Buscar

Cor aplicada a odontologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

COR APLICADA À ODONTOLOGIA 
PERCEPÇÃO DA COR
· É necessário que a luz encontre um objeto, interaja com ele e chegue até a retina, para que as informações sejam capturadas e enviadas ao cérebro.
LUZ
· Radiação eletromagnética que proporciona sensação visual mediante estimulação da retina;
· A luz é imprescindível no processo de percepção da cor;
· Na ausência de luz, não há cor e alterações na luz levam a alterações na cor;
· Radiação visível tem comprimento de onda entre 400 nm e 700 nm para humanos. 
· Luz branca: combinação de todos os comprimentos de onda balanceados entre 400 nm e 700 nm ;
· Luz azul: 400 a 500 nm;
· Luz verde: 500 a 600 nm ;
· Luz vermelha: 600 a 700 nm;
· Ondas que ultrapassam 700 nm (ondas de rádio e TV, micro-ondas, raios infravermelhos) ou são inferiores a 400 nm (radiação ultravioleta, raios-X e gama) não podem ser vistas pelo olho humano.
SISTEMA ADITIVO
· Implica percepção de cor pela emissão de luz por uma fonte luminosa;
· Com a interação da luz com as cores primárias (verde, vermelho, azul) pode-se produzir o restante das cores;
· A cor branca é originada da combinação das três cores primárias em intensidade igual/
· A combinação de duas cores primárias resulta nas cores secundárias (ciano, magenta e amarelo):
· Verde + azul: ciano;
· Verde + vermelho: amarelo;
· Azul + vermelho: magenta.
· Variações de cores primárias em intensidades diferentes pode gerar milhões de possibilidades de percepção de cores.
SISTEMA SUBTRATIVO
· Implica percepção de cor pela mistura de tintas e pigmentos para criar cores diferentes, a combinação de diferentes tipos de pigmentos geram diferentes possibilidades de cores.
INTERAÇÃO DA LUZ COM A MATÉRIA
· Gera vários fenômenos: reflexão, absorção, transmissão e refração;
· Podem ocorrer isoladamente ou em conjunto dependendo do tipo de luz e da natureza do objeto iluminado.
REFLEXÃO
· Ocorre quando um raio de luz incide na superfície de um objeto e é refletido, podendo ou não ter sua direção alterada;
· O raio de luz incidente será refletido segundo a regularidade da superfície do objeto: 
· Superfície regular: raios refletidos com mesma angulação do incidente ou ainda paralelos (reflexão especular);
· Superfície irregular: raios refletidos terão diferentes direções (reflexão difusa).
· As maiorias das superfícies produzem uma combinação entre os dois tipos de reflexão.
ABSORÇÃO
· Ocorre quando parte da luz é absorvida;
· A superfície preta absorve todos os comprimentos de onda do espectro luminoso;
· As demais cores não absorvem com a mesma intensidade todas as frequências do espectro (absorção seletiva).
TRANSMISSÃO
· Luz atravessa um corpo transparente e/ou translúcido;
· Transparente: toda a porção da luz atravessa o objeto;
· Translúcido: parte da luz atravessa o objeto e parte é refletida.
REFRAÇÃO
· Passagem dos raios luminosos de um meio para outro, alterando sua direção;
· Na visualização da dentição natural TODOS esses fenômenos podem ser observados: umidade da cavidade oral, diferenças de textura superficial e de translucidez, grande variação de nuances de cor interação dos fenômenos para formar a percepção visual dos elementos dentais.
PERCEPÇÃO DA COR
· Sensação proveniente da estimulação de cones e bastonetes na retina humana, gerando sinais químicos que serão interpretados em uma região específica do cérebro;
· Os bastonetes possuem maior sensibilidade à luz e são responsáveis pela visão em baixos níveis de iluminação (visão noturna):
· São acromáticos, assim, não são capazes de diferenciar entre os diferentes tipos de cores;
· São em maior quantidade e captam o preto e o branco.
· Cones são responsáveis pela visualização das cores:
· Dividem-se em três grupos, cada um com maior sensibilidade a um comprimento de onda diferente, gerando sensação visual de uma das três cores primárias;
· São em menor quantidade e tem a percepção do colorido.
RELEMBRANDO: A PERCEPÇÃO DE COR DÁ-SE PELA INTERAÇÃO DA LUZ COM A MATÉRIA (DEPENDE DA LUZ E DO OBJETO VISUALIZADO).
· Obtemos diferentes sensações visuais dependendo da cor da luz emitida e da cor e natureza do objeto. Essa interação entre ambos resultará em um tipo de luz que sensibiliza determinada porção de células da retina;
· Com a mesma fonte de luz, podemos obter diferentes sensações visuais;
· Dependendo do tipo de luz que incide, obtemos diferentes sensações visuais;
· Metamerismo: objetos de cores diferentes podem proporcionar uma mesma percepção visual.
DIMENSÕES DA COR
· MATIZ se refere ao nome da cor:
· Primeira dimensão da cor;
· Cada matiz é determinado por um comprimento de onda específico dentro do espectro de luz visível;
· Dentição humana: varia do amarelo ao laranja ou do cinza ao azul em regiões de alta translucidez;
· O matiz é o mesmo para os dentes, porque no final ou o dente é mais branco ou mais amarelo.
· CROMA ou SATURAÇÃO é a magnitude do matiz:
· Diferentes tonalidades de um mesmo matiz;
· Dentição humana: há diferentes cromas entre os dentes e até mesmo em um mesmo elemento.
· VALOR ou LUMINOSIDADE é a quantidade de luz que a cor é capaz de refletir:
· Vai desde o preto (baixo valor) até o branco (alto valor), passando por diferentes tons de cinza, sendo responsável pela distinção entre cores claras e escuras, independente do matiz;
· Valor é a dimensão da cor mais importante para a odontologia restauradora. 
EFEITOS ÓPTICOS NOS DENTES NATURAIS
· TRANSLUCIDEZ:
· Propriedade presente em certas substâncias que permite que a luz seja absorvida, refletida e transmitida de forma simultânea;
· O grau de translucidez altera a percepção da cor;
· Dentina e esmalte diferem pelo grau de translucidez:
· Esmalte: alta translucidez e baixa saturação;
· Dentina: baixa translucidez e alta saturação.
· Policromia dental: dependendo da área existe maior ou menor quantidade de esmalte sobrepondo-se à dentina, assim, a percepção da cor do dente altera dependendo da área observada.
· FLUORESCÊNCIA:
· Possibilidade de uma substância emitir luz quando exposta a radiações com comprimento de onda não visíveis (ex: radiação ultravioleta, luz negra). Com isso, podem ocorrer alterações na percepção da cor devido a alterações do estado elétrico das substâncias fluorescentes quando expostas a radiações não visíveis, que quando retornam ao estado de origem emitem luz;
· O dente natural, principalmente a dentina, tem a possibilidade de exibir fluorescência com coloração que vai desde o branco ao azul-claro. Assim, quando em ambientes com certos tipos de radiação (UV) adquire uma luminosidade adicional, alterando o seu brilho e, consequentemente, sua cor;
· Dessa forma, a fluorescência deve ser avaliada nas restaurações estéticas. 
· OPALESCÊNCIA:
· Capacidade inerente a alguns materiais cristalinos e translúcidos, como o esmalte dental, de refletir ondas curtas e transmitir as longas. Dessa forma, pode mostrar-se azul diante da luz refletida e alaranjado diante da transmitida (graças a sua translucidez natural).
A COR NAS DIFERENTES REGIÕES DO DENTE 
· A percepção da cor dá-se pela interação da luz com as estruturas que compõem o dente, principalmente com o esmalte e a dentina. Devido à translucidez do esmalte, parte da luz atravessa-o, incidindo sobre a dentina. Esta absorverá uma parte e refletirá outra parte da luz que chega até ela. A porção da luz refletida pela dentina retorna atravessando novamente o esmalte e passará para o meio externo com características próprias. Sendo assim, mesmo translúcido, o esmalte modifica a cor do dente;
· TERÇO CERVICAL:
· Esmalte delgado: cor da dentina mais aparente;
· Região com alta saturação, sendo o local ideal para tomada de cor da dentina;
· Halo amarelado nos dentes (incisal).
· TERÇO MÉDIO:
· Grande espessura de esmalte e dentina: boa parte da luz é luz refletida pela dentina e o esmalte atenua a alta saturação, aumentando a luminosidade.
· TERÇO INCISAL:
· Pequena espessura de dentina: altamente translúcido;
· Quando a luz atravessa o esmalte e não encontra a dentina para refletir-se, ela perde-se e não retorna aos olhos do observador,por isso a região pode apresentar baixa luminosidade. 
MÉTODOS DE MENSURAÇÃO E REGISTRO DA COR
· MÉTODO INSTRUMENTAL:
· Tomada de cores eletronicamente;
· Utiliza o colorímetro e o espectrofotômetro para mensuração, tecnologia que não está presente na maioria dos consultórios;
· Esse aparelho emite uma luz, que é refletida pelo dente e será captada. 
MÉTODO DA COMPARAÇÃO VISUAL
· Utiliza diversas escalas (é o mais usado);
· Restaurações diretas em compósitos: 
1. Colocar pequenos incrementos da RC sobre a superfície do dente e após sua fotoativação, comparar com a porção do dente a ser restaurada;
2. Usar uma escala de cores (padrão de cor indicado por um fabricante);
3. Comparar o dente natural com padrões previamente confeccionados pelo CD ou pelo protético em RC ou cerâmica.
ESCALAS DE CORES
· Usadas para guiar a seleção das cores para procedimentos restauradores e protéticos;
· Produzida pelo CD ou ceramista ou pelo fabricante;
· Mais conhecidas: Vitapan classical (Vita), Vitapan 3D master, Chromascop;
· Podem ainda ser usadas escalas de comparação universal, em que as amostras são ordenadas com nomenclatura própria tentando transmitir matiz, valor e croma de cada amostra a ser comparada com os dentes naturais;
· VITAPAN CLASSICAL:
· 16 amostras divididas em 4 matizes e cada matiz dividido em cromas diferentes;
· O matiz expresso por letras e o croma por números que influencia no valor e na intensidade;
· À medida que o número aumenta, aumenta também o croma e diminui o valor:
· A – laranja: A1, A2, A3, A3, A5, A4 (graus de saturação);
· B – amarelo: B1, B2, B3, B4;
· C – amarelo/cinza: C1, C2, C3, C4;
· D – laranja/cinza: D2, D3, D4.
· D dentina; E esmalte; T translúcido; B corpo. Sequência de A, B, C e D das RC opaco, mais opaco, translúcido, mais translúcido.
· OBS.: cerâmicas HO: alta opacidade; MO: média opacidade; LT: baixa translucidez; HT: alta translucidez;
· VITAPAN 3D MASTER:
· É ordenada tendo como base o valor;
· A escala é dividida em 5 grupos, cada amostra tem o mesmo valor e recebe a especificação de 1 a 5. Assim, os números mais baixos apresentam níveis de luminosidade mais altos;
· A tomada por essa escala dá-se definindo inicialmente o grupo de valor que mais se assemelha ao dente, seguido do croma dentro desse mesmo grupo e, por fim, escolhe o matiz, que pode ser M (padrão), L (levemente amarelado) ou R (levemente avermelhado)
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS PARA SELEÇÃO DA COR EM ODONTOLOGIA
· Deve-se considerar a espessura e cor do esmalte e dentina até a textura superficial, caracterizações e formas que devem ser transmitidas a restauração. Ou seja, todo o remanescente dental, dentes e estruturas vizinhas devem ser observados;
· A estrutura dental altera sua cor quando desidratada, tornando-se mais opaca e clara. Logo, devemos tomar o cuidado de não ressecar o elemento dental antes da tomada de for.;
· MENSURAÇÃO DA COR:
· ANTES do isolamento absoluto e sob boa iluminação, com dentes limpos e livres de biofilme, tártaro ou pigmentos e não ressecar o elemento dental (dente opaco e claro);
· Processo deve ser rápido para não gerar confusão visual.
· ENSAIO RESTAURADOR PARA RESTAURAÇÕES DIRETAS COM RC:
· Confeccionar restauração prévia com as cores de resina que serão usadas na restauração definitiva, mas sem o processo de adesão e observar o resultado da interação de todas as cores.
· RESTAURAÇÕES INDIRETAS:
· Protocolo fotográfico para informar o ceramista o material e a cor do remanescente dental (preparo);
· Peças de cerâmica: mais translúcidas, possibilitando a interação da restauração com o remanescente dental, o que permite a passagem de luz podendo alcançar uma estética próxima à natural. Entretanto, o aumento da translucidez das peças cerâmicas pode fazer com que o resultado possa seja influenciado pela cor do remanescente dental e pelo cimento;
· Agentes cimentantes com géis especiais (try-in) simulam o resultado da restauração pós cimentação para prever a interação substrato, peça protética e cimento. 
· OBS.: A última camada do dente é mais translúcida;
· OBS.: transparente é o sumiço por completo;
· OBS.: opacificação é dada dependendo da espessura a ser usada.

Continue navegando