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6/9/2008 1 Cap.1 - Introdução 1.2. Equações Diferenciais 1 A. Introdução ` Qualquer circuito linear e invariante no tempo pode ser descrito por uma equação diferencial com coeficientes constantes, tendo a forma geral: onde y(t) é a saída de interesse, x(t) é a entrada e os termos aj e bj são coeficientes constantes. ` Como a entrada x(t) é conhecida, então o lado direito da equação é uma f ã h id d t d i d f ã f t d t d f(t) xb dt dxb... dt xdb dt xdya dt dya... dt yda dt yd 011m 1m 1mm m 011n 1n 1nn n ++++=++++ − − −− − − função conhecida do tempo, denominada função forçante, denotada por f(t). Assim: )t(fya dt dya... dt yda dt yd 011n 1n 1nn n =++++ − − − 2 6/9/2008 2 ` Se f(t) = 0 tem-se uma equação diferencial homogênea, i.e. 0ya d dya... d yda d yd 011n 1n 1nn n =++++ − − ` Se f(t) ≠ 0 a equação diferencial é dita não-homogênea, tendo a forma: ` Observações: y dtdtdt 011n1nn − )t(fya dt dya... dt yda dt yd 011n 1n 1nn n =++++ − − − ç ` Se os coeficientes forem dependentes do tempo, o circuito é variante no tempo. ` Se os coeficientes dependerem da entrada x(t) ou da saída y(t), o circuito é não-linear. 3 B. Propriedades 1. A equação diferencial homogênea tem n soluções linearmente indepen- dentes y1(t), y2(t), ..., yn(t). A Solução mais geral é dada por: )t(k)t(k)t(k)t( onde os k’s são constantes arbitrárias. 2. A solução da equação diferencial não-homogênea ou solução completa é dada por: )t(yk...)t(yk)t(yk)t(y nn2211h +++= )t(y)t(y)t(y += onde: yh(t): Solução da equação homogênea (basta fazer f(t) = 0). yp(t): Solução particular da equação não-homogênea (sem ctes arbitrárias). 4 )t(y)t(y)t(y ph += 6/9/2008 3 C. Solução da Equação Diferencial Homogênea 1. Desenvolvimento: Admita que soluções tenham a forma onde r é uma constante a ser determinada. Assim, na equação diferencial, tem-se: rtey = Desenvolvendo: Para isto é preciso que: 0e)ara...rar( rt01 1n 1n n =×++++ −− 0ea dt dea... dt eda dt ed rt 0 rt 11n rt1n 1nn rtn =++++ − − − Para isto, é preciso que: Esta é chamada equação característica e suas raízes r1, r2, ..., rn permitem conhecer as soluções: 5 0ara...rar 01 1n 1n n =++++ −− A solução geral da equação homogênea será: tr n tr 2 tr 1 n21 e)t(y ... e)t(y e)t(y === ç g q ç g i) Se ii) Se n321 r...rrr ≠≠≠≠ tr n tr 3 tr 2 tr 1h n321 ek...ekekek)t(y ++++= trtrtr n31 kk)tkk()t( +++ n321 r...rrr ≠≠= iii) Se 6 tr n t 3 tr 21h n31 ek...eke)tkk()t(y ++×+= n4321 r...rr ,rjr ,jr ≠≠≠β−α=β+α= [ ] trntr321th n3 ek...ek)t(senk)tcos(ke)t(y ++β+β= α 6/9/2008 4 2. Sistematização: Seja, por exemplo, determinar a solução da equação homogênea: dd2 1º passo: Obter a equação característica usando o operador D = d/dt 2º passo: Obter as raízes da equação característica 0y2 dt dy3 dt yd 2 2 =++ 02D3D 0y)2D3D( 22 =++⇒=++ 3º passo: Montar a solução geral 7 1D e 2D 21 −=−= t 2 t2 1h tD 2 tD 1h ekek)t(y ekek)t(y 21 −− +=⇒+= 3. Resumo: Para equações de 1ª e 2ª ordens, tem-se: Raízes da Eq. Característica Forma da Solução Homogênea D D1 ≠ D2 Dt h ke(t)y = tD 2 tD 1h 21 ekek(t)y += 8 D1 = D2 = D D1 = α+jβ e D2 = α–jβ ( ) Dt21h etkk(t)y ×+= [ ])t(senk)tcos(ke(t)y 21th β+β= α 6/9/2008 5 D. Solução da Equação Diferencial Não-Homogênea ` Para se obter a solução particular, pode-se usar o método dos coeficientes a determinar, que consiste em examinar a função forçante f(t) e estimar a forma de yp(t). Os coeficientes da solução proposta devem ser ajustados t ti f à ã dif i l i i l A ipara que esta satisfaça à equação diferencial original. Assim: Forma da Função Forçante Forma da Solução Particular a A at+b At+B 9 at+b At+B btae btAe )tcos(aou )t(sena φ+ω×φ+ω× )tcos(B)t(senA φ+ω×+φ+ω× 1. Exemplo: Obter a solução geral da equação diferencial: dyyd2 ` Solução Homogênea: ` S l ã P ti l ty5 dt dy2 dt yd 2 =++ 2j1D 2j1D 05D2D 0y)5D2D( 21 22 −−=+−=⇒=++⇒=++ [ ])t2(senk)t2cos(ke)t(y 21th += − ` Solução Particular: Na equação diferencial ⇒ 10 BAt(t)y t)t(f p +=⇒= tB)5(AtB)(At dt d2B)(At dt d 2 2 =+++++ 6/9/2008 6 Igualando os termos semelhantes: tB55At2A0 =+++ Logo: 25 2B 5 1A 1A5 0B52A −==⇒ = =+ 25 2 5 t(t)y p −= Assim, a solução geral da equação diferencial é: 11 [ ] 25 2 5 t)t2(senk)t2cos(ke(t)y(t)yy(t) 21 t ph −++=+= − E. Determinação das Constantes Arbitrárias ` O número de constantes arbitrárias a serem determinadas corresponde à ordem da equação diferencial e seu cálculo é feito com base nas condições iniciais do problema. De um modo geral: Ordem da Equação Diferencial Condições Iniciais 1ª y(0+) 2ª y(0+) e y’(0+) ` Para exemplificar a determinação das ctes arbitrárias, reconsidere a eq. 2 12 Com as condições iniciais: y(0+) = 1/5 e y’(0+) = 0 ty5 dt dy2 dt yd 2 2 =++ 6/9/2008 7 Do exemplo anterior, tem-se: [ ] 25 2 5 t)t2(senk)t2cos(key(t) 21 t −++= − Assim: Logo: Resolvendo: [ ] [ ] 5 1)t2(senk)t2cos(ke)t2cos(k2)t2(senk2e(t)y' 21 t 21 t ++−+−= −− =+−=+ =−=+ 0 5 1kk2)(0y' 5 1 25 2k)y(0 12 1 25 1k 25 7k 21 == Finalmente: 13 5 25 2 5 t)t2(sen 25 1)t2cos( 25 7ey(t) t −+ += −
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