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ART CIENTIFICO DIREITO DE FAMILIA UNIÃO ESTAVEL OFI

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24
SUMÁRIO
 
 RESUMO ................................................................................................................................. 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 04
2 A EVOLUÇÃO HISTORICA DO DIREITO DE FAMILIA............................................................... 04 
2.1 FAMILIAS NO DIREITO ROMANO........................................................................................... 05 
2.2 FAMILIAS NO DIREITO CANONICO........................................................................................ 07 
2.3 PLURALIDADE NAS COFIGURAÇÕES DE FAMÍLIA................................................................. 08 
3 O INSTITUTO UNIÃO ESTÁVEL................................................................................................ 09 
3.1 CONCEITOS DE UNIÃO ESTÁVEL...........................................................................................10 
4 HISTÓRICO.................................................................................................................................. 11 
5 REQUSITOS PARA DA UNIÃO ESTÁVEL................................................................................ 17 
 6 EFEITOS................................................................................................................................. 18 
6.1 DIREITOS DOS COMPANHEIROS.......................................................................................... 19 
6.2 ALIMENTOS........................................................................................................................... 19 
6.3 MEAÇÃO E REGIME DE BENS.............................................................................................. 19 
6.4 SUCESSÃO HEREDITÁRIA..................................................................................................... 21 
7 CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO .............................................................22 
8 DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL E SEUS EFEITOS.............................................................22 
9 CONCLUSÃO..........................................................................................................................24
10 REFERENCIAS................................................................................................................26
RESUMO
Este artigo trata sobre a união estável. Neste sentido a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 226, § 3.º reconheceu, para efeito da proteção do Estado, "a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar", renovando-se, assim, as porções textuais doutrinárias e jurisprudenciais neste importante instituto. E neste caminho que, a lei 9.278/96, veio para regulamentar o comando constitucional do § 3º do Art. 226. Assim concebida, o Estado reconhecendo outras formas alternativas de constituição de família, entre elas a união estável, outorgou às pessoas, homens e mulheres, direitos antes só reconhecidos às pessoas casadas. 
Com esta intenção o objetivo geral deste trabalho é analisar, sob a ótica doutrinária o instituto da união estável e sua dissolução, no contexto social da família e a pluralidade nela concernente. 
Palavras-chaves: União Estável. Direitos e Deveres Iguais. 
1INTRODUÇÃO 
No decorrer da historia ocorreram varias transformações nas relações políticas, sociais e econômicas, bem como as mudanças dos costumes, repercutiram intensamente no universo da família contemporânea. Das famílias matrimonializadas, hierarquias e centralizadas na figura masculina, houve uma grande alteração e passagem para uma família plural, solidária e humanista. Os valores democráticos, no âmbito do direito brasileiro, se revelaram fundamentais nesta transição. 
A CF/1988, em seu Art. 226, § 3.º reconheceu, para efeito da proteção do Estado, "a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar", renovando-se, assim, as digressões doutrinárias e jurisprudenciais neste importante instituto. 
Uma vez prevista a União Estável na CF/1988, advieram as Leis nos 8.971/94 e 9.278/96 em cujo contexto encontra-se tratamento para a extinção, para os direitos decorrentes da sucessão e para os alimentos devidos entre os companheiros. 
O Estado reconhecendo outras formas alternativas de constituição de família, entre elas a união estável, outorgou às pessoas, homens e mulheres, direitos antes só reconhecidos às pessoas casadas. 
Apontar um breve histórico da família e sua evolução, incursionando pela historicidade à luz do Direito. 
Deste modo, o trabalho discorrerá a respeito da instituição familiar e sua trajetória histórica, dando ênfase a União estável no que se refere a conceituação, objeto e princípios que regem este importante Instituto. Além destas considerações, será abordado também a questão dos efeitos, conversão e dissolução da União Estável no contexto legislativo atual. 
A União Estável de acordo com os enunciados no Código Civil de 1916 (CC/1916) e da Constituição Federal de 1988 (CF/1988). Com o advento da pluralidade familiar, a união estável foi auferida com os mesmos direitos do casamento e assim sendo, apresenta-se com algumas peculiaridades legisladas pelas Leis nos 8971/94, 9278/96 e pelo Código Civil de 2002 (CC/2002). 
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DE FAMÍLA
 
 Diferentemente do que ocorre na atualidade, às relações familiares nem sempre foram envolvidas pelos laços afetivos, de modo que a extensão do conceito de família sofreu inúmeras transformações ao longo da história. 
 Com este olhar, Hironaka apud Farias (2007, p. 7) assim definiu a entidade familiar: 
A família é uma entidade histórica, ancestral como a história, interligada com os rumos e desvios da história ela mesma, mutável na exata medida em que mudam as estruturas e a arquitetura da própria história através dos tempos [...]; a história da família se confunde com a história da própria humanidade. 
 A entidade familiar veio sofrendo transformações, variando suas formas e seus elementos fundantes de acordo com os valores e ideais predominantes em cada momento histórico e social. 
2.1 Famílias no Direito Romano 
 De acordo com relatos de Gonçalves (2009) no direito romano a família era organizada sob o principio da autoridade. O pater familias exercia sobre os filhos direito de vida e de morte (ius vitae AC necis). Podia desse modo, vende-los, impor-lhes castigos e penas corporais e até mesmo tirar-lhes a vida. A mulher era totalmente subordinada á autoridade marital e podia ser repudiada por ato unilateral do marido.
Sobre a organização da família, Pereira (2007, p. 26) relata: 
Em Roma, a família era organizada sobre o princípio da autoridade, exercido pelo pater família, que abrangia quantos a ela estavam submetidos. O pater era, ao mesmo tempo, chefe político, sacerdote e juiz. Comandava, oficiava o culto aos deuses domésticos e distribuía justiça. 
 Neste contexto, é mister destacar que o Estado Romano quase não intervinha nas relações familiares, sendo este de responsabilidade do pater que exercia uma jurisdição paralela a estatal, autorizada pelo próprio Direito Romano. Significando dizer que a família era uma unidade política, jurídica, econômica e religiosa que se erigia em torno da figura masculina. Pereira (2007). 
 Para Venosa (2008) o poder do pater exercido sobre a mulher, os filhos e os escravos é quase absoluto. A família como grupo é essencial para a perpetuação do culto familiar. No Direito Romano, assim como no grego, o afeto natural, embora pudesse existir, não era o elo entre os membros da família. Nem o nascimento nem a afeição foram fundamentos da família romana. Os membros da família antiga eram unidos por vínculo mais poderoso que o nascimento: a religião doméstica e o culto dos antepassados. Por esse largo período da Antiguidade, família era um grupo de pessoas sob o mesmolar, que invocava os mesmos antepassados. 
 Segundo estudos de Magalhães (2002), antes do nascimento de Cristo, as uniões romanas tinham a característica de perpetuarem-se. Nada obstante, essa postura sofreu transformações e se alterou com o nascimento de Cristo, quando o instituto do casamento passou a ser uma instituição indissolúvel e sacramentada, cujo objeto central foi o de subsistência e exploração de uma propriedade ou a manutenção de um nível social. 
 Para Pedrotti (1999) a união entre um homem e uma mulher no Estado Romano estava fundada na indissolubilidade do casamento monogâmico, pois era somente assim, que geravam efeitos no mundo jurídico, no entanto, apesar de serem apenas aceitos efeitos na relação jurídica romana precisamente gerada por meio do casamento. Ainda assim era encontrada a figura do concubinato, que formava uma relação distinta e inferior ao casamento, pois não assegurava os mesmos efeitos deste. 
 Neste momento histórico, o homem era considerado a autoridade da família romana ao exercer o comando sobre a vida de todos os seus membros e também sobre o seu patrimônio. 
 Tenuemente as transformações no seio familiar vão se consolidando e em decorrência da autonomia outorgada às mulheres, na época imperial, surgem os divórcios e os adultérios: a família romana começa a abater-se. 
 E neste transitar, o modelo de família romana foi cedendo lugar a novos contornos em que não mais assegurava ao marido o poder absoluto de mando sobre a mulher, ou seja, foi por meio da persistência e orgulho da mulher, em contribuir na economia familiar, inserindo-se no campo de trabalho e sustento do lar que a família romana fincada na submissão feminina começou a se reestruturar. 
2.2 Famílias no Direito Canônico 
 A família, neste momento histórico, sofreu inúmeras alterações servindo de base e reflexo para as diferentes culturas, influenciados pelo modelo do cristianismo. De acordo com Magalhães, (2002,) foi com a canonização do casamento iniciada por volta do século IX, que a Igreja Católica chamou para si a competência regulamentar de todo o matrimônio, exigindo que a benção do casamento fosse ministrada por sacerdotes.
Após o nascimento de Cristo, o matrimônio ficou sob a guarda especial da Igreja Católica, tornando o casamento um sacramento indissolúvel, “fundado apenas na autoridade marital, passando a ser um sacramento do matrimônio”. Pereira (2003). 
Sobre a questão do sagrado sacramento do matrimônio, Farias (2007, p. 64) entendeu que: 
[...] a ambientação familiar, necessariamente matrimonializada, imperava a regra até que a morte nos separe, admitindo-se o sacrifício pessoal dos membros da família, em nome da manutenção do vínculo do casamento. Assim, o casamento para a doutrina católica, vislumbrava a organização da sociedade e proteção do patrimônio, punindo aqueles que dissolvessem o matrimônio com a exclusão social, pois imperava a ordem de que “o que Deus uniu o homem não podia desunir”. 
Entre outras palavras, significava ajuizar que foi por influência do Direito Canônico que a família passou a ser instituída em caráter quase que exclusivo, somente pelo casamento religioso, através de uma celebração solene, sacramentada na indissolubilidade e com o escopo de reprodução do célebre preceito bíblico: “crescei-vos e multiplicai-vos” Dias (2004), constituindo-se unicamente para a procriação e organização social. 
Com a reforma protestante, novas ideias e posições contrárias ao sacramento religioso e indissolúvel do casamento vieram anuviar estas ações, pois conforme declara Wald (2004, p.15) 
[...] para os protestantes, a competência em matéria de direito de família devia pertencer ao Estado, não se justificando a atribuição de caráter sagrado ao casamento. Tratando-se de um simples ato da vida civil, de um contrato natural, nada impedia que a vontade dos cônjuges dissolvesse o vínculo matrimonial, no entender da religião reformada. 
Assim, numa divergência ímpar, católicos discordaram dos protestantes e através do Concílio de Trento afirmaram que o casamento além de ter caráter de sacramento só poderia ser celebrado pela Igreja. Sobre a questão Wald (2004, p.15) entende que: 
[...] como reação dos meios católicos, o Concílio de Trento (1542- 1563) reafirmou solenemente o caráter sacramental do casamento, reconhecendo a competência exclusiva da Igreja e das autoridades eclesiásticas em tudo que se relaciona com o casamento, a sua celebração e a declaração de sua nulidade. 
 Com efeito, reforçando o modelo da doutrina canônica, as que eram relações não matrimonializadas, ficavam à margem da sociedade, e nesse sentido escreve Fachin (2001) que, “o concubinato existia, mas apenas entre pessoas de baixa renda e clandestinamente, não se inserindo nas camadas abastadas ou médias, que pelo casamento garantia a transmissão da propriedade”. A partir daí, é possível asseverar a importância do casamento para a religião, pois por via dele procura proteger-se o patrimônio, mola propulsora das relações sociais, econômicas e da família na época em que o Estado e Igreja se confundiam. 
Sob este cenário, pode-se mensurar que foi devido à influência da Igreja Católica, que surgiram inúmeras leis na tentativa de evitar o surgimento de novas relações familiares, sendo apenas tolerada a relação entre pessoas pelo casamento. Importante ressaltar no contexto que o Código Civil brasileiro de 1916 (CC/1916) sofreu influência rígida destas regras, pois este aceitou os processos de direito canônico considerando indissolúvel o vínculo matrimonial Wald, (2004), impossibilitando outra formação familiar na legislação brasileira por muito tempo. 
2.3 Pluralidade nas Configurações de Família 
A família contemporânea brasileira constitui-se numa comunidade aonde suas formas plurais vão além da legislação, porém pautadas em sentimentos onde o vínculo afetivo tem seu fundamento na própria família. 
De acordo com estudos de Gonçalves (2009), a CF/1988 permite que a composição de uma comunhão de vida familiar seja pelo casamento ou pela união estável, sem qualquer imposição ou restrição de pessoa jurídica de direito público ou privado. 
Sobre o princípio do pluralismo familiar, Diniz (2008), discorre que “este princípio é preceito basilar do reconhecimento das espécies de família constitucionais”, advertindo, porém, que o CC/2002 nada registra sobre a família monoparental, formada por um dos genitores e a prole. 
A CF/1988 consagra a proteção à família no Art. 226, compreendendo tanto a família fundada no casamento, na união de fato, a família natural e a família adotiva. E assim se expressou: Muniz. In: Teixeira (1993, p. 77) 
A família à margem do casamento é uma formação social merecedora de tutela constitucional porque apresenta as condições de sentimento da personalidade de seus membros e a execução da tarefa de educação dos filhos. As formas de vida familiar à margem dos quadros legais revelam não ser essencial o nexo família-matrimônio: a família não se funda necessariamente no casamento, o que significa que casamento e família são para a Constituição realidades distintas. A Constituição apreende a família por seu aspecto social (família sociológica). E do ponto de vista sociológico inexiste um conceito unitário de família.
 	Observa-se assim que a CF/1988 suprimiu a cláusula de exclusão, que apenas admitia a família constituída pelo casamento, mantida nas Constituições anteriores, adotando um conceito aberto, abrangente e de inclusão. 
3. O INSTITUTO DA UNIÃO ESTÁVEL 
Oficializado pelo Art. 226, § 3º da CF/1988, como já citado anteriormente, o Instituto da União Estável é de recente emprego pela legislação brasileira e antes se continha na unânime designação de concubinato, mais precisamente no concubinato puro. Salutar mencionar que esta união não-transitória entre homem e mulher desatrelada das formalidades impostas pela religião ou Estado, sempre existiu no bojo da sociedade, sendo aceita como “um fato social relevante”. Borchi (2005). 
Aunião estável, como forma de constituição da entidade familiar não comporta um rito específico, como se dá com o casamento. É fruto da constatação, ao longo do tempo, da existência de alguns requisitos elementares, que somados, a caracterizam. 
3.1 Conceitos de União Estável 
Sobre o conceito de União Estável, Rodrigo da Cunha Pereira (2006, p. 190), assim se expressou: 
Definir união estável começa e termina por entender o que é família. A partir do momento em que a família deixou de ser o espaço do afeto e do amor surgiram novas e várias representações sociais para ela – dentre os quais destaca-se a união estável. 
 Na concepção de Venosa (2008): ‘A união estável é reconhecida como “entidade familiar à convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família”. 
 Para Bittencourt (1985), o concubinato ou a união estável são fatos sociais e fatos jurídicos. Essa é sua natureza. Fato jurídico é qualquer acontecimento que gera conseqüências jurídicas. A união estável é um fato do homem que, gerando efeitos jurídicos, torna-se um fato jurídico. 
 A lei n° 8.971/94, em seu Art. 1°, apresenta o seguinte conceito de união estável: 
A companheira comprovada de um homem solteiro, separado judicialmente, divorciado ou viúvo, que com ele viva há mais de cinco anos, ou dele tenha prole, poderá valer-se do disposto na Lei 5.478, de 25 de julho de 2008, enquanto não constituir nova união e desde que prove a necessidade. 
Parágrafo único: Igual direito e nas mesmas condições é reconhecido ao companheiro de mulher solteira, separada judicialmente, divorciada ou viúva. 
 Importante ressaltar que esta lei foi a primeira editada após a CF/1988, disciplinando a probabilidade de se conceder alimentos aos conviventes e regulamentar as questões referentes ao patrimônio adquirido pelos casais que conviviam em união estável, bem como aos direitos hereditários. 
Vale citar no contexto o Art. 1º da Lei nº 9.278/96 que apresenta uma nova interpretação para a união estável, a saber: 
É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família. 
 Na interpretação do dispositivo citado, nota-se que houve uma evolução na conceituação do Instituto da União Estável, retirando o prazo para sua configuração. 
O Código Civil de 2002, absorvendo as mudanças sociais, também sentiu a necessidade de proteger a união estável e o seu reconhecimento se faz necessário e assim o recepciona no seu Art. 1.723: 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura, e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
§ 1º. A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do 
Art. 1521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 
Neste sentido, o primeiro parágrafo do CC/2002 trás uma inovação, com referência às pessoas casadas, nestes casos se caracteriza a união estável, desde que as mesmas se encontrem separadas de fato ou judicialmente. 
4. HISTÓRICO 
Historicamente, por inúmeras razões, sejam elas culturais sociais e/ou políticas, a família sofreu inúmeras mudanças e o ordenamento jurídico vem buscando responder a essas variações. No Brasil, a legislação traduzia a realidade da minoritária burguesia agrária e por muito tempo a legislação pátria foi influenciada pelo Direito Canônico em que o casamento era a única forma de constituição familiar. 
Porém, independente de regulamentação das uniões conjugais revestidas pelo casamento, as uniões livres sempre existiram e sempre existirão. Antes da instituição legal do casamento as famílias formavam-se pela simples convivência do homem e da mulher, como se casados fossem, de forma natural. 
 	No CC/1916, o legislador não reconhecia a família ilegítima, tecendo ínfimas menções ao concubinato, nunca reconhecendo direitos à união de fato. 
 Conforme Monteiro (2007, p. 30), concubinato é relação que não possui proteção legal por ser adulterina, ou seja, entre homem e mulher impossibilitados de contrair matrimônio por já serem casados e que desde que não separados. 
Para Farias (2007), “durante muito tempo o estigma do adultério e a proteção ao casamento como única forma de constituição da família fizeram com que se considerasse o concubinato estranho ao direito, insuscetível de produzir efeitos jurídicos”. 
Necessário se faz mencionar que, as uniões concubinárias sempre foram tratadas pejorativamente, sendo a concubina denominada de amante, mulher do lar clandestino, entre outras denominações. Com relação à companheira, era aquela ligada ao homem pelo afeto, companheirismo, cumplicidade, apoio moral ou material, por mais que não fossem casados. Mas, não havendo os laços do casamento legal, tratava-se de concubinato. 
Com o surgimento das Leis n° 8.971/19944 e 9.278/19965, trazendo esboços de uma revisão conceitual sobre o concubinato, foi desmistificando essa união, e gradativamente foi reduzindo o preconceito que envolvia a denominação das “antigas” concubinas de companheira ou convivente. 
Nesta questão, Nahas (2008, p. 117) tece as seguintes considerações afirmando que: 
É claro que a solução ainda manteve a distância entre as uniões de fato e o casamento legítimo, mas certamente foi o primeiro passo para a quebra dos preconceitos existentes. E, de forma comutativa, na medida em que a aceitação social das uniões de fato foi aumentando, o reconhecimento jurídico ia sendo ampliado, e esta ampliação refletia em uma maior aceitação das uniões de fato [...] Essa relação comutativa entre o direito e a Sociedade culminou com a abertura constitucional do conceito de família [...]. 
Assim sendo, é admirável ressaltar o avanço jurisprudencial e sua importância para a evolução dos efeitos advindos dessas relações extramatrimoniais, afastando-se graves injustiças presentes em leis ultrapassadas. 
Neste sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou editando quatro súmulas jurisprudenciais a respeito, que trouxeram mais retidão para estas uniões que não eram formalizados pela celebração do casamento. 
Súmula 35: "Em caso de acidente do trabalho ou de transporte, a concubina tem direito a ser indenizada pela morte do amásio, se entre eles não havia impedimento para o matrimônio". 
Súmula 380: "comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum". 
Súmula 382: “A vida em comum sob o mesmo teto, ‘more uxorio’, não é indispensável à caracterização do concubinato". 
Súmula 447: "É válida a disposição testamentária em favor de filho adulterino do testador com sua concubina". 
Conforme o entendimento de Malheiro Filho, (1998, p. p. 15 e 16) a orientação que predominou durante décadas confirmada pela Súmula 380, era de que o relacionamento concubinário funcionava em termos de sociedade de fato, que, em caso de dissolução, permitia ao sócio retirante fazer a apuração de seus haveres, e aí indispensável a comprovação de que este sócio contribuiu efetivamente para a formação do acervo reclamado, sob a égide de que o direito, por princípio que lhe é ínsito, condena e impede o enriquecimento sem causa, circunstância em que se veria o consorte em nome do qual foram os bens titulados, caso não se reconhecesse o direito do outro.
Assim sendo, durante muito tempo, aplicou-se tão-somente ao concubinato, regras relativas ao Direito das Obrigações e não do Direito de Família, posto que a união estável só fosse reconhecida como família, com o advento da CF/1988. 
Sobre a questão exposta, Cavalcanti (2004), relata que anterior a CF/1988 era necessário, no primeiro momento, comprovar a existência de uma sociedade de fato entre as partes, para que efeitos pudessem ser aplicados, inclusive relativos à sua dissolução com posterior partilha de bens. 
De acordo com Varjão(1999, p. 76, 77), a súmula 380 do STF estabeleceu alguns princípios para a possibilidade da partilha de bens: a) o concubinato não gera necessariamente uma sociedade de fato; b) essa sociedade de fato pertence ao domínio das relações econômicas, ficando, portanto, dela excluídas as relações de ordem imaterial; c) a existência da sociedade de fato exige o esforço conjunto para a formação do patrimônio; d) é requisito dessa sociedade de fato a inexistência de impedimento matrimonial entre os concubinos. 
Entretanto, só era possível tal partilha, se comprovado que os dois contribuíram através de atividades laborais lucrativas para a aquisição do patrimônio comum. 
Atualmente, observa-se que esse posicionamento não mais esta em vigor, uma vez que a união estável entre homem e mulher é, de acordo com o texto constitucional vigente, entidade familiar. Nada obstante, tal teoria, da sociedade de fato, ainda pode ser aplicada a certos casos de relacionamentos impuros e concomitantes a um casamento, posto que, nesse caso, tem-se entendido que não existe família propriamente dita, e, sim, mera sociedade de fato entre as partes. 
É importante mencionar que esta medida foi um grande passo, pois, outrora a mulher só teria algum direito através do casamento, por outro lado, considerar que a concubina só teria direitos por prestar serviços ao seu companheiro soava de maneira estranha, sendo que foi desconsiderado o vínculo afetivo entre eles. 
O legislador constituinte, por sua vez, trouxe ao seio de proteção do Estado à família nascida fora do casamento, apresentando sua condição de entidade familiar, tendo em vista o caminho aberto gradualmente pela jurisprudência para decisões homogêneas e solidificadas em matéria de proteção aos efeitos da união livre na legislação. 
Entretanto, o próprio texto constitucional que reconheceu a união estável não equiparou o casamento à união estável. Entre outras palavras significa dizer que o legislador pátrio, mesmo tendo reconhecido a existência da união estável e atribuir-lhe status de entidade familiar surtindo efeitos no mundo jurídico, não considerou o companheirismo como instituto paralelo e possuidor das mesmas peculiaridades do casamento. 
O art. 1.523 do CC, o qual trata de causas suspensivas de impedimento ao casamento, não é aplicável à união estável, tendo em vista sua natureza. 
Os requisitos para configuração do Instituto da União Estável estão inseridos no Art. 1.723 do CC/2002, in verbis: 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com objetivo de constituição de família. 
§1º A união estável não se constituirá se ocorrerem impedimentos do 
Art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 
§ 2º As causas suspensivas do Art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. 
Observa-se, no entanto que no dispositivo supra, não foi estabelecido um período mínimo de convivência para a configuração da união estável, não sendo o número de anos que deverá caracterizar uma relação como união estável, mas sim a presença dos requisitos previstos no Art. 1.723. A mesma leitura se faz na Lei nº 9.278/96 neste mote. (2009, p. 545). 
Sobre esta questão, Pereira (2002, p. 229) elenca dois elementos que acarretavam injustiças e desconforto às Uniões Estáveis: 
Primeiro, a demarcação de um tempo rígido para a caracterização da união estável como fazia a Lei nº 8.971/94. Pode ser que uma relação entre homem e mulher, com 30 anos de duração, seja apenas um namoro. Pode ser que uma relação de apenas um ou dois anos constitua uma família. Ou seja, não é o tempo com determinação de x ou y meses, ou anos, que deverá caracterizar ou descaracterizar uma relação como união estável. [...]. Segundo, foi a compreensão de que as pessoas que mantiveram seu estado civil de casadas, mas estando separadas de fatos, poderão estar constituindo união estável. 
Assim, com o advento da CC/2002, o Instituto da União Estável recebeu outros pressupostos para sua configuração, de ordem subjetiva e objetiva, conforme enuncia Gonçalves (2009). Quais são: 
Os requisitos de ordem subjetiva são a convivência more uxorio e o affectio maritalis. O primeiro consiste na “comunhão de vidas, no sentido material e imaterial, em situação similar à de pessoas casadas”. Requisito este que envolve a mútua assistência moral, material e espiritual, caracterizada pelos interesses e atos comuns, inerentes à entidade familiar. 
O affectio maritalis consiste no ânimo de constituir família, isto é, que além do afeto (elemento componente de toda relação familiar), o propósito comum de formação de uma entidade familiar. 
Com relação aos requisitos objetivos para a constituição da união estável, Gonçalves (2009) cita os seguintes: 
a) Notoriedade: Quando a Lei n. 9.278/1996 menciona convivência pública, refere-se à publicidade. A notoriedade não consiste necessariamente na publicidade do relacionamento, mas sim de que a relação não seja furtiva, secreta. Conforme Diniz (2008) para a configuração desse requisito, basta que os companheiros tratem-se socialmente como marido e mulher, revelando sua intenção de constituir família. 
b) Estabilidade ou duração prolongada: O requisito da estabilidade ou duração prolongada não exige um tempo mínimo de convivência para a configuração da união estável, mas sim o suficiente para que possa que se reconheça a estabilidade da relação que pode ser de meses ou de anos, desde que nesse período fique comprovada a intenção de constituir uma família. Gonçalves (2009). 
c) Continuidade: A continuidade do relacionamento conjugal constitui outro requisito exigido pela Lei n. 9.278/1996 para a aceitação da união estável como entidade familiar. A existência de continuidade no relacionamento, sem interrupções, é imprescindível, vez que a instabilidade causada por constantes rupturas no relacionamento pode provocar insegurança jurídica. Gonçalves (2009). 
d) Inexistência de impedimentos matrimoniais: Por comando legal expresso no §1º do Art. 1.723 do CC/2002, estão vedadas as uniões estáveis quando presentes os impedimentos matrimoniais do Art. 1.521 da mesma lei, fundamentados no interesse público. De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, “quem não tem legitimação para casar não tem legitimação para criar entidade familiar pela convivência”. Gonçalves (2009). 
e) Relação monogâmica: A única exceção trazida pelo Código é em relação às pessoas casadas, separadas de fato ou judicialmente que, ainda que impedidas de contrair matrimônio podem conviver em união estável. Pela mesma razão, é necessária para a caracterização da união estável que ambos os companheiros sejam monogâmicos, isto é, não possuam outra relação de caráter conjugal, sendo, nesse caso, considerada concubinato. Gonçalves (2009). 
f) Diversidade de sexos: É requisito para a caracterização da união estável a diversidade de sexo entre os companheiros, conforme preceitua o Art. 226, §3º da CF/1988, pela Lei n. 8.971/1994 que faz referência a companheiro e companheira assim como a Lei n. 9.278/1996 reporta-se a convivência de um homem e uma mulher e também aos artigos 1.723 a 1.727 do CC/2002. Tal imposição constitucional e legal realça que a união estável necessita de diversidade de sexo e mantêm as relações homossexuais à margem do direito.
 Conforme leciona Gonçalves (2009), “por se tratar de modo de constituição de família que se assemelha ao casamento, apenas com a diferença de não exigir a formalidade da celebração, a união estável só pode decorrer de relacionamento de pessoas de sexo diferente”.
A diversidade de sexos, como já foi dito, constitui requisito natural do casamento, a ponto de serem consideradas inexistentes as uniões homossexuais. Estas devem merecer regulamentação de natureza diversa, como objetiva o Projeto de lei n. 1.151, de 1995, apresentado no Congresso Nacional pela então deputada Marta Suplicy, com o objetivo dediscipliná-las somente como uniões estáveis, não se propondo a dar às parcerias homossexuais um status igual ao do casamento, como consta da justificativa encaminhada, no sentido de que o projeto não se refere ao casamento, nem propõe a adoção de crianças ou a constituição de família. Simplesmente possibilita às pessoas homossexuais que vivem juntas o direito a herança, previdência, declaração comum de imposto de renda e nacionalidade. Gonçalves (2009). 
No entanto TJRS, Ap.70.009.550.070,7ª Câm.Cív.,relª, Desª Maria Berenice Dias, j. 17-11-2004.V. ainda:
Constitui união estável a relação fática entre duas mulheres, configurada na convivência pública, contínua, duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir verdadeira família, observados os deveres de lealdade, respeito e mútua assistência.
Maria Berenice Dias acredita haver semelhança entre as relações heterossexuais e as homossexuais e a possibilidade de se aplicar por analogia às normas previstas para união estável e casamento.
5. REQUISITOS PARA A UNIÃO ESTÁVEL
		A união estável caracteriza-se pela diversidade de sexo (homem e mulher), porém a união entre pessoas do mesmo sexo não se encontra regulamentada no Código Civil e nem no art. 226 da CF, contudo, a respeito da matéria existem duas corrente que tratam do assunto, a primeira defende a união homoafetiva como sendo uma entidade familiar, visto que há uma relação afetiva e estável, devendo ser perfilhada e ter seus direitos de família e de sucessões reconhecidos. A segunda corrente afirma ser a relação entre pessoas do mesmo sexo como sendo sociedade de fato, denominada de união homoafetiva ou parceria homossexual, na qual não caberá direito algum, mesmo havendo um período de convivência considerável. Necessário se faz destacar que há decisões favoráveis com relação à união entre pessoas do mesmo sexo, tais como a partilha de bens entre ambos, face ao esforço comum, desde que este seja comprovado, há também entendimento do recebimento de pensão do companheiro sobrevivente em caso de morte do outro.
		Outro pressuposto é a convivência “more uxório”, ou seja, com aparência de marido e mulher. A Súmula nº 382 do STF torna dispensável a vida em comum sobre o mesmo teto como forma caracterizadora da união estável, ou seja, mesmo o casal residindo em casas separadas, mas estabelecendo uma relação de constituir família tem-se entendido, esta relação, como união estável, visto que, conforme preceitua Rodrigo da Cunha Pereira, a convivência sobre o mesmo teto não é mais relevante para o ordenamento jurídico brasileiro como forma caracterizadora da união estável, pois nos dias atuais existem casamentos em que ambos os cônjuges residem separadamente, ou seja, em locais diferentes. 
		Deve também existir ausência de impedimentos entre ambos os companheiros, ou seja, preceituam-se para a união estável as mesmas regras estabelecidas para a concretização do casamento, previstas no art. 1.521 do CC, com exceção do inciso VI, o qual trata de pessoas casadas. Contudo, mister se faz destacar que aquela pessoa casada, mas que se encontra separada judicialmente ou de fato poderá constituir união estável, desde que já esteja nessa condição (separado) antes de iniciada a convivência com fins familiares, conforme preceitua o § 1º, do art. 1.723, do Código Civil vigente. Lembrando que o não respeito a esse dispositivo traz a caracterização de concubinato impuro. Necessita ainda e a convivência pública, contínua e duradoura demonstrando entidade familiar. Essa relação deve ser pública, exposta a sociedade da mesma forma que o casamento, não podendo ser desconhecida no meio social. Cunha Gonçalves afirma ser necessária a notoriedade, todavia, poderá a convivência pública pode ser discreta, em que a divulgação da relação se dará dentro de um ciclo mais fechado, mas perante este ciclo comprove a união estável de ambos os companheiros. 
		Outro requisito é que ambos os companheiros tenham o objetivo de constituir família, “affectio maritalis”, esse pressuposto visa à necessidade que deve haver entre os companheiros de terem o propósito de constituir família, não bastando apenas o ânimo, assim evita que um simples namoro ou até mesmo um noivado tenha característica de união estável. 
Não mais é exigido lapso temporal para se caracterizar união estável, nem a existência de prole, e tão pouco o convívio sobre o mesmo teto, porém a ocorrência destes demonstra, facilmente, o reconhecimento da relação familiar entre homem e mulher em concubinato puro.
6. EFEITOS
O art. 1.724 do Cód. Civil regula as relações pessoais entre companheiros. Declara o aludido dispositivo:
“As relações pessoais entra os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.”
Os três primeiros são direitos e deveres recíprocos, vindo em seguida os de guarda, sustento e educação dos filhos. O dever de fidelidade recíproca está implícito nos de lealdade e respeito. Embora o Código Civil não fale em adultério entre companheiros, a lealdade é gênero de que a felicidade é espécie. E o dispositivo exige que eles sejam leais. Gonçalves (2009, p.567).
6.1 DIREITOS DOS COMPANHEIROS
A proteção jurídica à entidade familiar constituída pela união estável entre homem e mulher abrange o complexo de direitos de cunho pessoal e de natureza patrimonial, alem de inúmeros outros, esparsos pela legislação ordinária. Neste sentido, a assistência implica não só na solidariedade recíproca, na assistência material, moral e espiritual, mas é um dever familiar manifestado nas mais variadas formas, seja na prestação da assistência material, seja na prestação da assistência imaterial, concernente aos deveres de respeito, honra, liberdade, preservação da personalidade, integridade física, dentre outras que só vêm a dignificar a pessoa com quem o companheiro vive.
Para Gonçalves (2009), o respeito consiste “não só em considerar a individualidade do outro, senão também em não ofender os direitos do companheiro, como os concernentes à liberdade, à honra, à intimidade, à dignidade, [...].” 
Destacam-se, no entanto, como direitos fundamentais dos companheiros, no plano material, os concernentes a alimentos, meação e herança.
6.2 Alimentos
O artigo 1.694 do Código Civil assegura o direito recíproco dos companheiros aos alimentos. Na hipótese de dissolução da união estável, o convivente terá o direito, alem da partilha dos bens comuns, a alimentos, desde que comprove suas necessidades as possibilidade do parceiro, como exige o § 1º do aludido dispositivo. Cessa, todavia tal direito, com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor (art.1.708). Perderá também o direito aos alimentos o credor que tiver “procedimento indigno em relação ao credor” (art. 1.708, parágrafo único). Gonçalves (2009, p.570).
6.3 Meação e Regime de Bens
O Instituto da União Estável foi reconhecido pela CF/1988 na condição de entidade familiar, passou a produzir efeitos a exemplo do casamento, efeitos esses que não se limitam apenas ao campo do Direito, mas refletem na sua aparência perante a sociedade como relação prolongada e estável. 
Nesta questão, Gama (2001, p. 222) discorre que: 
O conjunto de efeitos produzidos pelo fenômeno é tão amplo que muito se assemelha aos efeitos do casamento, mesmo porque ambos os institutos são formadores e mantenedores da instituição familiar. Outrossim, alguns efeitos gerados pelo companheirismo afetam tão somente a esfera da vida pessoal do casal, sem qualquer conotação econômico-patrimonial, gerando direitos e deveres denominados de família puros, enquanto outros se refletem no campo patrimonial, impondo obrigações e/ou deveres em contraposição ao direito titularizado por algum partícipe. Estes são os direitos patrimoniais ou econômicos. 
Sobre os efeitos da União Estável, Pereira (2006, p. 15) entende que estes são sempre no sentido de equipará-lo ao casamento, significando dizer “que de um casamento informal, ou seja, de uma união estável, estabelecem-se relações pessoais e patrimoniaiscom conseqüentes efeitos jurídicos”. 
Conforme Pessoa (1977) o Instituto da União Estável gera efeitos jurídicos de ordem pessoal, social e patrimonial, sendo que os dois primeiros advem do estado concubinário e o último das repercussões de caráter econômico em relação aos coniventes e a terceiros. 
Os efeitos patrimoniais da União estável são decorrentes do entendimento constitucional de que a união estável é uma entidade familiar e deve, portanto, garantir o direito dos companheiros ao patrimônio constituído. 
O art. 5º da Lei n. 9.278/96 estabeleceu a presunção de colaboração dos conviventes na formação do patrimônio durante a vida em comum, invertendo-se o ônus probatório, que competia ao que negava a participação do outro.
O art.1.725 do novo Código Civil, não abre a possibilidade de se provar o contraditório para afastar o pretendido direito à meação, pois a união estável, nesse particular, foi integralmente equiparada ao casamento realizado no regime de comunhão parcial de bens. Dispõe, com efeito, o mencionado dispositivo: “Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se, às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens”. Gonçalves (2009, p.572).
	Em suma, os bens adquiridos a titulo oneroso na Constancia da união estável pertencem a ambos os companheiros, devendo ser partilhados, em caso de dissolução, com observância das normas que regem o regime da comunhão parcial de bens. Gonçalves (2009, p.572).
6.4 Sucessão Hereditária 
 	O Código Civil de 2002, no campo do direito sucessório, preserva a meação, que não se confunde com herança, do companheiro sobrevivente, em razão do regime da comunhão parcial de bens, nos termos do art.1.725 do aludido diplomata. No tocante à herança, os direitos sucessórios limitam-se “aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável”, como preceitua o art. 1.790, caput. Gonçalves (2009, p.578).
 	Esses direitos sucessórios são, todavia, restrito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho, se concorrer com filhos comuns, ou à metade do que couber a cada um dos descendentes exclusivo do autor da herança, se somente com eles concorrer, ou a um terço daqueles bens se concorrer com outros parentes sucessíveis, como ascendentes, irmãos, sobrinhos, tios e primos do de cujus, ou à totalidade da herança, não havendo parentes sucessíveis, segundo dispõe o art. 1.790, I a IV. Gonçalves (2009, p.578).
 	A nova disciplina dos direitos sucessórios dos companheiros é considerada pela doutrina um evidente retrocesso no sistema protetivo da união estável, pois no regime da Lei n. 8.971/94 o companheiro recebia toda a herança na falta de descendentes ou ascendentes. No sistema do aludido art. 1.790, todavia, só recebera a totalidade dos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável se não houver nenhum parente, descendente, ascendente ou colateral até o quarto grau. Se houver, concorrerá com eles, recebendo apenas um terço da herança se concorrer com ascendentes e colaterais. Gonçalves (2009, p.578).
 	O Código Civil de 2002 manteve a possibilidade, prevista anteriormente no art. 5º da Lei n. 9.278/96, de os companheiros celebrarem contrato escrito que disponha de forma contrária, afastando o regime da comunhão parcial de bens (art. 1.725) e adotando, por exemplo, regime semelhante ao da comunhão universal ou da separação absoluta, ou estabelecendo novas regras. Gonçalves (2009, p.580).
 	Contrato de convivência, segundo Francisco Jose Cahali, é o instrumento pelo qual os sujeitos de uma união estável promovem regulamentações quanto aos reflexos da relação por eles constituída. Gonçalves (2009, p.580).
 	Esse contrato, segundo o mencionado autor,“não reclama forma preestabelecida ou já determinada para sua eficácia, embora se tenha como necessário seja escrito, e não apenas verbal. Assim, poderá revestir-se da roupagem de uma convenção solene, escritura de declaração, instrumento contratual particular levando ou não a registro em Cartório de Títulos de Documentos, documentos informal, pacto e, até mesmo, ser apresentado apenas como disposições ou estipulações esparsas, instrumentalizadas em conjunto ou separadamente, desde que contenham a manifestação bilateral da vontade dos companheiros”. Gonçalves (2009, p.580).
	 
7. CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO 
Conforme Viana, (1999), a “CF/1988, dispondo a respeito da União Estável e admitindo como entidade familiar teve a preocupação de determinar que a lei ordinária facilitasse sua conversão em casamento”. 
Assim sendo, poderá haver a conversão de união estável em casamento, mas para que isso ocorra é necessária à solicitação de ambos os companheiros, em comum acordo, ao juiz e o lançamento no Registro Civil. Essa facilitação da conversão de união estável em casamento foi estabelecida pelo CF/1988 e trazida pelo CC/2002 em seu Art. 1.726. 
De acordo com Gonçalves (2009) o procedimento da conversão da união estável em casamento através de via judicial e não administrativa é uma forma de dificultar tal processo, diferente do que estabelece a CF/1988 que é de facilitar a conversão de união estável em casamento, isso faz com que seja mais fácil a realização do casamento do que a própria conversão de união estável em casamento.
8. DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL E SEUS EFEITOS
Extinguir-se-á a união estável, segundo a lei, pela morte de um dos conviventes ou pela rescisão, cuja dissolução deverá ser decretada judicialmente através da Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, proposta perante uma das varas de família, que é a competente para tal, nos termos dos artigos. 7° e 9° da Lei n° 9.278/96. 
Nesta ação, será discutida a divisão dos bens adquiridos na constância da relação, a título oneroso, e cuja administração compete a ambos os companheiros; serão também reguladas questões relativas aos filhos e à guarda, bem como a pensão alimentícia, que poderá ser fixada, inclusive, para qualquer dos companheiros. Cabe, ainda, esclarecer que, dissolvida a união estável pela morte de um dos conviventes, o sobrevivente terá direito real de habitação, enquanto viver ou não constituir nova união ou casamento, relativamente ao imóvel destinado à residência da família, de acordo com o Art.7°, parágrafo único da retro citada lei. 
Acerca dessas questões, esclarece-se ainda que o Art. 1.725 do CC/2002 estabelece que “na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens”. 
Isto quer dizer que, se o casal que passa a conviver em união estável não estipula em contrato escrito de que forma dar-se-ão as relações patrimoniais, será adotado o regime de comunhão parcial de bens, ou seja, tudo o que for adquirido por qualquer dos companheiros na constância da união estável participará da meação (divisão) dos bens, ressalvados os bens adquiridos antes do estabelecimento da união estável. 
Com o fim da relação estável, havendo bens a serem divididos, deverão as partes propor, Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, mencionando todos os fatos pertinentes à relação, como filhos decorrentes dela, os bens adquiridos, arrolando-os minuciosamente, inclusive com o valor de cada um, e a forma da divisão, propondo-se à prova do quanto alegado. 
Nesta ação, além da partilha dos bens Diniz (2008), esclarece que poderá ser fixada a pensão alimentícia aos filhos do casal, bem como a guarda destes, e também os alimentos à companheira ou companheiro, já que após a CF/1988, homens e mulheres são iguais em direitos e deveres perante a lei. 
9 CONCLUSÃO
O instituto do Direito de Família, demudado com o surgimento da CF/1988, veio colocar um fim nas desigualdades familiares e suas relações, colocando num patamar idêntico os seres humanos, coibindo qualquer tipo de discriminação, impondo direitos, deveres e consideração mútuos entre os conviventes. 
Diante do que foi exposto, a Constituição Federal de 1988 reconheceua união estável entre homem e mulher como forma de entidade familiar, sendo esta protegida pelo Estado. Essa proteção constitucional fez com que esse reconhecimento fosse regulado em texto legal, com a finalidade de dar amparo a relação entre pessoas de sexos oposto que convivem como se casados fossem. Tal regulamentação é de suma importância para os dias atuais, visto que muitas pessoas, por motivos pessoais ou legais, não querem ou não podem casar-se, mas vivem uma relação nivelada ao casamento. Assim, tem por finalidade proteger os direitos e deveres das pessoas que vivem em união estável, proporcionando igualdade jurídica a ambos os companheiros, aos filhos e ainda proteção patrimonial. 
Neste novo caminho que segue o Direito de Família, a união estável entre duas pessoas foi elevado a categoria de família, disciplinando este novo desenho familiar e seu conjunto, submetido a inúmeros critérios, técnicas e princípios que são estranhos ou tidos como inválidos aos demais ramos do direito civil, desenvolvendo-se, por isso, à margem da sistematização do CC/2002, em razão das transformações por que passou e continua passando. 
Desta forma, ao se reconhecer a União Estável como entidade familiar, este instituto passa a ser preocupação do Direito de Família com normas regulamentadoras, cujas leis instituídas (8.971/94 e 9.278/96), ficando a definição da União Estável a cargo da lei de 1996 onde o legislador constitucional aboliu de vez a expressão concubinos, substituindo-a por conviventes. 
O objetivo da regulamentação da união estável é garantir uma estabilidade na relação das pessoas que não se casaram civilmente, porém vivem como se casados fossem. Quanto à dissolução dessa relação ela se faz via judicial como se fosse um contrato, para que seja reconhecida e dissolvida a união estável. Os seus efeitos são semelhantes aos da dissolução conjugal com relação ao prestação de alimentos, meação dos bens e na sucessão hereditária, além da responsabilidade para com os filhos havidos nesta relação. 
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