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JURISPRUDÊNCIAS Direito do Consumidor

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Rafaela Maria Boniatti
1). Pesquisar uma jurisprudência que trate sobre publicidade enganosa. Após a leitura do inteiro teor, responder:
a) Colar a ementa com a indicação do nº do processo e/ou recurso.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TRATAMENTO PARA DISFUNÇÃO ERÉTIL. PUBLICIDADE ENGANOSA NÃO CONSTATADA. DEVER DE INFORMAÇÃO DEVIDAMENTE OBSERVADO. ERRO MÉDICO NÃO COMPROVADO. PARTE AUTORA QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS PREVISTO NO ARTIGO 373, I, DO CPC. Depreende-se que o autor ajuizou a presente ação objetivando a condenação da clínica médica requerida ao pagamento de indenização por danos materiais e morais. No que concerne à causa de pedir, alegou que o tratamento para disfunção erétil que contratou com a parte ré, não obstante apresentado como 100% eficaz, não foi adequadamente prestado e, em razão disso, foi inexitoso. No caso concreto, o conjunto probatório não respalda a tese de que a parte ré tenha praticado publicidade enganosa, tampouco incorrido em falha quanto ao dever de informação. Ademais, inexiste nos autos prova de que o tratamento oferecido tenha sido inadequadamente prestado ou guarde qualquer relação causal com os danos apontados pelo autor na exordial, ônus que incumbia ao demandante, à luz do artigo 373, inc.I, do CPC. Quanto ao ponto, cabe destacar que houve interrupção do tratamento em razão do seu abandono pelo autor. Diante disso, não há como se imputar nexo de causalidade entre a conduta da clínica médica requerida e o alegado dano. De consequência, não há como se reconhecer o preenchimento dos requisitos autorizadores do dever de indenizar. Outro rumo não há, portanto, senão pelo julgamento de improcedência da demanda. Sucumbência redistribuída. APELAÇÃO PROVIDA.(Apelação Cível, Nº 70082796491, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em: 18-12-2019)[0]
b) Quais são as partes litigantes?
Apelante: Master Medical Porto Alegre Clinica da Saúde Sexual Masculina
Apelado: Godofredo Ribas
c) Síntese da demanda (fatos e pedidos):
Godofredo Ribas ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais c/c tutela antecipada contra Master Medical Group, alegando que possui direito de prioridade na tramitação do processo. Afirmou que procurou a empresa ré para a realização de tratamento de disfunção erétil e que a demandada teria a solução para o problema em um prazo máximo de 07 dias. Houve persistência do problema dentro desse lapso temporal. Passados mais de 60 dias de tratamento, nenhuma melhora fora apresentada, ao que o médico prescreveu novas medicações. Requereu a concessão de tutela de urgência para determinar a suspensão da cobrança das parcelas mensais no cartão de crédito, além da devolução das parcelas já adimplidas
Citada, a ré Master Medical Group apresentou contestação esclarecendo o procedimento adotado pela empresa nas consultas de cada paciente. Salientou a inexistência de promessa de eficácia do tratamento e discorreu sobre a atividade de meio das clínicas médicas. Por tratar o caso de mero aborrecimento, insurgiu-se contra o pedido de indenização por danos morais. Pugnou pela incidência do art. 373, I, do Código de Processo Civil, afirmando a inaplicabilidade da inversão do ônus da prova no caso em tela. Requereu, por fim, a improcedência da demanda.
d) Fundamento(s) legal(is) indicado(s) para postular o(s) pedido(s)?
Art. 300, CPC – Tutela de Urgência
Art. 71 da Lei n.º 10.741/2003 e art. 1.048, inciso I, do CPC – Direito de prioridade
Art. 373, I, do CPC - inaplicabilidade da inversão do ônus da prova
e) A quem incumbia o ônus da prova no caso concreto analisado?
Godofredo Ribas
f) A ação foi julgada procedente ou improcedente? Porque?
Foi julgada improcedente, visto que não há como se imputar nexo de causalidade entre a conduta da clínica médica requerida e o alegado dano. De consequência, não há como se reconhecer o preenchimento dos requisitos autorizadores do dever de indenizar.
A apelação foi julgada Parcialmente Procedente os pedidos formulados por Godofredo Ribas contra Master Medical Group.
g) Tinha pedido de tutela de urgência? Descreva:
Sim, requereu a concessão de tutela de urgência, nos termos do art. 300 do CPC, para determinar a suspensão da cobrança das parcelas mensais no cartão de crédito, além da devolução das parcelas já adimplidas, sob pena de multa diária.
2) Pesquisar uma jurisprudência que trate sobre publicidade abusiva. Após a leitura do inteiro teor, responder:
a) Colar a ementa com a indicação do nº do processo e/ou recurso.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO COMINATÓRIA. CONTRATO DE CONSÓRCIO. AQUISIÇÃO DE CARTA DE CREDITO COMTEMPLADA. PUBLICIDADE ABUSIVA. INOCORRÊNCIA. Apelo desprovido.(Apelação Cível, Nº 70033117847, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Bayard Ney de Freitas Barcellos, Julgado em: 13-07-2011)[0]
b) Quais são as partes litigantes?
Apelantes: Leidiane Pereira dos Reis, Sinosserra Consórcio S.A
Apelado: Bueno e Moreira Representações Comerciais LTDA
c) Síntese da demanda (fatos e pedidos):
A autora narra na inicial que firmou contrato com a primeira requerida para adquirir uma carta de crédito contemplada, pagou o valor da entrada, porém não foi liberada a carta.
Da sentença que julgou improcedente o pedido formulado na inicial, apela a autora.
A apelante alega que as empresas anunciaram as cartas de crédito de consórcios contemplados e devem liberá-las, por força do disposto no CDC. 
Com as contrarrazões da SINOSSERRA ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S/A, reiterando os argumentos já expendidos, vieram os autos conclusos para julgamento.
d) Fundamento(s) legal(is) indicado(s) para postular o(s) pedido(s)?
Art. 37, §2 do CDC
e) A quem incumbia o ônus da prova no caso concreto analisado?
Bueno e Moreira Representações Comerciais LTDA
f) A ação foi julgada procedente ou improcedente? Porque? 
Foi julgada improcedente. verifica-se que a autora, em nenhum momento, esclarece quem foi, exatamente, que asseverou que “após aprovação de crédito, bem como assinatura do contrato e pagamento da entrada exigida, a respectiva carta de crédito seria liberada em 03 (três) dias úteis”.
Diante desse contexto, não se pode obrigar as demandadas a cumprir obrigação da qual não há provas que tenham assumido, porque os elementos colhidos são certos a indicar que a autora adquiriu consórcio 
g) Tinha pedido de tutela de urgência? Descreva:
Não tinha.
3) Pesquisar uma jurisprudência que trate sobre repetição de indébito. Após a leitura do inteiro teor, responder: 
a) Colar a ementa com a indicação do nº do processo e/ou recurso. 
Ementa: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TELEFONIA. ALEGAÇÃO DE COBRANÇAS IRREGULARES. I. SOBRE OS ANOS DE 2013 ATÉ 2017. APESAR DE A PARTE AUTORA NEGAR A CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS DENOMINADOS “OI MÓIVEL, ANTIVIRUS + CLOUD +EDUCA +ASSINATURA DE INTERNET PARA CELULAR”, MANTEVE O PAGAMENTO MENSAL DURANTE TODOS ESSES ANOS EM DIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE INSURGÊNCIA DA PARTE AUTORA QUANTO À NÃO ADESÃO A ESSES SERVIÇOS. ADIMPLEMENTO EFETUADO POR LONGO PERÍODO CARACTERIZA A ACEITAÇÃO, AINDA QUE TÁCITA, PELO CONSUMIDOR. II. SOBRE O ANO DE 2018. COBRANÇAS GERADAS APÓS O PEDIDO DE CANCELAMENTO DO CONTRATO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE QUE A EXIGÊNCIA DIZIA RESPEITO A PERÍODO ANTERIOR À SUSPENSÃO DEFINITIVA DOS SERVIÇOS, OCORRIDA EM DEZEMBRO DE 2017. DESCONSTITUIÇÃO DA DÍVIDA, PORQUANTO NÃO DEMONSTRADO O USO DO SERVIÇO APÓS O REQUERIMENTO PARA CANCELAR, NOS TERMOS DO ART. 373, II, DO CPC. III. INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS ORGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANO MORAL IN RE IPSA. FUNDAMENTOS DA SENTENÇA, CONFIRMADOS. VALOR INDENIZATÓRIO QUE MERECE MINORAÇÃO PARA R$ 4.000,00, CONFORME O NOVO ENTENDIMENTO DESTA TURMA RECURSAL EM CASOS ANALÓGOS. SENTENÇA MODIFICADA APENAS PARA ESSA FINALIDADE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.(Recurso Cível, Nº 71008573255, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:Jerson Moacir Gubert, Julgado em: 15-05-2020)[0]
b) Quais são as partes litigantes? 
Recorrente: OI Móvel S/A
Recorrido: Maria Isabel Colbeich Ilha
c) Síntese da demanda (fatos e pedidos): 
A parte autora foi cliente da ré por quase vinte anos, quando solicitou o cancelamento do contrato. Disse que desde o ano de 2013 passou a ser cobrada por uma linha telefônica móvel, além de serviços não contratados e que, em dezembro de 2017, efetuou a rescisão contratual com a ré. No entanto, passou a receber cobranças de valores referentes a fevereiro e março de 2018, quando já cancelados os serviços, e teve seu nome inscrito nos cadastros restritivos de crédito. Requereu a devolução dos valores pagos indevidamente durante todo o período e indenização por danos morais. 
Em contrapartida, a ré defendeu a legalidade das cobranças, salientando que os serviços foram cobrados de acordo com o plano contratado.
d) Fundamento(s) legal(is) indicado(s) para postular o(s) pedido(s)? 
Art. 42, §ú e 43, §2 do CDC, Art, 5, incisos V e X da CF, Art. 927 do CC, 
e) A quem incumbia o ônus da prova no caso concreto analisado? 
Maria Isabel Colbeich Ilha
f) A ação foi julgada procedente ou improcedente? Porque? 
A sentença julgou procedente o pedido, para condenar a ré ao pagamento, em dobro, da quantia de R$ 2.144,06, bem como indenização por danos morais, na quantia de R$ 10.000,00. Indevida a cobrança e a inscrição do nome da autora nos órgãos de proteção ao crédito, motivo pelo qual incidente o dano moral in re ipsa. 
h). Tinha pedido de tutela de urgência? Descreva:
Não tinha.

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