzimos um produto defeituoso nós o reparamos. Mesmo que tenhamos sucesso no reparo, o conserto não evitará o reaparecimento do defeito. O modo ideal de resolver o problema é prevenir o seu reaparecimento, adotando medidas para eliminar a causa do problema. Os dois tipos diferentes de ação não podem ser confundidos, adote sempre procedimentos para eliminar as causas. As ações frequentemente causam outros problemas. Elas lembram a aplicação de um tratamento médico que cura uma doença, mas provoca efeitos colaterais que causam outros problemas ao paciente. Para evitar efeitos colaterais, a ação tem que ser avaliada e guiada sob a maior quantidade possível de pontos de vista. Também devem ser executados testes preparatórios. Se houver possibilidade de aparecimento de efeitos colaterais considere outras ações corretivas ou ações para sanar os efeitos colaterais. Um fator prático importante ao selecionar um bloqueio é assegurar a cooperação ativa de todo o pessoal envolvido. Uma ação de ataque a fatores causadores de problemas causará várias mudanças na rotina de trabalho. O bloqueio precisa ter a concordância de todos os envolvidos. Se houver muitas contramedidas possíveis, as vantagens e desvantagens de cada medida devem ser examinadas levando-se em consideração a opinião de todos os envolvidos. Se houver diversas soluções possíveis que atendam igualmente aos quesitos técnicos e econômicos, é melhor selecionar a decisão final democraticamente. 24 Tabela 3: Exemplo de Plano de Ação baseado no modelo 5W2H. Fonte: SCI, GERDAU 2019 Etapa 6 – Verificar Resultados do Plano: Nessa etapa, devemos comparar os dados obtidos sobre o problema (resultados indesejáveis) antes e após os bloqueios terem sidos executados. Converter os efeitos para termos monetários e comparar o resultado com o valor objetivado. Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: Para verificar a efetividade dos bloqueios deve-se utilizar os dados coletados antes e após a implementação dos bloqueios. É feita então uma comparação para determinar em que grau os resultados indesejáveis foram reduzidos. O formato usado na comparação (tabelas, gráficos, cartas) precisa ser o mesmo antes e após o bloqueio. Por exemplo, se um diagrama de Pareto for usado para indicar a situação anterior aos bloqueios, então precisa ser utilizado um diagrama de Pareto para verificar a eficiência daqueles bloqueios; é importante converter os resultados dos bloqueios para valores monetários. Diversas coisas importantes serão descobertas para a administração quando as perdas, antes e depois da ação, forem comparadas; quando o resultado da ação não é tão satisfatório quanto o esperado, certifique- se que todas as ações planejadas tenham sido implementadas precisamente de acordo com o que foi decidido. Se os resultados indesejáveis continuarem 25 a ocorrer mesmo depois de terem sido executadas as ações, houve falha no processo de solução do problema e é necessário voltar atrás à etapa 2, observação, para começar outra vez. Gráfico 1: Exemplo de Diagrama de Pareto. Fonte: SCI, GERDAU 2019 Etapa 7 – Padronizar: Na padronização definimos mudanças que devem ser incorporadas aos procedimentos operacionais ou padrões de rotinas, trainar pessoal e cumprimento dos padrões estabelecidos. Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: As ações corretivas devem ser padronizadas para prevenir contra o reaparecimento do problema. Há duas razões principais para a padronização. A primeira é que sem padrões as ações executadas para resolver um problema retornarão gradativamente aos antigos modos de trabalho, possibilitando o reaparecimento do problema. A segunda é que o problema pode reaparecer quando novas pessoas (empregados novos, transferidos ou contratados) estiverem envolvidas no serviço. A padronização não é alcançada 26 simplesmente por documentos. Precisam tornar-se uma parte integrante do pensamento e hábitos dos trabalhadores. A educação e o treinamento são necessários para dotar os trabalhadores dos conhecimentos e das técnicas relativas à implantação dos padrões; a padronização é uma outra forma de expressar os 5W1H para os procedimentos de trabalho. Em alguns casos apenas o H (como) pode ser contemplado num padrão, em outros pode-se ter padrões somente com quatro W (sem o "por que") e um H. O método para execução de um trabalho pode ser bem entendido sem o "por que". Mas o "por que" é indispensável para a pessoa que executa o trabalho. Há muitas outras formas, além daquela padronizada, de executar um trabalho e obter resultados; por este motivo é que, muitas vezes, um trabalhador não segue o padrão, pois ele não sabe o porquê da necessidade de sua utilização. É por causa disto que o "porquê" precisa ser incluído em um padrão. Depois que o pessoal tiver entendido o "porquê", os padrões serão cumpridos fielmente. O Método de Análise e Solução de Problemas é uma boa ferramenta para o entendimento do "porquê". Desta forma, os padrões não podem ser separados da Metodologia de Solução de Problemas que os produziu. Quando o treinamento e a educação para a padronização são ministrados, a Metodologia de Solução de Problemas relativa ao assunto deve ser também estudada; a falta da devida preparação e comunicação é uma das principais razões de confusão quando novos padrões são implantados. A implantação de padrões novos muda as rotinas de trabalho e causa confusão produzida por erros triviais; e algumas vezes aparecem problemas, particularmente quando há uma divisão do trabalho, se em um local o trabalho é realizado pelo método novo e em outro local ainda é utilizado o método antigo; são frequentemente necessários a educação e o treinamento adequados para que os padrões sejam integralmente adotados; às vezes um problema resolvido reaparece inesperadamente. A causa principal disso é que os padrões foram observados no começo, mas permitiu-se que o seu cumprimento degenerasse. Um sistema de verificação deve ser 27 estabelecido para garantir o cumprimento constante dos padrões e prevenir contra o reaparecimento dos problemas. Figura 5: Exemplo de Padronização do Processo Fonte: http://mundogeo.com/blog/2009/07/04/a-gestao-da-qualidade-nas-empresas-de-geomatica/ Etapa 8 – Conclusão: Nessa fase, devemos refletir sobre o que ocorreu de bom e de ruim durante a aplicação do MASP e daí então elaborar o relatório de conclusão do projeto. Para obter melhores resultados nessa etapa, deve ser seguir as notas descritas abaixo: Um problema quase nunca é perfeitamente resolvido e a situação ideal quase nunca existe. Não é conveniente pretender a perfeição ou continuar com as mesmas atividades no mesmo tema por um tempo muito grande. Quando o limite de tempo original é atingido, é importante delimitar as atividades. Mesmo 28 que o objetivo não seja alcançado deve ser feita uma relação da extensão do progresso das atividades e daquilo que ainda não foi alcançado; estabeleça planos sobre o que deve ser feito no futuro com os problemas remanescentes. Os problemasimportantes constantes desses planos devem continuar como temas na próxima utilização da Metodologia de Solução de Problemas; finalmente, alguma reflexão deve ser feita sobre as próprias atividades de solução de problemas. Isto auxiliará no aumento da qualidade das próximas atividades de melhoria. Existe sempre uma diferença entre a atividade que é realmente executada e a atividade mentalmente entendida como tendo sido executada, e estas diferenças devem ser eliminadas uma a uma. Esta revisão deve ser feita mesmo que o problema tenha sido resolvido com sucesso, mas essa "atividade cerebral" deve ser realizada com cuidado especial se a data limite foi ultrapassada e o problema não foi resolvido. 3.3 Conclusão do MASP Conclui-se que a ferramenta MASP pode ser utilizada para solucionar diversos problemas nas organizações nas mais diversas áreas. Sua aplicação favorece as organizações um processo de gestão voltado para ações corretivas e preventivas de forma a constatar os problemas e propor ações com foco na melhoria contínua. A aplicação do método proporciona as empresas a serem mais competitivas e rentáveis. 29 3.4 Processo de Produção do aço Cortado e Dobrado O processo de corte e dobra é resultado da transformação, em meio fabril, de aço em rolos (bobinas) e ou barras retas em diversos itens de formatos especificados em projetos de estrutura, na quantidade exata, de acordo com as normas da ABNT 6118 e 7480 para a composição das peças estruturais de determinado empreendimento. Algumas vantagens desse processo são: Dispensa o uso de bancadas para preparação das armações; Redução das perdas por sobra de pontas e extravios; Diminuição do capital de giro, pois os fornecimentos são realizados de acordo com o cronograma da obra; dentre outros. Os diâmetros mais comuns utilizados na construção civil são 5 mm, 6,3 mm, 8 mm, 10 mm, 12,5 mm, 16 mm, 20 mm, 25 mm e 32 mm. Algumas empresas produtoras de aço cortado e dobrado trabalham com aço em bobinas com bitolas de até 20 mm, sendo que, para a produção de diâmetros maiores, utilizam barras retas (comprimento de até 14,5 m). Figura 6: Exemplo do rolo de 12,5 mm CA-50 Fonte: https://www2.gerdau.com.br/produtos/vergalhao-gerdau Para serem realizados o processamento do corte e dobra, a matéria prima pode chegar a realizar até três etapas de transformação. Endireitamento: Processo no qual a matéria prima é fornecida em rolos ou bobinas que podem ter até 20 mm de diâmetro. Nesse processo o aço é desbobinado passando na máquina por uma sequência de roletes 30 endireitadores com o objetivo de deixar o material reto. Para obter êxito, o conjunto de roletes devem exercer pressão sobre os vergalhões. Figura 7: Conjunto de roletes endireitador máquina Mini Syntax Fonte: SCI, GERDAU 2019 Corte: Essa etapa a matéria prima, barra reta ou em rolo, pode ser cortada em qualquer tamanho seguindo a necessidade dos clientes. Durante esse processo, dependendo do corte solicitado pelo cliente ocorre a geração do resíduo sucata. Figura 8: Navalha de corte da máquina Mini Syntax Fonte: SCI, GERDAU 2019 Dobra: Nessa parte do processo o aço sofre uma deformação plástica por ter se submetido a uma determinada tensão exercida pelo equipamento. 31 Figura 9: Prato dobrador da máquina Mini Syntax Fonte: SCI, GERDAU 2019 3.4.1 Máquinas de corte e dobra Atualmente, existem diversas empresas especializadas em aço cortado e dobrado no Brasil e no mundo. A transformação do aço é realizada utilizando diversas máquinas modernas que são disponibilizadas por grandes empresas, a MEP e a SCHNELL são exemplos de fornecedoras desses equipamentos. O parque de máquinas dessas empresas se classificam da seguinte forma: Corte e dobra automático: A matéria prima que vem das usinas siderúrgicas são barras que são cortadas e dobradas automaticamente. O Corte e Dobra automático pode ser considerado um dos processos mais avançados tecnologicamente. Os equipamentos deste processo são compostos por duas telas de programação: uma para a dobra e outra para o corte. Os operadores precisam abastecer e programar os formatos que serão cortados e dobrados (SCI GERDAU, 2019). Um exemplo de uma máquina de corte e dobra automático é a Mini Syntax, o equipamento da MEP utiliza bobinas de aço como matéria prima e podem transformá-las em diversos formatos de acordo com as instruções que forem dispostas no seu painel, não havendo nenhuma intervenção humana nesse processo. Medidas, angulas, dobras são realizadas com perfeição e pura automatização. 32 Figura 10: Máquina Mini Syntax Fonte: www.mepgroup.com Corte automático: As máquinas cortam automaticamente o aço que vem das usinas e os operadores devem abastecera máquina e programar as quantidades e comprimentos das peças que deverão ser cortadas, garantindo a precisão do corte. O aço é produzido parcialmente, sendo enviado posteriormente para outra máquina realizar a dobra (SCI GERDAU, 2019). A Cut Line é uma das máquinas de corte automáticos que existe no mercado, a máquina da MEP tem a funcionalidade de gerenciar toda a produção com flexibilidade para garantir alta produtividade, contempla em seu sistema de alimentação automática selecionar o diâmetro das barras, alinhar e carregar uma ou mais dependendo da lista programada em seu painel, criando assim um ciclo de trabalho continuo e optimizado. Figura 11: Máquina Cut Line Fonte: www.mepgroup.com 33 Dobra automática: O abastecimento do equipamento normalmente é realizado através de uma esteira intermediária do corte automático ou por ponte rolante. O operador programa o equipamento e a dobra é realizada de forma automática. (SCI GERDAU, 2019) Corte e Dobra Manual: Apesar do nome o corte e a dobra manual também são feitas por máquinas, entretanto dependem totalmente do operador. Neste processo o abastecimento, a medição das barras e o acionamento do equipamento para efetuar o corte ou dobra são realizados pelo operador garantindo o comprimento do corte e o tamanho da dobra. (SCI GERDAU, 2019) 34 4 METODOLOGIA Para o desenvolvimento deste trabalho, realizou-se o levantamento das principais causas da produção da sucata na UI, utilizando a técnica do brainstorming. Desta forma, verificaram-se os pontos negativos e os pontos de atenção no processo de fabricação, a partir deste levantamento desenvolveu um diagrama de causa e efeito para identificarmos a causa fundamental de cada problema identificado. Após identificar as causas fundamentais, a equipe de projeto utilizou a ferramenta 5W1H para elaborar um robusto plano de ação com o objetivo de reduzir o volume de sucata gerada durante a produção de aço cortado e dobrado, buscando a melhoria contínua do processo. 35 5 RESULTADOS A seguir se podem compreender os passos utilizados para o desenvolvimento do projeto de forma ordenada e objetiva, consequentemente a contribuição da aplicação do método de análise e solução de problemas através dos resultados obtidos. 5.1 Identificação do problema Com base nos resultados e monitoramentos de produção, foi identificado um elevado índice de perda metálica (PM) na produção de vergalhão cortado e dobrado da empresa X. Foi identificado um acompanhamento ineficiente, baixa otimização de obra em máquinas de cortes automático e manuais, não aproveitamento da matéria prima utilizada para regulagem das máquinas de corte e dobra automáticas, não aproveitamento do final do rolo e falta de organização do estoque de pontas de processo. Historicamente nos 12 meses antecessores ao projeto, a média da perda metálica era de 16 kg/t, o equivalente a 28128 kg de sucata geradas por mês. Com base nessa informação foi estabelecida a meta de reduzir 18,75% do índice no decorrer de um ano, valor que chegariaa 63288 kg de sucata, levando em consideração que o quilo da sucata custa R$ 0,39 o retorno financeiro do projeto para a empresa seria de R$ 24.682,32. Realizado o estudo historicamente e definidas as metas do projeto, foi criado o item de controle (IC) perda metálica (Kg/t) para que toda a equipe do projeto possa checar os resultados obtidos mês a mês. O gráfico ele é regressivo, quanto menor for o valor melhor será o resultado, e tem uma variação de 0,25 Kg/t a cada mês para que ao final do projeto possamos chegar ao total de pré-estabelecido. 36 Gráfico 2: Gráfico do IC da perda metálica Após a criação do IC da PM, precisamos determinar prazos para a conclusão do nosso projeto, para isso elaboramos o nosso cronograma, fundamental para que todas as atividades do projeto não apenas sejam executadas, mas que sejam executadas dentro do prazo. Gráfico 3: Cronograma do projeto 37 5.2 Observação do problema Com o problema identificado e metas definidas a etapa até este momento foi de investigar as características específicas do problema, com diferentes pontos de vista. Neste momento observamos no gemba e realizamos um brainstorming para podermos identificar os possíveis problemas que estavam levando ao alto índice de perda metálica na unidade industrial. Com isso chegamos a observar que faltava matéria prima definida para otimização de obras, falta de confiabilidade nos valores do controle diário de sucata por operados, falta de controle e identificação das caçambas de sucata, excesso de caçamba espalhadas pela unidade, caçambas sem identificação nem local definido, falta de controle da pesagem das caçambas pequenas para descarregamento no caçambão, baia de ponta inadequada, falta de controle de perda por amarrilho, balanças de controle diário desreguladas e sem aferição, banco de dados de apontamento de produtividade e perda metálica desatualizado, fluxo indefinido do controle e pesagem de sucata na área, ausência de gestão a vista na área fabril, sucata misturada com carepa e outros itens de manutenção, matéria prima de boa qualidade sendo jogada fora. Figura 12: Baia de ponta improvisada 38 Figura 13: Matéria prima dentro das caçambas de descarte Figura 14: Caçambas de sucata sem identificação 39 5.3 Análise do problema As pistas para resolução do problema estão no próprio problema, nesta etapa do projeto, fora utilizada as informações obtidas na etapa de observação para identificar quais as causas fundamentais para o elevado índice de PM. A partir da etapa do brainstorming, foi elaborada um diagrama de causa e efeito, também conhecido como espinha de peixe, onde foram identificadas as causas raízes do problema. Figura 15: Diagrama de causa e efeito Com posse da análise dos problemas, e causas fundamentais identificadas, a próxima etapa de elaboração do plano de ação poderia ser executada. 40 5.4 Plano de ação Existem dois tipos de ações. Aquelas que que são tomadas para curar o efeito, e as que são tomadas para eliminar os fatores causadores. O modo ideal de resolver o problema é prevenir o seu reaparecimento, adotando medidas para eliminar a causa do problema. Portanto o plano de ação para a redução da perda metálica de UI foi elaborado por toda a equipe do projeto, foram definidas ações, seus responsáveis e o prazo para conclusão das mesmas, com base na análise das causas fundamentais dos problemas. Tabela 4: Plano de ação Item O QUE (WHAT) QUEM (WHO) QUANDO (WHEN) POR QUÊ (WHY) ONDE (WHERE) COMO (HOW) 1 Atualizar banco de dados de apontamento de produtividade e perda metálica Equipe de projeto 05/05/2019 Melhor acompanhamento das informações gerenciais geradas pelo banco de dados Sala do PCP Replicando o modelo de banco de dados já utilizado em UI de mesmo porte. 2 Criar check de controle de caçambas da área e check de controle de descarte de sucata Equipe de projeto 05/05/2019 Melhor confiabilidade nos registros dos números UI Criando planilha de acompanhamento diário 3 Reduzir o número de caçambas de sucata na área industrial Equipe de projeto 01/05/2019 Melhorar o controle e acompanhamento da sucata gerada Área industrial Colocando três caçambas de sucata para cada ala 4 Confeccionar tampas para caçambas de sucata Equipe de projeto 01/05/2019 Evitar mistura de matérias diversos nas caçambas Caldeiraria Confeccionando as tampas com alças para cadeados 5 Pintar piso com sinalização e identificação das caçambas e balanças Equipe de projeto 01/05/2019 Facilitar identificação do local exato de armazenamento e adequação aos conceitos de 5S Área industrial Utilizando tinta epoxi autonivelante 6 Criar campanha de divulgação de projeto de perda metálica Coordenado do projeto 01/05/2019 Divulgar o projeto, alinhar as informações e comprometer toda equipe com o projeto UI Criando banner, faixas, A3 em quadros de gestão a vista, adesivos e palestrando 41 7 Criar baia de estocagem das pontas de processo Equipe de projeto 05/05/2019 Melhorar o fluxo de aproveitamento e reduzir o estoque de pontas Caldeiraria Desenvolvendo modelo para baia de estoque de pontas de processo 8 Desenvolver gatilhos para tratamento de falhas Coordenado do projeto 01/05/2019 Tratar todos os desvios das metas UI Levantando histórico dos resultados obtidos e definir os gatilhos 9 Criar forum e reunião semanal dedicada para tratamento de MP Equipe de projeto 01/05/2019 Garantir o estoque de comprimentos especiais UI Agendando data semanal e convidando áreas afins Lembrando que o ponto crucial para o bom cumprimento do plano é a disciplina, compra do projeto por todos da equipe, bem com a negociação dos prazos para a conclusão das ações. 5.5 Ação Com o plano de ação definido, a equipe do projeto iniciou o cumprimento do mesmo. Abaixo segue a descrição e algumas imagens das melhorias e rotinas implantadas pela equipe do projeto: Realizar treinamento de perda metálica para todos os operadores. Durante o treinamento foi ensinado o que é a perda metálica, como fazemos para calcular, quais os impactos que um alto valor desse número pode trazer para a empresa. Realizar treinamento de otimização e alinhamento de barras para operadores de máquinas de corte automáticos e manuais. No treinamento foram abordadas técnica para melhor utilização dos tamanhos dos ferros das obras, melhor utilização dos comprimentos definidos disponíveis na área sempre utilizando a técnica de Kankan do estoque e foi passado as técnicas que existem nas máquinas para alinhamento dos ferros antes de realizar o corte. 42 Capacitar todos para o preenchimento correto da planilha de controle de sucata. Nessa ação, capacitamos todos os operadores para realizar um apontamento de sucata preciso e confiável, tentamos deixar bem claro a necessidade da confiabilidade nos números. Figura 16: Treinamento de perda metálica Identificar as caçambas e balanças de cada área. Utilizando as técnicas de 5S, demarcamos o piso de todas as caçambas e balanças da fábrica, identificamos as caçambas com o nome da ala, número e tara. 43 Figura 17: Caçambas e balanças da UI Organizar o estoque de matéria prima de barras. Organizamos todo o estoque de MP por bitola e comprimento assim facilitava a gestão do PCP. Figura 18: Estoque de MP em barra Organizar baia de pontas de processo. Baia de pontas organizadas por bitolas e comprimentos facilitava para equipe selecionar as barras com 44 o comprimento mais exato possível para que sejam realizados os cortes das peças. Figura 19: Baia de pontas de processo da UI Realizar apontamento da sucata por máquina, ala e turno. O apontamento de sucata dividido dessa forma, estimulava uma competição saldável entre as máquinas de mesmo porte e entre os turnos, tento em vista que a unidade trabalhava em três turnos fechados. Fixar na máquina as metas da fábrica e da máquina. Figura 20: Arquivos da gestão a vista 45 Realizar gestão a vista. Como quem não conhece meta não bate as metas, a gestão a vista fica responsável por está divulgando essas metas e seus resultados diariamente. Figura 21: Gestão a vista da PM Realizar acompanhamento diário nas reuniões de programação. O acompanhamento durante as reuniões de programação é importante pelo fato do controle ser diário com isso, caso a meta estourasse no dia, durante a reunião já tínhamos que ter alguma ação para reverter o quadro. Reconhecer todos os resultados alcançados. A divulgação segue um dos valores da empresa, que prega a comemoração de todo e qualquer resultado. Figura 22: Política de reconhecimento 46 5.6 Verificação Após a execução do plano de ação podem-se analisar os resultados tangíveis e intangíveis obtidos com as ações da equipe do projeto, como: Redução no volume de sucata gerada nas máquinas de corte automáticas e manuais, redução na geração do volume de pontas de processo, melhor gestão do estoque de matéria prima, reaproveitamento de 80% do arame 5,5 vindo nos rolos da unidade, reaproveitamento de todo material provinciano da regulagem da máquina, dentre outras. A redução do arame 5,5, veio através da revisão de um dos padrões operacionais, no qual reduzimos o número de voltas e de amarraras realizadas durante a utilização desse material, tudo sempre muito alinhado com a equipe de segurança do trabalho. Essa revisão no padrão, trouxe para a unidade uma redução de 0,48 Kg/t no resultado. Durante toda implantação do projeto, verificou-se que as equipes das máquinas de cortes sempre estavam propondo melhorias além das implantadas durante a etapa de ação do projeto, para aumentar a sua produção e reduzir a perda metálica dessas máquinas. Uma das alas que se destacou após a implantação das ações do projeto foi a 1, como mostra os dados abaixo obteve uma redução 289%, chegando a reduzir 3,47 Kg/t. A mudança de postura da equipe dessa ala estava mais evidente dia após dia. Liderado pelo chefe da área, a todos estavam empenhados em busca do resultado. Sempre batendo as metas e dando inputs para a equipe de projeto. Tabela 5: Acompanhamento da PM ala 1 antes das ações do projeto. PERDA METÁLICA Kg/t MÁQUINA Colaborador MS 01 MS 02 MS 03 MS04 Total geral AGUINALDO CLAUDINO DA HORA 4,06 5,51 1,37 3,65 DANILO SANTOS DA COSTA 2,57 8,80 5,69 ENRY HENDERSON CAMARA DE LIMA 4,64 2,71 1,48 2,94 FLAVIO LOPES FERREIRA 2,16 5,32 3,74 JOSE DAMIÃO DA SILVA FILHO 3,83 3,83 JOSE WELLINGTON DE LIMA 5,31 5,31 JOSIVALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO 8,93 8,93 ROBSON BEZERRA DE LIMA 10,08 2,83 3,43 5,45 RONALDO SALUSTIANO DA SILVA 4,71 3,93 4,32 SEVERINO CABRAL DA SILVA 6,6 7,27 1,48 5,12 Total geral 4,00 6,59 5,43 2,59 4,90 47 Tabela 6: Acompanhamento da PM ala 1 após as ações do projeto. PERDA METÁLICA Kg/t MÁQUINA Colaborador MS 01 MS 02 MS 03 MS04 Total geral AGUINALDO CLAUDINO DA HORA 1,63 1,14 1,39 DANILO SANTOS DA COSTA 4,10 2,96 3,53 ENRY HENDERSON CAMARA DE LIMA 1,79 3,53 FLAVIO LOPES FERREIRA 1,76 0,55 1,79 JOSE DAMIÃO DA SILVA FILHO 1,32 1,16 JOSE WELLINGTON DE LIMA 1,23 1,32 JOSIVALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO 0,90 2,44 1,23 ROBSON BEZERRA DE LIMA 0,93 1,14 1,67 RONALDO SALUSTIANO DA SILVA 1,47 1,04 SEVERINO CABRAL DA SILVA 1,18 1,47 Total geral 2,11 1,60 1,38 1,40 1,81 Conforme podemos verifica no gráfico abaixo, que após a aplicação das ações, conseguimos sempre se manter abaixo da meta estabelecida mês a mês. Quebrando os recordes, nunca antes na história, a unidade havia realizado apenas um digito no indicador de perda metálica, o mês de março quebramos o recorde e realizamos 9,81 Kg/t e no mês de outubro, quebrando o recorde de março, chegamos a 9,68 Kg/t. Os dois resultados foram muito comemorados não apenas pela equipe do projeto, como por toda a unidade industrial. Gráfico 4: Resultado da PM do ano 2019. 48 6 CONCLUSÃO Avaliando os resultados podemos concluir que, obteve-se sucesso pelo uso de sua metodologia por atingir a causa e reduzir o problema. A utilização da metodologia provocou um crescimento técnico e interpessoal no grupo e influenciou todo o processo produtivo. A unidade que tinha uma das piores perdas metálicas do Brasil, em um ano intenso de trabalho ardo reverteu o quadro, quebrou recordes e finalizou conforme foi planejado. Realizando uma PM média de 12,98 Kg/t por mês, obtendo assim uma redução de R$ 24.846,87 no custo anual da empresa. Ficou evidente como a equipe de fato faz a diferença na melhoria de qualquer tipo de processo, o engajamento e a força de vontade das pessoas que estão sentindo as dificuldades no dia a dia. Não são ideias revolucionárias e que representem um ganho milionário, e sim simples ideias e a sinergia de pequenas e grandes melhorias e a evolução dessas que garantem o resultado, sempre com excelência com simplicidade. 49 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAZERMAN, Max H. Processo decisório: para cursos de administração, economia e MBAs. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CAMPOS, V.F. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Belo Horizonte: Ed. INDG Tecnologia e Serviços, 2004. ORIBE, C. A história do MASP. A história do MASP. Revista Banas de Qualidade, n.1, 2012. SHINODA. C. A viabilidade de projetos de investimento em equipamentos com tecnologia avançada de manufatura. São Paulo, 2008. 20p. Tese (Doutorado em Engenharia). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2008. Sistema de capacitação Gerdau. Módulos de capacitação da Gerdau. Disponível apenas para funcionários da empresa no site: <http://capacitacao.gerdau.com.br>. Acesso em 11 de abril de 2020. Site da Gerdau aços longos. Disponível <http://www.gerdau.com.br>. Acesso em 11 de abril de 2020. Site MEP GROUP. Disponível <http://www.mepgroup.com>. Acesso 02 de maio de 2020. Site Mundo GEO. Disponível <http://mundogeo.com/blog/2009/07/04/a-gestao-da- qualidade-nas-empresas-de-geomatica>. Acesso 25 de abril de 2020.
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