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(Colorido) Caderno de Direito do Consumidor voltado a estudos do Exame de Ordem

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DISCIPLINA: DIREITO DO CONSUMIDOR
________________________________________________________________________________
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DO CONSUMIDOR/DA PROTEÇÃO AOS CONSUMIDORES
1. Art. 5 °, XXXII da CF: cláusula pétrea. O Estado promoverá nos termos da lei a defesa dos consumidores;
2. Art. 179, V da CF.;
3. ADCT n° 48. Fez surgir o CDC.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (Lei n° 8.078/90)
CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS DO CDC
a. normas de ordem pública/norma cogente;
b. normas de interesse social.
EFEITOS OU CONSEQUÊNCIAS 
a. sua incidência não pode ser afastada pela vontade do consumidor;
b. são normas que o juiz deve aplicar de ofício no processo.
OBS: SÚMULA 381 DO STJ: o juiz é proibido de reconhecer de ofício a abusividade de cláusula nos contratos bancários.
CONSUMIDOR
Existe o consumidor padrão/direto/contratual (art. 2°, caput do CDC).
É toda pessoa física (PF) ou jurídica (PJ) que adquire ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final.
Existe o consumidor por equiparação, que são:
a. coletividade, exposto no art. 2°, p. único do CDC;
b. todas as vítimas do acidente de consumo, exposto no art. 17 do CDC, como por exemplo em caso de um liquidificador que explode, e as pessoas em volta, que não seja o consumidor, são atingidas. Estas são equiparadas por serem vítimas;
c. são todas as pessoas que forem expostas a praticas comerciais, previsto no art. 29 do CDC. Práticas comerciais são oferta (art. 30 a 35), publicidade (art. 36 a 38), práticas abusivas (art. 39 a 41) que atingem normalmente os que já são consumidores, cobranças de dívidas (art. 42), bancos de dados e cadastros de consumidores (art. 43) e o mais comum é o cadastro de inadimplentes -SPC, SERASA.
FORNECEDOR
Previsto no art. 3°, caput do CDC, que diz que toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de criação, produção, construção, transformação, montagem, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou atividade de prestação de serviços.
PRODUTO
(Art. 3°, p. 1°)
É todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial 
SERVIÇO
(Art. 3°, p. 2°)
É toda atividade fornecida no mercado de consumo mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito ou securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
OBS¹: aplica-se o CDC:
a. às instituições financeiras;
b. planos de saúde comerciais;
c. às entidades abertas de previdência privada (seguradoras);
d. aos empreendimentos habitacionais promovidos por sociedades cooperativas.
OBS²: não se aplica o CDC entre:
a. clientes e advogados;
b. inquilino e locador (Lei do Inquilinato é aplicada); 
c. condomínio e condôminos;
d. associação civil e seus associados.
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC DO FORNECEDOR
Obrigação de indenizar, de reparar os danos. Existem os fundamentos genéricos e específicos.
FUNDAMENTOS GENÉRICOS
(Art. 6, VI do CDC)
a. direito básico à efetiva prevenção e reparação do dano: caso se verifique o dano, não suficiente a prevenção, deve-se fazer o recall para indenização dos danos. 
São danos indenizáveis: patrimoniais.
a.1. danos emergentes;
a.1.2. lucros cessantes.
também existem os danos morais.
a.2. morais e individuais (aquele que sofreu, pede);
a.2.1. morais e coletivos/difusos (dano moral social);
a.2.2. morais estéticos (em razão de cicatrizes duradouras ou não);
a.2.3. morais por desvio produtivo (perda de tempo útil).
FUNDAMENTOS ESPECÍFICOS
(arts. 12 a 17)
RESPONSABILIDADE PELO FATO
Aplicação: quando o produto apresentar defeito, entendido como sendo uma falha de segurança.
Caracterização: quando a falha de segurança é tão grave que provoque um acidente de consumo. Exemplo: um celular quando explode, gerando, assim, danos ao consumidor.
Quem responde pelos danos do acidente de consumo? depende. 
a. pelo fato do serviço: todos os prestadores são responsáveis.
b. pelo fato do produto: fabricante, produto, construtor e o importador. 
Em regra, o comerciante não tem responsabilidade, porém, há duas exceções, no art. 13 do CDC. 
a. quando o produto for de origem anônima/desconhecida;
b. quando não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Peculiaridades da indenização CDC: a. responsabilidade objetiva: em regra, o fornecedor responde independentemente de culpa.
OBS: art. 14, p. 4°: a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais é subjetiva, ou seja, depende da prova de culpa;
b. responsabilidade solidária: quando houver mais de um prestador, mais de um fabricante ou mais de um causador do dano, qualquer um deles pode ser obrigado ao pagamento da indenização integral. O fornecedor que pagar a indenização fica com o direito de regresso contra o efetivo autor do dano;
c. art. 27 do CDC;
d. art. 28 do CDC.
Há a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica a fim de que sejam atingidos bens dos sócios para pagamento da indenização. É exceção, não regra.
OBS: o CDC adotou a teoria menor no art. 28 (diferente do art. 50 o CC que adotou a maior), pela qual basta um requisito, que é a insolvência da PJ e isto já desconsidera a PJ.
Causas excludentes de responsabilidade do fornecedor: mesmo no sistema de uma responsabilidade e objetiva existem defesas disponíveis por parte do fornecedor, que se sendo provadas consegue romper o nexo causal. Ele fica livre da obrigação de indenizar se provar que: a. que não colocou o produto em mercado; b. que o defeito não existe; c. que existe culpa exclusiva da vítima ou de terceiro (quando faz uso indevido/abusivo do produto); d. pela doutrina e jurisprudência, em caso fortuito ou força maior, ou seja, que o acidente ocorreu em razão de um evento com três características: 1°. imprevisto ou imprevisível, como exemplo a barragem de Brumadinho que engoliu uma pousada, e na pousada não haverá indenização por ser caso fortuito ou força maior; 2°. inevitável; 3°. externo, ou seja, totalmente estranho aos riscos normais/típicos da atividade desenvolvida por aquele fornecedor.
OBS: o fortuito interno não rompe o nexo. 
OBS²: súmula 479 do STJ: os bancos respondem objetivamente pelos danos causados por fortuito interno consistente em fraudes ou delitos praticados por terceiros no âmbito das operações bancárias.

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