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Aula 5 - Avaliação Nutricional em adultos - parte 2

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Avaliação Nutricional
Aula 5: Avaliação nutricional em adultos – Parte 2
Apresentação
A completa avaliação nutricional de um adulto compreende indicadores antropométricos, dentre eles, as medidas
secundárias como circunferências e dobras cutâneas.
Avaliar e detectar alterações na composição corporal o mais precocemente possível pode contribuir para a redução de
efeitos decorrentes de problemas de saúde.
As medidas de circunferências e dobras cutâneas têm como objetivo avaliar a composição corpórea de um indivíduo,
embora a precisão das medidas dependa das técnicas utilizadas e da repetição dessas medidas após um período para
que, assim, o acompanhamento seja efetivo.
Objetivos
Reconhecer a importância de medidas secundárias como circunferências e dobras cutâneas;
Identi�car as técnicas de interpretação de circunferências e de dobras cutâneas;
Diagnosticar o estado nutricional de pacientes por meio dos métodos de circunferências e dobras cutâneas.
Circunferências
Recomendações gerais para aferição de circunferências
Efetuar as medidas no hemicorpo
direito do indivíduo.
Utilizar a �ta antropométrica
inelástica e �exível, de preferência
constituída de �bra de vidro;
Aplicar a tensão à �ta para que ela se
ajuste �rmemente ao local a ser
medido, sem “enrugar” a pele ou
comprimir os tecidos subcutâneos.
Dobras cutâneas (DC)
É um método relativamente simples, de baixo custo e menos invasivo para avaliar as reservas gordurosas. Podem ser
utilizadas para medir a quantidade de tecido adiposo subcutâneo, que está diretamente relacionado ao volume de gordura total
do organismo.
São mensuradas por meio de adipômetros ou plicômetros de alta qualidade como Harpenden, Lange, Holtain, Lafayette, Sanny,
Cescorf entre outros.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
 Recomendações gerais para aferição de dobras cutâneas 
 Clique no botão acima.
Recomendações gerais para aferição de dobras cutâneas
1. O paciente deve estar de pé, com os braços relaxados e estendidos ao longo do corpo (posição anatômica). O
avaliado não deve estar usando hidratantes, óleos corporais ou qualquer outra substância que possa in�uenciar o
pinçamento da dobra;
2. Não realizar medida logo após uma atividade física;
3. Padronizar o lado direito que será utilizado para medição e mantê-lo nas demais aferições;
4. Identi�car e marcar o local a ser aferido;
5. Segurar �rmemente a dobra formada com os dedos polegar e indicador da mão esquerda (caso seja destro) e da
mão direita (caso seja canhoto) a 1cm do local marcado;
6. Destacar a dobra de modo a assegurar que o tecido muscular não tenha sido pinçado (manter a dobra pressionada
com os dedos durante a aferição), garantindo somente a medição da pele e do tecido adiposo. Elevar a dobra por volta
de 1cm acima do ponto de medida e mantê-la elevada enquanto faz a medida;
7. Posicionar adipômetro perpendicular a dobra exatamente no local marcado e soltar as hastes lentamente (1 cm
abaixo do pinçamento dos dedos);
8. Fazer a leitura 4 segundos após a pressão ter sido aplicada (após soltar a pressão das hastes);
9. Abrir as hastes do adipômetro para removê-lo do local e fechá-lo lentamente para prevenir danos ou perdas de
calibragem;
10. Realizar no mínimo três (3) medidas num mesmo ponto de referência. Se os valores diferirem mais de 5% um do
outro, uma nova série de 3 medidas deve ser realizada. Deve-se fazer a média aritmética dos 3 valores;
11. No caso de aferições de dobras cutâneas em diferentes locais, sugere-se realizar as medidas de forma rotativa, em
vez de leituras consecutivas em cada local;
12. Não soltar a dobra enquanto não �zer a leitura.
Dobra cutânea triciptal - DCT
- Deve ser medida na direção vertical, paralelamente ao eixo longitudinal, na parte posterior do braço, relaxado e
estendido ao longo do corpo. É aferida no ponto médio entre o processo acromial da escápula (acrômio) e o olecrano
da ulna.
Na parte posterior do braço marcar com lápis 2cm para o lado direito e 2 cm para o lado esquerdo, 2 cm para cima e 2
cm para baixo.
ferição do ponto médio: o braço deve estar �exionado formando um ângulo de 90º. Medir a distância entre o acrômio
da escápula e o olécrano da ulna. O ponto médio encontra-se na metade dessa distância.
Dobra cutânea biciptal – DCB
Medida na direção vertical, paralelamente ao eixo longitudinal, na parte anterior do braço, com a palma da mão voltada
para fora. É aferida no ponto médio. Na parte anterior do braço marcar com lápis 2cm para o lado direito e 2cm para o
lado esquerdo, 2cm para cima e 2cm para baixo.
Dobra cutânea subescapular – DCSE
Medir obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a 2 cm
abaixo do ângulo inferior da escápula.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Dobra cutânea suprailíaca – DCSI
- Obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista
ilíaca, sobre a linha axilar média; - É necessário que o avaliado afaste levemente o braço para trás para permitir a
execução da medida.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Dobra cutânea axilar média – DCAM
- Medir no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginaria transversal na altura do apêndice
xifoide do esterno; - A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para
trás, a �m de facilitar a obtenção da medida.
Dobra cutânea peitoral ou torácica – DCTO
Medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, com diferença para homens e mulheres:
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Homens
Medida no ponto médio da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo;
Mulheres
Medida no terço superior da distância entre linha axilar anterior e o mamilo.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Dobra cutânea abdominal – DCAbd
- Medida no sentido paralelo ao eixo longitudinal;
- É medida no sentido vertical aproximadamente 2 cm à direita da cicatriz umbilical;
- Pinçar os dedos 1 cm acima da linha umbilical e posicionar o adipômetro na altura da linha umbilical.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Dobra cutânea coxa – DCCx
Dobra cutânea coxa proximal – DCCxp
• Medir paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo
reto femoral, a um terço da distância do ligamento inguinal e
a borda superior da patela;
• Para facilitar o pinçamento dessa dobra, o avaliado deverá
deslocar levemente o membro inferior direito à frente, com
uma semi�exão do joelho, e sustentar o peso do corpo
quase que totalmente sobre o membro inferior esquerdo.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Dobra cutânea coxa medial – DCCxm
• Medir paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo reto femoral, na metade da distância do ligamento inguinal e a
borda superior da patela;
Dobra cutânea panturrilha - DCPant
• A dobra deve ser pinçada no ponto de circunferência
máxima da panturrilha na parte de dentro da perna, com o
polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia;
• Para execução dessa medida, o avaliado deverá estar
sentado, com a articulação do joelho em �exão de 90º, o
tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio.
 Centro Universitário Estácio. Manual de aula prática. Fortaleza, 2014.
Interpretação das medidas secundárias
Circunferência da cintura (CC) e circunferência abdominal (CAbd)
Risco decomplicações metabólicas Homens (cm) Mulheres (cm)
Sem risco 94 80
Risco alto ≥ 94 ≥ 80
Risco muito alto ≥ 102 ≥ 88
Fonte: OMS, 1998
Relação cintura/quadril (RCQ)
 Classificação quanto ao risco de desenvolvimento de doençascardiovasculares 
 Clique no botão acima.
Classi�cação quanto ao risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares
OMS, 1998 (acima desse valor apresenta risco de DCV):
Homens = RCQ > 1,0 cm (risco)
Mulheres = RCQ > 0,85 cm (risco)
Circunferência do braço – CB 
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 / CB percentil 50
Percentil
Consultar a tabela referente à CB de acordo com idade e sexo (Tabelas 1 e 2).
 OMS, 1998
 Fonte: Blackburn e Thornton, 1979
Tabela 1 – Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para homens
Tabela 2 – Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para mulheres
 Fonte: Frisancho, 1990
 Fonte: Frisancho, 1990
 Fonte: Frisancho, 1990
Percentil Classificação
< P5 Magro
P5 – P15 Abaixo da média
P15 – P75 Média
P75 – P85 Acima da média
> P85 Gordura excessiva
Fonte: Frisancho, 1990
Percentual (%) Classificação
> 90 Eutrófico (normal)
80 – 89 Desnutrição leve
70 – 79 Desnutrição moderada
< 69 Desnutrição grave
Fonte: Blackburn e Thornton, (1979)
Dobras cutâneas
Dobra cutânea triciptal – DCT
Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100 / DCT percentil 50
Percentual (%) Classificação
> 120 Obesidade
110 – 120 Sobrepeso
90 – 110 Eutrófico(normal)
80 – 89 Desnutrição leve
70 – 79 Desnutrição moderada
< 69 Desnutrição grave
Fonte: Blackburn e Thornton (1979)
Percentil
É necessário consultar a tabela referente à DCT de acordo com idade e sexo (Tabelas 3 e 4).
Medidas secundárias
Circunferência muscular do braço (CMB)
Para facilitar: CMB (cm) = CB (cm) – [DCT (mm) x 0,314)]
Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 / CMB percentil 50
Leitura
Baixe o documento sobre percentil
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Homens = IC < 1,25(NORMAL)
Mulheres = IC < 1,18 (NORMAL)
Classificação Homens Mulheres
Excepcionalmentebaixa 6 – 10% 10 – 15%
Baixa 11 – 14% 16 – 19%
Ideal 15 – 18% 20 – 25%
Moderada 19 – 24% 26 – 29%
Excesso degordura > 25% > 30%
Outros índices
Índice de conicidade (IC)
Utilizado para avaliar a obesidade e a distribuição de gordura corporal, considerando que a obesidade central está associada às
doenças cardiovasculares.
IC = Circunferência da cintura (m) / 109 x √peso (kg)/estatura (m)
Atenção
A raiz quadrada é do peso dividido pela estatura.
Classi�cação quanto ao diagnóstico de obesidade central e risco de doenças cardiovasculares:
Índice de adiposidade corporal (IAC)
Formas de interpretação
 Atividade
1. Um paciente do sexo masculino, 36 anos, sofreu um acidente de carro e se encontra em estado comatoso na UTI de um
hospital público. A partir dos dados a seguir, faça o que se pede:
1. CB = 33 cm
2. DCT = 30 mm
3. Qual % de adequação da CB?
4. Qual % de adequação da DCT?
5. Calcule CMB.
6. Qual % adequação CMB?
2. Paciente do sexo masculino, 42 anos, portador de tuberculose, procurou o ambulatório de nutrição com o objetivo
regularizar a sua alimentação e diminuir o cansaço, além de notar uma perda de peso nos últimos 6 meses. Ao exame
físico, o paciente apresenta-se com conjuntiva hipocorado, afebril, abdome �ácido e indolor à palpação super�cial. A
avaliação antropométrica realizada pelo nutricionista constatou os seguintes dados:
Peso habitual: 82 kg /Peso atual: 60 kg / Estatura: 166 cm
CC: 86 cm / CQ: 94 cm / CAbd: 88 cm 
Desenvolva as seguintes ações:
a) Dê o diagnóstico nutricional descrevendo o IMC.
b) Apresente o índice de conicidade.
c) Apresente a razão cintura quadril e diagnóstico, diagnóstico da CAbd.
d) Dê o diagnóstico �nal do paciente.Referências
FISBERG, R. M. et al. Inquéritos alimentares: métodos e bases cientí�cos. São Paulo: Manole, 2005.
GIBSON, R. S. Principles of nutritional assessment. 2. ed. New York: Oxford, 2005.
LOHMAN, T. G.; ROCHE, A. F.; MARTORELL, R. Anthropometric standardization reference manual. Illinois: Human Kinetics, 1988.
 OLIVEIRA, F. Avaliação do estado nutricional: avaliação bioquímica. In: SILVIA, S. M. C.; MURA, J. D. A. P. (Ed.). Tratado de
alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Rocca, 2007. p. 141-145.
ROSA, G. et al. Avaliação nutricional do paciente hospitalizado: uma abordagem teórico-prática. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan, 2008.
TIRAPEGUI, J.; RIBEIRO, S. M. L. Avaliação nutricional, teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
VASCONCELOS, F. A. G. Avaliação nutricional de coletividades. 4. ed. Florianópolis: UFSC, 2007.
Próxima aula
Medidas secundárias para avaliação do estado nutricional;
Técnicas de aferição das medidas secundárias para avaliação do estado nutricional em adultos;
Interpretação das técnicas de medidas secundárias para diagnóstico nutricional.
Explore mais
MELO, A. P. F. et al. Métodos de estimativa de peso corporal e altura em adultos hospitalizados: uma análise comparativa. In:
Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano.
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