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Paper 2020 - Doenças Ocupacionais

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Prévia do material em texto

Acadêmicos: Antônia Regiane Cardoso da Costa Rodrigues, Antonio Jamerson do Nascimento Peixoto, Pedro Vinicius 
Costa de Souza, Tiago Willians Araújo da Silva, Werick Beckman Siqueira Rodrigues. 
Professor tutor externo: Elane Maria Coelho da Costa. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Segurança do Trabalho (SEG 0729/3) – Prática do Módulo 
III - 11/07/2020 
ERGONOMIA E RISCOS 
Doenças Ocupacionais 
 
 
Acadêmicos: Antônia Regiane Cardoso da Costa Rodrigues 
Antônio Jamerson do Nascimento Peixoto 
Pedro Vinicius Costa de Souza 
Tiago Willians Araújo da Silva 
Werick Beckman Siqueira Rodrigues 
 
 
Tutor: Elane Maria Coelho da Costa 
 
RESUMO 
 
O tema do presente artigo é Doenças Ocupacionais. Explanação sobre o conceito, bem como, tipos 
de doenças ocupacionais. Doenças relacionadas ou não ao trabalho. Previdência Social. Devido ao 
desafio de se manter empregado, os funcionários das empresas vêm modificando seu estilo de vida, 
e ficando mais propensos às doenças ocupacionais. 
 
Palavras-chave: Doenças ocupacionais. Doenças relacionada ao Trabalho. Previdência Social. 
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho objetiva analisar e diferenciar os conceitos, especialmente no que se refere às 
diferenças entre doença profissional e doença do trabalho causada pelo meio ambiente do trabalho 
prejudicial à saúde do trabalhador. 
As doenças ocupacionais são ocasionadas ou agravadas pela exposição a ambientes que 
ofereçam riscos à saúde física, mental ou social, ceifando a vida de trabalhadores, deixando-os 
incapacitados de trabalhar, tornando-os totalmente ou parcialmente improdutivos. 
O assunto relativo a doenças ocupacionais é um tema extremamente atual, e ao mesmo tempo 
atemporal. Durante a Revolução Industrial, os trabalhadores eram expostos a ambiente de riscos e 
períodos extremamente excessivos de trabalho sem o intervalo necessário de descanso, essas 
condições extremas causavam doenças físicas como LER/DORT (Lesão por esforço 
repetitivo/Distúrbios Osteomusculares Relacionada ao Trabalho), surdez, intoxicação e psicológicas 
como depressão, síndrome do pânico e outras mais. O que não é diferente dos tempos atuais, com o 
crescimento econômico e o aumento do poder aquisitivo, o consumo se tornou maior, logo a produção 
também e junto às cobranças por produtividade em curto espaço de tempo, reitera: 
 
O início da Revolução Industrial em 1780, a invenção da máquina a vapor por James Watts 
em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, marcaram profundas alterações 
tecnológicas em todo o mundo, permitindo a organização das primeiras fábricas modernas e 
indústrias, o que significava uma revolução econômica e social, e também acarretou os 
primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais, que se alastraram e ganharam 
proporções alarmantes. (ALBERTON, 1996). 
2 
 
 
 
A exigência de maior produtividade, associada à redução contínua do contingente de 
trabalhadores, à pressão do tempo e ao aumento da complexidade das tarefas, além de expectativas 
irrealizáveis e as relações de trabalho tensas e precárias, constituem fatores psicossociais responsáveis 
por situações de estresse relacionado ao trabalho. 
Muitas doenças, relacionadas ou não ao trabalho, exigem, pela sua gravidade, o imediato 
afastamento do trabalho, como parte do tratamento (repouso obrigatório) e/ou pela necessidade de 
interromper a exposição aos fatores de risco presentes nas condições e/ou nos ambientes de trabalho. 
Outras doenças, por serem menos graves, não implicam, necessariamente, o afastamento do trabalho. 
Havendo necessidade de afastamento superior a 15 (quinze) dias, o paciente/ 
trabalhador/segurado deverá se apresentar à Perícia Médica do INSS, quando o médico-perito irá se 
pronunciar sobre a necessidade de afastamento. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A doença ocupacional está definida no artigo 20, I da Lei n. 8.213 de 24 de julho de 1991 
como a enfermidade produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada 
atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes 
entidades mórbidas: 
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da 
relação mencionada no inciso I. 
 
As doenças profissionais, conhecidas ainda com o nome de “idiopatias”, “ergopatias”, 
“tecnopatias” ou “doenças profissionais típicas”, são produzidas ou desencadeadas pelo exercício 
profissional peculiar de determinada atividade, ou seja, são doenças que decorrem necessariamente 
do exercício de uma profissão. Por isso, prescindem de comprovação de nexo de causalidade com 
o trabalho, porquanto há uma relação de sua tipicidade, presumindo-se, por lei, que decorrem de 
determinado trabalho. Tais doenças são ocasionadas por micro traumas que cotidianamente agridem 
e vulneram as defesas orgânicas e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando 
o processo mórbido (MONTEIRO; BERGANI, 2000, p. 15). 
A doença profissional, portanto, é desencadeada pelo exercício do trabalhador em uma 
determinada função que esteja diretamente ligada à profissão. 
Para simplificar, alguns exemplos de doença ocupacional são: o escrevente que adquiriu 
tendinite, o soldador que desenvolveu catarata, o auxiliar de limpeza que sofre com LER, o 
trabalhador que levanta peso e sofre com problemas de coluna, entre outros. 
Diferentemente da doença profissional, a doença de trabalho não está atrelada à função 
desempenhada pelo trabalhador, mas ao local onde o operário é obrigado a trabalhar. 
Como exemplo de doença de trabalho, podemos citar: o câncer que acomete trabalhadores 
de minas e refinações de níquel, as pessoas que trabalham em contato com amianto ou em 
proximidade com algo radioativo, os trabalhadores que sofrem de doenças pulmonares por estarem 
3 
 
 
 
em contato constante com muita poeira, névoa, vapores ou gases nocivos, a surdez provocada por 
local extremamente ruidoso, entre outros. 
Importante frisar que o legislador preocupou-se em distinguir o acidente do trabalho em dois 
subtipos: 
Acidente do trabalho tipo: acidente causado pelo exercício do trabalho, que resulte em lesão 
corporal, morte, perda ou redução da capacidade laborativa, conforme artigo 19, da Lei 8.213/91; 
Doenças Ocupacionais: conforme descrito no art. 20 da Lei 8.213/91. 
Existem algumas doenças que não são consideradas doença de trabalho em virtude de sua 
natureza, pois se desenvolvem naturalmente. (Artigo 20 da Lei nº 8.213/91). São elas: 
a) doença degenerativa; 
b) doença inerente ao grupo etário; 
c) doença que não produza incapacidade laborativa; 
d) doença endêmica adquirida por segurado habitante de região e que se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho. 
As hipóteses acima estão dispostas no artigo 20, parágrafo 1º da Lei n. 8.213/1991, as quais 
serão detalhadas a seguir. 
 
Art. 20 da Lei n. 8.213/91 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
a) a doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, 
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pelanatureza do trabalho. 
 
Doenças degenerativas: são as que modificam o comportamento da célula, causando uma 
gradual lesão do tecido de caráter irreversível e evolutivo. Essas doenças são cada vez mais comuns 
e são assim conhecidas porque causam a degeneração progressiva do organismo como um todo. 
Provocam a degeneração da estrutura das células e tecidos afetados e podem envolver todo o 
organismo: vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos, cérebro, entre outros. 
As doenças degenerativas são crônicas, não transmissíveis e algumas não têm cura 
conhecida. O conhecimento que se tem é de que elas podem se desenvolver devido a diversos 
fatores, como tabagismo, excesso de peso corporal, má alimentação, vida sedentária, predisposição 
genética e alcoolismo. 
Alguns exemplos de doença degenerativa são: câncer, diabetes, esclerose múltipla, 
osteoartrose, osteoporose, degeneração dos discos vertebrais, hipertensão arterial, Mal de 
Alzheimer, Mal de Parkinson, Coreia de Huntington, entre outras. 
Doenças ligadas ao grupo etário: têm necessariamente a idade como fato gerador da 
enfermidade. Sua causa não decorre das atividades exercidas, e sim da própria idade. Como 
exemplos dessa doença, podemos citar a presbiacusia (que é a perda da acuidade auditiva iniciada 
a partir dos 30 anos, resultante da degenerescência das células sensoriais), a catarata, doenças 
reumáticas, Alzheimer, entre outras. 
4 
 
 
 
Doença que não produz incapacidade laborativa: Também são consideradas doenças de 
trabalho as enfermidades que não ensejam a perda da capacidade laboral, como simples queda ou 
até mesmo um pequeno corte. 
Doença endêmica Adquirida por segurado habitante de região e que se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho. 
A concausa é outra espécie de acidente de trabalho, estando sua teoria estabelecida no 
inciso I do artigo 21 da Lei n. 8.213/1991. 
A chamada concausa, é a causa que não sendo única, contribuiu diretamente para a morte do 
segurado, ou para a redução ou perda da capacidade laborativa. A concausa pode ser anterior, 
simultânea ou posterior ao acidente. Diante disso, podemos classificar as concausas como 
preexistentes, concomitantes e supervenientes. 
Constituem as Preexistentes os fatores que preexistem ao acidente, contribuindo, juntamente 
com o fator laboral, decisivamente para a ocorrência do evento que causa incapacidade do 
indivíduo. 
A Concomitante ocorre ao mesmo tempo que o acidente de trabalho. 
A Superveniente acontece em momento posterior ao próprio acidente de trabalho. 
Relaciona-se a fatos posteriores à sequela, acarretando prejuízo ao acidentado no período de 
tratamento ou evolução dos problemas decorrentes do acidente ou da doença. 
 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou 
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção 
médica para a sua recuperação; 
 
No Brasil tem inúmeros programas voltado ao cuidado do trabalhador, como o PCMSO 
(Programas de controle Médico de Saúde Ocupacional), PPRA (Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais), e diversos treinamentos e normas, além da obrigatoriedade do uso de equipamento de 
segurança, e mesmo com a tentativa de implantar essa cultura da prevenção de acidente, há ainda um 
número elevado de acidentes que geram benefício. A proteção à saúde e à segurança é um direito 
garantido a todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, mas apesar dos esforços em neste 
sentido, apenas no mês de Outubro de 2019, foram concedidos 20809 benefícios acidentários, 
impactando em R$ 34.096.328,00 do INSS. 
Muitas são as dúvidas quando o assunto é acidente de trabalho, empregados e empregadores 
precisam ficar alerta a práticas que reduzam o número de acidentes e o que fazer caso eles ocorram. 
A CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) é um documento que deve ser emitido pela 
empresa para registrar um caso de acidente de trabalho ou doença ocupacional, dessa forma o 
documento é muito importante, pois assim a empresa e o governo assumem que o colaborador tem 
acesso aos benefícios da previdência social. O primeiro passo que o trabalhador ou a trabalhadora 
devem tomar após sofrer um acidente de trabalho é ser encaminhado a um médico, e avisar a empresa, 
o mais brevemente possível, sobre o fato ocorrido. O empregador deverá informar à Previdência 
Social, por meio da CAT, todos os acidentes ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja 
5 
 
 
 
afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, e imediatamente em 
caso de morte. 
Caso comprovado o acidente, o trabalhador acidentado que contribui para a Previdência Social 
tem direito aos seguintes benefícios oferecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): 
Auxílio-doença acidentário, compreende os segurados que ficaram temporariamente 
incapacitados para o exercício de sua atividade laborativa em função de acidente ou doenças do 
trabalho. Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento das atividades, caberá à 
empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. Após este período, o segurado deverá 
ser encaminhado à perícia médica da Previdência Social para requerimento do auxílio-doença 
acidentário – espécie 91. No caso de trabalhador avulso e segurado especial, o auxílio-doença 
acidentário é pago a partir da data do acidente. 
Auxílio-acidente, é concedido ao trabalhador que ficou com sequelas decorrentes do acidente 
do trabalho, que reduzam sua capacidade de trabalho. O pagamento realizado a título de indenização 
e corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença, podendo ser 
acumulado com outros benefícios que não seja aposentadoria. Ou seja, com a aposentadoria, perde-
se o benefício. 
Segundo o artigo 18, § 1º da Lei 8.213/91, somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente, 
o trabalhador empregado, a empregada doméstica, trabalhador avulso e o segurado especial 
(trabalhador rural). O contribuinte individual (autônomo) e o facultativo não recebem este auxílio. 
 
Art. 18 da Lei nº 8.213/91 
§ 1º Só poderão beneficiar-se do auxílio-acidente e das disposições especiais relativas a 
acidente do trabalho os segurados e respectivos dependentes mencionados nos incisos I, VI 
e VII do art. 11 desta lei, bem como os presidiários que exerçam atividade remunerada. 
 
Art. 11 da Lei nº 8.213/91 
I - como empregado: 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, 
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação 
específica, presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal 
regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas; [...]. 
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, 
serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento; 
VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o 
garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam suas atividades, 
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de 
terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 
(quatorze) anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o 
grupo familiar respectivo. 
 
Aposentadoria por Invalidez, o benefício é pago ao segurado considerado incapaz para o 
trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O 
aposentado por invalidez tem cancelada a aposentadoria se voltar voluntariamente à atividade. 
ReabilitaçãoProfissional, é um serviço prestado ao trabalhador acidentado que ficou 
impossibilitado de exercer sua atividade laboral atual, visando reinseri-lo no mercado de trabalho. 
Durante o programa a previdência oferece assistência médica, psicológica e fisioterápica, além de 
treinamento profissionalizante e auxílios-transportes e alimentação. 
6 
 
 
 
Todo trabalhador que se afasta do trabalho por motivo de acidente de trabalho tem direito a 
estabilidade no emprego por um período de 12 meses, após o seu retorno. 
1. MATERIAIS E MÉTODOS 
A Saúde do Trabalhador é um campo específico da área da saúde pública que procura atuar 
através de procedimentos próprios com a finalidade de promover e proteger a saúde de pessoas 
envolvidas no exercício do trabalho1. Isto implica em uma atuação multidisciplinar e interdisciplinar 
em que a enfermagem está inserida, junto a outros profissionais especializados, buscando a 
preservação e a promoção da saúde através de medidas de alcance coletivo2. 
Um ponto importante diz respeito ao processo gerador saúde-doença, ao qual os trabalhadores 
da saúde estão expostos. Estes contemplam variados riscos e fatores predisponentes ao desequilíbrio 
biopsicossocial. Tais riscos e fatores em grande parte não são encarados com a seriedade que 
deveriam e, com isso, geram muitas vezes, silenciosamente, os agravos à saúde1. 
Considera-se, para este estudo, que a eficiência, a eficácia e o bem-estar do sujeito no contexto 
de trabalho dependem fundamentalmente da capacidade de regulação da atividade laboral com dupla 
finalidade: gerir as variações das condições externas e internas da atividade e controlar os seus efeitos. 
Neste sentido, este estudo está justificado. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
É notório que o acidente do trabalho gera grandes repercussões na seara trabalhista e 
previdenciária. Sendo assim é de suma importância que a incapacidade laborativa do trabalhador seja 
identificada corretamente. Nesse sentido foi criado o nexo técnico epidemiológico, que permite a 
inversão do ônus da prova. 
De um modo geral, os benefícios previdenciários originados da incapacidade laborativa, 
independem de carência, bastando apenas que o acidentado seja segurado. Ressalte-se que o auxílio 
doença e a aposentadoria por invalidez geram a interrupção do contrato de trabalho, implicando ao 
empregador o pagamento de verbas referente ao contrato de trabalho enquanto durar o afastamento, 
além de gerar estabilidade ao empregado acidentado. 
Nos casos em que o acidente de trabalho ocasionar a morte do segurado, é a Previdência Social 
quem arcará com o pagamento da pensão por morte aos seus dependentes. Ademais o abono anual 
que também é garantido àquele que se encontra afastado, também ficará à cargo do INSS. 
Nesse sentido, a legislação previdenciária vigente, permite uma ação regressiva, a fim de 
reaver valores pagos à título de benefícios acidentários, contra os responsáveis pelo acidente de 
trabalho, causado por negligência quando do cumprimento das normas de saúde e segurança 
estabelecidas. 
5. CONCLUSÕES 
Pela observação dos aspectos analisados, entende-se que a doença profissional ou 
ocupacional é decorrente do exercício da profissão, enquanto a doença de trabalho é desenvolvida 
em virtude do ambiente de trabalho. 
7 
 
 
 
Ambas podem ser agravadas em decorrência do cumprimento do contrato de trabalho, dando 
origem à concausa. Cabe ainda mencionar que os custos da doença ocupacional são muito altos 
para o empregado, podendo gerar graves danos a sua saúde e até resultar em sua morte. 
Desse modo, sempre que houver um acidente de trabalho, o empregado deve se preocupar 
com sua saúde e integridade física, mas também lembrar-se de cientificar a empresa sobre o 
incidente, para que possa ser lavrado o CAT a fim de garantir seus direitos no futuro. 
Ressalta-se que a conduta dolosa ou culposa do empregador que descumpre seu dever legal, 
gera o direito a uma indenização; a inobservância do empregador às condições adequadas de 
segurança e medicina do trabalho geram o direito à reparação civil ao empregado lesado; além disso, 
o empregador poderá sofrer uma ação regressiva por parte do Estado. 
As sanções impostas pela lei, deixam claro que é dever do empregador zelar de todas as formas 
pela preservação da saúde, cumprimento das normas de segurança e prevenção de acidentes do 
trabalho e doenças ocupacionais; posto que, um meio ambiente do trabalho adequado às normas de 
segurança e medicina do trabalho é um direito fundamental do trabalhador. 
Além disso, o trabalhador que sofre acidente de trabalho após o 16o dia adquire estabilidade 
provisória, no entanto, é importante lembrar que existem algumas doenças que não são consideradas 
acidente de trabalho. 
Por fim, os pedidos de indenização decorrente de doença ocupacional aumentam a cada ano; 
em virtude desse cenário jurídico, este artigo teve a finalidade de esclarecer o trabalhador sobre 
seus direitos e garantias decorrentes de doença profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Monografia Doenças Ocupacionais e Profissionais. Disponível em: <https://cepein.femanet.com.br/ 
B Digital/arqTccs/1011261355.pdf>. Acessado em 2013. 
 
Acidente do trabalho e doenças ocupacionais. Doença do trabalho e o meio ambiente do trabalho. 
Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-172/acidente-do-trabalho-e-doencas-
ocupacionais-doenca-do-trabalho-e-o-meio-ambiente-do-trabalho/>. Acessado em 01 de Maio 
2018. 
 
Doença ocupacional: conceito, características e direitos do trabalhador. Disponível em: 
<https://saberalei.jusbrasil.com.br/artigos/378215786/doenca-ocupacional-conceito-caracteristicas-
e-direitos-do-trabalhador>. Acessado em 18 maio de 2016. 
 
Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais, a Repercussão no Sistema Previdenciário. 
Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/acidentes-do-
trabalho-e-doencas-ocupacionais-a-repercussao-no-sistema-previdenciario-2/>. Acessado em 18 de 
Julho de 2019. 
 
Acidente do Trabalho depois da Reforma. Disponível em: 
<https://www.jornalcontabil.com.br/acidente-de-trabalho-depois-da-reforma/>. Acessado em 15 de 
Fevereiro de 2020. 
 
JUSBRASIL. Disponível em: 
<https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Art.+11+da+Lei+8213%2F91>. Acessado em 26 de Junho 
de 2020. 
 
Livro Saúde Ocupacional e Medicina do Trabalho II. Disponível em: 
<https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/livro/livro.php?codigo=164
52>. Acessado em 2013.

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