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1. Anamnese 2. Exame clínico Extraoral: dimensão vertical, suporte de lábio, linha do sorriso, altura incisiva, formato do rosto, avaliação da ATM e DTM, análise de hábitos e tempo de uso da prótese atual; Intraoral: Formato do arco do rebordo, formato do rebordo no sentido V-P, tamanho do arco, abóboda palatina, superfície do rebordo, tuberosidades, espaço interoclusal, relação dos rebordos, mobilidade do rebordo, tecidos moles e mobilidade do palato (linha do ah); 3. Moldagem Anatômica Objetivo: ter um modelo de estudo Materiais de moldagem: alginato, godiva ou silicone O mais utilizado é o alginato (hidrocolóide irreversível) material de baixa compressibilidade que resulta na mínima deformação. A moldeira para ser utilizada com esse material deve ter perfurações ou aros em volta da borda que servem como retenção para o material. Passos a passo Seleção da moldeira de estoque - Os critérios para seleção da moldeira é o tamanho e principalmente a largura, além disso, o cabo deve ser biangulado e ter uma bacia rasa permitindo o posicionamento correto sobre o rebordo sem deformar as inserções musculares. - Após a seleção da moldeira, ela deve ser individualizada na sua porção periférica para dar suporte ao alginato no fundo de vestíbulo, diminuir a ocorrência de bolhas e manter o material em posição durante o tempo de presa. Para isso, utilizo uma cera periférica com propriedades semelhantes às da cera utilidade. *Posso utilizar vaselina sólida para lubrificar o lábio do paciente facilitando a entrada e saída da moldeira. Moldagem Material: Gral de borracha, moldeira, espátula plástica, alginato e medidor da marca para o alginato e água. - Proporcionar pó e água no medidor específico da marca do alginato, geralmente as medidas são 3/1. O pó deve ser vertido sobre a água, e depois o material deve ser espatulado até formar uma massa homogênea. Moldagem na arcada superior: com o paciente sentado, marco a linha do “Ah” (limite posterior) com lápis cópia, e essa marcação depois vai ser transferida para o molde. Caso a moldeira não alcance o limite posterior, ela deve ser individualizada para melhor adaptar no local. Moldagem na arcada inferior: com o paciente sentado, e segurando a moldeira com mais cautela por ser uma área delicada. *Na arcada inferior pode ser manipulado mais alginato para colocar no lugar da língua. *Se o molde ficar com muitas bolhas posso realizar uma segunda moldagem - Desinfecção do molde com hipoclorito de sódio 1% deixando por 10 minutos em um pote com tampa para que o molde não sofra sinérese e embebição. Vazamento com gesso Material: Gral de borracha, espátula metálica, balança para gesso, medidor de água e gesso pedra tipo III. - Utilizando Gesso tipo III (Herodent) proporcionar 100g de pó para 30ml de água, espatular com a espátula metálica e vazar sobre o molde. Após tomar presa (cerca de 1 hora) faço a remarcação da linha do “Ah” para recortar o modelo. 4. Moldagem Secundária ou Funcional - Se divide em duas fases: O vedamento periférico e a moldagem propriamente dita, sendo que para ela ser realmente funcional o vedamento deve ter sido executado corretamente. Passos: - Demarcação da área chapeável - Colocação de alívios de cera nas áreas retentivas que não podem sofrer compressão, são elas: - Arcada superior: Rugosidades palatinas, papila incisiva e rafe palatina - Arcada inferior: Toda a crista do rebordo, iniciando pela região posterior indo em direção à anterior. - Aplicação de Cel-lac na porção de gesso do modelo 5. Confecção da moldeira individual Material: Cel-lac, cera 7, espátulas (31,36, lecron, bisturi), lamparina, lapiseira, resina acrílica, medidores de pó e líquido, pote paladon, pote dappen, vaselina, 2 placas de vidro, gral de borracha com água. *Kit de fresas para acabamento - Manipular a resina acrílica (pó e monômero – nos medidores adequados), colocar pó sobre o liquido no pote paladon (deixar passar as fases, até chegar na fase plástica) molhar duas placas de vidro que devem estar com uma película de cera 7 nas pontas e previamente isoladas com vaselina, pressionar a resina e adaptar no modelo utilizando o monômero para aumentar o tempo de manipulação. Depois, retirar os excessos, manipular mais resina e fazer a confecção do cabo biangulado e apoiá-lo até que a resina chegue na fase rígida. - Acabamento e polimento: a moldeira deve ficar com espessura de 2 a 3mm e de 2 a 3mm de distância do fundo de sulco; A polimerização se dá em até 24h, por isso a moldeira deve ser guardada no modelo para que não ocorra deformação até o momento da prova no paciente. - Antes da prova da moldeira no paciente deve ser feita a desinfecção imergindo a moldeira em uma cuba com clorexidina e depois fazer a lavagem. 6. Prova em boca: ver se há espaço até o fundo de sulco e analisar a região de bridas laterais 7. Vedamento periférico Materiais: moldeira individual, godiva, lamparina, hannau, bisturi, gral de borracha (com água fria e quente) - Objetivo: estabelecimento da relação do material com os tecidos para atender os requerimentos funcionais É utilizada a godiva de baixa fusão, por possuir boa fluidez para exercer a mínima pressão, ter boa adesividade, rigidez adequada após o resfriamento, boa estabilidade dimensional na temperatura bucal, boa resistência, facilidade e rapidez na moldagem. Técnica: plastificar a godiva e aplicar no rebordo da moldeira da região posterior para a anterior, na moldagem a moldeira deve permanecer na mucosa até que volte a temperatura de solidificação. Após a moldagem, a godiva deve ter a espessura adequada, contorno adequado e superfície fosca, sem apresentar dobras ou rugosidades. Os excessos devem ser removidos com lâmina de bisturi. - Região superior: 1. Espaço coronomaxilar: espaço entre o fundo da tuberosidade e o processo coronóide da mandíbula. Abertura e fechamento 2. Fundo de vestíbulo bucal: se tiver bridas laterais, elas vão influenciar em todos os movimentos da bochecha e também a godiva. Tracionamento da bochecha 3. Fundo de vestíbulo labial: é delimitado em sua porção central pelo freio labial, por isso no primeiro momento não coloco godiva na área do freio. Tração do lábio para baixo e para laterais. 4. Freio Labial: por ser a estrutura mais delicada e móvel os movimentos com a godiva no local devem ser feitos cuidadosamente para baixo e para as laterais. 5. Término posterior: remarco a linha do “ah” para ter certeza que não está estendida, coloco uma fina camada de godiva e depois pressiono sobre o local - Região Inferior: 1. Inserção do masseter. Abertura e fechamento 2. Fundo de vestíbulo bucal: fazer a avaliação da existência de bridas laterais realizando. Movimentos circulares e tracionar a bochecha 3. Fundo de vestíbulo labial: fazer movimentos para baixo e para laterais 4. Flange sublingual: tem relação com a glândula sublingual e língua, por isso peço para o paciente umedecer o lábio inferior projetando a língua para fora. 5. Freio lingual: precisa ser bem demarcado pois está diretamente ligado à estabilidade da prótese. Movimentos para todos os lados. Após o vedamento faço dois furos no local das fóveas palatinas 8. Moldagem Funcional Materiais: pasta de óxido de zinco e eugenol, espátula 36, placa de vidro, moldeira individual com vedamento periférico Passos: - Remoção do alivio de cera -Posicionar as duas pastas (base a catalisadora) paralelamente na placa de vidro, com a espátula 36 posiciono a pasta branca sobre a vermelha em até 10 segundos, e realizo a manipulação do material com movimentos circularesdurante 45 segundos. - Colocar o material na moldeira, levar à boca do paciente e repetir os movimentos do vedamento periférico. Presa de 7 minutos - Desinfecção do molde (pode ser através da imersão do molde em glutaraldeido 2% durante 10 minutos) e secagem Encaixotamento Materiais: cera utilidade, cera 7, lamparina, espátula 32, lecron, espátula 7 - Utilizando a cera utilidade, faço uma adaptação no contorno do molde 3 a 4mm abaixo do vedamento periférico, a fim de preservar a anatomia e posteriormente utilizando a cera 7 é feita uma muralha ao redor. - Vazamento com Gesso Pedra tipo III Herodent -> Presa 1 hora Materiais: Gral de borracha, espátula metálica, balança para gesso, medidor de água e gesso pedra tipo III. Desencaixotamento: retirar a cera, colocar o modelo e a moldeira em um gral com água fervente por mais ou menos um minuto até que o conjunto modelo e moldeira se soltem. - Recorte do gesso + biselamento de 3 pontos Modelo 9. Confecção da base de prova Materiais: Cel-lac, cera 7, espátulas (31, 36, 7, lecron, bisturi), lamparina, hannau, lapiseira, resina acrílica, medidores de pó e líquido, pote paladon, pote dappen, vaselina, 2 placas de vidro, gral de borracha com água, espátula de pedreiro, conformador de rodete e suporte para derreter cera. *Kit de fresas para acabamento Passos: - Fazer uma nova demarcação da área chapeável e aplicar de Cel- lac - Manipulação da resina acrílica a fim de obter uma “moldeira sem cabo” - Planos de orientação ou plano de referência: Derreter Cera 7 no suporte para derreter cera e despejar no conformador de rodete de cera previamente vaselinado. Obtendo uma “cela” de cera que vai ser a base para confecção da base de prova. - Adaptar a “cela” à frente do rebordo sobre a moldeira. E utilizando uma cera mais fluida adaptar e fixar a cera na moldeira preenchendo os espaços vazios. - No resultado final, a região anterior deve ter de 1,5 a 2 cm de altura e na posterior de 0,8 a 1cm, devido a altura dos dentes. - Depois de preenchido a cera deve ser alisada, devem ser retirados os excessos e utilizar a espátula de pedreiro para manter a projeção adequada *o termino posterior deve ficar reto em relação ao flanco da prótese 10. Prova em boca - Superior Objetivo: recuperar o contorno do plano de orientação, a sustentação dos tecidos do terço inferior da face perdidas com as extrações. São analisados: suporte de lábio, altura incisal, corredor bucal, linha do sorriso, linha média, linha dos caninos e linha alta do sorriso -Marcar uma trave: marcando linha média, linha dos caninos e altura do sorriso máximo - Inferior Objetivo: reestabelecimento da posição mandibular em relação à maxila nos planos horizontal e vertical 11. Escolha dos dentes artificiais - Baseada na linha de comissura e na linha alta do sorriso 12. Ajuste dos planos de referência Rodete superior: método fonético, estético e métrico Rodete inferior: dimensão vertical, overjet, registro interoclusal, verificação da relação cêntrica. 13. Montagem no articulador Material: Articulador semi-ajustável, gesso comum, gral de borracha, espátula para gesso, balança para gesso e medidor de água. Passos: - Ajustes: Ângulo de bennet (15°); Ângulo de protrusão (30°); Distância entre os côndilos (2 cm – 1 marcação); pino incisal em 0° (marcação que envolve o pino); Colocar o plano de camper no local adequado; Avaliar a estabilidade de articulador. - Colocar a base de prova superior centralizada no plano de camper coincidindo com a bolacha superior, depois manipular gesso comum e colocar sobre o modelo e na bolacha. - Após o tempo de presa do superior, de aproximadamente 1 hora, depois colocar o articulador de “cabeça para baixo” engatar o modelo superior no inferior com grampos de papel fazendo um x e também com palitos e godiva, depois coloco a bolacha inferior e aplico gesso em cima do modelo e na bolacha. *Não esquecer de colocar o elástico no articulador para que não ocorra deslocamento -Esperar o tempo de presa do gesso, engatar na caixa e enviar ao laboratório. 14. Montagem de dentes 15. Prova de dentes 16. Acrilização 17. Instalação e manutenção: entrega, instruções e esquema de proservação