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Partograma: Acompanhamento do Trabalho de Parto

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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
1 Clínicas IV 
Partograma 
Conceito: Gráfico no qual são anotadas a progressão 
do trabalho de parto e as condições da mãe e do feto 
É indicado para: 
 Acompanhar a evolução do trabalho de parto 
 Documentar o trabalho de parto 
 Diagnosticar alterações no TP 
 Indicar a conduta apropriada 
 Evitar intervenções desnecessárias 
**O Partograma deve ser utilizado na fase ATIVA do 
trabalho de parto 
Fase Latente do Trabalho de Parto 
É o período compreendido entre o inicio do trabalho de 
parto e a fase ativa do trabalho de parto 
A fase latente inicia com o aparecimento das 
contrações dolorosas e regulares que provocam o 
amolecimento e o apagamento do colo uterino, com 
velocidade de dilatação ainda lenta (<1,2cm/h) 
Fase ativa do trabalho de parto 
Também conhecida como trabalho de parto 
propriamente dito 
Para o MS o trabalho de parto estabelecido ou Ativo é 
quando: 
 Há contrações uterinas regulares E 
 Há dilatação cervical > 4 cm 
A duração do trabalho de parto ativo pode variar: 
 Nas primíparas dura em média 8 horas e é 
pouco provável que dure mais que 18 horas; 
 Nas multíparas dura em média 5 horas e é 
pouco provável que dure mais que 12 horas 
A dilatação cervical se processa de forma mais rápida 
(> 1,2cm/h). É dividida em três períodos: fase de 
aceleração (dilatação inicial, com duração de cerca de 
uma hora), fase de inclinação máxima (dilatação linear 
e rápida) e fase de desaceleração (dilatação em 
velocidade constante), na qual ocorre normalmente a 
descida da apresentação 
 
Preenchimento do Partograma 
 
 
 Dilatação Cervical: ▲ 
 Altura da Apresentação (planos de delee) 
 Representação da Apresentação 
Plano de Delee 
Tem como plano referência zero as espinhas 
isquiáticas 
Quando o plano mais baixo da apresentação estiver a 
1cm acima do plano zero → Altura será -1 
Quando o plano mais baixo da apresentação estiver a 
2cm acima do plano zero → Altura será -2 (Assim 
sucessivamente) 
Quando o polo cefálico estiver abaixo do plano zero, 
usaremos a mesma progressão trocando o sinal para 
positivo, ( + 1; + 2;.até + 5) 
Linha de Alerta Linha de Ação 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
2 Clínicas IV 
 
Representação da Apresentação 
Apresentação Cefálica pode ser: Fletida ou Defletida 
No caso de apresentações cefálicas defletidas, a cabeça 
do feto está inclinada para trás em direção ao dorso 
fetal. As apresentações defletidas podem ser: 
 Bregma (B) 
 Fronte (N - naso) 
 Mento (M) 
 
 
Apresentação Pélvica: as nádegas do feto é a parte 
apresentada 
 
 Batimentos Cardíacos Fetais 
 Contrações Uterinas 
 Bolsa 
 Líquido amniótico 
 Administração Medicamentosa 
BCF 
Na fase ativa: de 30 em 30 min- antes, durante e após 
duas contrações uterinas 
**Alto risco: 15 em 15 min 
No período expulsivo: de 15 em 15 min 
**Alto risco: 5 em 5 min 
Contrações Uterinas 
Anotar o numero de contrações em 10 min e a duração 
das média das mesmas em segundos 
Estado da bolsa 
 Bolsa Íntegra ( I ) 
 Bolsa Rota ( R ) 
 Amniotomia ( AT) 
 Rotura acidental ao exame ( R.A.) 
Líquido Amniótico 
 Claro (C) 
 Meconial (M) 
 Claro com Grumos 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
 
3 Clínicas IV 
 Sanguinolento (S) 
Período Expulsivo 
Inicia-se com a dilatação total do colo uterino e 
termina no final da dilatação 
 Primíparas: cerca de 0,5–2,5 horas sem 
peridural e 1–3 horas com peridural. 
 Multíparas: até 1 hora sem peridural e 2 horas 
com peridural. 
Diagnóstico do período expulsivo: A apresentação 
comprime o períneo; dilatação total; contrações 
uterinas de 5/10min durando 60-70 seg; Desejo de 
defecar; agitação; etc 
Anormalidades do Partograma 
Distocia Funcional ou fase ativa prolongada 
 A dilatação do colo uterino ocorre lentamente, numa 
velocidade menor que 1 cm/h 
A curva de dilatação ultrapassa a linha de alerta e, as 
vezes, a linha de ação 
Essa distocia normalmente decorre de contrações 
uterinas não eficientes (falta de motor) 
A correção é feita inicialmente pelo emprego de 
técnicas humanizadas de estímulo ao parto normal, por 
exemplo, estimulando-se a deambulação e, se 
necessário, posteriormente pela administração de 
ocitocina 
Parada Secundária da dilatação 
É diagnosticada por dois toques sucessivos, com 
intervalo de duas horas ou mais, com a mulher em 
trabalho de parto ativo. 
Decorrente em geral da desproporção cefalopélvica ou 
alteração da posição da apresentação fetal (deflexão, 
variedades transversas ou posteriores) 
Parto Precipitado ou Taquitócito 
É diagnosticado quando a dilatação cervical e a 
descida e expulsão do feto ocorrem num período de 
quatro horas ou menos 
O padrão de contratilidade uterina é se taquissistolia e 
hipersistolia e, caso a placenta esteja no limite de sua 
função, pode ocorrer sofrimento fetal 
O parto taquitócito pode ser espontâneo em multíparas, 
sendo mais raro em primíparas 
Pode ocorrer em decorrência de iatrogenia pela 
administração de ocitocina 
Período Pélvico Prolongado 
 Manifesta-se no partograma com a descida 
progressiva da apresentação, mas excessivamente lenta 
Nota-se dilatação completa do colo uterino e demora 
na descida e expulsão do feto 
O Ministério da Saúde (2017) define como limite de 
tempo de período expulsivo para primíparas de 2,5 
horas e de uma hora em multíparas. 
Parada Secundária da descida 
É diagnosticada por dois toques sucessivos, com 
intervalo de uma hora ou mais, desde que a dilatação 
do colo uterino esteja completa. 
Considera-se que há parada secundária da progressão 
da apresentação quando ocorre cessação da descida por 
pelo menos uma hora após o seu início. 
Há necessidade de se reavaliar as relações fetopélvicas, 
pois a causa mais frequente desse tipo de distocia é a 
desproporção cefalopélvica relativa ou absoluta. A 
presença de desproporção absoluta leva à indicação de 
cesárea.

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