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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA Cozinha Europeia e do Mediterrâneo 2012/2 Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 2 COZINHA EUROPEIA E DO MEDITERRÂNEO O Mediterrâneo é um mar quase fechado – de onde o seu nome, do latim Mediterraneus, ou "entre terras", foi tirado. Compreende a área entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África setentrional. Cobre uma superfície de 2,5 milhões de quilômetros quadrados, comunicando-se, através de estreitas passagens: com o oceano Atlântico (Estreito de Gibraltar), com o mar Negro (Estreitos de Dardanelos e Bósforo) e com o mar Vermelho (canal artificial de Suez). Ao longo dos séculos, o Mediterrâneo constituiu-se numa zona privilegiada de contatos culturais, de relações comerciais e de enfrentamentos políticos, ora ligando ora dividindo os países banhados por suas águas: Espanha, França, Mônaco, Itália, Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia-Montenegro, Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 3 Albânia e Grécia na Europa; Turquia, Síria, Líbano e Israel, na Ásia; Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos, no Norte da África. Os árabes que bem o conheciam e navegavam costumavam dizer que o Mediterrâneo se estendia "até onde vicejam as oliveiras", pois além de marinheiros, seus habitantes eram também camponeses, extraindo da terra o sustento que o mar sozinho não podia satisfazer. “[...] Por volta de 3000 a.C. a oliveira já era cultivada por todo o "Crescente Fértil", hoje chamado de Oriente Médio. Um milênio mais tarde, apareceram os relatos sobre grandes olivais que cercavam as cidades. Entre os exemplos está uma inscrição do tempo de Ramsés II (1197-1165 a.C.), descoberta em Heliópolis, no templo do deus Rá. Curiosamente, esse azeite não tinha como principal destino a alimentação, mas fornecer iluminação ao palácio sagrado. Comerciantes exemplares, os fenícios foram importantes na difusão de conhecimentos e alimentos em seu tempo. Em suas viagens, introduziram as oliveiras nas ilhas gregas. Não demorou para que o azeite se transformasse no principal produto de exportação de Creta, transportado em ânforas. Apesar de terem sido os gregos os responsáveis pelo aperfeiçoamento do cultivo e do aprimoramento de técnicas de prensagem e extração do óleo, com os romanos as oliveiras conheceram o milagre da multiplicação. Conquistadores, os romanos levaram mudas a todos os territórios anexados, propiciando a difusão não só pela Europa, como em todo restante das margens do Mediterrâneo: Tunísia, Argélia e Marrocos. Junto do trigo e do vinho, o azeite compunha a tríade agrícola do modelo alimentar adotado por gregos e romanos. O célebre gastrônomo Apicius, nas 468 receitas que compilou entre a nobreza de Roma, registra dez Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 4 ingredientes essenciais na preparação de um prato. Por ordem de frequência, o azeite aparece como terceiro da apreciada lista [...]. [http://www.herbario.com.br/cie/saiba/mitlenhi/oliva.htm] Em linhas gerais, o modelo alimentar mediterrâneo diz respeito a uma extensa região que compreende diversos países, alguns não banhados pelas águas do mar Mediterrâneo, como Portugal e Jordânia, e cujos povos desenvolveram um padrão alimentar similar: boa parte da Itália, o Sul da França, parte da Espanha, Portugal, Grécia, países do Norte da África e do Oriente Médio. Para José Luiz Alvim Borges [Associação Brasileira de Sommeliers] "[...] a diversidade dos países e das culturas da região traz a indagação sobre a origem desse padrão alimentar. Sabe-se que até o início do neolítico, cultivares como trigo, aveia, lentilhas, cevada e as ervilhas ainda não existiam nas terras mediterrâneas. Tais espécies foram domesticadas no Crescente Fértil, entre o Tigre e o Eufrates e levadas à Europa pelo Danúbio e pelo Mediterrâneo por volta de 5000 AC. A história da cultura e da civilização ocidental confunde-se com a da luta pela dominação do Mediterrâneo. O maior dos mares internos serviu como palco da fusão dos hábitos e costumes de numerosos povos. Os sinais desse processo são visíveis na alimentação. Embora conceitualmente não se possa falar de uma cozinha mediterrânea, vários ingredientes e modos de preparo são comuns aos pratos dos países da região. Entre esses está o óleo de oliva que é utilizado in natura e para a fritura por todos seus povos [...] [...] O trigo é outro alimento ubíquo na bacia. Seu cultivo é conhecido, no vale do Nilo, desde 5000 AC. Os romanos consumiam-no como mingaus (puls) o que lhes valeu o apelido dado pelos povos orientais de pultiphagis (comedores de papas). Desde 1500 AC, no Egito, a farinha para panificação é Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 5 levemente levedada com Saccharomyces [fungo de provoca a fermentação]. O pão achatado, conhecido pelo nome ocidental de pitta (khubz adi) é o veículo para a alimentação com as mãos. Saladas, legumes e pastas são apreendidos com pedaços de pitta e levados à boca. Os mazza árabes ou mezzès gregos e turcos são uma maneira refinada de prolongar o prazer da refeição. Os tapas, seus equivalentes espanhóis, originaram-se, é provável, na ocupação moura. Sobrepor coberturas ao pitta deu origem às esfihas (lahm bi`ajeen), pizzas e focaccias além das pissaladières e fougasses provençais. Torrado e esmigalhado o pão é utilizado sobre o fatuche e a mulukhiya. Talvez essa seja a origem das migas da península ibérica. As massas assumem as mais variadas formas. As longas são conhecidas como itrya, donde o nome aletria. As curtas como shia’iriya (cabelo) ou fidâwsh (fideos em espanhol). Na Itália sua diversidade é admirável. Outros produtos do trigo são muito utilizados. O bourghoul, trigo quebrado grosseiramente, integra pratos como o tabouleh, o burghoul bi dfeen (carne com trigo) e as várias apresentações do kibbeh: mahshieh, meklieh, bissayniyyi e naye. A sêmola do trigo em grânulos, o cuscuz, de origem berbere, é o prato de resistência de todo o Magreb. Uma das primeiras citações a seu respeito é do 13º século: a receita de alcuzcuz fitiyani, em um livro de cozinha da Espanha muçulmana, Kitab al-tabikh fi al-Maghrib wa’l- Andalus. O cuscuz é hoje comido não só no Magreb mas também em todo o Norte da África, Oriente Médio, Itália (Cùscusu Trapanese) e França. O grão de bico, originário do Mediterrâneo oriental (Grécia, Turquia ou Síria) antes das lentilhas e das favas é a leguminosa prevalente na região. Aparece no Hoummos e no Salsouf libaneses, nos Falafels de Israel [e do Líbano], no “Strisce e ceci” toscano, na Socca de Nice e nos Garbanzos à catalã.[E na Farinata lígure] Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 6 Modos de preparo como folhar a massa, rechear legumes, moer a carne e fritar em azeite de oliva são comuns a todas culinárias mediterrâneas. Destarte, fenícios, gregos, romanos, árabes, turcos e judeus sefaradins disseminaram ingredientes, modos de preparo e hábitos alimentares pelo Mare Nostrum determinando um padrão atual chamado simplisticamente “dieta mediterrânea” [http://www.abs-sp.com.br/conteudo/page_cont_438.asp] O conceito de "dieta mediterrânea" segundo Annie Hubert, em artigo publicado na revista Slow Food n. 10, julho/setembro de 1998, sob o título A dieta do forçado "teria aparecido pela primeira vez em 1824. Um jovem cirurgião da marinha inglesa, Peter Cunningham, encarregado de acompanhar um grupo de forçados deportados da Inglaterra para a Austrália em 1821, já estava convencido do fato, reconhecido na Antiguidade pela medicinahipocrática, de que a dieta alimentar das pessoas devesse corresponder ao clima e à estação em curso. Considerando que - dirigindo-se para o Sul - o clima seria quente e bastante seco como o é o clima australiano e das costas mediterrâneas, Cunnigham chegou à conclusão de que os homens sob sua responsabilidade não deveriam consumir carne na quantidade a que estavam habituados na Inglaterra, mas sim alimentar-se principalmente de cereais, frutas e verdura [...] Depois de Cunnigham, um longo silêncio em torno do tema duraria até os anos Setenta do século XX, quando a expressão "alimentação mediterrânea" seria novamente utilizada pelo casal de fisiologistas americanos, os Keys, que em 1975 publicaram um estudo intitulado: How to eat well and stay well: the Mediterranean way [O modo mediterrâneo de comer bem e viver com saúde]. Neste trabalho os Keys constavam a existência de uma correlação entre os hábitos alimentares das populações do Norte e do sul da Europa e o seu estado de saúde, Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 7 principalmente em relação às doenças cardiovasculares. O que entendiam esses pesquisadores por "dieta mediterrânea"? Essencialmente referiam-se a uma alimentação pobre em ácidos graxos saturados, expressa muito mais saborosa do que a clássica dieta [hipolipídica] a que eram submetidos os doentes cardíacos". Segundo Lorenzo Piroddi, no livro Sapore di Sole [Mondadori, 1993] o termo dieta mediterrânea utilizado para caracterizar a alimentação dos povos da região, é absolutamente impróprio por não se tratar "de um regime alimentar específico a ser adotado quando o caso o exige, mas de um tipo de nutrição normal, habitual, com características ligadas a vastos limites geográficos, climáticos e ambientais, com todas as variantes nacionais, regionais, locais e tradicionais que constituem em lato senso uma verdadeira cultura alimentar.[...]" Cultura alimentar - e não dieta - capaz de incorporar novos produtos como as inúmeras plantas tropicais procedentes do Oriente (final do século XI) e do Novo Mundo (séculos XV-XVI), muitas das quais marcariam profundamente a culinária desses povos. É importante ressaltar que mesmo privilegiando o uso de trigo, azeite, vinho, peixes e vegetais autóctones ou exóticos, seculares pilares da alimentação dos povos mediterrâneos, esse modelo não significa a exclusão dos diversos tipos de carne e sim um emprego limitado, em função da sua disponibilidade, e com predomínio de animais de pequeno porte pela facilidade de sua criação. Um modelo semelhante, no que tange os ingredientes, entretanto, desenvolveu um repertório diversificado de preparações culinárias, refletindo as particularidades históricas e culturais de cada povo. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 8 Assim, a influência da culinária árabe na culinária do Mediterrâneo se manifesta particularmente nos países do Oriente Médio, África do Norte, Espanha e Sicília, submetidos aos conquistadores islâmicos, mas não marcadamente no resto da Europa. "[...] Apesar de algumas certezas, tais como a introdução de plantas tropicais - arroz, sorgo, cana de açúcar, espinafre, berinjela, melancia, damasco, limão, toranja, etc. - não há consenso sobre a contribuição dos árabes à cozinha europeia. Não se sabe ao certo, apesar de seus nomes, se a alcachofra e a echalota (cebola de Ascalon) foram introduzidas por eles. Tratar-se-ia antes de novas variedades de espécies já conhecidas. O arroz e o açúcar eram usados bem antes de serem produzidos nos limites dos territórios da Itália, da Sicília ou da Espanha cristianizadas. A difusão do segundo é um fenômeno tardio e complexo, no qual os árabes não tiveram um papel significativo. As especiarias, nas quais ele se inclui, são largamente importadas até o século XVI por meio dos países muçulmanos. Muitas eram conhecidas pelos gregos e romanos, principalmente a pimenta, usada em larga escala. Sua gama ampliou-se e seu consumo cresceu no fim da Idade Média, mas não é fácil definir com exatidão o papel dos árabes nesse fenômeno. Caso excepcional, o açafrão foi aclimatado na Europa a partir da Espanha. Da mesma maneira, ignoram-se como certos pratos característicos da cozinha árabe passaram a fazer parte da alimentação dos europeus. Os efeitos de um contato direto com o Oriente são limitados [...] Mas na Sicília e na Espanha é diferente. Na corte normanda de Palermo foram adotados muitos costumes árabes, Na península ibérica, cristãos e muçulmanos tinham contato constante e, a partir do século XI, os reinos do Norte, que já tinham acolhido os moçárabes, subjugam os muçulmanos [...]. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 9 [...] Para avaliar a importância da influência árabe pode-se estudar o lugar que ocupam, nos mais antigos livros de cozinha da Europa cristã, os produtos considerados característicos - algumas especiarias, o açúcar, as amêndoas, a água de rosas, o suco de frutas ácidas - assim como certos tipos de cocção e sabores: o doce, o picante, etc. [...] A influência árabe durou do século XII ao XV, quando então declinou, sem contudo desaparecer. Novos exotismos atraem então os europeus e o mundo se transforma. Os turcos dominam o Oriente Médio e aí introduzem novos costumes. Os países muçulmanos vêem reduzido o seu papel de intermediários. Da América chegam novidades introduzidas também nos países muçulmanos - o tomate, o pimentão, a batata, o milho, novas espécies de feijão -, e a alimentação modifica-se consideravelmente" . [História da Alimentação, org. Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari, Estação Liberdade, 1998] A seguir estudaremos as principais produções das cozinhas dos seguintes países: Portugal, Espanha, Itália Insular, Grécia, Marrocos, Egito, Síria, Líbano e Israel. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 10 Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 11 Apostila Prática: Cozinha Europeia & Mediterrânea Árabe Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 12 CONTEÚDO TEÓRICO O idioma árabe é o símbolo principal de uma unidade cultural. O islamismo proporciona outro grande vínculo. Atualmente há mais de 200 milhões de árabes que vivem no oriente médio e no norte da áfrica em 22 países: Líbano, Síria, Egito, Iraque, Líbia, Mauritânia, Arábia Saudita, Palestina, Etiópia, Katar, Bahrein, Jordânia, Sudão, Tunísia, Marrocos, Iêmen, Kuwait, Argélia, Eritréia, Somália, Omã e Emirados Árabes Unidos. Quando se fala em árabe no Brasil, fala-se principalmente dos originários da Síria ou do Líbano, principais origens dos imigrantes que começaram a chegar aqui por volta de 1880. Todas as iguarias e quitutes que os brasileiros aprenderam a identificar como cozinha árabe foram trazidos por esses imigrantes, portanto iremos neste módulo enfocar os temperos e pratos desses dois países árabes. Apesar dessa identidade, houve e ainda há, no Brasil, muita confusão gerada na época em que o império otomano dominou esses países, fazendo com que os imigrantes árabes chegados aqui até 1917 fossem erradamente classificados como turcos (quando na verdade, os turcos são outro povo (otomanos), com língua e cultura próprias). Um dos grandes orgulhos do povo árabe está em torno da comida, cabendo às mulheres a função de prover o alimento. O melhor elogio que alguém pode receber quando está servindo um prato a um árabe é: “quase tão bom quanto o de minha mãe”. Para os árabes, o ato de comer e de oferecer comida significam demonstrações de afeto, uma marca registrada dessepovo, que sempre faz questão de tratar e alimentar muito bem seus convidados. Os visitantes devem provar de tudo um pouco, pois recusar algo pode ser considerado um gesto de ofensa. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 13 A culinária árabe é uma arte refinada, com muitos aromas, temperos e ervas. Uma típica refeição árabe começa com o mezze, ou seja, são servidos diversos antepastos, potes com nozes, pães, vegetais em conserva, ou até mesmo uma refeição completa com salada, mariscos, grelhados, espetinhos de carne e sobremesas. Trata-se de uma “refeição” social, para que os amigos e família apreciem as iguarias e conversem durante o evento. Os cereais e leguminosas são comumente usados nas preparações: trigo, lentilhas, grão de bico, favas, semolina e gergelim. O pão está sempre presente, muitas vezes substituindo os talheres, servindo como invólucro para saladas, pastas e carnes. É muito comum ser temperado com azeite e zatar, um típico tempero da região. Dentre as carnes, destacam-se o cabrito e o carneiro. Os peixes são geralmente grelhados na brasa e temperados apenas com alho, suco de limão e azeite. Os temperos são os mais diversos, e podem ser conhecidos nas páginas seguintes. Frutas como tâmaras, romãs, damascos, figos e uva, são servidos frescos, em conserva ou ainda secos. Os doces possuem caldas e aromas em abundância, sendo aromatizados com almíscar e água de flores, incrementados com frutas secas, nozes, amêndoas, pistache e nata. O arak é uma bebida alcoólica com sabor de anis, e que surgiu como substituta do absinto quando este se tornou ilegal. O café é outra bebida comum, servido durante todo o dia; é forte, espesso e, geralmente, muito adoçado, podendo também ser aromatizado com hel (cardamomo). Seguindo a tradição de recepcionar bem, quando um convidado chega é logo convidado a ficar para um café, por mais rápida que seja a visita. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 14 Alguns dos principais ingredientes, temperos e especiarias. Água de rosas e água de flor de laranjeiras (mai ward e mazaar) São duas essências árabes usadas em doces e alguns pratos salgados (carneiro, tripa cheia). Canela (irfa) Usada tanto em pó como em rama nos doces e salgados. Cardamomo (hel) Delicioso aromatizante no café, biscoitos e salgados. Cominho (kamun) Utilizado em saladas e pratos salgados. Fava (full) Para fazer o delicioso falafel, saladas e ensopados. Gergelim (somsom) Tanto nos pratos salgados como nos doces. Hortelã (naaná) Saladas, coalhadas, quibe etc... Misky (misky) Substancia odorífera segregada pelo almiscareiro, planta da família das estiracáceas. Melaço de romã (dibs romen) Realça o sabor agridoce, muito utilizado em saladas, esfihas, quibe. Pimenta síria (ba-har) Conhecida como pimenta síria, tem sabor picante e é um dos mais importantes ingredientes do quibe, da esfiha e da culinária árabe em geral. É composta de pimenta da jamaica, pimenta do reino preta, canela, cravo e noz moscada. Snoobar (pinoles) É muito sofisticado e caro; é utilizado em recheios e doces. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 15 Trigo (bourgol) Utilizado em diversos pratos e de vários tipos: - Trigo inteiro mais utilizado em sopas; - Trigo grosso como substituto do arroz e usado também em pratos com coalhada; - Trigo fino para quibes e saladas. Zatar É uma mistura utilizada em saladas, massas assadas, em pão. É composta de sumac, gergelim e tomilho. Sumac Com folhas que assumem uma linda cor vermelha no outono, o sumac é um arbusto altamente decorativo, cresce como planta selvagem por todo o Oriente Médio, enquanto no Ocidente os cultivadores o consideram apenas ornamental. Os cozinheiros do Líbano, Síria, Turquia e Irã têm em grande conta as espigas das brilhantes bagas vermelhas, que produzem essas bagas (quando secas, têm cor vermelho-tijolo e são usadas inteiras ou moídas, em grande número de pratos). As bagas são amargas, e têm sabor bastante adstringente e acidez própria da fruta, mas sem a aspereza do vinagre ou do sumo do limão. Foi usada pelos romanos antes de os limões terem chegado à Europa. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 16 PRIMEIRO DIA: Objetivos de aula: Ao final da aula o aluno será capaz de: Estudar os aspectos mais importantes e as principais características da cozinha árabe com teoria e prática de receitas típicas. ACOMPANHAMENTO DAS PRODUÇÕES: PÃO SÍRIO PRODUÇÕES DO DIA Salada de verduras com pão torrado – Fattouch (dupla) Pasta de grão de bico com tahine (Hommus) (dupla) Berinjela com molho de tahine (Babaganush) (dupla) COALHADA FRESCA COM PEPINO (DUPLA) TRIGO GROSSO COM LENTILHAS (DUPLA) TABULE (DUPLA) Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 17 Pasta de Grão de Bico com Tahine Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Grão de bico cozido 300 (150g se for seco) Gramas Azeite de oliva extra- virgem para regar Q. B. -- Salsa picada para decorar ou Q.B. -- Páprica para decorar Q.B. -- Método: 1. Bater o grão de bico cozido no processador usando um pouco da água do cozimento, até virar uma pasta homogênea. 2. Adicionar o molho de tahine à pasta de grão de bico (ver a seguir) 3. Decorar com salsa picada, ou páprica e azeite, ou ainda com grãos de bico cozidos e inteiros. 4. Servir acompanhado com pão árabe. OBS: Deixar o grão de bico de molho em água abundante, de véspera. Lavar bem e cozinhar até quase desmanchar o grão, ainda quente, processá-lo usando o liquidificador, ou processador, de modo a obter uma pasta fina e homogênea. Se ainda estiver grossa, adicionar um pouco de água do cozimento, reservada à parte. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 18 Berinjela com Molho de Tahine (Babaganush) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Berinjela grande 1 Unidade Decoração: Snoobar Q.B. -- Salsa picada ou Q.B. -- Páprica picante ou Q.B. -- Semente de gergelim branca Q.B. -- Azeite de oliva extra- virgem para regar Q.B. -- Método: 1. Lavar as berinjelas, retirar o cabo e fazer um corte leve em cruz na ponta, para sair o vapor quando a berinjela estiver assando. 2. Assar as berinjelas, com casca, diretamente na chama do fogão, virando sempre para que grelhem por inteiro, até ficarem moles. Tirar sua casca sob água corrente e deixar escorrer. 3. Colocar a polpa da berinjela sobre um prato e amassar com um garfo. 4. Juntar o molho de tahine à berinjela amassada (ver a seguir). Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 19 Molho de Tahine Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Tahine marca Istambul 120 Gramas Alho 1 Dente Sal fino Q.B. -- Limão tahiti Água Gelada 3 Q.B Uni -- Método: 1. Processar o tahine, suco de limão, alho e sal até ficar homogêneo, lembrando que o molho deve ficar esbranquiçado (resultado da ação do limão). Se necessário, adicionar um pouco d’água. 2. Aplicar metade do molho na pasta de grão de bico e metade na berinjela amassada. Se necessário, corrigir tempero. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 20 Salada de Verduras com Pão Torrado - Fattoush Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Pão árabe cortado em quadrados de cerca de 2cm, torrados ½ Unidade Tomates frescos vermelhos cortados em quadrados de 2cm 1 Unidades Pepino japonês (com ou sem casca) em cubo de cerca de 2cm ½ UnidadesCebola pera média em quadrados de 2cm ½ Unidade Alface americana cortada grosseiramente 4 Folhas Hortelã fresca rasgada 10 Gramas Salsa picada 10 Gramas Summac 15 Gramas Zatar 15 Gramas Sementes de Romã (para decorar) ¼ Unidade Molho: Melaço de Romã 30 Mililitros Suco de limão tahiti 30 Mililitros Sal refinado Q. B. -- Azeite extra-virgem Q. B. -- Pimenta Jamaica Q. B. -- Método: Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 21 1. Preparar o molho, juntando a o azeite,o limão, o sal, a pimenta síria, o açúcar e a melaço de romã. 2. Em um prato arrumar a salada conforme a explicação. 3. Pulverizar o zatar e o sumac e na hora do serviço regar com o molho sem misturar a salada. 4. Acrescentar o pão torrado apenas na hora de servir, deixando alguns envolvidos na salada. 5. Decorar a salada com as sementes de romã. Em muitos pratos de cozinha libanesa, emprega-se o pão árabe, como na receita acima, cortado em quadrados ou picado e torrado. A estas torradas, dá-se o nome de Fatte, de onde deriva, provavelmente, o nome deste prato: Fattouch. Coalhada Fresca com Pepino dupla Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Coalhada fresca (Pedir para aux. preparar 2 dias antes) 250 Mililitros Pepino japonês descascado e sem sementes, cortados em cubos de cerca de ½ cm ½ Unidade Dente de alho socado com um pouco de sal ½ Unidade Hortelã fresca (para temperar e decorar) 10 Gramas Sal refinado Q. B. -- Método: Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 22 1. Passar a coalhada por uma peneira. Misturar à coalhada, o pepino, o alho, o sal e a hortelã. 2. Servir salpicada com hortelã seca. Trigo Grosso com Lentilha Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Trigo grosso escuro lavado e escorrido 100 Gramas Lentilha seca escura 125 Gramas Azeite extra-virgem 100 Mililitros Cebola pera 300 Gramas Água (se necessário, acrescentar mais) 800 Mililitros Sal refinado Q. B. -- Método: 1. Lavar a lentilha e colocar em uma panela com água para cozinhar. Quando estiver al dente, adicionar o trigo grosso e continuar o cozimento até o trigo e a lentilha ficarem macios. 2. Quando a mistura acima estiver quase no ponto. Separadamente, fritar a cebola em rodelas, no azeite, até ficar caramelizada. 3. No caso de sobra de líquido no cozimento da lentilha com o trigo, escorrer. 4. Adicionar o trigo, lentilha, cebola caramelizada e temperar com sal. 5. Servir quente ou frio, acompanhado de coalhada fresca. Variação: Este mesmo prato pode ser feito com arroz, em lugar do trigo, ficando com o nome de mjadra. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 23 Tabule Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Salsa picada ½ Maço doméstico Hortelã fresca picada ½ Maço doméstico Cebolinha fresca picada 10 Gramas Cebola pera 10 Gramas Tomate débora firme e maduro, concassé 150 Gramas Trigo fino escuro para quibe 70 Gramas Limão tahiti (suco) 01 Unidade Azeite extra-virgem Q. B. -- Sal refinado Q. B. -- Pimenta Jamaica Q. B. -- Alface americana cortada chifonade ¼ Folha Método: 1. Lavar o trigo, espremer bem, com as mãos, até retirar toda a água e reservar por uma hora em geladeira. 2. Misturar o trigo a salsa, a hortelã, a cebolinha, a cebola o tomate, 1/2 folha de alface cortada em chifonade, reservando o restante da alface para degustação. 3. Temperar com suco de limão, sal, azeite e pimenta Síria. 4. Servir acompanhado de folhas de alface. 5. Na hora de comer, coloca-se um pouco de tabule no meio de uma folha, formando uma trouxinha, a qual leva-se à boca com as mãos. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 24 SEGUNDO DIA: OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: Estudar os aspectos mais importantes e as principais características da cozinha árabe com teoria e prática de receitas típicas. - ACOMPANHAMENTO DAS PRODUÇÕES: PÃO SÍRIO PRODUÇÃO DO DIA KIBE NA COALHADA (DUPLA) ARROZ CHARIE PEIXE TARATOR(DUPLA) KAFTA MODELADA (DUPLA) KAFTA DE FORNO (DUPLA) RIST LAUZ (DEMO DO CHEF) Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 25 QUIBE NA COALHADA (Quibe Labanie) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Coalhada fresca 500 Mililitros Água 80 Mililitros Gema de ovo 2 Unidades Amido de milho 1 Colher de sopa Manteiga integral sem sal Q.B. -- Dente de alho socado com sal e hortelã fresca 4 Unidades Sal refinado Q.B. -- Hortelã fresca Q.B. -- Quibe em bolinhas 300 Gramas Método: 1. Diluir a coalhada na água, acrescentar o ovo, a maizena e o sal. Peneirar tudo e levar ao fogo brando, mexendo sempre e sem parar, até levantar fervura. 2. Para finalizar, juntar a coalhada e o alho refogado na manteiga com a hortelã seca e os quibes em bolinha. 3. Esta receita é básica para um grande número de pratos libaneses. 4. Servir com arroz Chariê. Variação: Pode-se também, fazer a coalhada cozida com ovos da seguinte forma: quando a coalhada levantar fervura, abaixar o fogo e despejar, cuidadosamente, alguns ovos (para esta receita 4 a 6 quebrados previamente em recipiente à parte) um a um, deixando cozinhar por, aproximadamente, 5 minutos (o procedimento é semelhante ao de ovos poches). No final com manteiga refogada com o alho e a hortelã seca. QUIBE FRITO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Carne bovina (patinho) limpo moído 250 Gramas Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 26 duas vezes Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura ambiente estiver frio 110 Gramas Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura ambiente estiver quente 90 Gramas Canela moída Q.B -- Pimenta Síria Q.B. -- Água Q.B -- Pedra de gelo Q.B. -- Sal refinado Q.B. -- Hortelã fresca Q.B -- Cebola pera Q.B. -- Método: 1. Misturar os ingredientes, dando o ponto com água, se necessário. 2. Fazer bolinhas e cozinhar na coalhada. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 27 ARROZ – CHARIÊ (acompanhamento do quibe na coalhada) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Risoni Barilla 100 Gramas Arroz 1 Xícaras Água 1 Xícaras Sal QB -- Manteiga QB -- Método: 1. Derreter a manteiga, acrescentar o risoni ou o cabelo de anjo quebrado, e deixar fritar até ficar bem dourado, aí então adicionar o arroz e deixar fritar mais um pouco, em seguida acrescentar água e sal e deixar cozinhar. PEIXE TARATOR (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Filé de Saint Peter Uma unidade de 250 Gramas Camarão 25/1 150 Gramas Cebola em rodelas 1 Unidade Batata em rodelas médias 1 Unidade Tahine 100 Gramas Alho ¼ Unidade Limão tahiti Q.B. -- Água Q.B. -- Sal Q.B. -- Pimenta Síria Q.B. -- Óleo de milho Q.B. -- Método: Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 28 1. Temperar o peixe e o camarão separados com limão, sal e pimenta síria. Fritar o peixe, fritar a cebola em rodelas até dourar. 2. Puxar o camarão no azeite e fritar a batata em óleo. 3. Montagem: num prato fazer uma cama de batata frita, o peixe em pedaços, os camarões, a cebola bem dourada e o molho de tahine. KAFTA MODELADA (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Coxão mole moído duas vezes com gordura 120 Gramas Cebola Brunoise ½ Unidade Salsa 20 Gramas Cebolinha 10 Gramas Hortelã 10 Gramas Pimenta síria Q.B. -- Sal Q.B. -- Farinha de trigo 5 Gramas Manteiga, se necessário Q.B.-- Óleo de Milho Q.B. -- Método: 1. Misturar todos os ingredientes, modelar e saltear em óleo de milho. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 29 KAFTA DE FORNO (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Coxão mole moído duas vezes com gordura 350 Gramas Cebola Brunoise ½ Unidade Salsa 20 Unidade Cebolinha 10 Gramas Hortelã 10 Gramas Pimenta Síria Q.B. -- Sal Q.B. -- Farinha de trigo 5 Gramas Manteiga, se necessário 20 Gramas Cebola em rodelas 1 Unidade Tomate Débora em rodelas 1 Unidade Molho de Tomate Q.B. -- Batatas em rodelas 1 Unidade Método: 1. Misturar a carne, a cebola, a salsa picada, a cebolinha picada, a hortelã picada, sal, pimenta síria e acomodar sobre uma assadeira untada com azeite. 2. Por cima colocar as cebolas em rodelas temperadas com sal e pimenta síria, os tomates em rodelas temperados com sal e pimenta Síria, as batatas em rodelas (cozidas al dente) e, por último, o molho de tomate. Levar para assar em forno alto. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 30 MOLHO DE TOMATE (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Tomate pelado italiano 1 lata Alho brunoise ½ Dente Cebola brunoise 100 Gramas Azeite extra-virgem 50 Ml Pimenta Jamaica QB -- Canela em pó QB -- Sal refinado QB -- Método: 1. Suar a cebola e o alho no azeite. 2. Bater o tomate na ponta da faca. 3. Acrescentar o tomate ao refogado de cebola e alho, cozinhar até encorpar. 4. Temperar c/ pimenta síria, canela e sal. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 31 RIST LAUZ (DOCE DE SEMOLINA COM AMÊNDOAS) (DEMO DO CHEF) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Semolina nacional (comprada no Sadicenter) 4 Xícaras Açúcar 2 Xícaras Manteiga derretida ½ Xícara Leite Q.B. -- Amêndoas inteiras Q.B. -- Fermento em pó químico 1 Colheres de café Calda Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Açúcar Refinado 4 Xícaras Água 2 Xícaras Limão ½ Unidade Água de flor de laranjeira Q.B. -- Método: 1. Misturar a semolina, o açúcar, o fermento e a manteiga derretida. 2. Acrescentar o leite aos poucos até chegar em ponto pastoso. 3. Untar uma forma com manteiga. 4. Despejar a mistura na forma. 5. Marcar quadrados e sobre cada quadrado colocar uma amêndoa pelada. 6. Assar até ficar levemente dourado e totalmente cozido. Resfriar. 7. Servir com a calda fria. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 32 TERCEIRO DIA: Objetivos De Aula: Ao final da aula o aluno será capaz de: Estudar os aspectos mais importantes e as principais características da cozinha árabe com teoria e prática de receitas típicas. - Acompanhamento das produções : Pão Sírio PRODUÇÃO DO DIA KIBE DE FORNO (DUPLA) KIBE FRITO (DUPLA) KIBE CRU (DEMO) CHARUTO DE FOLHA DE UVA (DUPLA) CHARUTO DE FOLHA DE REPOLHO(DUPLA) MANJAR LIBANÊS – MALABIE (DUPLA) ATAIEF (DEMO DO CHEF) Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 33 Manjar Libanês - dupla Calda Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Damasco seco azedo hidratado 80 Gramas Água 125 Ml Açúcar refinado 180 Gramas Método: 1. Lavar os damascos e deixá-los de molho por, aproximadamente, 8 horas. 2. Colocar o damasco com a água em uma panela e levar ao fogo. Juntar o açúcar e deixar cozinhar, mexendo de vez em quando. Se necessário, acrescentar mais água. Deixar cozinhar por, aproximadamente, 30 minutos, ou até que os damascos fiquem macios, formando uma calda não muito grossa. 3. Retirar, deixar esfriar e reservar. Manjar Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Leite tipo B 125 Ml Amido de milho 12 Gramas Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 34 Açúcar refinado q.b. Água de flor de laranjeira ou 02 Mililitros Almíscar socado 01 Gramas Método: 1. Diluir o amido de milho em 50 ml de leite e reservar. 2. Levar a fervura o restante do leite com o açúcar. 3. Adicionar o amido diluído no leite fervente mexendo constantemente no fogo, até ficar com uma textura cremosa. 4. Retirar do fogo, misturar o almíscar ou a água de flor de laranjeira. 5. Colocar em um recipiente de vidro ou em pequenas taças, levar à geladeira. 6. Servir coberto com a calda de damasco. Obs: O amido de milho pode ser substituído por creme de arroz. ATAIEF – demonstração com participação dos alunos Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Água morna 300 Mililitros Leite morno 300 Mililitros Açúcar refinado 10 Gramas Sal refinado 1 Pitadas Farinha de trigo (+ ou -) 200 Gramas Fermento para pão 15 Gramas Método: 1. Diluir o fermento com sal e açúcar, acrescentar o líquido morno e a farinha de trigo. 2. Deixar descansar por 15 min. 3. Assar numa frigideira antiaderente os crepes. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 35 RECHEIO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Açúcar refinado 40 Gramas Nozes 300 Gramas Água de flor de laranjeira 15 Ml Método: 1. Processar as nozes. 2. Misturar o açúcar e a água de flor de laranjeira. CALDA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Açúcar refinado 480 Gramas Água de Flor de Laranjeira 10 Mililitros Água 240 Mililitros Limão tahiti ½ Unidade Método: 1. Levar ao fogo o açúcar, a água e o suco de limão até atingir ponto de fio. Apagar o fogo, acrescentar a água de laranjeira. QUIBE CRU – demonstração e participação de alunos Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Carne bovina (patinho) limpo moido duas vezes 500 Gramas Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura ambiente estiver quente 125 Gramas Trigo fino escuro (para 175 Gramas Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 36 quibe) se a temperatura ambiente estiver fria Canela moída Q.B -- Pimenta Jamaica Q.B. -- Água Q.B -- Pedra de gelo Q.B. -- Sal refinado Q.B. -- Hortelã fresca Q.B -- Cebola pera ½ Unidade Azeite de oliva extra virgem q.b. - * a carne deverá estar sem nervos e sem gordura, cortada em cubos e passada pelo moedor duas vezes. Método: 1. Lavar o trigo, escorrer e espremer com as mãos para retirar toda a água. 2. Juntar o trigo à carne, temperos, sal e moer tudo junto por duas vezes. Misturar com as mãos como se estiver sovando uma massa, acrescente água gelada para que o quibe fique macio. 3. Colocar em uma travessa e decorar com ramos de hortelã fresca e cebola. Servir regado com azeite de oliva. Obs.: Um bom acompanhamento para o quibe cru é o Mhamasa. QUIBE DE BANDEJA Ingredientes Quan Tidade Unidade de Medida Carne bovina (patinho) limpo moído duas vezes 500 Gramas Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura 225 Gramas Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 37 ambiente estiver frio Ou Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura ambiente estiver quente 175 Gramas Canela moída Q.B -- Pimenta Jamaica Q.B. -- Água Q.B -- Pedra de gelo Q.B. -- Sal refinado Q.B. -- Hortelã fresca Q.B -- Cebola pera 1 Unidade * a carne deverá estar sem nervos e sem gordura, cortada em cubos e passada pelo moedor duas vezes. Método: 1. Lavar o trigo, escorrer e espremer com as mãos para retirar toda a água. 2. Juntar o trigo à carne, temperos, sal e moer tudo junto por duas vezes. Misturar com as mãos como se estiver sovando uma massa acrescentar água gelada. 3. Separar a massa em duas metades. RECHEIO - MHAMASA – demonstraçãoe participação de alunos Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Carne bovina (coxão mole) limpo moído duas vezes 250 Gramas Cebolas pérola picadas 1 Unidades Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 38 Pimenta Jamaica Q.B. -- Snoobar Q.B. -- Sal refinado Q.B. -- Óleo de milho Q.B. -- Método: 1. Em uma panela colocar o óleo e a carne até fritar bem, em seguida junte a cebola picada, a pimenta Síria, o sal e o snoobar, mexer bem e deixar no fogo até a cebola murchar. 2. Retirar do fogo, deixar esfriar para aplicar. Montagem do quibe de bandeja: 1. Untar com óleo uma travessa refratária. Espalhar metade da massa até ficar uniforme, com cerca de 1cm de espessura. Para facilitar, antes de espalhar a massa, molhar as mãos em água fria. 2. Sobre a massa espalhada, colocar o recheio. Para cobrir com o restante da massa, proceder da seguinte maneira: abrir pequenas porções da massa, com as mãos sempre molhadas, e colocar sobre o recheio. No final, alisar com as mãos até formar uma camada homogênea da mesma espessura que a inferior. 3. Riscar o quibe, fazendo desenhos de losangos, e cortar. Decorar com snoobar ou com as nozes restantes. Regar com óleo e colocar no forno pré aquecido (180o C) por 25 minutos, aproximadamente, ou até dourar. 4. Servir quente ou frio, acompanhado de coalhada fresca ou seca. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 39 QUIBE FRITO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Carne bovina (patinho) limpo moído duas vezes 250 Gramas Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura ambiente estiver frio 110 Gramas Trigo fino escuro (para quibe) se a temperatura ambiente estiver quente 90 Gramas Canela moída Q.B -- Pimenta Síria Q.B. -- Água Q.B -- Pedra de gelo Q.B. -- Sal refinado Q.B. -- Hortelã fresca Q.B -- Cebola pera Q.B. -- * a carne deverá estar sem nervos e sem gordura, cortada em cubos e passada pelo moedor duas vezes. Método: 1. Lavar o trigo, escorrer e espremer com as mãos para retirar toda a água. 2. Juntar o trigo à carne, temperos, sal e moer tudo junto por duas vezes. Misturar com as mãos como se estiver sovando uma massa acrescentar água gelada. 3. Separar a massa em duas metades. 4. Usar a mesma massa do quibe de bandeja. Só que menos molhada. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 40 Montagem do quibe frito: 1. Para fazer cada quibe, pegar uma pequena porção de massa, mais ou menos do tamanho de uma noz, e dar-lhe forma oval. 2. Molhar a mão em água fria. Segurando a massa na palma de uma das mãos, fazer um furo com o dedo indicador da outra mão. Girar a massa até aumentar a cavidade, tornando suas paredes bem finas, com mais ou menos ½ cm de espessura. 3. Introduzir uma colher (de sopa) de recheio na cavidade do quibe e, molhando novamente a mão, fechar bem para que o recheio não saia durante a fritura. Proceder do mesmo modo para fazer todos os quibes. 4. Fritar em óleo abundante e bem quente (180o C) 5. Servir acompanhado de coalhada fresca ou seca. ABOBRINHA RECHEADA (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Abobrinha italiana média e mais reta possível 2 Unidades Arroz tipo 1 lavado e escorrido 150 Gramas Coxão mole moido duas vezes com gordura 150 Gramas Sal Q.B. -- Pimenta Síria Q.B. -- Tomate sem pele com semente 1 Unidade Alho 1 Dente Canela em pó Q.B. -- Cebola ½ Unidade Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 41 Água Q.B. -- Tablete de caldo de galinha ½ Unidade Manteiga Q.B. -- Extrato de tomate Q.B. -- Método: 1. Lavar a abobrinha e furá-la conforme explicação. 2. Misturar o arroz cru, a carne crua, sal, pimenta síria, canela acrescentando um pouco d’água. Rechear as abobrinhas. 3. Refogar o alho com azeite, tomate e manteiga, caldo de galinha, extrato de tomate, pimenta síria, sal e canela em pó. Colocar a abobrinha recheada sobre o molho e cobrir com água fervendo acertando o tempero. Tampar a panela e deixar cozinhar em fogo médio. CHARUTO DE FOLHA DE UVA (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Folha de uva 100 Gramas Coxão mole moído duas vezes com gordura 200 Gramas Arroz tipo 1 lavado e escorrido 180 Gramas Sal refinado Q.B. -- Pimenta Síria Q.B. -- Canela Q.B. -- Manteiga Q.B. -- Água Q.B. -- Caldo de galinha Q.B. -- Tomate ½ Unidade Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 42 Tiras de coxão mole 20 Gramas Limão Q.B. -- Método: 1. Escaldar a folha de uva. 2. Misturar o arroz cru, sal, carne crua, pimenta Síria e canela em pó, acrescentando um pouco d’água. Rechear as folhas conforme explicação. 3. Numa panela, refogar as tiras de coxão mole, sal, pimenta síria e tomate com manteiga. Sobre o refogado, acomodar os charutos de folha de uva, colocando uma tampa sobre os mesmos para que não desmanchem. 4. Acrescentar caldo fervente. 5. Tampar e deixar cozinhar em fogo baixo. No final da cocção, acrescentar o suco de limão. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 43 CHARUTO DE FOLHA DE REPOLHO (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade De Medida Folhas de repolho branqueadas 10 Unidades Coxão mole moído duas vezes com gordura 150 Gramas Arroz tipo 1 lavado e escorrido 120 Gramas Alho 3 Dentes Tomate 1 Unidade Pimenta Sìria Q.B. -- Canela em pó Q.B. -- Sal Q.B. -- Limão Q.B. -- Hortelã 5 Gramas Caldo de galinha ou boi Q. B. -- Método: 1. Escaldar as folhas de repolho. 2. Misturar arroz cru, sal, carne crua, alho picado, tomate sem pele picado, pimenta Síria e a canela em pó, acrescentando um pouco d’água. 3. Acomodar os charutos numa panela com galhos de hortelã, colocando sobre os mesmos uma tampa para que não desmanchem. 4. Cobrir com caldo de galinha fervente e tampar a panela. 5. Cozinhar em fogo baixo. No final da cocção, acrescentar suco de limão. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 44 Apostila Prática: Cozinha Europeia & Mediterrânea Grécia Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 45 CONTEÚDO TEÓRICO COZINHA GREGA Simples, colorida e temperada com sabores fortes, a cozinha grega, como a de outros países do Mediterrâneo, é bastante saudável e com poucos alimentos processados artificialmente. Embora tenha recebido no passado influências do árabe, do turco e do italiano, tem um estilo próprio, que pouco mudou através dos anos. O azeite de oliva, os peixes e frutos do mar, os legumes (como a abobrinha, a berinjela e o tomate, conhecidos como “legumes mediterrâneos”), o limão, o orégano, a canela, a azeitona e a carne de cordeiro permeiam a dieta grega desde os tempos da Grécia clássica, um dos berços da civilização ocidental. Sofreu as influências ditadas pela história, como a dos povos turcos, no oriente, (durante séculos, a Grécia fez parte do império otomano) e da Itália (as repúblicas marítimas de Veneza e Genova se instalaram durante muito tempo em Rhodes e outras ilhas até a II Guerra Mundial). A cozinha grega sempre refletiu um modo de comer saudável, com ingredientes simples e frescos, como que para atestar os valores de um povo que valoriza sua terra, sua história e seu grande prazer à mesa. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 46 Ingredientes mais utilizados na cozinha grega Peixe: em um país relativamente pobre em termos agrícolas e com uma costa extensa e recortada, o peixe eos frutos do mar representam importante fator na dieta do povo grego. A tainha vermelha e cinza, o rodovalho, o peixe espada, o pargo, a sardinha e o linguado são bastante comuns, assim como o polvo, que ainda é surrado contra as pedras para que sua carne fique macia para ser preparado como os demais peixes, lulas e camarões, fritos, grelhados ou cozidos em molho de tomate. As sopas de peixe também têm presença costumeira na mesa grega. Carne: com um terreno bastante acidentado e pouco extenso e fértil para a criação de rebanhos bovinos, a cabra e a ovelha são as principais criações a fornecer carne e leite para as produções culinárias. A carne de frango é bastante presente e algumas receitas antigas incluem as galinhas d’angola, perdizes e codornas. Vegetais: os vegetais mais utilizados na cozinha grega são os tomates, abobrinhas, berinjelas, cebolas, espinafres, favas, repolho, erva doce, alho porró e quiabo, que compõem pratos principais e não simplesmente acompanhamentos ou guarnições. A azeitona está disponível em todas as formas, cores e tamanhos, e o azeite de oliva desbanca a manteiga em quase todas as preparações de pratos salgados. Iogurte e queijo: feitos principalmente de leite de ovelha, tanto o iogurte quanto o queijo, sendo o mais popular o feta. Água de rosas e de flor de laranjeira: água perfumada utilizada para aromatizar pratos doces. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 47 Cardamomo: semente aromática usada em doces e café Pimenta síria (bahar): composto de pimenta da jamaica, pimenta do reino preta, canela, cravo e noz moscada. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 48 PRIMEIRO DIA Objetivos de aula: Ao final da aula o aluno será capaz de: Estudar os aspectos mais importantes e as principais características da cozinha grega com teoria e prática de receitas típicas. PRODUÇÃO DO DIA: Salada horiátyki Peixe no orégano Spanakopitas Moussaká Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 49 SALADA HORIÁTIKI (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Tomates 2 Unidades Pepino ½ Unidade Cebola ¼ Unidade Queijo Feta 100 Gramas Pimentão Vermelho 1/8 Unidade Pimentão Amarelo 1/8 Unidade Pimentão Verde 1/8 Unidade Azeitonas Pretas gregas 8 Unidade Salsa Q.B. -- Azeite extra-virgem Q.B. -- Orégano seco Q.B. -- Sal refinado Q.B -- Vinagre de vinho tinto Q.B. -- MÉTODO: 1. Cortar os tomates em cubos, pepino em cubos pequenos, cebola brunoise, pimentão em cubos pequenos, azeitonas sem caroço e cortada em metades, queijo feta em cubos pequenos, salsa para pulverizar. 2. Molho: misturar azeite, orégano, sal e vinagre. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 50 PEIXE NO ORÉGANO EM PAPILLOTTE (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Filé de linguado (grosso) 1 Unidade Azeite Q.B. -- Sal Q.B. -- Pimenta jamaica Q.B. -- Orégano fresco Q.B. Orégano seco Q.B -- Limão Siciliano 02 Unidades Papel Alumínio Q.B. -- MÉTODO: 1. Temperar o filé de linguado com sal e pimenta síria. 2. Preparar o molho, misturando azeite, orégano e limão siciliano, batendo bem. 3. Pincelar manteiga no papel alumínio, acomodar os filés de linguado e acrescentar metade do molho acima, fazendo o papillote. Levar para assar por aprox. 20 minutos em forno a 180ºC. Retirar do forno, acrescentando a outra metade do molho. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 51 SPANAKOPITAS (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Espinafre branqueado 150 Gramas Manteiga 20 Gramas Cebola ½ Unidade Dill fresco Q.B. -- Noz Moscada semente Q.B. -- Alho ½ Unidade Ovo extra branco 1 Unidade Queijo Feta 100 Gramas Massa Filo 100 Gramas MÉTODO: 1. Refogar cebola e alho; acrescentar o espinafre e continuar refogando. Temperar com sal, dill e noz moscada. Por fim, acrescentar o ovo até cozinhar. 2. Apagar o fogo, deixar esfriar e adicionar o queijo feta em cubos pequenos. 3. Preparar a massa filo, recheando conforme explicado e levar para assar. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 52 MOUSSAKÁ (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Berinjela 1 Unidade Coxão mole com gordura moído duas vezes 150 Gramas Cebola 1 Unidade Tomate pelado em lata 1 Unidades Sal Q.B. -- Pimenta Jamaica Q.B. -- Canela em pó Q.B. -- Salsa fresca Q.B. -- Óleo de milho Q.B. -- Manteiga 25 Gramas Farinha de trigo 25 Gramas Leite integral 200 Ml Iogurte Natural paulista integral 70 Ml Queijo parmesão ralado 30 Gramas Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 53 MÉTODO: 1. Fritar a carne moída com manteiga e óleo até secar. 2. Acrescentar a cebola brunoise, a pimenta jamaica e o sal, e refogar até amolecer a cebola. 3. Acrescentar o tomate batido na ponta da faca, a canela em pó e o cheiro verde, deixar cozinhar até encorpar. 4. Lavar a berinjela, secar, cortar em fatias de 3mm com a casca, pulverizar sal e deixar escorrendo sobre uma peneira. 5. Enxaguar e secar bem em papel toalha e fritar em imersão rasa. Escorrer em papel toalha. 6. Preparar um molho béchamel, acrescentando no final o iogurte natural. 7. Montagem: molho / berinjela frita / molho / berinjela frita / béchamel / queijo parmesão ralado / gratinar. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 54 SEGUNDO DIA: OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: Estudar os aspectos mais importantes e as principais caracteristicas da cozinha grega com teoria e prática de receitas típicas Pastificcio Stifado Psari me Kolokythia Baklavá (demo) Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 55 PASTICCIO (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Macarrão Barilla Spaguetti nº5 130 Gramas Água 1 Litro Sal Q.B. -- Óleo de milho Q.B. -- Cebola brunoise 1 Unidade Coxão mole com gordura moído duas vezes 150 Gramas Canela em pó Q.B. -- Açúcar Q.B. -- Tomate concassé 6 Unidades Pimenta Jamaica Q.B. -- Salsa picada Q.B. -- Manteiga integral s/ sal Q.B. -- Azeite virgem Q.B. -- Extrato de tomate Q.B. -- Queijo parmesão ralado 25 Gramas Queijo gruyère ralado 25 Gramas Leite 200 Ml Farinha de trigo especial 1 Colher de sopa Noz moscada Q.B. -- Manteiga integral s/ sal Q.B. -- Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 56 MÉTODO: 1. Fritar a carne moída com manteiga e óleo até secar, acrescentar a cebola brunoise, a pimenta síria e o sal; refogar até amolecer a cebola. 2. Acrescentar o tomate processado, a canela em pó, a noz moscada. Deixar cozinhar até tomar gosto e encorpar. 3. Cozinhar o macarrão. 4. Montagem: Molho, macarrão, molho, macarrão, molho, bechamel, gruyère, parmesão ralado. STIFADO (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Filet Mignon de cordeiro em cubos de 5 cm 150 Gramas Tomates concassé 6 Unidades Échalotes 125 Gramas Azeite de oliva Q.B. -- Vinagre de vinho tinto Q.B. -- Vinho tinto seco ½ Xícara de chá Água quente ½ Xícara de chá Cebola pera Q.B. -- Extrato de tomate Q.B. -- Louro ½ Folha Manteiga Q.B. -- Sal Q.B. -- Pimenta jamaica Q.B. -- Cebola pera média 2 Unidades MÉTODO: 1. Cortar a carne em cubos de 5 cm. e reservar. Passar os tomates rapidamente pelo liquidificador. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo57 2. Esquentar o azeite numa panela e dourar bem os cubos de carne. Colocar a cebola e deixar dourar. 3. Juntar o tomate o vinagre, o sal, a pimenta jamaica, o vinho, 1 xícara de chá de água e a folha de louro. Baixar bem o fogo e deixar cozinhar. 4. Esquentar a manteiga e refogar as échalotes, durante cinco minutos, mexendo sempre, até dourar. 5. Acrescentar um pouco de água quente, tampar e deixar cozinhar. 6. Colocar as echalotes na panela do cozido e deixar terminar a cocção. PEIXE COM ABOBRINHA (PSARI ME KOLOKYTHIA) (DUPLA) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Posta de robalo 01 Unidade de 200 gramas Sal refinado Q.B. -- Pimenta Jamaica Q.B. -- Suco de limão siciliano 1 Unidade Azeite de oliva 125 Ml Cebola 1 Unidade Alho picado 1 Dente Tomate concassé 3 Unidade Salsa picada Q.B. -- Dill picado Q.B -- Hortelã picada Q.B. -- Canela em pó Q.B. -- Açúcar refinado 1 Colher café Água 250 Ml Abobrinha pequena com casca cortada em rodelas finas 1 Unidade MÉTODO: Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 58 1. Temperar o peixe com sal, pimenta jamaica e limão. 2. Refogar a cebola e o alho no azeite, acrescentar os tomates, a salsinha, o dill, a hortelã, a canela, o açúcar e a água. 3. Deixar no fogo até encorpar. Reservar. 4. Esquentar azeite em outra panela e refogar as postas de peixe. Reservar. 5. No mesmo azeite, refogar também as fatias de abobrinha. Reservar. 6. Montagem: abobrinha, peixe, molho. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 59 BAKLAVÁ (DEMO DO CHEF) Ingredientes Quantidade Unidade de medida Massa filo 1 kg Amêndoas sem pele processadas 300 Gramas Nozes descascadas processadas 300 Gramas Açúcar Q.B. -- Canela em pó Q.B. -- Noz moscada fresca ralada Q.B. -- Manteiga clarificada derretida 800 Gramas CALDA: Água 2 Xícaras Açúcar 4 Xícaras Limão tahiti 01 Unidade Água de flor de laranjeira Q.B. -- MÉTODO: Conforme explicação em aula Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 60 Cozinha Italiana Insular Mediterrânea Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 61 ITÁLIA Com exceção das regiões continentais do Norte, Piemonte, Valle d'Aosta, Lombardia, Trentino-Alto Adige e Friuli-Venezia Giulia, que integram a civilização da manteiga, as regiões do Centro-Sul, peninsulares e insulares, fazem parte da civilização do azeite, ou seja, mediterrânea. O ponto de encontro dessas duas civilizações é a Emilia-Romagna, que combina elementos de ambas. As diferenças dizem respeito ao clima, situação geográfica, mas também às características históricas de um País unificado somente em 1861. A culinária italiana sempre foi essencialmente regional, traço este que vem se atenuando ao longo das últimas décadas: hoje, muitas especialidades regionais já são consumidas em todo o País. Os pratos da culinária italiana tradicionalmente mais conhecidos no Exterior provêm, em sua maioria, da Itália mediterrânea, com destaque para a pizza, embora em tempos recentes as especialidades do Norte também tenham atravessado as fronteiras, passando a ser apreciadas internacionalmente. As descrições dos pratos listados abaixo foram extraídas na sua maioria do livro Dizionario del ghiottone viaggiatore. Guida alle specialità regionali italiane, de Monica Cesari Sartoni, Tempi Stretti. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 62 LIGURIA Capon magro Salada à base de peixe e verdura, condimentada com um molho verde preparado com anchovas, alho, pinoli, alcaparras, azeitonas, salsinha, azeite e vinagre. Farinata di ceci Espécie de panqueca assada no forno feita com farinha de grão-de-bico diluída em água e azeite. Sardenaria, Pissadella, Pissaladeira Variação lígure da Pissaladière provençal. É uma espécie de pizza guarnecida de anchovas, cebolas, azeitonas, alcaparras, alho e tomate. Trenette al pesto Massa filiforme, longa e achatada, com 2 mm de espessura, geralmente condimentada com o Pesto. Pesto alla genovese Condimento preparado com manjericão triturado no pilão junto com sal marinho grosso, alho, pinoli e os queijos pecorino e parmesão. Seppie in zimino Lulas ensopadas com bieta [variedade de beterraba cultivada por suas folhas] e outras ervas. Preboggion Mescla de verduras, geralmente selvagens, cuja composição varia dependendo da Estação do ano. É usado como recheio de massas, em omeletes ou em Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 63 sopas. Pandolce Doce natalino semelhante ao Panetone milanês, porém mais compacto, aromatizado com sementes de anis, água de flor de laranjeira e vinho Marsala. VENETO Baccalà mantecato Bacalhau cozido e desfiado e emulsionado com azeite, alho e salsinha até se transformar em um creme espumoso semelhante à Brandade francesa. E servido acompanhado de polenta. Baccalà alla vicentina Bacalhau preparado com cebolas, alho, salsinhas, anchovas, leite e parmesão, servido tradicionalmente com polenta. Sarde ou Sardelle in saor Sardinhas enfarinhadas e fritas, e depois marinadas numa espécie de escabeche feito com cebolas refogadas em azeite, banhadas de vinagre, açúcar, pinoli e uva passa. Seppie al nero Lulas guisadas com alho, azeite vinho branco, salsinha e a tinta do molusco. É servida tradicionalmente com polenta branca. Bigoli Massa que tem a aparência de espaguetes grossos e rústicos preparados com um especial instrumento de cobre [chamado bigolaro]. Diferentemente dos Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 64 espaguetes, é preparada com farinha de trigo tenro, geralmente integral, água e sal. Pode ser condimentada com Pocio (ragù de carne de vitela ou vitela misturada com porco); Rovinazzi (ragù com miúdos de frango); Anara [Pato]; os Bigoli são cozidos em caldo de frango e temperados com um ragù feito com os miúdos da ave com que foi preparado o caldo. Polenta bianca Polenta de farinha de milho branco. É considerada mais delicada que a farinha amarela e combina muito bem com pratos à base de peixe. Risi e Bisi Densa sopa de arroz Riso e ervilhas Bisi, feita com um caldo preparado com as próprias cascas das ervilhas frescas. Fegato alla veneziana Fatias finas de fígado de vitela refogadas e cozidas lentamente com cebolas, manteiga e azeite. Baìcoli Clássicos biscoitos venezianos à base de farinha, levedo de cerveja, açúcar, leite, ovo. A massa é dividida formando quatro ou cinco pães de forma alongada. Depois de assados, devem descansar por dois dias no mínimo, quanto então são cortados em fatias finas que serão novamente levadas ao forno para tostar. Pandoro Doce natalino típico da cidade de Verona, hoje comercializado industrialmente, inclusive no Brasil. Tem fermentação semelhante à do Panetone, tem como ingredientes: farinha, levedo de cerveja, açúcar, ovos e Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 65 manteiga. TOSCANA Crostini alla toscana Fatias de pão tostado e espalmado com um patê feito com fígado e miúdos de frango refogados com anchovas e alcaparras. Pappardelle aretine Massa de largo formato condimentada com molho de pato Tordelli Massa em forma de meia lua, recheada com carne de vitela, queijo pecorino, ovos e especiarias. Geralmente são temperados com um ragù de vitela. Cacciuco Sopa de peixe típica de Livorno, masdifundida em toda a costa toscana. É preparada com peixes mistos, cebola, alho, pimenta, vinagre, louro, vinho tinto, tomates e salsinha. É servida com fatias de pão tostado e friccionado com alho. Minestra di farro Sopa de origem remota, característica tanto da Toscana quanto do Lazio, Umbria, Abruzzo e Sardegna, tem como ingredientes o Farro [Espelta], feijões, aipo, alho, sálvia, manjerona e especiarias. Ribollita Sopa densa de feijões, pão, cavolo nero. Seu nome significa cozida pela segunda vez, pois é preparada na véspera para que adquira maior sabor e Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 66 fervida novamente antes de ser consumida. Triglie alla livornese Os peixes trilhas são cozidos com azeite, alho, salsinha, tomates aipo, sal e pimenta. Algumas versões fazem enfarinhar antes os peixes, outras não. Agnello alla cacciatora Guisado de cordeiro cortado em pedaços e cozido com azeite, alho, cebolas, tomates e vinho branco. Cavalluci Biscoitos em forma de losangos típicos de Siena, à base de farinha, nozes, zests cristalizados de laranja, anis e canela. Castagnaccio Espécie de torta toscana, toscano à base de farinha de castanhas, água e pouco azeite. Geralmente é recheada com pinoli, uva passa e alecrim. MARCHE Olive all'ascolana Grandes azeitonas recheadas com um misto de carnes e embutidos moídos, queijo e ovos. São passadas em ovo e farinha de rosca e fritas. Arrosto segreto Sardinhas assadas no forno com miolo de pão, sal, azeite, pimenta, fatias de limão e louro. Vincisgrassi Lasanha preparada com um molho de miúdos alternado com molho branco e Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 67 queijo parmesão ralado. Fave'n grecce Antiga preparação de Macerata, composta de favas cozidas e servidas como salada com alho, azeite, sal, pimenta, manjerona fresca, que pode ser substituída por hortelã. Misticanza Termo usado em toda a Itália central para indicar uma salada de ervas selvagens. Sua composição depende das Estações do ano. Geralmente incluem dente-de-leão, rúcula, agrião, pimpinella. Spaghetti alle noci Espaguetes temperados com um pesto de nozes, salsinha, alho e pimenta. Ciambelle al mosto Roscas fritas típicas do período da vindima, preparadas com farinha, azeite, açúcar, sementes de anis, mosto de uva e fermento. Frustingu Antigo doce caseiro preparado com farinha de trigo e de milho, miolo de pão, figos secos, uva passa, pinoli, nozes e sapa [mosto cozido com especiarias] UMBRIA Pizza al formaggio ou Pizza di Pasqua Panetone salgado, que incorpora à massa queijo pecorino fresco, pecorino maturado, ovos e azeite. É servido acompanhado de salame e ovos cozidos. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 68 Crostini al tartufo all'umbra Pão caseiro tostado, espalmado com um composto de trufas negras de Norcia picadas com anchovas, emulsionado com azeite. Risotto alla norcina Risoto branco à parmigiana, ao qual se acrescenta, no fim do cozimento, uma abundante quantidade de trufa ralada. Baggiana Sopa de favas, tomates e manjericão. Salsa ghiotta Molho de acompanhamento de carnes de caça, particularmente aves. É preparado cozinhando vinho branco e tinto com presunto cru picado, fatias de limão [sem a casca e a parte branca], sálvia, alecrim, alho, zimbro, azeite, vinagre, fígado de frango ou da ave que será acompanhada pelo molho. Anguilla in umido Enguia ensopada em azeite, alho, cebola, vinho branco, polpa de tomate e salsinha. Lepre alla cacciatora Lebre marinada em alecrim, sálvia, louro, vinho tinto, e depois de refogada em azeite, alho, ervas aromáticas, cozida com o molho da marinada. Torta di Orvieto Pão doce macio, enriquecido com uva passa, cerejas e cidra cristalizadas. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 69 Rocciata di Assisi Espécie de strudel recheado com nozes, amêndoas, uva passa, ameixas pretas, figos secos, maças e canela. LAZIO Bruschetta Pão caseiro tostado, friccionado com alho e temperado com azeite extra- virgem. Fiori di zucca farciti Flores de abóbora recheadas com mozzarella, farinha de rosca e anchovas, depois passados em uma pastella (massa semi-líquida) e fritas. Gnocchi alla romana Gnocchi feitos com uma polenta de semolina, à qual depois de fria, são incorporados manteiga, ovos e queijo; corta-se então a polenta em formato de discos que são colocados sobrepostos em uma forma, polvilhados de parmesão e levados ao forno. Penne all'arrabiata Massa com um molho à base de polpa de tomate, sofritto de alho, pancetta, azeite, cebola, muita pimenta vermelha, salsinha, manjericão; é servida polvilhada de queijo pecorino. Stracciatella Sopa preparada com caldo fervente, ao qual é juntada uma mistura de ovos batidos com parmesão e noz moscada, de modo que se coagule formando minúsculas partículas solidificadas Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 70 Baccalà in guazzetto Filés de bacalhau enfarinhados e fritos, cujo cozimento é completado em molho de tomates com anchovas, pinoli e uva passa.. Abbacchio alla romana ou Abbacchio alla cacciatora Provavelmente o prato mais renomado da cozinha da região: cordeiro de leite cozido na panela, com alho, alecrim, vinho branco anchovas e pimenta vermelha. Puntarelle con salsa di acciughe Salada preparada com os jovens brotos da catalonha se formam na parte interna do maço. Servida crua, com molho à base alho, vinagre ou limão, sal, pimenta e anchovas. Maritozzi Pães doces com uva passa, servidos cortados ao meio e recheados de chantili. Crostata Torta de massa doce assada com uma camada de geleia, geralmente de um tipo de cereja denominadas visciole. ABRUZZO E MOLISE As duas regiões estiveram juntas por muitos séculos antes de se tornarem regiões distintas, em 1963. Scapece alla vastese Peixes de corte e lulas enfarinhados e fritos e cobertos com um escabeche preparado refogando cebolas e alho em azeite, açafrão e ervas aromáticas, diluída em vinagre. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 71 Maccheroni alla chitarra Massa fresca preparada cortada sobre fios metálicos presos a uma moldura, denominada chitarra, guitarra. O condimento típico é um ragù de cordeiro e pimentões, mas também pode ser usado molho de tomates e pimenta vermelha. Cipollata dell’ortolano Sopa de cebolas, com pimenta vermelha e manjericão; no fim do cozimento são adicionados ovos e queijo pecorino. Minestra marinara Rica sopa de peixes, feita com linguado, trilhas, lulas, vôngoles e outros peixes e moluscos, condimentada com alho, salsinha, pimenta vermelha e suco de limão. Baccalà mollicato Bacalhau aferventado em água e depois cozido em panela com miolo de pão misturado com alho, salsinha, azeite, orégano e pimenta vermelha. Triglie ripiene Trilhas recheadas com um composto de pão, alho e alecrim e refogadas em azeite e alho. Coniglio alla chietina Coelho recheado de presunto cru e alecrim, assado ao forno. Ciabotta Guisado de legumes aromatizado com manjericão e pimenta vermelha. Ingredientes habituais: cebolas, abobrinhas, batatas, aipo, cenouras, tomates, Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 72 pimentões e vagens. Fiadoni Espécie de ravioli assados ao forno, em formato de meia lua, feitos à base de farinha, banha e ovos, recheados com queijo de ovelha ralado, ovos, raspa de limão e canela. Parrozzo Espécie de pão redondo, feito com amêndoas,farinha, açúcar, e coberto de chocolate. CAMPANIA Crostini alla napoletana Fatias de pão espalmado de manteiga, cobertos de mozzarella, tomates frescos, anchovas e orégano e assadas no forno. Gattò di patte Preparação típica de Nápoles, é uma espécie de torta feita com purê de batatas misturado com ovos, salame, provolone e parmesão e assada no forno. Insalata caprese Salada de tomates, mozzarella de bufala, manjericão e azeite extra-virgem. Panzarotti ou Panzerotti Pastéis de massa de pão, recheados com mozzarella e tomates; ricota, cebola ou tomates; ricota, anchovas. São geralmente fritos, mas podem ser preparados também assados. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 73 Zucchine a scapece Escabeche de abobrinhas fritas em azeite e marinadas numa mistura de água e vinagre, alho, pimenta e hortelã. Ravioli alla napoletana Massa em formato de meia lua, recheada com mozzarella, ricota, presunto cru e salsinha, condimentados com molho de tomate ou ragù. Minestrone alla napoletana A diferença desta sopa de verduras, em relação àquelas das demais regiões, é a presença da abóbora e de alguma massa curta. Alici ammollicate Anchovas frescas cozidas no forno com alho, vinho branco, salsinha e farinha de rosca. Polpi alla luciana Pequenos polvos cozidos e temperados com azeite, alho, salsinha, pimenta e limão. Braciole di maiale alla napoletana Bifes à rolê feitos com carne de porco, recheados com um composto de alcaparras, presunto cru, farinha de rosca, uva passa e pinoli. Os rolês são depois cozidos em um molho de tomate com pouca pimenta vermelha. Parmigiana di melanzane Berinjelas cortadas em fatias e enfarinhadas e fritas; numa forma, são alternadas em camadas com molho de tomate, mozzarella e parmesão e Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 74 depois assadas. Pastiera alla napoletana Torta doce recheada com ricota, trigo cozido em leite, água de flor de laranjeira, fruta cristalizada, ovos e especiarias. Babà Doce de massa crescida embebido em calda de açúcar e rum. Em Nápoles esse doce se difundiu a partir do período de domínio francês. PUGLIA E BASILICATA Calzone pugliese Massa fermentada tipo pizza recheada com molho de cebolas, tomatinhos frescos, azeitonas pretas, ricota salgada, alcaparras e anchovas, fechada em forma de meia lua e assada no forno. Cruschill Bruschetta de pão integral, de resto preparada do mesmo modo que a versão do Lazio. Focaccia de patate Focaccia cuja massa é feita com batatas amassadas em purê, farinha, levedo de cerveja, sal e azeite. Pomodori secchi sott'olio Tomates secos ao sol e conservados em azeite com alcaparras, alho e outros temperos. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 75 Cavatelli ou Cavatieddi ou Cecatelli Pequenos gnocchi feitos com farinha de grão duro e água, presentes tanto na Puglia e Basicata como no Molise. Os condimentos dessa massa variam, mas um dos mais típicos é o soffritto à base de azeite, alho e anchovas. Maccheroni di fuoco Massa longa, do tipo dos bucatini, temperada com um pesto feito com muita pimenta vermelha seca refogados em alho e azeite. Orecchiete Sem dúvida a massa mais conhecida da Puglia, feita com sêmola de trigo duro, às vezes misturada com farinha comum, e água. Com a massa são formadas pequenas conchas, com a ajuda do polegar ou com a ponta de uma faca. As orecchiette tradicionais são condimentadas com cime di rapa, inflorescências de uma espécie de nabo (Brassica campestris), que podem ser substituídas por brócolis, refogadas em alho, azeite e pimenta vermelha e, às vezes, anchovas. A massa costuma ser cozida na água de cozimento das cime di rapa. Pancotto con rucola e patate Sopa de fatias de pão amanhecido mergulhadas na água de cozimento das batatas e da rúcula; o todo é depois condimentado com um sofritto de alho, azeite e pimenta vermelha. Alici arracanate Anchovas frescas dispostas em camadas em uma forma, alternadas com uma mistura de farinha de rosca, parmesão, hortelã, alcaparras, orégano e azeite, e assadas no forno. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 76 Agnello alla carbonara Picadinho de cordeiro cozido no forno com cogumelos locais chamados Cardoncelli e aromatizado com azeite, alho, e pimenta vermelha. Brasciole alla barese Bifes de vitela a rolê, recheados com presunto cru, salsinha, queijo pecorino e cozinhados lentamente com azeite, alho, tomates e outras ervas aromáticas. Panvinesco Doce de mosto cozido e semolina; depois de cozido o creme é despejado em pequenas formas. Depois de desenformado, é polvilhado de pequenos confetes doces coloridos. Castagnedde Biscoitos feitos com amêndoas moídas, farinha, raspa de limão e açúcar; com a massa se fazem pequenas bolinhas que, depois de assadas são cobertas com uma calda de cacau. CALABRIA Ovotarica Bottarga: ovas de peixe secas ao sol, cortada em fatias e servida com um condimento de azeite e tomates frescos. Rigatoni alla pastora Rigatoni condimentados com um ragù de linguiça., ricota seca e, dependendo da Estação, alcachofras, ervilhas frescas e, às vezes cogumelos. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 77 Accia Sopa de aipo servida com fatias de ovos cozidos, frios locais, linguiça, pecorino ralado e pimenta do reino. Mariola Sopa feita adicionando a um caldo de frango uma omelete preparada com ovos, um pouco de farinha, pecorino ralado, salsinha, manjericão ou manjerona, cortada em tiras bem finas. Capretto alla silana Picadinho de cabrito cozido em panela de barro com cebolas, batatas em gomos e tomates sem pele. Cozido em fogo lento no fogão ou no forno, depois de pronto é polvilhado com queijo pecorino, pimenta do reino moída na hora, orégano e azeite. Alalunga all'agrodolce Fatias de atum branco, enfarinhadas e fritas e depois temperadas com um misto de cebolas refogadas, açúcar e vinagre. É servido frio. Spiedini di anguilla con crostini Pedaços de enguia marinados em suco de limão, sal e pimenta do reino, assados no espeto e alternados com folhas de louro e fatias de pão caseiro. Curriuoli Abobrinhas cortadas em fatias finas e secas ao sol. Durante o Inverno, são reidratadas em água quente e depois passadas em uma pastella e fritas. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 78 Fichi ripieni alla sibarita Figos secos abertos ao meio, mas deixando-os presos pelo cabo, recheados com nozes, amêndoas, cacau em pó e fruta cristalizada, assados no forno e mergulhados em mosto cozido. Ginetti Rosquinhas fervidas, depois assadas e cobertas com um glacê branco ao limão. SICILIA Arancini Bolinhos de arroz, recheados com ragù de carne, ervilhas e quadradinhos de queijo, passados no ovo, na farinha de rosca e fritos. A versão de Palermo inclui pinoli e uva passa, remetendo sem dúvida à tradição árabe. Caponata Verduras refogadas e temperadas em agridoce. Existem inúmeras versões que podem incluir: berinjelas, cebolas, pimentões, tomates, azeitonas, manjericão, pinoli, cravos-da-índia, amêndoas, fatias de pera, açúcar e vinagre. Algumas receitas chegam a incluir cacau amargo. Millassata Grande fritada aromatizada com alho, salsinha, fundos de alcachofra e aspargos selvagens. Olive farcite Azeitonas, geralmente verdes, recheadas com alcaparras e anchovas e conservadas em azeite. Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia Cozinha da Europa e Mediterrâneo 79 Sarde a beccafico Sardinhas limpas e sem cabeça,
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