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Antiparasitários e Anti-Helmínticos

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REFERÊNCIAS: 
• Goodman e Gilman 
• Farmacologia Clínica 
• Farmacologia Básica e Clínica 
INTRODUÇÃO: 
• As parasitoses são problemas de saúde publica 
• Prevalecem pela falta de saneamento básico, ausência de 
habitação adequada e grau de educação 
• As sintomatologias são variáveis: anorexia, 
irritabilidade, distúrbios de sono, vômitos ocasionais, 
náuseas e diarreias são os mais comuns e mais 
encontrados na maioria das parasitoses 
• Complicações mais severas: desnutrição, 
imunossuprimidos, desenvolvem sintomas mais severos 
em decorrência de lesão de mucosa, alteração do 
metabolismo, competição alimentar, exsudação intestinal, 
proliferação bacteriana, sangramentos intestinais 
HELMINTOS: 
• Nematelmintos: áscaris lumbricoides, Ancylostoma 
duodenale ou Necator americanus, Strongyloides 
stercoralis, enterobius vermicularis 
• Platelmintos: Taenia saginata e solium 
• Protozoários: entamoeba hystolitica, giárdia lamblia, 
isospora belli, Cryptosporidium spp., entre outros 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
• A frequência de parasitas intestinais em idosos tem 
como mais comuns as infecções por helmintos como o 
schistossoma mansoni e referente aos protozoários, o 
mais comum é a entamoeba colli 
Já em escolares, prevalece a entamoeba colli. Nestes, a 
infecção por protozoário é mais comum que helmintos 
 
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE: 
Condições sanitárias: educação, alimentos, lixo e 
esgoto água tratada 
Condições de moradia + boa saúde da população são 
primordiais = profilaxia geral 
Outras formas de se estabelecer medidas profiláticas são 
higienização das mãos, estímulo a lavagem de mãos em 
creches e escolas, isolamento de crianças contaminadas, 
consumo de alimentos (carnes especialmente) bem cozidas, 
utilização de preservativos (transmissão fecal/oral/sexual) 
 
TRATAMENTOS ANTIPARASITÁRIOS: 
ASCARIDÍASE: 
1ª linha: Albendazol ou Mebendazol 
2ª linha: ivermectina, Pamoato de pirantel e nitrosamida 
TRICARÍASE: 
1ª linha: Albendazol e Mebendazol 
2ª linha: ivermectina e Nitazoxanida 
FARMACOLOGIA 
Princípios do Tratamento Antiparasitário e Anti-helmíntico 
 
antiparasitários 
 
 
CLASES DE FÁRMACOS ANTIPARASITÁRIOS 
Nitroimidazólicos: 
• Denominados pela presença de nitrogênio na 
composição química, além de anéis aromáticos 
formados por hidrogênios 
• Desenvolvidos e aplicados em infecções por organismos 
anaeróbios 
• Não tem efeito sob organismos aeróbios 
 
1. Metronidazol: 
• Principal representante 
• Usado em infecção por H. Pylori 
• Atua sobre tricomoníase, amebíase e giardíase 
• Outras opções: secnidazol, tinidazol 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
São pro fármacos (precisa ser metabolizados/ativados). Assim, 
realizam a produção de um nitro radical aniônico reativo, que 
promove as ações que induzem morte bacteriana e parasitaria 
As vias de ativação são PFOR ou ferredoxina 
A fonte energética dos microrganismos é proveniente da 
fermentação de cetoácidos. Essa fermentação causa a 
disponibilidade de elétrons. Os parasitas por usa vez possuem 
enzimas que auxiliam no transporte de elétrons, tais como a 
PFOR (Piruvato-ferredoxina Oxidorredutase). 
O grupo nitro do metronidazol também atua como aceptor 
de elétrons, logo, as reações provenientes dos agentes 
infecciosos anaeróbicos permitem a ativação do metronidazol 
que forma compostos citotóxicos reduzidos que se ligam as 
proteínas e ao DNA, resultando na morte dos microrganismos 
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA: 
• Menor concentração de O2 
• Menor concentração de PFOR e ferredoxina 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: 
• VO (oral) 
• IV (intravaginal) – tem efeito mais rápido por não se 
associar as proteínas plasmáticas 
• VT (via tópica) 
METABOLIZAÇÃO: 
Leva a produção de metabólitos hepáticos 
ELIMINAÇÃO: 
Via renal 
UTILIZAÇÃO: 
• Infecções parasitárias e por protozoários 
• Infecções genitais por Tricomonas vaginallis 
• Formas sintomáticas de amebíase 
• Bactérias anaeróbias e microaerófilas (Helicobacter pylori) 
• Colite pseudomembranosa (clostridium) 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Gosto metálico 
• Náuseas 
• Distúrbio do TGI 
• Cefaleia 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
• Cimetidina inibe metabolização, aumentando tempo de 
ação do medicamento 
• Álcool e rifampicina são indutores de metabolização 
(diminuem tempo do metronidazol no organismo) 
• Varfarina: aumento de efeito coagulante 
RECOMENDAÇÕES: 
Giárdia: casos de colite e abcesso hepático 
Entamoeba hystolitica: em tratamentos por até 10 dias 
 
2. Tinidazol: 
• Pode ser uma alternativa ao metronidazol quando há 
resistência ao mesmo 
• Segunda geração dos nitroimidazolicos 
 
• Semelhante ao metronidazol (espectro, cinética de 
absorção, perfil de interações medicamentosas e efeitos 
adversos 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
O tinidazol realiza a captação de elétrons, formando 
posteriormente compostos ativos (radicais livres) de origem 
citotóxica, os quais promovem em danos aos protozoários 
resultando em morte do microrganismo. 
No entanto, seu tempo de tratamento é mais curto e as 
dosagens são maiores que as do metronidazol 
UTILIZAÇÃO: 
• Tricomoníase, giardíase, amebíase 
• O tempo de meia vida é diferente do metronidazol, é 
maior e mais longa, fazendo com que ele possa ser usado 
em doses únicas e mais altas e por um menor tempo 
• Diminuição do tempo de terapia 
• Capacidade de agente luminicida (principalmente em 
quadro de amebíase) tem menor atividade 
• Ex: pletil, facyl 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Gosto metálico 
• Náuseas 
• Distúrbio do TGI 
• Cefaleia 
 
3. Nitazoxanida 
Originada do nitrotiazolil-salicilamida 
Anitta é um dos mais conhecidos 
Age contra protozoários, bactérias anaeróbias e helmintos 
Também é eficaz no tratamento de giárdia e criptosporidiose 
MECANISMO DE AÇÃO: 
• É uma substância ativa 
• Associada com a produção de metabolito ativo tizoxanida. 
• A nitazoxanida atua inibindo a PFOR (enzima), justamente 
para que não ocorra a transferência de elétrons e a 
produção de moléculas energéticas essenciais para a vida 
do parasita. 
• O metabolito ativo contribui para o efeito de morte 
parasitaria 
• Tempo de concentração plasmática deriva de 1-4h 
• 99,9% das ligações da nitazoxanida são com proteínas 
plasmáticas, o que promove um efeito mais duradouros 
UTILIZAÇÃO: 
• Via oral é mais bem absorvida, principalmente junto com 
a ingestão de alimentos 
• Classificada como grupo B para gestantes (não tão ideal 
quanto grupo A, mas ainda possui certa segurança) 
ELIMINAÇÃO: 
• Via urina, fezes e bile 
• EFEITOS ADVERSOS: 
• Náuseas 
• Cefaleia 
• Anorexia 
• Vômitos 
• Cólicas 
Fármacos Anti-helmínticos 
CLASES DE ANTIHELMÍNTICOS 
Divididos em várias classes, tais como: 
Ligantes de beta-tubulina: benzimidazólicos: 
Mebendazol, Albendazol (afetam a síntese dos microtúbulos) 
Agentes espásticos paralisantes: Pamoato de pirantel 
e levamisol (atuam nos receptores nicotínicos) 
Agentes indutores de paralisia flácida: piperazina 
(atuam na transmissão neuromuscular (GABA) 
Nitazoxanida: amplo espectro (atua na inibição da 
polimerização da tubulina) 
 
 
1. Benzimidazólicos 
Possui 3 medicamentos principais: 
• Albendazol (opção mais preferida, pois atua tanto com 
nematódeos quanto com cestodeos) 
• Tiabendazol 
• Mebendazol 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Atuam na porção beta-tubulina dos microtúbulos, impedindo a 
síntese microtubular, desta forma, inibindo a motilidade do 
parasita e a replicação do DNA do mesmo, resultando em 
imobilização e morte dos helmintos. 
 
UTILIZAÇÃO: 
• Teníase, cisticercose, ascaridíase, estrongiloidiase, 
tricuriase, ancilostomíase 
• São recomendados por via oral, juntamente com 
alimentos pois melhora a absorção 
Características Mebendazol: 
95% se ligam com proteínas plasmáticas 
A ligação proteica do Mebendazol com a albumina se 
restringe a 22% 
Características Albendazol: 
• Absorção errática – 70% das proteínas 
• Promove a produção de sulfóxidode Albendazol-tecido 
• Eliminação por urina ou bile 
• Albendazol tem tempo de meia vida de 4-15h 
• São primeira linha de tratamento em: 
• Enterobiase, ancilostomíase, estrongiloidiase 
EFEITOS ADVERSOS: 
Muito pouco comuns 
Existe possibilidade de hepatotoxicidade como hepatite e 
icterícia, que são reversíveis quando o uso do fármaco é 
interrompido 
• Desconforto gastrointestinal. 
• Náusea e vômito. 
• Diarreia. 
• Constipação. 
• Dor de cabeça. 
• Secura da boca. 
• Prurido cutâneo 
 
OBS: Há um risco de tratamento em cisticercose, 
devendo ser administrado juntamente com corticoides 
2. Praziquantel 
 
• Opção para tratamento de cestódeos e trematódeos 
como: teníase (1ª linha) 
• Pode ser associado a corticoides para diminuir efeitos 
excessivos 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Em dosagens baixas = Paralisia: 
• Promove aumento na atividade muscular. 
• Estimula contrações e paralisia espástica. 
• Paralisa o helminto, fazendo-o ter dificuldade de se fixar 
nas superfícies em que está presente. 
• Isso ocorre pelo aumento da permeabilidade de Ca²+ para 
dentro da célula do helminto, aumentando a concentração 
de cálcio dentro do helminto além disso, promove 
aumento na ativação dos canais de sódio bloqueando a 
entrada de potássio. Isso leva a despolarização celular, 
impedindo a contratura muscular. 
 
Em dosagens altas = Lesão Tegumentar 
Promove danos ao tecido do helminto, lesionando-o e 
expondo os antígenos ao tegumento parasitário, que faz com 
que ocorra ativação do sistema imunológico, que contribui 
para a morte do parasita. 
Porém a ativação do sistema imunológico causa complicações 
como quadros convulsivos. 
 
CARACTERÍSTICAS 
• Absorção rápida 1-2h 
• Administração via oral 
• Tempo de meia vida: 0,8-3h (curto) 
• A produção de metabolitos aumenta o tempo de meia 
vida para 4h 
• A sua ação pode perdurar por 6h 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Náuseas 
• Vômitos 
• Diarreia 
• Anorexia 
• Tontura 
• Dor abdominal 
• Febre 
• Urticaria 
• Eosinofilia 
• Cefaleia 
• Cansaço 
• Sonolência 
• Convulsões 
OBS: 
▪ Neurocisticercose – não se deve usar pois pode 
ocorrer hipertensão intracraniana pela resposta 
inflamatória induzida, além de edema cerebral. 
▪ Não é recomendado praziquantel quando há 
teníase com acometimento ocular, pois causaria 
danos irreversíveis 
▪ A dexametasona pode afetar a 
biodisponibilidade do praziquantel, 
diminuindo-a e reduzindo seu efeito. Isso é 
favorável para o controle da resposta inflamatória 
 
3. Ivermectina 
• Outra opção em quadros de helmintíases 
• Desencadeia efeito pouco semelhante ao praziquantel 
• Promove paralisia tônica da musculatura 
• Aumenta a passagem de sódio 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
• Realiza influxo de sódio que causa paralisia muscular no 
helminto 
• Como resultado tem-se a morte parasitária 
• Nematódeos e artrópodes podem ser tratados com 
ivermectinas também 
 
CARACTERÍSTICAS: 
• Mais bem absorvida em jejum 
• Tempo de meia vida pode durar 57h (metabolismo lento) 
• Se liga a 93% de proteínas plasmáticas 
• Não atravessa barreira hematoencefálica 
Reação de Mazzotti: ocorre por uma resposta inflamatória 
ou alérgica pela quantidade de microfilarias que são eliminadas 
do organismo do paciente. Ex: erupções cutâneas, prurido, etc. 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Cefaleia 
• Dor muscular 
• Dispneia 
• Dores pelo corpo 
• Febre 
• Reações cutâneas 
• Náusea e anorexia 
 
4. Pamoato de Pirantel 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Afeta a capacidade de espasticidade promovendo paralisia 
A ação é voltada para o bloqueio neuromuscular 
despolarizante 
Atua em canais de cátions, estimulando sua abertura, o que 
leva ao bloqueio neuromuscular. Também ativam receptores 
nicotínicos (associados a atividade da acetilcolina = morte do 
parasita) 
UTILIZAÇÃO: 
Efetivo contra: 
• Enterobiase 
• Ascaridíase 
• Ancilostomose 
• Nematódeos

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