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CURSO DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA COZINHA REGIONAL BRASILEIRA 2020/2 Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 2 Sumário Cozinha Brasileira ......................................................................................................... 4 Região Norte ................................................................................................................. 6 Mandioca: o pão do Brasil ............................................................................................. 6 Região Nordeste .......................................................................................................... 11 A Cozinha do Nordeste ................................................................................................ 11 O Arroz Nosso de Cada dia .......................................................................................... 11 Cozinha Mineira .......................................................................................................... 12 Em Minas bate o coração da Culinária Brasileira ........................................................ 13 Um caldeirão onde se misturam Cozinhas de todas as Regiões ................................. 14 Quitandas e Quitutes .................................................................................................. 16 Tropas e Boiadas ......................................................................................................... 16 Gaúchos e Colonos ...................................................................................................... 17 REGIÃO NORTE: COZINHA DO PARÁ E DO AMAZONAS .............................................. 19 REGIÃO NORDESTE: COZINHA DO LITORAL .............................................................. 26 REGIÃO NORDESTE: COZINHA DO RECÔNCAVO BAIANO .......................................... 31 REGIÃO NORDESTE: COZINHA DO SERTÃO ................................................................ 36 REGIÃO CENTRO OESTE .............................................................................................. 45 REGIÃO SUDESTE: COZINHA CAPIXABA ..................................................................... 51 REGIÃO SUDESTE: COZINHA PAULISTA ..................................................................... 57 REGIÃO SUDESTE: COZINHA MINEIRA ...................................................................... 66 REGIÃO SUDESTE: COZINHA DE BOTECO ................................................................... 72 REGIÃO SUL: COZINHA DO SUL .................................................................................. 86 Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 3 CONTEÚDO TEÓRICO ü Breve histórico da Cozinha Brasileira. ü A gastronomia brasileira – seu potencial, suas características e o mercado. A falta de conhecimento e de profissionalização. ü Apresentação do módulo de Cozinha Brasileira. O que será abordado curso e de que forma. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 4 Cozinha Brasileira O caldeirão mágico de cores, odores e sabores da cozinha brasileira comporta as influências e heranças africanas e européias, que, mescladas às receitas dos primeiros brasileiros – os indígenas – constituíram e consistem os paladares de caiçaras, caipiras, ribeirinhos, sertanejos, matutos, interioranos e metropolitanos que habitam, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, este país complexo e fascinante. Do índio herdamos a caça e a pesca, as ervas, as frutas nativas e, principalmente, a mandioca, que se disseminou de Norte a Sul do país, marcadamente nos diversos tipos de farinha. A forma ameríndia de cozinhar não revela nenhum requinte de preparo. O fogo era utilizado basicamente para assar sua caça ou pesca (moquear). Muitos alimentos eram comidos crus e o cozimento, apenas em panelas de barro artesanais, era raro. As ervas tinham mais função medicinal e ritualística do que como os temperos. Os portugueses e africanos (negros escravos de diversas nações) acrescentaram a estas formas rudimentares a sofisticação das suas técnicas de preparo, além de revelarem novos elementos e combinações – surgiram assim o angu, os pirões, as farofas, as paçocas, os bolos e tortas (de fubá e aipim), o cuscuz (herança árabe), os caldos, os cozidos, a doçaria, entre outros inúmeros elementos. A contribuição africana fez surgir um tipo específico de cozinha, a cozinha afro- brasileira, que tem sua sede inconfundível na Bahia (Salvador e Recôncavo) com seus vatapás, carurus, xinxins de galinha, efós, moquecas, acarajés, abarás, cozidos, etc. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 5 No processo de formação da cozinha brasileira também é fundamental o legado dos portugueses, que trouxeram novas matérias-primas de Portugal e de outras colônias e formas de preparo mais elaboradas, além de difundirem os seus hábitos alimentares já consagrados pela experimentada gastronomia européia. Particularmente no Nordeste e no Rio de Janeiro (antiga metrópole imperial) esta presença é facilmente perceptível pelas quitandas, compotas, o uso dos ovos nas frigideiras ou fritadas, o bacalhau etc. Na história da nossa alimentação os tropeiros, que, por quase três séculos, transportaram mercadorias e víveres por todo o território nacional, também tiveram papel fundamental na difusão da cultura, abrindo verdadeiras artérias no corpo do país, por onde corria o sangue de uma nova civilização. Eles inauguraram, junto com os bandeirantes, a ocupação dos espaços e a migração entre as diferentes áreas conduzindo hábitos e preferências alimentares, inaugurando trocas de experiências e revelando pratos e gostos diferenciados. Devido a essas múltiplas influências observamos uma dificuldade para esboçar o mapa gastronômico brasileiro, que difere bastante do seu mapa geográfico e administrativo, contando com muitas intersecções - regiões que misturam comidas de duas ou mais origens -, transferência de hábitos alimentares, devido às migrações etc. Consideradas clássicas e reconhecidas como principais são a cozinhas baiana, mineira, amazônica, goiana e caipira (considerando aqui as cozinhas dos interiores do Brasil). Além destas, também muito ricas e interessantes são: a cozinha de litoral brasileiro (que guarda semelhança nos seus pratos em toda a sua extensão), a cozinha do Sul (com os churrascos e outras delícias gaúchas, catarinenses e paranaenses), a cozinha das metrópoles (particularmente de São Paulo e do Rio de Janeiro – com grande influência de inúmeras cozinhas estrangeiras e de outras regiões do Brasil, que se mesclaram aos sabores locais e incorporou-se ao paladar dos povos das metrópoles). Todas elas podem representar o Brasil em qualquer lugar do mundo, e uma tese interessante que é levantada e merece ser discutida e, implementada algum dia, é a de que seja usado este potencial imenso da(s) cozinha(s) brasileira(s) com um estímulo ao turismo interno no país, já que é bastante claro e perceptível o fascínio dos estrangeiros pela rica, variada, farta, colorida e cheirosa mesa brasileira. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 6 A cozinha brasileira, expressão fundamental da cultura do país, é uma das mais fascinantes do mundo e seus bambás, tutus, tucupis, tacacás, carurus, pequis, moquecas, frigideiras, paçocas, angus e quetais temperam e perfumam, dia-a-dia, a vida dos brasileiros. Preservar, resgatar e revelar seus pratos é tarefa de todos aqueles que amam o Brasil. Região Norte A presença das ervas, notadamente o Jambu, a chicória, o coentro e dos ingredientes derivados da mandioca: o tucupi, a folha da mandioca brava e as diversas farinhas atribuem a região norte o título de uma das mais autênticas entre as cozinhas brasileiras. Na maioriade seus pratos predominam os ingredientes utilizados pelos primeiros habitantes desta terra. É uma cozinha que se distingue das outras regiões pelo exotismo de seus sabores e pelo rico potencial de alimentos naturais: as frutas típicas e seus grandes peixes. Alguns de seus pratos típicos são: o Pato no Tucupi, a Mandioca, o Tacacá, o Vatapá do Pará, a Caldeirada de Tucunaré e a polpa de Açai mescladas à Tapioca, ao Camarão seco, etc. Mandioca: o pão do Brasil “A filha de um chefe indígena engravidara sem contato masculino, como em sonho comunicara um homem branco ao pai furioso que, com esta notícia, se acalmou. Nasceu uma menina deslumbrante, de nome Mani, morta ao fim de um ano, sem doença e sem dor. Do túmulo surgiu um arbusto novo. A terra fendeu-se. Encontraram raízes que eram as primeiras mandiocas, fortificantes e poderosas. Mandioca, de Mani- oca, a casa de Mani.” Esta é apenas uma das lendas que relatam a origem da mandioca, aipim, maniva ou macaxeira, alimento fundamental e fundador das cozinhas do Brasil. Para os primeiros brasileiros, indígenas de diversas nações, a mandioca era alimento básico, Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 7 que, junto com as carnes de caça, os peixes, as folhas, sementes, frutos e outras raízes da abundante e generosa natureza local, compunha quase que obrigatoriamente o cardápio frugal desses povos pioneiros. Originária da América do Sul, com fortes indícios de que as primeiras raízes tenham sido encontradas em terras brasileiras, a mandioca se constitui num dos principais alimentos energéticos para cerca de milhões de pessoas, sobretudo nos países em desenvolvimento. Mais de 80 países produzem mandioca, sendo que o Brasil participa com mais de 15% da produção mundial. De fácil adaptação, várias espécies de mandioca, inclusive algumas venenosas, são cultivadas em todos os estados brasileiros, situando-a entre os nove primeiros produtos agrícolas do País, em termos de área cultivada, e o sexto em valor de produção. Confundida inicialmente pelos portugueses colonizadores com o inhame africano, logo a mandioca prevalece e é reconhecida como um dos elementos principais das mesas brasileiras e suas cozinhas típicas regionais, que vão se constituindo de acordo com a ocupação do espaço e a origem dos povos que passam a habitá-lo, e também de acordo com as características naturais de cada uma dessas regiões: a floresta amazônica oferece a matéria-prima para a autêntica e pouco difundida cozinha do Norte com seus tucupis, tacacás e maniçobas; o cerrado e a abundância natural do Pantanal no Centro-Oeste compõem a interessante cozinha local, que brilha particularmente em Goiás com seus empadões, guarirobas (espécie de palmito amargo), peixes na telha e pratos com pequi (fruto típico do cerrado); a aridez do sertão nordestino favorece as comidas mais secas, como as carnes de sol, os feijões de corda com muito coentro, os pratos com miúdos e vísceras de bode, porco e carneiro; a variedade dos peixes e frutos do mar da extensa costa brasileira permite as moquecas, caldeiradas, peixadas, o camarão ao bafo, as casquinhas de siri e de caranguejo; a especificidade da cozinha afro-brasileira do Recôncavo baiano e da cidade de Salvador faz oferendas aos seus acarajés, abarás, vatapás, carurus e xinxins; a forte herança lusitana mesclada a influências escravas da tradicional cozinha mineira promovem a galinha ao molho pardo, o frango com quiabo, os torresmos, o jiló crocante, o iaiá com ioiô; a singeleza das cozinhas interioranas, marcadas pela forte componente rural característica do início da formação da sociedade brasileira, tempera as leitoas, galinhas caipiras, os angus, os mexidos; a Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 8 incorporação dos sabores estrangeiros nos cardápios brasileiros, particularmente nas mesas metropolitanas, possibilita o nhoque (que também pode ser de mandioca) e outras tantas massas e molhos, a rabada com agrião, as polentas, os cozidos, as dobradinhas e até a feijoada; o contato dos Pampas com os países do Cone Sul facilita o culto às carnes, no churrasco que ganha forma e conteúdo próprios – a picanha, por exemplo, é um corte brasileiro de carne. Em cada uma dessas regiões, a mandioca compõe pratos ou é apreciada a partir de um de seus inúmeros subprodutos: no Pará e em toda a Amazônia, a farinha d’água, mais grossa e amarelada, é ainda fabricada com a mesma técnica indígena: depois de macerada até largar a casca, a mandioca é colocada na água até amolecer para ser esmagada ou ralada e transportada ao tipiti, objeto cônico ou cilíndrico de taquara ou palha, de onde, depois de escorrer todo o líquido – o tucupi - essa massa restante é levada ao sol para secar e ao forno para ser torrada. O tucupi é vendido em garrafas no mercado do Ver-o-Peso em Belém, e, com o jambu e a chicória, tempera o delicioso pato ao tucupi e outras iguarias locais; a maniçoba é preparada com as folhas novas de mandioca trituradas e cozidas durante vários dias e misturadas a diversas carnes e temperos; no litoral, os peixes e frutos do mar são quase sempre acompanhados de um belo pirão, às vezes já servido pronto, às vezes preparado na mesa pelos próprios comensais; no Nordeste não se come sem farinha, pura mesmo, acompanhando as buchadas, a carne seca ou de sol, o feijão ou a fava sem caldo etc., os beijus de tapioca - quentinhos e com manteiga são muito mais saborosos que qualquer pão no café da manhã - e bolos de carimã são obrigatórios, sem falar na incomparável carne de sol com macaxeira; no Sul, a farofa ou farinha pura (geralmente a mais fina) acompanha muito bem os churrascos pampeiros e os peixes e frutos-do-mar do litoral catarinense; no Centro-Oeste, a mandioca é cozida até desmanchar para dar a liga entre os ingredientes do tradicional empadão goiano, e as farofas bem molhadas recheiam ou acompanham os dourados, pintados e pacus; na Bahia, compondo o saboroso creme do bobó de camarão e nas indispensáveis farofas de azeite; em Minas, nos tutus, feijões tropeiros e na vaca atolada (pedaços de mandioca deliciosamente atolados em costelas de boi); em São Paulo, no virado à Paulista; no interior, nos viradinhos de vagem e de abobrinha; no Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 9 Paraná, mais particularmente em Morretes, acompanhando, junto com a banana, o saboroso barreado. Em todo o país, a mandioca é cantada em verso e prosa em inúmeras versões: cozida, frita, assada, em farofas, paçocas, pirões, mingaus, transformada em tapiocas e polvilhos, como doces, bolos, pudins. As farinhas, alguns preferem grossas, outros médias e outros ainda finas ou até finíssimas, mas poucos delas abrem mão. Ela sempre fez e continua fazendo parte do cotidiano do brasileiro. A mandioca é importante fonte de carboidratos e rica em amido, por isso considerada alimentação fundamental para as populações das regiões mais carentes, cumprindo, inclusive, no sertão nordestino e em vários outros rincões de pobreza do Brasil, aliada a outros componentes, como a rapadura, por exemplo, ou fazendo parte da multimistura (um composto alimentar que está salvando inúmeras crianças brasileiras da desnutrição), um papel de salva-vidas, por causa da escassez de alimentos e do descaso e abandono dos sucessivos governos e das elites locais com esta população. Como exige pouca tecnologia e espaço para o seu plantio, a mandioca é também um dos alimentos mais cultivados pelos pequenos produtores, geralmente como cultura de subsistência, mas, além de servir para a alimentação humana e animal, derivados da mandioca são empregados na indústria alimentícia, metalúrgica, de mineração, de construção, cosmética, farmacêutica, de papel e papelão, têxtil etc. O amido de mandioca (fécula) natural pode ser usado na indústria de alimentos como espessante, utilizandoas propriedades de gelatinização em cremes, tortas, pudins, sopas, alimentos infantis, molhos, caldos etc.; como recheio, aumento do teor de sólidos em sopas enlatadas, sorvetes, conservas de frutas, preparados farmacêuticos etc.; como Ligante, impede a perda de água durante o cozimento em salsichas, carne enlatada etc.; como Estabilizante, capacidade de retenção de água em sorvetes, fermento em pó etc.; utilizado também para produtos de panificação na elaboração de pães, biscoitos e outros. Na Indústria Têxtil - na Engomagem, para reduzir ruptura e desfibramento nos teares; na Estamparia, para espessar os corantes e agir como suporte das cores; no Acabamento, para aumentar a firmeza e o peso de papel, papelão e tecidos. Na Indústria de Papel - para dar Corpo, aumenta Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 10 a resistência a dobras; no Acabamento, melhora a aparência e a resistência; Goma, para sacos comuns de papel, papel laminado, ondulado e caixas de papelão. A farinha é a principal forma de utilização de mandioca no Brasil, atingindo índices superiores a 90%. Tradicionalmente, a produção de mandioca da Região Nordeste é orientada para a produção de farinha. As indústrias de processamento de farinha - as chamadas "casas de farinha" - são individuais ou comunitárias, às vezes em cooperativas. As farinhas de mandioca que passam por torrefação são geralmente utilizadas no consumo direto à mesa, enquanto que as farinhas provenientes de raízes secas -farinha de raspa ou farinha de apara - tem fins mais diversificados, como farinha alimentícia panificável destinando-se também para massas (biscoitos, macarrões e similares) em misturas com a farinha de trigo. Pode ainda ser usada na composição de rações, de lama aquosa na mineração do petróleo, na produção de álcool, indústria de papel, indústria têxtil (para evitar encolhimento de tecido), produção de adesivos e de agentes ligantes, na indústria de fundições. Por tudo isso, a mandioca é considerada patrimônio nacional, e, assim como a cachaça e o futebol, é elemento fundamental de reconhecimento do país e da identidade do seu povo. A mandioca tem um valor cultural, econômico, social e até sentimental muito grande, como por exemplo, o arroz para os povos orientais, o grano duro e a sêmola (e, claro, as massas deles derivadas) para os italianos, a azeitona para Portugal e Espanha, o trigo para os árabes. No Norte, um dos esportes preferidos e mais praticados é o arremesso de farinha, cujo alvo é a própria boca, hábito dos indígenas que os sertanejos mantém com orgulho, nunca desperdiçando um único grão. A mandioca é a rainha do Brasil, o resto é tudo farinha do mesmo saco. Fonte de consulta: Embrapa Autores: Ivo Ribeiro de Araújo e Mara Salles Simon, pesquisadores da cozinha brasileira e proprietários do restaurante Tordesilhas, também especializado em cozinha brasileira. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 11 Região Nordeste A Cozinha Baiana está intimamente ligada aos cultos africanos e têm a cor e o sabor marcados pelo azeite de dendê, o leite de coco, o camarão seco e as pimentas. Sua cozinha condimentada e de sofisticada elaboração é a que mais freqüentemente representa o Brasil no exterior. São mundialmente famosas as baianas com seus tabuleiros de acarajés, abarás e vatapás. Alguns pratos baianos: Bobó de Camarão, Frigideira de Bacalhau, Xinxim de Galinha, Caruru, Feijão de Azeite. A Cozinha do Nordeste É importante destacar que a cozinha colorida e condimentada da Bahia, (que também é Nordeste) é uma cozinha localizada especificamente no Recôncavo Baiano. No Sertão da Bahia é pequena ou quase inexistente a presença do dendê. Come-se, no Sertão da Bahia o que se come em todo o Nordeste brasileiro: a Farinha, o Feijão de Corda, os Peixes e as Carnes Secas ao sol, e o Cuscuz de Milho que é o pão do nordestino. É rica a variedade de peixes e frutos do mar em todo o litoral nordestino. Destacam- se as Moquecas, as Frigideiras (de camarão, siri, bacalhau), as Caldeiradas, os Caranguejos e o Camarão seco (notadamente na Bahia). O Arroz Nosso de Cada dia Nativo da Ásia, o arroz chegou ao Brasil no século 17. Ele é a base das nossas refeições e combina com quase tudo. O segredo é fazê-lo soltinho! Tipos de arroz: • Integral: depois de retirada a casca que envolve cada grão, ele não passa por mais nenhum processo, conservando todos os nutrientes naturais. Como é mais firme, precisa de mais água e mais tempo para cozinhar. • Parbolizado: antes do beneficiamento é pré-cozido, mantendo todos os nutrientes e conservando-se por mais tempo. Cru é amarelo, mas depois do cozimento fica branco e soltinho: não empapa mesmo se receber água demais. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 12 • Selvagem: na verdade é a semente de uma planta originária do Canadá. Muito raro, é servido misturado com arroz integral ou comum, em ocasiões especiais. • Arbório: tipo italiano, próprio para risotos. • Cateto: curto e gordinho, tem bastante goma. É empregado em pratos que precisam ficar cremosos ou até mesmo empapados. É vendido, também, em versão integral. • Agulhinha tipo 1: é o mais usado. Depois de retirada a casca, é beneficiado (polido). Fica branco e brilhante, mas perde grande parte de seus nutrientes. Cozinha Mineira Vamos nos imaginar entrando pelo coração do Brasil por aquele que seria o seu porto natural, a Baía de Guanabara. Do Ria de Janeiro seguiremos pelas serras em direção a Minas Gerais e de lá rumo ao centro, Mato Grosso e Goiás. Neste nosso roteiro gastronômico estaremos de volta ao mar pelo Espírito Santo depois de termos visitado uma série de cozinhas que se influenciaram entre si graças ao caminho das bandeiras paulistas, mas que também souberam manter as suas características individuais bem definidas. Antiga jóia da coroa portuguesa, o Rio talvez seja o melhor representante da sua gastronomia e dos seus hábitos alimentares. Pelas ruas cariocas as mercearias assemelham-se às encontradas nas cidades portuguesas. Raridades como a Confeitaria Colombo, no centro da cidade, trazem costumes completamente portugueses como as caixinhas onde são embalados os doces, tal qual em qualquer congênere lusitana. A célebre feijoada trasmontana sucumbiu ao gosto carioca pelo feijão-preto e se já trazia uma grande variedade de carnes salgadas e defumadas em sua bagagem, caiu no exagero dos trópicos com o passar dos anos: um bocadinho de charque aqui, uma couve picada bem fininho ali, talvez alguns torresmos caiam bem..., laranja fresca e cortadinha para refrescar, e uma boa pimenta para esquentar. Sem esquecer de, prato feito, cobrir tudo com a farinha de mandioca ou uma bela farofa bem torradinha. E assim fez fama e é o prato nacional conhecido no mundo inteiro. Vale notar que só a feijoada carioca leva feijão-preto no Brasil. As feijoadas dos outros Estados preferem feijão mulatinho. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 13 Em nenhum outro lugar do país encontra-se tamanha variedade de restaurantes portugueses. Na mesa de quase todos os bares os bolinhos de bacalhau acompanham a cervejinha gelada. Os botequins são herança direta das tabernas lisboetas com o bacalhau à Brás, as mais deliciosas empadinhas do país, caldo verde, lingüiça na aguardente, polvo ao vinagrete. E todas essas comidinhas confraternizam com coisas da terra como aipim frito e inesquecíveis batidas de limão. A boêmia das noites do Rio criou alguns pratos famosos como a Sopa Leão Veloso e o Filé à Oswaldo Aranha. A fome da madrugada fez a fama do angu-do-gomes servido em carrinhos estrategicamente distribuídos pelo centro do Rio: angu de milho coberto por um ensopadinho de bofe. Nos lares cariocas, porém, é como em todo o Brasil: arroz com feijão, só que preto mesmo no dia-a-dia;bife com fritas; uma saladinha; e o caseiríssimo camarão ensopadinho com chuchu. Em Minas bate o coração da Culinária Brasileira Embora seja o grande produto do leite nacional, dizem que o mineiro não é muito amigo dele. Prefere os seus derivados que todos conhecem bem, os insuperáveis queijos-de-minas. Ao queijo fresquinho que fez fama por todo o Brasil os mineiros chamam “verde” apesar de ser branco como a neve. Evidentemente estão se referindo ao seu estado de maturidade: em Minas prefere-se o queijo curtido, amarelinho e rígido por fora, branco e cremoso por dentro. É ele que gosta de encerrar as refeições acompanhado por melado de cana. Com o leite são feitos doces famosos, e licores cujas receitas familiares são passadas de geração em geração. A velha lenda colonial, que acusa os mineiros de esconderem a comida nas gavetas da mesa quando uma visita se aproxima, foi substituída pelo aroma do café sempre adoçado e pronto para ser oferecido aos visitantes. Os gaveteiros, como eram conhecidos nos tempos coloniais os habitantes de Mariana, tinham o hábito de comer escondido não por avareza mas pela vergonha de não terem o que oferecer ao visitante pela pobreza dos seus recursos. O mineiro é hospitaleiro como quê. O café vem cercado por quitandas que é como são chamadas todas as delícias que o acompanham: broinhas de fubá, pão de queijo, roscas, bolos, brevidades, biscoitinhos etc. Talvez herança da colonização portuguesa, prefere-se carne de porco, que reina absoluta sobre qualquer outra. Para as visitas é hábito preparar-se um lombo de porco Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 14 no forno e os seus acompanhamentos. O frango ao molho pardo, herdeiro direto da portuguesa galinha de cabidela, também é um prato dos domingos. Torresmos e lingüiças fazem partes das delícias diárias que desprendem o seu aroma irresistível pelas cozinhas mineiras. O feijão (de preferência vermelho à Medida que se afasta das fronteiras do Rio) é cozido, batido no liquidificador e depois “afogado”, que é como eles chamam o refogado. Resulta um caldo grosso, quase um purê, servido quase sempre em angu de milho sem sal ou arroz branco soltinho. Sem ser batido, o feijão tropeiro, misturado com farinha de mandioca, aparece em direção ao oeste do Estado. Os pomares fornecem frutas para todos os tipos de doce, em calda, cristalizados ou em pastas: de laranja, de limão, de cidra, de marmelo, de mamão, de banana, de abóbora, de toranja e por aí afora. As hortas os quintais completam a mesa com legumes e verduras, tão apreciados na região. Apesar da couve picadinha bem fino percorrer todo o Brasil com o nome de “mineira”, é da couve rasgada cortada à mão em pedaços irregulares que eles gostam. Com ela também preparam uma sopa que aquece as noites de inverno do interior. A verdura é sempre farta e variada. Um passeio pelos mercados leva-nos a interessantes descobertas: munhecas, cambuquiras e ora- pro-nóbis são oferecidas ao lado de muitas outras hortaliças mais conhecidas. Por munheca entenda-se brotos de samambaia. Cambuquira é como são chamados os grelos da abóbora. E ora-pro-nóbis é a folha de um arbusto existente em quase todos os quinatais. É uma cozinha simples e saborosa cujo rei é, sem dúvida, o célebre tutu de feijão. Ele, sim, faz a festa todas as vezes em que é levado à mesa. Um caldeirão onde se misturam Cozinhas de todas as Regiões O feijão tropeiro, o leitão assado com tutu, o frango ao molho pardo com angu, as quitandas e os doces mineiros atravessaram o São Francisco e se instalaram também no centro-oeste brasileiro, em Goiás. Do Rio Grande do Sul veio o arroz de carreteiro batizado em terras goianas de Maria Isabel depois de adaptado ao gosto regional. Os índios colaboram com a sua predileção pela caça e pelos peixes. De Portugal veio o peixe na telha, curimbatá, corvina, piracanjuba ou jaraqui pousado numa telha de barro e levado ao braseiro. O milho tem presença marcante na cozinha goiana. Seco prepara sopas de fubá, mingaus e polentas. Com milho verde fazem-se curaus, angus e polentas. A polenta, aliás, é uma mania goiana. As pamoharias espalham-se por Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 15 todos os cantos das cidades. A jurubeba, um frutinho redondo que dá aos cachos, substitui muitas vezes as pimentas com vantagem, esmagada no feijão ou como tira- gosto. É também a floresta quem fornece as glórias da cozinha de Goiás e Tocatins: o pequi e a guariroba. O pequi, um fruto amarelo semelhante a uma nêspera, é a matéria-prima do arroz de pequi. A árvore que produz o fruto é de grande porte e, muitas vezes, é homenageada com um arroz de pequi preparado ali mesmo a seus pés. A guariroba é um palmito de cor acinzentada e gosto ácido indispensável no empadão goiano e no arroz que leva o seu nome. Oeste adentro chega-se ao Mato Grosso cujas influências gastronômicas, além daquelas herdadas dos habitantes primitivos e dos Estados vizinhos, chegam dos países fronteiriços. Da Bolívia vieram as saltenhas, pastéis de frango assados no forno. Do Paraguai, as chipas, uns biscoitinhos em forma de ferradura e a sopa, que de sopa não tem nada, é um bolo salgado. Banana crua acompanha as refeições, peixe ou carne. Verde, cortadinha às rodelas, frita e polvilhada de sal, a banana serve como um delicioso tira-gosto. Come-se muito peixe: pacu, pacu-peba, piabaçu, piraputanga, curimbatá, dourado, mas para o sul-mato-grossenses o churrasco tem tanta importância quanto para os gaúchos. O corte mais apreciado é a ponta de costela, um peso de carne específico da região acompanhado de maracaju (uma lingüiça preparada com carne desfiada de vaca) e mandioca. Deixando o oeste, voltemos ao litoral de nossa viagem gastronômica para visitarmos a cozinha capixaba. Como em todas estas regiões visitadas onde a influência africana foi relativamente pequena, no Espírito Santo é quase nula. A cor do dendê da Bahia, Estado vizinho, também é apreciada, mas à maneira indígena, produzida pelo urucum. A moqueca capixaba não leva leite de coco como a baiana, e o azeite é o de oliva, que entra também em muitos outros pratos. O português trouxe a técnica, os índios forneceram os ingredientes. Os peixes, alimento preferido de portugueses e indígenas tornaram-se também a alma da cozinha capixaba. A famosa torta comida por ocasião da Páscoa leva quase tudo o que o mar oferece, e mais o palmito da terra, tudo coberto por uma mistura de gemas e claras batidas em neve e rodelas de cebola e azeitonas. A seguir, forno até dourar. A torta capixaba preparada em frigideira de barro típica do Estado é presenteada entre amigos e parentes, e muitas delas seguem pelos correios para aqueles que foram viver longe de sua terra mas não perderam o seu amor por ela. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 16 Sabores mais recentes chegaram da Itália, Alemanha e do Oriente Médio enriquecendo as cozinhas capixaba, fluminense, carioca, mineira, mato-grossense e goiana. Cozinha que continuam de portas abertas a todos os povos que quiserem dar a sua colherada de sua influência neste grande caldeirão internacional que é a culinária brasileira de nossos dias. Afinal, o que interessa é um resultado saudável e harmonioso. Como o país dos nossos sonhos. Quitandas e Quitutes Com o descobrimento do ouro pelos bandeirantes, Minas Gerais foi invadido por milhares de aventureiros, que afluíram de todos os cantos do país e de Portugal. A busca frenética do ouro e depois dos diamantes não deixou margem à agricultura no início da mineração. Medidas severas tiveram que ser tomadas para suprir as necessidades alimentares do numeroso contingente humano, que não raro, passava por privações. Aos poucos, a alimentação, que até então era extremamente pobre, começou a melhorar, graças aos tropeiros do sertão nordestino e do sul, que percorriamos caminhos abertos pelos bandeirantes e vendiam os mais variados gêneros alimentícios literalmente a peso de ouro. O ouro e os diamantes geraram uma riqueza fantástica, riqueza não só material, mas também espiritual, uma atividade intelectual e artística sem precedentes, que criou o Brasil republicano, urbano e burguês. Fazendo uma viagem pelo Barroco Mineiro vamos desvendar “quitandas & quitutes”. O cotidiano das mesas senhoriais do século XVIII e XIX, que até hoje se repete nas fazendas mineiras, no fogão à lenha e nos costumes mantidos no campo e nas cidades. Sinônimo de comida farta, variada e saborosa, a culinária mineira é pródiga em pratos diversos. Quitanda é toda variedade servida às visitas no lanche ou no chá: brevidade de polvilho, mentiras, sequilhos, etc.; Quitutes é o forte, a riqueza das duas refeições essenciais do dia, o almoço e o jantar: tutu de feijão, couve à mineira, frango com quiabo, leitoa pururuca... Tropas e Boiadas Seguindo viagem Brasil adentro, no rastro dos bandeirantes, atingindo a região mágica dos chapadões de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 17 Extensão de Minas Gerais, esta região também experimentou a “febre do ouro”. Mas a riqueza do garimpo era frágil, o ouro escasseou e a economia da região entrou em crise no século dezenove, até que a chegada de pecuaristas, seringueiros e exploradores de erva-mate injetou sangue novo. Nova fronteira agrícola do país, o Brasil central recebe gente de todos os cantos em busca de terras mais baratas e das riquezas do lugar. Nesta região vamos descobrir uma cultura e uma culinária quase desconhecidas no resto do país, forjadas em três raças e em três etapas: a indígena, a africana e a portuguesa. A base da cozinha do Centro-Oeste consiste em peixe, caça, farinha de mandioca, palmitos, feijão, carne-de-sol e arroz. Desta culinária pouco conhecida destacaremos: arroz de pequi, peixe na telha, galinhada. Gaúchos e Colonos Foram novamente os bandeirantes paulistas, caçadores de índio e de ouro, os responsáveis pela conquista das terras do sul. Desiludidos do ouro, encontraram ali vastas planícies e grandes manadas de cavalos selvagens, levadas pelos jesuítas das missões catequisadoras. Essa será a primeira atividade do gaúcho; a captura e a guarda de cavalos. Depois veio o gado. Surgem então as grandes fazendas de criação, as estâncias. Mestiço de índio, português e espanhol, o gaúcho tem na estância o núcleo de suas atividades. A carne é o alimento básico do gaúcho. É o churrasco assado diretamente na brasa, no “fogo de chão”, como faziam os índios. Cortando a carne com a faca, seu talher e também a sua arma, envolve-a com farinha de mandioca. Eis a sua comida predileta, regada com goles generosos de chimarrão, infusão fervente e amarga de erva-mate. A cuia passa de boca em boca, quebrando as barreiras sociais. Mas não só de carne se alimenta o gaúcho. Nas barracas montadas especialmente para sua festa maior, o rodeio, uma grande variedade de alimentos, tira-gostos, doces e guloseimas são consumidos, não raro denunciando as suas origens espanholas, influência dos países vizinhos. Paralelamente à do gaúcho, uma outra civilização surge na região sul, a dos colonos, que se espalharam não só no Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina, Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 18 Paraná e São Paulo. Alemães, italianos, espanhóis, poloneses, japoneses, russos, árabes, suíços, holandeses, belgas, judeus de várias origens, são fraternalmente acolhidos no Brasil, trazendo para cá a sua cultura, os seus costumes e hábitos, aqui adaptando-se à nova terra integrando-se às culturas locais, enriquecendo-as e enriquecendo-se com elas, numa verdadeira comunhão pascal. Baseados essencialmente no núcleo familiar, os colonos desenvolveram inúmeras atividades, na sua maioria ligados à agricultura, introduzindo o cultivo de vários gêneros, enriquecendo de maneira significativa a produção de alimentos no Brasil. A amplitude destas atividades agrícolas é a responsável pela grande variedade alimentar dos imigrantes, que além da manutenção de suas tradições culinárias, criaram aqui hábitos novos, utilizando os produtos da terra, gerando uma cozinha rica e extremamente diversificada. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 19 REGIÃO NORTE: COZINHA DO PARÁ E DO AMAZONAS OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer os conceitos iniciais da cozinha brasileira ü Conhecer as características da cozinha da região Norte do Brasil. ü Produzir receitas da região Norte. PEIXE NA FOLHA DE BANANEIRA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Filé de Filhote 200 Gramas Folha de bananeira 01 Unidade Sal refinado QB - Azeite de oliva comum 15 Mililitros Coentro fresco 01 Ramo pequeno Método de preparo: 1. Limpar e retirar as espinhas do peixe. Cortar o filé em tranche. 2. Escaldar a folha de bananeira ou passar sobre a chama do fogo. 3. Temperar o peixe com sal, azeite, salpicar coentro e enrolar na folha de bananeira. 4. Levar ao forno pré aquecido 150ºC calor seco por aproximadamente 15 minutos ou até o peixe estar cozido. 5. Servir com o molho de jambú. MOLHO DE JAMBÚ Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Jambú fresco 01 Maço Cebola pera em cubos pequenos 50 Gramas Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 20 Azeite de oliva comum 50 Mililitros Coentro fresco picado ¼ Maço doméstico Cebolinha verde fresca picada ¼ Maço doméstico Limão tahiti (suco) ½ Unidade Sal refinado QB - Pimenta do reino preta moída QB - Método de preparo: 1. Branquear o jambu em água fervente por aprox. 1 min, caso ele esteja fresco. 2. Refogar a cebola no azeite. 3. Colocar o jambú e refogar rapidamente. 4. Resfriar e acrescentar os outros ingredientes. PURÊ DE BANANA-DA-TERRA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Banana-da-terra média madura com casca 200 Gramas Leite integral 250 Mililitros Método de preparo: 1. Cortar as extremidades da banana. 2. Numa panela, cobrir as bananas com água e cozinhar em fogo alto até ficarem macias. 3. Quando as cascas racharem, escorrer e descascar as bananas. 4. Ferver o leite. 5. Transferir as bananas descascadas e ainda quentes para o liquidificador, acrescentar parte do leite e bater até obter um purê. 6. Retornar o purê ao fogo para aquecer e acertar a textura com o restante do leite, se necessário. 7. Retirar o peixe do forno, abrir a folha de bananeira e servir regado do molho de jambú e acompanhado do purê de banana aquecido. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 21 TORTA DE CASTANHA DO PARÁ (3 produções para toda turma) MASSA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Castanha do Pará 20 Gramas Açúcar de confeiteiro 60 Gramas Manteiga integral sem sal 50 Gramas Farinha de trigo 150 Gramas Sal refinado QB - Ovo tipo extra 01 Unidade RECHEIO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Castanha do Pará 120 Gramas Açúcar refinado 120 Gramas Creme de leite fresco 120 Gramas Ovo tipo extra 01 Unidade Queijo meia cura 30 Gramas COBERTURA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Doce de goiaba mole 50 Gramas Método de preparo: Massa: 1. Triturar a castanha com o açúcar até virar um pó fino. 2. Com a ponta dos dedos, misturar a manteiga com a farinha e uma pitadinha de sal. 3. Juntar o ovo e a castanha triturada com o açúcar, fazer uma bola, deixar descansar por 30 minutos envoltos em filme plástico na geladeira. 4. Abra em forma de aro removível. Recheio: 1. Triturar a castanha com o açúcar até virar pó, misturar o creme e o ovo. 2. Ralar o queijo e reservar. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira22 Montagem: 1. Polvilhar metade do queijo ralado sobre a massa e cobrir com o creme de castanhas. 2. Polvilhar o restante do queijo sobre o creme de castanhas e assar em forno pré-aquecido a 160ºC por 40 minutos. 3. Servir com a goiabada mole por cima da torta. PATO NO TUCUPI Ingredientes Quantidade Unidade de Medida VINHA D’ALHO Vinagre de vinho branco 30 Mililitros Azeite de oliva comum 20 Mililitros Limão tahiti (suco) QB Algumas gotas Alho roxo 01 Dente Cebola pera 80 Gramas Salsinha fresca picada ½ Maço Pimenta do reino preta moída QB - Louro 01 Folha Coxa e sobre coxa de pato 01 Unidade FINALIZAÇÃO Sal refinado QB - Tucupi 800 Mililitros Alfavaca fresca QB - Chicória do Pará fresca QB - Jambú fresco QB - Pimenta de cheiro do Pará QB - PARA ACOMPANHAR Farinha d’água ou de areni QB - Método de preparo: 1. Fazer a vinha d’alhos misturando o vinagre, o azeite, o limão, o alho esmagado, Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 23 a cebola picada grosseiramente, a salsinha, a pimenta do reino e o louro. Marinar o pato nesta mistura. 2. Temperar com sal e colocar o pato em uma assadeira e levar em forno pré- aquecido a 180ºC até ficar dourado e macio. 3. Ferver por 20 minutos o tucupi. 4. Juntar o tucupi, a alfavaca, a chicória, o jambú e o sal e ferver por 3 minutos. 5. Acrescentar o pato, sem a gordura que se deposita no fundo da assadeira, e cozinhar um pouco. 6. Servir em prato fundo acompanhado a parte com farinha d’água e a pimenta de cheiro do Pará. CREME DE CAMARÃO NO LEITE DE CASTANHA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Camarão fresco 25/1 200 Gramas Alho roxo ½ Dente Azeite de oliva comum 10 Mililitros Cebola pera 50 Gramas Tomate Débora 100 Gramas Pimentão vermelho 15 Gramas Cheiro-verde (salsinha, coentro e cebolinha) QB - Manteiga integral sem sal 10 Gramas Leite integral 400 Mililitros Farinha de tapioca 45 Gramas Leite de castanhas do Pará 60 Mililitros Queijo tipo do reino 10 Gramas Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Descascar e limpar o camarão. 2. Refogar o alho, finamente picado, no azeite e juntar a metade da cebola ralada. 3. Acrescentar o camarão, quando estiver rosado, retirar e reservar. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 24 4. Bater no liquidificador o tomate, o pimentão, o cheiro verde e o restante da cebola com um pouco de água. 5. Em uma panela, refogar na manteiga os ingredientes batidos. 6. Acrescentar o leite e, quando ferver, juntar a farinha de tapioca e cozinhar mexendo até ficar macia e engrossar. 7. Juntar os camarões previamente salteados e, no final, juntar o leite de castanhas e o queijo ralado, acertar os temperos e servir em prato fundo. LEITE DE CASTANHA DO PARÁ Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Castanha do Pará 100 Gramas Água 150 Mililitros Método de preparo: 1. Bater no liquidificador as castanhas com água e espremer com um pano de algodão. 2. Reservar o bagaço para o bolo e o leite para o camarão. BOLO DE BAGAÇO DE CASTANHA DO PARÁ Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Açúcar refinado 75 Gramas Manteiga integral sem sal 75 Gramas Ovo tipo extra 1 ½ Unidades Farinha de trigo 75 Gramas Fermento em pó químico 05 Gramas Bagaço de castanha do Pará 100 Gramas Método de preparo: 1. Bater o açúcar com a manteiga até ficar cremoso e esbranquiçado. 2. Juntar os ovos inteiros um a um, batendo bem a cada adição. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 25 3. Acrescentar a farinha de trigo e o fermento e incorporar delicadamente. 4. Acrescentar o bagaço e misturar levemente. 5. Assar a 160ºC em forno pré-aquecido por 30 minutos. GELEIA DE BACURI (Uma produção para toda turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Açúcar refinado 250 Gramas Polpa de bacuri 01 Quilo Método de preparo: 1. Numa panela dissolver o açúcar na polpa descongelada. 2. Levar ao fogo e cozinhar até o ponto de geleia. 3. Resfriar e servir com o bolo de bagaço. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 26 REGIÃO NORDESTE: COZINHA DO LITORAL OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer as características da cozinha da região Nordeste do Brasil. ü Produzir receitas da região Nordeste (Bahia). BOBÓ DE CAMARÃO (5 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Camarão rosa 25/1 250 Gramas Água 1 ½ Litro Mandioca, descascada cortada em toletes e retirado o fio central 200 Gramas Alho roxo 02 Dentes Azeite de oliva 15 Mililitros Cebola pera 30 Gramas Pimentão vermelho 15 Gramas Pimentão verde 15 Gramas Tomate Débora 30 Gramas Coentro fresco QB - Leite de coco 100 Mililitros Azeite de dendê 30 Gramas Pimenta de cheiro picada QB - Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Limpar os camarões e fazer um caldo com as cascas, cabeças e água. 2. Cozinhar a mandioca no caldo de camarão e processar ainda quente com um pouco do caldo. Reservar. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 27 3. Refogar o alho esmagado no azeite de oliva, juntar a cebola grosseiramente picada, puxar os camarões até ficarem rosados, retirar somente os camarões e reservar. 4. Refogar os pimentões e os tomates, sem pele e sem sementes, picados em cubos pequenos na panela com alho e cebola, acrescentar as folhas do coentro e cozinhar um pouco. 5. Processar esta mistura, ainda quente (ou manter sem processar) retornar ao fogo, acrescentar o leite de coco, o azeite de dendê, a mandioca processada e cozinhar mexendo até dar o ponto. 6. Finalizar, juntando os camarões. Acertar o tempero com a pimenta de cheiro e sal. ARROZ DE COCO (5 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Arroz agulhinha tipo 1 100 Gramas Sal refinado QB - Leite de coco 50 Mililitros Cebola pera picada 20 Gramas Coco fresco ralado 30 Gramas Água fervente 150 Mililitros Método de preparo: 1. Lavar e escorrer o arroz até secar. 2. Ferver o leite de coco com a cebola. 3. Acrescentar o arroz, o coco ralado e o sal. 4. Acrescentar a água fervente e cozinhar em fogo médio. FAROFA DE DENDÊ (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Azeite de dendê 30 Mililitros Farinha de mandioca 100 Gramas Sal refinado QB - Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 28 Método de preparo: 1. Aquecer o dendê. 2. Desligar o fogo, acrescentar a farinha, o sal e misturar bem. XINXIM DE GALINHA (5 produções parab turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Coxa e sobre coxa de frango, cortada pelas juntas 01 Unidade Alho roxo 01 Dente Sal refinado QB Gramas Camarão seco defumado 10 Gramas Azeite de dendê 20 Mililitros Castanha de caju torrada 15 Gramas Amendoim torrado sem pele e sem sal 15 Gramas Cebola pera 30 Gramas Gengibre fresco 05 Gramas Coentro fresco QB - Método de preparo: 1. Lavar a coxa e sobre coxa do frango temperar, com o alho esmagado e o sal, por baixo da pele. 2. Limpar os camarões (tirar os olhos, as patas e o ferrão). 3. Em uma panela, selar o frango, utilizando o azeite de dendê até dourar. 4. Processar a castanha de caju, o camarão seco e o amendoim. 5. Processar a cebola, o gengibre ralado, o coentro, com água suficiente para bater. 6. Juntar os aromáticos ao frango, cozinhar até que o frango esteja macio. 7. Pingar água quente aos poucos, no canto da panela, durante a cocção. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 29 MOQUECA DE PEIXE (5 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Posta de Robalo 02 Postas Sal refinado QB - Coentro fresco QB- Alho roxo 01 Dente Tomate Débora 60 Gramas Cebola pera 70 Gramas Pimentão vermelho 40 Gramas Pimentão verde 40 Gramas Azeite de oliva comum 15 Mililitros Leite de coco 80 Mililitros Azeite de dendê 30 Mililitros Pimenta de cheiro (bode) QB - Método de preparo: 1. Lavar as postas de robalo em água corrente. Em seguida, secar e temperar com o sal, coentro e alho picado. Reservar. 2. Cortar o tomate, a cebola e os pimentões em rodelas. 3. Numa panela de barro distribuir o azeite de oliva. 4. Arrumar em camadas, alternando os aromáticos com o peixe, finalizando com o leite de coco e o azeite de dendê. 5. Levar ao fogo alto até a panela ferver. 6. Abaixar o fogo, tampar a panela e cozinhar até que o peixe esteja macio ao toque do garfo. 7. Acrescentar a pimenta de cheiro picada e acertar os temperos. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 30 QUINDIM (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantida de Unidade de Medida Manteiga integral sem sal 25 Gramas Ovo tipo extra 10 Unidades Açúcar refinado 250 Gramas Coco fresco ralado bem fininho 100 Gramas Manteiga integral sem sal para untar 15 Gramas Açúcar refinado para polvilhar 20 Gramas Método de preparo: 1. Derreter a manteiga em banho-maria e esfriar; 2. Separar e peneirar as gemas, acrescentar o açúcar, o coco bem fininho e a manteiga, mexer tudo muito bem; 3. Despejar em forminhas untadas com manteiga e polvilhadas com açúcar; 4. Cobrir e descansar na geladeira por 30 minutos; 5. Assar em banho-maria em forno pré-aquecido a 165ºC até que estejam dourados. 6. Desenformar ainda quente. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 31 REGIÃO NORDESTE: COZINHA DO RECÔNCAVO BAIANO OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer as características da cozinha da região Nordeste do Brasil. ü Produzir receitas da região Nordeste (Bahia). Observação: • Preparar a vinha d’alhos do cabrito e marinar o cabrito. VATAPÁ (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Posta de peixe branco 250 Gramas Sal refinado QB - Pimenta do reino preta moída QB - Limão tahiti (suco) QB - Pão de forma sem casca 50 Gramas Leite de coco 200 Mililitros Azeite de dendê 40 Mililitros Cebola pera 25 Gramas Tomate Débora 50 Gramas Pimentão verde 20 Gramas Pimenta de cheiro fresca (bode) QB - Coentro fresco QB - Camarão seco defumado 20 Gramas Castanha de caju tostada 25 Gramas Amendoim torrado sem pele e sem sal 25 Gramas Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 32 Gengibre fresco 05 Gramas Água 100 Mililitros Método de preparo: 1. Temperar as postas de peixe com sal, pimenta do reino e o limão. 2. Hidratar o pão em metade do leite de coco. 3. Regar com dendê o fundo de uma panela, dispor as postas em camadas alternadas com a cebola, o tomate, o pimentão, cortados em rodelas, e a pimenta de cheiro. 4. Regar com o restante do leite de coco. Tampar a panela e levar ao fogo baixo, cozinhar até os vegetais ficarem macios. Retirar do fogo, separar o peixe dos aromáticos e seu caldo e reservar tudo separadamente. 5. Retirar a pele e as espinhas do peixe e reservar. 6. Processar o camarão seco, a castanha de caju, o amendoim e o gengibre. Reservar. 7. Processar o caldo de peixe com os aromáticos, seu caldo e o pão hidratado no leite de coco. 8. Levar ao fogo médio mexendo sempre o creme batido e os processados, até espessar adequadamente. Ao final acrescentar as lascas de peixe e misturar. 9. Antes de servir, caso seja necessário, utilizar água ou caldo de peixe para ajustar a consistência. ACARAJÉ (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Farinha de feijão fradinho (para acarajé) 170 Gramas Água 150 Mililitros Cebola pera 30 Gramas Sal refinado QB - Azeite de dendê 400 Mililitros Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 33 Cebola pérola 01 Unidade Método de preparo: 1. Processar a farinha de feijão com a água e a cebola picada e reservar. 2. Bater a mistura processada, próxima ao fogo, com uma colher até ela ficar bem fofa. Acertar o sal na massa. 3. Colocar o azeite de dendê com a cebola pérola no fogo; quando a cebola começar a esfumaçar, fritar os bolinhos de acarajé feitos com uma colher, até dourar. 4. Escorrer em papel toalha. 5. Servir recheado de vatapá e caruru. MOLHO DE PIMENTA PARA ACARAJÉ (Uma produção para toda turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Camarão seco 50 Gramas Azeite de dendê 120 Mililitros Cebola pera 50 Gramas Pimenta malagueta curtida 12 Unidades Método de preparo: 1. Bater no liquidificador todos os ingredientes. Levar ao fogo brando para apurar os sabores sem fritar os ingredientes. 2. Servir frio. CARURU (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Cebola pera 60 Gramas Tomate Débora 50 Gramas Pimentão verde 25 Gramas Coentro fresco 01 Ramo Salsinha fresca 01 Ramo Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 34 Alho roxo ½ Unidade Água 200 Mililitros Castanha de caju torrada 15 Gramas Amendoim torrado sem pele e sem sal 15 Gramas Camarão seco defumado 25 Gramas Azeite de dendê 30 Mililitros Quiabo 300 Gramas Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Processar a cebola, o tomate, o pimentão, o coentro, a salsinha e o alho com um pouco de água, e reservar. 2. Processar a castanha, o amendoim e o camarão seco, reservar. 3. Numa panela, refogar os aromáticos processados na metade do azeite de dendê. 4. Acrescentar os quiabos cortados em cruz e cozinhar, mexendo de vez em quando, até ficar macio. 5. Acrescentar as castanhas, o amendoim, os camarões processados. 6. Cozinhar tudo, mexendo de vez em quando. 7. Acrescentar um pouco de água para que o caruru não fique seco. 8. Verificar o sal e finalizar com o restante do azeite de dendê. PUDIM DE TAPIOCA (2 produções para toda turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Tapioca granulada 55 Gramas Leite integral 250 Mililitros Ovo tipo extra 03 Unidades Manteiga integral sem sal 15 Gramas Leite condensado 300 Gramas Leite de coco 100 Mililitros Coco fresco ralado 60 Gramas Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 35 Açúcar refinado 80 Gramas Método de preparo: 1. Hidratar a tapioca no leite integral morno por, pelo menos, uma hora. 2. Bater no liquidificador os ovos, a manteiga, o leite condensado, o leite de coco, a tapioca hidratada e por último, o coco ralado. 3. Caramelizar o açúcar em uma forma de pudim. Juntar a mistura batida. 4. Assar, coberto com papel alumínio em forno pré-aquecido em banho-maria a 160ºC. 5. Após 1 hora de cozimento, retirar o papel alumínio e assar até corar. COCADA (uma produção para toda turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Açúcar refinado 01 Quilo Água 600 Mililitros Coco frsco ralado 01 Quilo Cravo inteiro 10 Unidades Canela em pau 05 Unidades Método de preparo: 1. Em uma panela funda, dissolver o açúcar na água. Levar a panela ao fogo simmer. 2. Preparar uma calda, pode mexer para açucacar. 3. Quano a calda dferver acrescentar o coco ralado, cravo e canela. Mexer até obter uma “calda grossa”. 4. Passar para uma fôrma ou gn, espalhar e deixar esfriar. Modelar as porções para servir. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 36 REGIÃO NORDESTE: COZINHA DO SERTÃO OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer as características da cozinha da região Nordeste do Brasil. ü Produzir receitas da região Nordeste (Sertão). CABRITO GUISADO (3 produções para turma toda) Ingredientes QuantidadeUnidade de Medida Cabrito 400 Gramas Sal refinado QB - Óleo de milho 30 Mililitros Extrato de tomate 20 Gramas Tomate Débora 100 Gramas Cebola pera 100 Gramas Alho roxo 01 Dente Pimentão vermelho 20 Gramas Pimentão verde 20 Gramas Vinha d’alhos Vinho branco seco 50 Mililitros Pimenta do reino preta em grãos QB - Cebolinha fresca QB - Coentro fresco QB - Louro 02 Folhas Alho roxo 10 Gramas Azeite de oliva comum 30 Mililitros Cominho moído QB - Método de preparo: Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 37 1. Deixar o cabrito marinar na vinha d’alhos. 2. Retirar o cabrito da vinha d’alhos e salgar; reservar a vinha d’alhos. 3. Numa panela de pressão aquecer o óleo de milho e selar o cabrito; retirar o cabrito e caramelizar o extrato de tomate. 4. Acrescentar o tomate, a cebola, o alho e os pimentões, todos cortados grosseiramente, a vinha d’alhos e refogar até soltar do fundo da panela. 5. Juntar o cabrito e cozinhar em fogo baixo, pingando água quente, até a carne ficar macia e o molho apurado. 6. Acertar os temperos e servir. FAROFA DE JERIMUM (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Abóbora de pescoço (jerimum) 200 Gramas Farinha de mandioca 80 Gramas Cebola pera 50 Gramas Salsinha fresca QB - Cebolinha fresca QB - Coentro fresco QB - Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Assar a abóbora com a casca (embrulhada em papel alumínio) em forno pré aquecido a 180ºC até ficar macia. 2. Retirar a casca enquanto ela ainda está quente e esmagar com o garfo, deixando alguns pedaços maiores. 3. Picar e misturar os outros ingredientes. 4. Temperar e servir. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 38 ARRUMADINHO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Feijão verde debulhado 150 Gramas Carne seca demolhada e cortada em cubos médios 200 Gramas Manteiga de garrafa 30 (carne) + 30 (farofa) Gramas Cebola pera 20 Gramas Farinha mandioca 100 Gramas Método de preparo: 1. Cozinhar o feijão em água ou com a água da carne seca até os grãos ficarem macios, sem desmanchar; reservar. 2. Lavar bem a carne seca e levar ao fogo para cozinhar com água. 3. Cozinhar a carne trocando a água, repetir a operação caso a carne ainda esteja com excesso de sal. 4. Escorrer a carne e retornar ao cozimento até que esteja macia. 5. Puxar a carne seca na primeira parte da manteiga de garrafa, adicionar a cebola picada em cubos pequenos e reservar. 6. Na gordura da carne seca, puxar o feijão. 7. Aquecer a outra parte da manteiga de garrafa e juntar a farinha. Manter em fogo baixo, mexendo sempre, até ficar dourado; verificar o sal e montar o prato. Para servir: Servir em um prato de sobremesa com uma porção de feijão, ao lado, a carne seca, e outro, a farinha. Cobrir com a vinagrete, ou misturar todos os ingredientes secos e cobrir com o vinagrete. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 39 VINAGRETE Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Cebola pera 30 Gramas Pimentão verde 15 Gramas Pimentão vermelho 15 Gramas Tomate Débora 30 Gramas Azeite de oliva comum 15 Mililitros Vinagre branco seco 15 Mililitros Pimenta de cheiro fresca picada (bode) ¼ Unidade Coentro fresco QB - Sal refinado QB - Água 30 Mililitros Método de preparo: 1. Picar os vegetais em cubos pequenos e misturar todos os ingredientes, reservar. 2. Servir com o arrumadinho. ESCONDIDINHO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Mandioca limpa 200 Gramas Leite integral 70 Mililitros Manteiga de garrafa 20 Gramas Sal refinado QB - Carne seca demolhada 200 Gramas Água QB - Cebola pera 15 Gramas Queijo coalho 10 Gramas Método de preparo: 1. Cozinhar a mandioca até ficar bem macia, escorrer. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 40 2. Liquidificar ou amassar a mandioca ainda quente com o leite quente, até obter um creme espesso e homogêneo. 3. Derreter a metade da manteiga de garrafa, acrescentar o creme de mandioca, cozinhar até ferver, acertar o sal e reservar. 4. Lavar bem a carne de charque e levar ao fogo para cozinhar com água. 5. Cozinhar a carne trocando a água, repetir a operação caso a carne ainda esteja com excesso de sal. 6. Escorrer a carne e retornar ao cozimento até que esteja macia. 7. Retirar a carne e desfiar. 8. À parte, refogar a carne seca na outra metade da manteiga de garrafa, acrescentar a cebola picada em cubos pequenos e cozinhar até murchar, desligar o fogo. 9. Para montar, usar uma cumbuca, colocar no fundo a carne e cobrir com o creme de mandioca. Salpicar o queijo de coalho ralado e levar ao forno até gratinar o queijo e aquecer o prato. BOLO SOUZA LEÃO (2 produções para toda turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Manteiga integral sem sal 110 Gramas Açúcar refinado 250 Gramas Água fria 120 Mililitros Canela em pau ½ Unidade Cravo da índia QB - Semente de erva doce QB - Sal refinado QB - Massa puba (massa de mandioca) lavada 250 Gramas Ovo tipo extra 04 Unidades Leite de coco 180 Mililitros Método de preparo: Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 41 1. Pré-aquecer o forno em temperatura alta (160ºC). 2. Untar com 10 g de manteiga uma forma de metal. 3. Fazer uma calda com o açúcar e a água, adicionar o pau de canela, os cravos e as sementes de erva doce (para aromatizar) em ponto de fio brando. 4. Tirar do fogo, retirar a canela, o cravo e a erva doce e juntar imediatamente a manteiga restante e o sal, misturar e deixar esfriar. 5. Em um bowl, misturar a massa puba (mandioca) e acrescentar as gemas uma a uma; juntar o leite de coco, amassar bem. 6. Acrescentar a calda anterior fria e misturar. 7. Coar por três vezes numa peneira fina. 8. Colocar a mistura em uma única forma e levar ao forno em Banho Maria por cerca de 50 minutos aproximadamente. 9. Aumentar o forno a 250ºC finalizar o bolo até dourar. 10. Desenformar, deixar esfriar. PAÇOCA DE CARNE DE SOL (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Carne de sol demolhada 200 Gramas Manteiga de garrafa 30 Mililitros Cebola roxa 50 Gramas Farinha fina de mandioca 100 Gramas Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Aferventar a carne de sol a partir de água fria, e provar; caso ainda esteja salgada, repetir o processo. 2. Limpar a carne, retirando pele e gordura e cortar em cubos pequenos. 3. Aquecer a manteiga de garrafa e dourar a carne. 4. Resfriar a carne, misturar à cebola picada em cubos pequenos e a farinha de mandioca e pilar (ou processar) até obter uma farofa. Caso existam pedaços de cebola ou carne que não estejam em tamanho homogêneo, cortar ou desfiar com as mãos. 5. Voltar à mistura à panela onde a carne foi dourada (descartando o excesso de Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 42 gordura) e cozinhar um pouco. 6. Provar e ajustar os temperos com sal. 7. O ponto da paçoca deve formar uma bola quando amassada, para comer com as mãos. 8. O serviço é feito à temperatura ambiente. BAIÃO DE DOIS Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Feijão de corda 150 Gramas Alho roxo (opcional) 01 Dente Cebola pera 20 Gramas Manteiga de garrafa 30 Gramas Arroz agulhinha tipo 1 100 Gramas Queijo de coalho 50 Gramas Coentro fresco QB - Cebolinha fresca QB - Nata fresca 60 Mililitros Sal refinado QB - Pimenta do reino preta moída QB - Método de preparo: 1. Cozinhar o feijão com o alho em água até um pouco antes da cocção completa, deixando bastante caldo. 2. Refogar a cebola na manteiga de garrafa; juntar o arroz e refogar um pouco, para que todos os grãos estejam cobertos por uma leve camada de gordura. 3. Adicionar o feijão e duas vezes o volume de arroz de seucaldo; cozinhar junto até que ambos (arroz e feijão) estejam cozidos. 4. Quando cozidos, mas ainda úmidos, desligar o fogo e juntar o queijo de coalho cortado em cubos pequenos e as ervas picadas, tampar e abafar por aproximadamente 5 minutos. 5. Destampar, adicionar a nata, corrigir os temperos e misturar bem. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 43 CARNE DE SOL NA MANTEIGA DE GARRAFA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Carne de sol em manta 300 Gramas Leite integral (demolhar a carne) 400 Mililitros Feijão verde debulhado 200 Gramas Manteiga de garrafa 30 Gramas Cebola pera fatiada 50 Gramas Alho roxo picado QB - Coentro fresco QB - Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Demolhar a carne de sol no leite por 1 hora. 2. Cozinhar o feijão. Reservar. 3. Puxar (selar) a carne de sol na manteiga de garrafa até dourar e regá-la com mais manteiga de garrafa e terminar a cocção no forno. 4. Na mesma panela refogar a cebola e o alho, juntar o feijão verde, o coentro e temperar com sal. 5. Servir a carne acompanhada de feijão verde e da farofa d´água. FAROFA D’ÁGUA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Cebolinha verde fresca QB - Coentro fresco QB - Cebola pera 20 Gramas Manteiga integral sem sal 10 Gramas Sal refinado QB - Água morna 100 Mililitros Farinha de mandioca 100 Gramas Método de preparo: 1. Picar a cebolinha e o coentro grosseiramente. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 44 2. Misturar o coentro, a cebolinha, a cebola, a manteiga, a água e o sal. 3. Misturar tudo e acrescentar a farinha aos poucos. QUEIJO DE COALHO GRELHADO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Óleo de milho para untar QB - Queijo de coalho sem palito 02 Barras Melaço de cana 20 Mililitros Método de preparo: 1. Untar uma frigideira com um pouco óleo, aquecer e colocar o queijo, virando os lados, até criar uma crosta dourada. Servir imediatamente, derramando sobre o queijo melaço de cana. 2. É possível saber quando o queijo está no ponto ao apertar com o indicador e sentir o queijo macio (mole). CARTOLA Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Queijo de manteiga 100 Gramas Amido de milho (opcional) 30 Gramas Banana prata madura 01 Unidade Manteiga de garrafa 50 Mililitros Açúcar refinado QB - Canela em pó QB - Método de preparo: 1. Cortar o queijo e empanar com o amido de milho (opcional). Reservar. 2. Cortar a banana ao meio, longitudinalmente e fritar na manteiga. Reservar. 3. Na mesma frigideira, fritar o queijo de manteiga e montar num prato, colocando as fatias de banana polvilhadas com açúcar e canela e depois o queijo. 4. Polvilhar canela e açúcar sobre o queijo e servir. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 45 REGIÃO CENTRO OESTE OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer as características da cozinha da região Centro Oeste do Brasil. ü Produzir receitas da região Centro Oeste. ARROZ COM PEQUI Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Pequi bem amarelo, lavado 100 Gramas Banha de porco 15 Gramas Óleo de pequi 20 Mililitros Alho roxo 1 Dente Cebola pera 40 Gramas Arroz agulhinha tipo 1 100 Gramas Água quente 250 Mililitros Sal refinado QB - Pimenta de cheiro fresca (bode) QB - Salsinha fresca QB - Cebolinha verde fresca QB - Método de preparo: 1. Tirar a casca do pequi, colocar numa panela, juntar a banha, o óleo de pequi, alho esmagado, cebola picada finamente, levar ao fogo brando e refogar, mexendo sempre, até a cebola e o alho ficarem levemente dourados. 2. Acrescentar o arroz e fritar um pouco. Juntar a água, temperar com sal a gosto e cozinhar, até o arroz ficar macio e a água secar. 3. Acrescentar a pimenta, cortada em rodelas, à gosto e misturar delicadamente. 4. Tirar do fogo, polvilhar com cheiro verde e levar à mesa. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 46 EMPADÃO GOIANO (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida MASSA Farinha de trigo 200 Gramas Banha de porco 50 Gramas Fermento químico em pó 05 Gramas Ovo tipo extra 02 Unidade Água morna 20 Mililitros Sal refinado 05 Gramas RECHEIO Peito de frango com osso 100 Gramas Sal QB - Açafrão da terra (cúrcuma) em pó QB - Óleo de milho 20 Mililitros Alho roxo 02 Dentes Lingüiça suína fresca tipo toscana 01 Unidade Lombo de porco fresco em cubos 70 Gramas Cebola pera 70 Gramas Tomate Débora 80 Gramas MONTAGEM Queijo meia cura em fatias 20 Gramas Azeitonas verdes em rodelas 15 Gramas Ovo tipo extra em rodelas 01 Unidade Palmito guariroba em conserva laminado 20 Gramas Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 47 Gema de ovo tipo extra (para pincelar) 01 Unidade Método de preparo: Recheio: 1. Cozinhar o peito de frango em água com sal e açafrão da terra, retirar o frango, desfiar e reservar a água do cozimento. 2. Refogar no óleo o alho esmagado e acrescentar a lingüiça sem pele esfarelada, o lombo e refogar bem. 3. Acrescentar a cebola picada grosseiramente, o tomate, sem pele e sem sementes, cortado em cubos pequenos e refogar, juntar um pouco do caldo do cozimento do frango. 4. Cozinhar bem juntar o frango e reservar. Massa: 1. Colocar todos os ingredientes em uma tigela, misturar, juntar aos poucos a água morna e o sal, amassar com as mãos até obter uma massa maleável. Formar uma bola, cobrir e descansar por 1 hora. Montagem: 1. Dividir a massa em 3 e reservar 1/3 da massa para fazer o pastelinho. 2. Abrir o restante da massa em espessura um pouco mais grossa que de pastel. Forrar uma forma com parte desta massa. Colocar o refogado neste recipiente intercalando fatias de queijo, azeitonas e o ovo cozido. Por fim, cobrir com lâminas finas de guariroba pré-cozida. 3. Fechar o recipiente com o restante da massa, pincelar com gema e levar ao forno por 20 minutos pré-aquecido a 180ºC ou até a massa estar dourada. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 48 MOJICA DE PINTADO Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Filé de pintado em cubos grandes 200 Gramas Sal refinado QB - Pimenta do reino preta moída QB - Azeite de oliva comum 30 Mililitros Alho roxo 02 Dentes Cebola pera 30 Gramas Mandioca cortada em toletes sem fio central 200 Gramas Colorau QB - Cheiro verde QB - Método de preparo: 1. Temperar o peixe com sal e pimenta do reino. Saltear no azeite. Reservar. 2. Refogar na mesma panela o alho finamente picado e a cebola cortada em cubos pequenos, juntar a mandioca e o colorau. 3. Cobrir a mandioca com o caldo de peixe, cozinhar até a mandioca começar a desmanchar; quando a água começar a secar, juntar o peixe puxado no azeite. 4. Finalizar com o cheiro verde picado. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 49 SOPA PARAGUAIA (3 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Cebola em rodelas 25 Gramas Manteiga integral sem sal 25 Gramas Leite integral 250 Mililitros Fubá tipo milharina 50 Gramas Sal refinado QB - Queijo meia cura ralado grosso 20 Gramas Gema de ovo tipo extra 01 Unidade Clara de ovo tipo extra (em neve) 01 Unidade Fermento em pó químico 01 Pitada Óleo de milho para untar QB - Método de preparo: 1. Suar a cebola na manteiga, juntar o leite e acrescentar o fubá, antes da fervura do leite, aos poucos, mexendo sempre até obter um angu. 2. Temperar com sal, retirar do fogo e acrescentar o queijo ralado e as gemas, misturar bem. Resfriar e reservar. Adicionar as claras em neve e o fermento, na mistura fria, envolver delicadamente, e levar ao forno pré-aquecido a 180ºC em uma assadeira untada com óleo.3. Assar até que a massa fique firme e dourada, 15 minutos aproximadamente. 4. Retirar do forno, descansar por 5 minutos e desenformar. Servir cortada em pedaços. FURRUNDUM (1 produção para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Mamão formosa BEM VERDE 1 Unidade Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 50 Rapadura de boa qualidade 300 Gramas Gengibre ralado 10 Gramas Método de preparo: 1. Abrir o mãmão ao meio, retirar as sementes e lavar bem. Ralar o mamão no ralador grosso. 2. Em uma caçarola funda, adicionar o mamão ralado e água até cobrir. Cozinhar em fogo alto até deixar ferver, abaixar e cozinhar por aprox 30 minutos. 3. Retirar o mamão do fogo, escorrer e espremer para retirar bem a água em excesso. Deixar esfriar. 4. Ralar, ou cortar em lascas, a rapadura. Colocar em uma caçarola funda junto com o mamão. Fogo médio, deixar a rapadura derreter e mesclar com o mamão. O ponto certo é quando começar a aparecer o fundo da panela ao passar a colher. 5. Acrescentar o gengibre bem ralado e retirar do fogo. Deixar esfriar. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 51 REGIÃO SUDESTE: COZINHA CAPIXABA OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer as características da cozinha da região Sudeste do Brasil. ü Produzir receitas da região Sudeste (Espírito Santo). ü Marinar o lombo de porco. TORTA CAPIXABA Ingrediente Quantida de Unidade de Medida Bacalhau demolhado 60 Gramas Carne de siri 60 Gramas Filé de namorado 60 Gramas Ostra fresca 02 Unidades Mexilhão sem casca 02 Unidades Palmito pupunha fresco 125 Gramas Azeite de oliva comum 50 Mililitros Alho roxo 15 Gramas Cebola pera 60 Gramas Tomate Débora 40 Gramas Camarão rosa 25/1 60 Gramas Limão tahiti (suco) ¼ Unidade Coentro fresco (folhas) 01 Ramo Azeite de urucum 10 Mililitros Azeitona verde sem caroço 20 Gramas Ovo tipo extra 02 Unidades Sal refinado QB - Método de Preparo: Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 52 1. Cozinhar e desfiar o bacalhau, o siri e o peixe, um de cada vez para não perder o ponto. 2. Cozinhar rapidamente as ostras e os mexilhões. 3. Picar o palmito. 4. Aqueçer 30 mL de azeite de oliva, juntar o alho finamente picado, a cebola cortada em cubos pequenos, os tomates sem pele e sem sementes picados em cubos pequenos, o bacalhau, o siri, o peixe, os mexilhões, os camarões e as ostras. 5. Acrescentar o suco de limão, refogar e acrescentar o palmito, o coentro e o óleo de urucum. Colocar a metade das azeitonas sem caroço e um pouco de sal e misturar bem. 6. Bater as gemas muito bem e misturá-las à massa para dar liga. 7. Untar uma panela de barro grande, com azeite de oliva restante. 8. Bater as claras em neve e cobrir a massa. 9. Colocar a massa na panela de barro e cubrir com as claras em neve. 10. Distribuir por cima das claras as cebolas em rodelas e as azeitonas inteiras. 11. Levar a torta ao forno pré-aquecido a 160ºC, por ½ hora ou até dourar a clara. MOQUECA CAPIXABA (5 produções para turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Posta de robalo 200 Gramas Alho roxo 03 Dentes Sal refinado QB - Azeite de oliva comum 40 Mililitros Cebola pera 01 Unidade Tomate Débora 02 Unidades Cebolinha verde fresca QB - Coentro fresco QB - Pimenta do reino preta - Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 53 moída QB Azeite de urucum 20 Mililitros Método de preparo: 1. Temperar o peixe com alho amassado e o sal. 2. Untar uma panela de barro com azeite de oliva. 3. Distribuir metade da cebola picada grosseiramente, do tomate em cubos médios, da cebolinha picada e das folhas de coentro. 4. Depositar as postas sobre os aromáticos, sem sobrepor. 5. Distribuir por cima do peixe a outra metade dos aromáticos. 6. Regar com o azeite de urucum. 7. Levar a panela ao fogo alto até começar a ferver. 8. Abaixar o fogo. Atenção para o peixe não grudar no fundo. 9. Cozinhar por cerca de 20 minutos ou até as postas ficarem macias. 10. Servir na própria panela. NOTA: Se preferir, passe as postas em farinha de trigo e frite-as ligeiramente. Faça o refogado com os demais ingredientes e adicione as postas para terminar o cozimento. Dessa maneira você evita que as postas, por ventura, se desmanchem. CALDO DE PEIXE (Uma produção para toda turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Azeite de oliva comum 50 Mililitros Alho roxo 03 Dentes Cebola pera 600 Gramas Tomate Débora 400 Gramas Cabeça e espinha de peixe branco 03 Quilos Água 06 Litros Salsinha fresca 01 Ramo Cebolinha verde fresca 01 Ramo Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 54 Coentro fresco 01 Ramo Método de preparo: 1. Refogar no azeite o alho esmagado, a cebola e o tomate grosseiramente picados. 2. Acrescentar as carcaças cortadas em pedaços, mantendo a cocção por mais uns minutos. 3. Acrescentar a água à mistura anterior juntar com o bouquet de cheiro verde e coentro e deixar cozinhar por 30 minutos até o líquido reduzir. 4. Coar o caldo. 5. Porcionar para o pirão de peixe. PIRÃO DE PEIXE Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Caldo de peixe 400 Mililitros Azeite de Urucum 50 Mililitros Farinha de mandioca QB - Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Colocar o caldo de peixe para ferver numa panela, junto ao azeite de urucum. 2. Adicionar pouco a pouco a farinha de mandioca “em chuva fina”, mexendo sempre a mistura para não formar grumos. 3. Cozinhar a farinha até a mistura ficar homogênea. 4. Temperar com sal e servir quente com a moqueca. AZEITE DE URUCUM (Uma produção para toda a turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Azeite de oliva comum 500 Mililitros Semente de urucum 50 Gramas Método de preparo: 1. Aquecer o azeite até atingir 70ºC. 2. Acrescentar as sementes de urucum. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 55 3. Retirar do fogo, deixar em infusão até esfriar. 4. Reservar para outras produções. PAPO DE ANJO (2 produções para a turma toda) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Ovo tipo extra 09 Unidades Manteiga integral sem sal 30 Gramas Açúcar refinado 500 Gramas Água 01 Litro Cravo da Índia 03 Gramas Método de preparo: 1. Bater as gemas até esbranquiçar. 2. Untar forminhas de empada com manteiga. 3. Assar a 200ºC até ficarem firmes, mas sem dourar. 4. Fazer uma calda fio fino com o açúcar, a água e o cravo. 5. Depois de assados e frios, mergulhar os papos na calda. LOMBO EM SEU SUCO - VINHA D’ALHOS Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Lombo de porco fresco 300 Gramas Pimenta do reino preta moída QB - Pasta de alho e pimenta dedo de moça QB - Vinagre de vinho branco 20 Mililitros Vinho branco seco 150 Mililitros Limão tahiti (suco) ½ Unidade Sal refinado QB - Método de preparo: 1. Esfregar o lombo com a pasta de alho e a de pimenta. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 56 2. Juntar os demais ingredientes e marinar. 3. Reservar sob refrigeração. PASTA DE ALHO E PIMENTA DEDO DE MOÇA (Uma produção para toda a turma) Ingredientes Quantidade Unidade de Medida Cebola pera 200 Gramas Alho roxo 20 Gramas Água QB - Pimenta dedo-de-moça 10 Gramas Método de preparo: 1. Descascar a cebola e o alho, reservar. 2. Bater no liquidificador todos os ingredientes com água suficiente para fazer uma pasta. Reservar para uso nas produções. Curso Superior de Gastronomia Cozinha Regional Brasileira 57 REGIÃO SUDESTE: COZINHA PAULISTA OBJETIVOS DE AULA: Ao final da aula o aluno será capaz de: ü Conhecer as características da cozinha da região Sudeste do Brasil. ü Produzir receitas
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